Há um aroma nas pedras que não sei explicar.
Alinham-se à beira-mar,
nos caminhos,
nas estradas cheias de pó
e também sobre os muros;
estas são as que estão mais desalinhadas
dentro do seu alinhamento.
Tal como as palavras
dentro do poema
que nem sempre rimam
com a palavra poesia.
Deixo-as para trás
e procuro uma luz nas sombras
que me ajude a entender
as metamorfoses que não param
de me desassossegar.
Alime
01.04.2023