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segunda-feira, agosto 06, 2018

A insónia


E tão incompreensível a insónia
quando o mar sussurra na noite
um cântico límpido e melódico
como a maré baixa ao cair da tarde
a ondular no areal a volúpia das espumas.
Num vaivém, como barco a baloiçar
a vigília irrompe insidiosa
e estremece  amedrontada sob a lua
a espreitar o dia que, entretanto,
já clareia o horizonte.


Texto e foto
Ailime
Julho 20118

quarta-feira, agosto 17, 2016

Rasgo o tempo


Rasgo o tempo com o olhar
e aprisiono as palavras
nos ponteiros do relógio,
que no silêncio da noite
marcam o compasso das horas.
Lentamente a insónia
apodera-se dos minutos, dos segundos,
e os meus pensamentos
em turbilhão
a perderem-se na imensidão da noite
a tolherem-me os movimentos
na cegueira que me envolve.
Acordo em sobressalto.
Um sonho, um pesadelo?
Apenas um novo dia,
um novo olhar,
uma nova esperança
na claridade da manhã
a resplandecer  no horizonte.

Texto: Ailime
Imagem Google
17.08.2016

domingo, junho 19, 2011

Insónia


Em vigílias de sossego
Oiço o vento glacial,
Que em rajadas
Fortes e perturbadoras
Atordoa os meus sentidos
E torna agreste
A alva instalada em mim.

Deixo-me envolver
Nas palavras que enredo
E descortino o silêncio
Na quietude refeita
Do alvor anunciado.

Rabisco em palavras
Deixadas pelo vento
Este sentir sonâmbulo
Na aridez do poema
Que arrisquei delinear.
Ailime
19.06.2011
Imagem da Net