Tenho saudades do meu rio.
O meu rio não é um rio como os outros,
porque me corre nas veias,
o que o torna único.
É um rio que me viu nascer.
Um rio com águas bordadas a prata
e com margens tingidas de azul.
A lezíria beija-lhe as margens
numa doce primavera verde
e os pássaros voejam em redor
debicando aqui e ali,
como se entendessem
as maresias e os pores do sol
que sobrevoam os barcos
que trago dentro de mim.
O meu rio é único e belo.
Tão belo,
que cabe na luz do entardecer.
Texto e foto
Ailime
19.06.2022
Ailime
19.06.2022