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quarta-feira, março 23, 2022

Entre a luz e as sombras.


William Turner


Se queres enfrentar o caminho

percorre-o pedra sobre pedra;

encontrarás muros e declives

e descansarás no chão molhado.

A tua sede será mitigada,

mas não declines o futuro

que aos teus olhos se antevê.

Uma espécie de pacto será

o espanto que te distinguirá

entre a luz e as sombras.


Texto
Ailime
23.03.2022

terça-feira, novembro 09, 2021

O mundo ainda pode ter cor


Sofia Sant'Ana


O mundo ainda pode ter cor se nos predispusermos
a seguir as pegadas dos que nos precederam;
a luz ainda se demora no horizonte
até que a veneremos cordatamente
deixando que os sóis repousem sobre as águas
e os rios bebam das nascentes o néctar.
Prestemos atenção ao tempo que se esvai
e plantemos com vigor todas as seivas;
carente está o chão das suas espécies
onde rasgões como feridas clamam
por uma estrada rumo ao futuro.


Texto
Ailime
09.11.2021

terça-feira, julho 06, 2021

Deambulo pelas ruas



Deambulo pelas ruas que me contornam

como se não houvesse saída

e nada sei sobre o tempo;

apenas as flores me falam de futuro,

de manhãs claras,

de jasmim, buganvílias

e amores perfeitos.


A terra molhada tem a fragância do outono

o esplendor  de um pôr do sol

a beleza do jaspe.


Um olhar  breve  e furtivo 

insinua-me levemente

que nos degraus das escarpas

ainda há ecos por desvendar.


Texto
Ailime
06.07.2021
Imagem Google



quarta-feira, abril 14, 2021

Com palavras construo o tempo

 



Com palavras construo o tempo

a resvalar por entre os dedos

desvendando memórias

e sobressaltos

presos na alma,

onde concebo o futuro.

Há momentos em que

a minha  voz velada

se prende no deserto

e a sede  fere-me os lábios

e as mãos vazias e gastas

fazem eco de silêncios,

que não guardam as palavras

que se desprendem de mim.

Atravesso o tempo como asas em pleno voo.



Texto
Ailime
14.04.2021
Imagem Google

sábado, novembro 10, 2012

Viajo no tempo



Agora apenas viajo no tempo
 Das memórias que me moldaram
Na descoberta dum mundo, ilusório,
 Que ainda não alcanço.

E resvalo por entre espirais
 De águas insípidas
 Em mares revoltos
 Por tempestades
Açoitadas pelo vento.

Num espaço que não me pertence
Tento consolidar o meu sentir
Nessas evocações
Como apelo à edificação
Do futuro que é hoje.


10.11.2012
 Ailime
Imagem da Net

quinta-feira, junho 21, 2012

Espreitando a luz




Há em mim um sentir
Doído pela solidão
Por quem sofre o abandono
Em infortúnios ocultos.

Nas vielas estreitas e sombrias
O sal escorre pelas faces
De quem por detrás dos postigos
Aguarda o pôr do sol.

E nas soleiras das portas
Sentam-se réstias de vidas
Espreitando talvez a luz
Que lhes anuncie o futuro.

Ailime
21.06.2012
Imagem da Net