A urze e o rosmaninho
Beijavam-te nas manhãs
Douradas pelo amanhecer,
Antevendo-te o futuro
Em silêncios inquietantes
De mundos desconhecidos.
Percorreste caminhos agrestes
Debruados de flores e espinhos
Que te pronunciavam a vida,
Esculpida em horizontes
De sois cavados nas nuvens
Como luas em mares prateados.
Não foram em vão os teus passos
Nem te foram negados os sonhos,
Foste desfiando a vida,
Em ecos tecidos de luz
E por entre os aromas silvestres
Acolheste em ti o amor.
05.03.2013
Ailime
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