Roubo à noite a Lua Cheia
guardo-a num quarto pintado de azul
e dependuro-a no teto qual
candelabro a iluminar as sombras
suspensas do telhado da casa.
guardo-a num quarto pintado de azul
e dependuro-a no teto qual
candelabro a iluminar as sombras
suspensas do telhado da casa.
Outrora o luar, liberto, acendia
todos os recantos por mais escuros
e sombrios
como faróis no mar alto
em noite de tempestade.
Talvez a escuridão seja passageira
e as sombras se dissipem
em sonhos inacabados
transformados em teias de luz
a escorrerem-me pelos dedos das mãos.
Texto e foto
Ailime
19.04.2022
Ailime
19.04.2022