Na encosta as margaridas amarelas ainda me sorriem;
como são belas no seu esvoaçar
como as tranças despenteadas da minha infância
que resplandeciam ao encanto dourado do sol .
Atravesso a distância no tempo
e as flores ainda permanecem intactas
como se esperassem por mim,
depois de tantas primaveras.
Observo-as com a mesma atenção
como se fossem joias raras
e a minha alegria fala com elas.
Elas não me respondem
mas eu entendo-as nos seus gestos
quando rodopiam ao vento,
num bailado leve e tão próximo.
Texto e foto
Ailime
15.04.2023
Ailime
15.04.2023