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sábado, dezembro 28, 2024

As minhas palavras estremecem


As minhas palavras estremecem.

Escondo-as num coral em silêncio.

Não quero que ninguém as leia,

ouça ou profane.

O vento, por vezes, distorce

o sentir e a imaginação dos poetas,

que se arrastam nas penas,

que os pássaros vão deixando aqui e ali.

Na vertigem do tempo

rodopio segura de que 

apenas as palavras amor e paz,

podem salvar os pactos.


Texto e foto
Emília Simões
28.12.2024

terça-feira, outubro 05, 2021

Nem sempre o poema germina



Nem sempre o poema germina

como se fora raiz a brotar do chão árido.

O poema tem de ser esculpido,

entalhado, como se fora uma obra de arte

nas mãos do escultor

que grava a sua arte na pedra,

antes informe e discreta.

O poema na ausência das palavras

deve ser voz

a anunciar os ecos do silêncio

dos desertos profundos.

O poema necessita ser água

límpida e pura

para mitigar a sede dos poetas.


Texto 
Ailime
05.10.2021
Imagem Google