Nem sempre o poema germina
como se fora raiz a brotar do chão árido.
O poema tem de ser esculpido,
entalhado, como se fora uma obra de arte
nas mãos do escultor
que grava a sua arte na pedra,
antes informe e discreta.
O poema na ausência das palavras
deve ser voz
a anunciar os ecos do silêncio
dos desertos profundos.
O poema necessita ser água
límpida e pura
para mitigar a sede dos poetas.
Texto
Ailime
05.10.2021
Imagem Google
Ailime
05.10.2021
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