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segunda-feira, janeiro 12, 2015
'Boyhood' foi o vencedor nos Globos de Ouro
O filme Boyhood, de Richard Linklater, sagrou-se o grande vencedor da edição 2015 dos Globos de Ouro ao terminar a noite com três prémios, para Melhor Filme/Drama, Melhor Realizador e Melhor Atriz Secundária (Patricia Arquette).
Birdman, de Alejandro González Iñarritu, esteve também em evidência ao dar a Michael Keaton um Globo de Ouro para Melhor Ator/Comédia ou Musical, vencendo também a categoria de Melhor Argumento. Eddie Redmayne venceu como Melhor Ator/Drama pela sua interpretação da figura de Stephen Hawking em A Teoria de Tudo, filme distinguido ainda pela Melhor Banda Sonora.
A restante premiação na área do cinema ficou dispersa. Julianne Moore foi a Melhor Atriz/Drama pelo seu papel em Sill Alice. Amy Adams foi a Melhor Atriz/Comédia ou Musical pelo trabalho em Big Eyes, o novo filme de Tim Burton. J.K. Simmons, por Whiplash, venceu como Melhor Ator Secundário. Leviathan (Rússia) foi o Melhor Filme Estrangeiro e How To Train Your Dragon 2 venceu a concorrência na categoria de Melhor Filme de Animação. A Selma coube a Melhor Canção.
Nas categorias de televisão The Affair destacou-se como Melhor Série/Drama, dando ainda a Ruth Wilson o prémio de Melhor Atriz/Drama. Sem surpresas, Kevin Spacey foi Melhor Ator/Drama pelo trabalho em House of Cards. Transparent venceu Melhor Série de Comédia, atribuindo ainda ao ator Jeffrey Tambor o prémio de Melhor Ator/Comédia pelo seu desempenho. Gina Rodriguez foi a Melhor Atriz em Série de Comédia ou Musical em Jane The Virgin.
No departamento das minisséries ou telefilmes Fargo arrebatou dois prémios (Melhor Minissérie/Telefilme e Melhor Ator - Billy Bob Thorton). Neste mesmo departamento Maggie Gyllenhaal ganhou Melhor Atriz (The Honorable Woman), Matt Bomer foi Melhor Ator Secundário (Um Coração Normal) e Joanne Frogatt Melhor Atriz Secundária (Downtown Abbey).
A premiação, votada pelos jornalistas internacionais em Hollywood, não costuma ficar muito longe do que os Óscares depois destacam (nas nomeações e frequentemente premiações), o que sugere ser Boyhood um dos potenciais grandes favoritos para este ano. As nomeações para os Oscares são reveladas esta quinta-feira.
segunda-feira, setembro 29, 2014
'Something Must Break' vence Queer Lisboa 18
O filme sueco Something Must Break, de Ester Martin Bergsmark venceu o prémio de Melhor Longa Metragem de Ficção, entregue na noite de encerramento do festival, na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge.
A lista completa dos prémios é esta:
Longas-Metragens de ficção:
Melhor Longa-Metragem: Something Must Break (Suécia, 2014) de Ester Martin Bergsmark
Menção Honrosa: Atlantida (Argentina, França, 2014) de Inés María Barrionuevo
Melhor Interpretação: Saga Becker, em Something Must Break (Suécia, 2014), de Ester Martin Bergmark, Kostas Nikouli, em Xenia (Greece, France, Belgium, 2014) de Panos H. Koutras, e Angelique Litzenburger em Party Girl (France, 2014,) de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis.
Prémio do Público: Rosie (Alemanha, Suíça, 2013), de Marcel Gisler
Documentários:
Melhor Documentário: Julia (Alemanha, Lituania, 2013), de J. Jackie Baier
Prémio do Público: Rosie (Alemanha, Suíça, 2013), de Marcel Gisler
Documentários:
Melhor Documentário: Julia (Alemanha, Lituania, 2013), de J. Jackie Baier
Prémio do Público: São Paulo em Hi-Fi (Brasil, 2013), de Lufe Steffen
Curtas-Metragens:
Melhor Curta-Metragem: Mondial 2010 (Líbano, 2014), de Roy Dib
Curtas-Metragens:
Melhor Curta-Metragem: Mondial 2010 (Líbano, 2014), de Roy Dib
Melhor Curta-Metragem Portuguesa: Frei Luís de Sousa (Portugal, 2014), de Silly Season
Prémio do Público: Cigano (Portugal, 2013), de David Bonneville
Competição In My Shorts:
Melhor Curta-Metragem: Bonne Espérance (Suíça, 2013), de Kaspar Schiltknecht
Menção Honrosa: Gabrielle (Bélgica, 2013), de Margo Fruitier e Paul Cartron.
Competição In My Shorts:
Melhor Curta-Metragem: Bonne Espérance (Suíça, 2013), de Kaspar Schiltknecht
Menção Honrosa: Gabrielle (Bélgica, 2013), de Margo Fruitier e Paul Cartron.
segunda-feira, janeiro 28, 2013
Sundance 2013: os prémios
Cenas da vida real dominam a premiação principal da edição 2013 de Sundance com Fruitvale, primeira obra de Ryan Coogler, sagrando com o grande vencedor. Com argumento aprovado há um ano no Sundance Screenwriters Lab, o filme evoca a figura (real) de Oscar Grant, um jovem de 22 anos que foi morto pela polícia da Bay Area num incidente numa estação de comboios na manhã de ano novo de 2009. O prémio maior para documentários de produção norte-americana destacou, por sua vez, Blood Brother, filme de Steve Hoover que nos conta a história de vida de um americano desencantado e desmotivado que encontrou novo rumo ao trabalhar num orfanato da Índia para crianças infectadas com o vírus VIH. Os dois grandes prémios do júri para cinema internacional foram para produções asiáticas. Da Coreia do Sul, Jiseul (de Muel O) recorda os factos em torno de um massacre em 1948. Do Camboja chegou o documentário destacado pelo grande júri, que assim escolheu A River Changes Course, de Kalyanee Mam.
Podem consultar aqui a premiação completa de Sundance.
Podem consultar aqui a premiação completa de Sundance.
segunda-feira, janeiro 14, 2013
Noite repartida nos Globos de Ouro
Numa noite de premiação muito dividida entre vários filmes, Argo surge como um dos “grandes” vencedores dos Globos de Ouro ao conquistar o prémio de Melhor Realizador para Ben Affleck e vencer a categoria de Melhor Filme – Drama. Conta maior ainda foi a de Les Miserables, que soma Melhor Filme – Comédia ou Musical, Melhor Ator, nesse departamento, para Hugh Jackman e Melhor Atriz Secundária, para Anne Hathaway. O melhor Ator Secundário foi Christoph Waltz em Django Libertado, filme que deu ainda a Tarantino o prémio de Melhor Argumento. Na região “drama”, o Melhor Ator foi Daniel Day Lewis (Lincoln) e Jessica Chastain (00.30 Hora Negra). No departamento “comédia ou musical” Jennifer Lawrence venceu Melhor Atriz. A Melhor Canção foi Skyfall, por Adele e Michael Dana venceu Melhor Banda Sonora com A Vida de Pi. O Melhor Filme de Animação foi Brave e o Melhor Filme em Língua Estrangeira foi Amor, de Michael Haneke.
No departamento televisivo Game Change, o telefilme sobre a campanha de Saran Palin nas Presidenciais de 2008 foi a mais premiada, somando três distinções, entre elas uma de Melhor Atriz para Julianne Moore. Homeland Security também venceu três prémios e Girls conquistou dois.
Um prémio de carreira para Jodie Foster representou um dos maiores momentos da cerimónia.
Veja aqui a lista completa dos prémios.
No departamento televisivo Game Change, o telefilme sobre a campanha de Saran Palin nas Presidenciais de 2008 foi a mais premiada, somando três distinções, entre elas uma de Melhor Atriz para Julianne Moore. Homeland Security também venceu três prémios e Girls conquistou dois.
Um prémio de carreira para Jodie Foster representou um dos maiores momentos da cerimónia.
Veja aqui a lista completa dos prémios.
sexta-feira, janeiro 11, 2013
Oscares: os nomeados... e os outros
Pois... “É aquela altura do ano outra vez”, como tão bem o diz o Eurico de Barros na coluna que hoje assina no DN. Chegaram as nomeações dos Oscares e, a dias dos Globos de Ouro e a meio da temporada das distinções das dezenas de associações de críticos e das várias ligas, guildas e “ajuntamentos” profissionais, lá se fazem as notícias somando números, favoritismos e por aí adiante. Poucas semanas depois das listas dos melhores do ano surgem assim outras listas, nem sempre de melhores, mas daqueles de quem se vai falar por conta de uma gala que, ao contrário do que os Grammys gostariam de fazer com os discos, de facto vende globalmente bilhetes nas salas de cinema pelas salas de todo o mundo.
Feitas as contas aos nomeados para os Oscares em 2013 eis que surge Lincoln, de Steven Spielberg na frente. Um filme falado, que nos coloca nos bastidores da votação de uma emenda à constituição americana que deixou o presidente na história pelo facto de ter sido ele o rosto da abolição da escravatura nos EUA. Um filme com ressonâncias evidentes entre aquele e o nosso tempo, particularmente num momento em que um afro-americano ocupa agora a Casa Branca e se prepara para tomar posse para um segundo mandato. Às 12 nomeações de Lincoln seguem-se, na aritmética dourada dos Oscares os 11 que recolheu A Vida de Pi, adaptação garrida de Ang Lee do livro homónimo de Yann Martel. Com oito surge Guia Para Um Final Feliz, recentemente estreado entre nós. E, com sete, uma visão chuva de estrelas de Les Miserables e o bem interessante Argo, de Ben Affleck, outro dos grandes filmes políticos do ano.
Mas ao contrário do que tem sido a norma nos últimos anos (e 2012 foi um pasto desértico e entediante de nomeações e vitórias já esperadas), as nomeações para este ano trouxeram surpresas. Uma delas na forma das cinco nomeações para Amor, de Michael Hanecke (Filme, Realizador, Argumento Original, Atriz e Filme em Língua Estrangeira), que para ser coisa mesmo justa deveria ainda ter somado uma sexta para melhor ator. A outra na expressão algo inesperada (mas justíssima) de Beasts of The Southern Wild, de Benh Zeitlin, uma das mais claras evidências do potencial da “escola” Sundance, que soma quatro merecidas nomeações (Filme, Realizador, Argumento Adaptado e Atriz, aqui fazendo da pequena Quvenzhané Wallis a mais jovem de sempre nesta categoria). Falta aqui a nomeação de Zeiltin para banda sonora, que co-assina com Dan Romer. Houve já quem notasse a reduzida representação de O Mestre, de Paul Thomas Anderson ou Django Libertado de Quentin Tarantino. Mais gritante sendo ainda a ausência de Kathryn Bigelow entre os cinco realizadores nomeados com 00.30 Hora Negra (quase certa sendo contudo a vitória de Jessica Chastain como melhor atriz). E, com Skyfall, Adele deverá levar o primeiro Oscar para a já longa e ilustre galeria de Bond Songs. Mas, aqui, será que ninguém escutou a magnífica canção que Neil Hannon escreveu para Kylie Minogue em Holy Motors?
Nem vale a pena fazer o deve e haver dos que ficaram de fora. Muitos dos grandes filmes que vimos em 2012 não passam por aqui (alguns já estavam de fora do intervalo de tempo e deviam ter surgido já no ano passado). Muito so bom cinema (elegível para este ano) que iremos ver não passa por aqui. Mas ninguém esperaria que passasse... Agora, é esperar pela madrugada do costume...
Podem ver aqui a lista completa das nomeações.
Feitas as contas aos nomeados para os Oscares em 2013 eis que surge Lincoln, de Steven Spielberg na frente. Um filme falado, que nos coloca nos bastidores da votação de uma emenda à constituição americana que deixou o presidente na história pelo facto de ter sido ele o rosto da abolição da escravatura nos EUA. Um filme com ressonâncias evidentes entre aquele e o nosso tempo, particularmente num momento em que um afro-americano ocupa agora a Casa Branca e se prepara para tomar posse para um segundo mandato. Às 12 nomeações de Lincoln seguem-se, na aritmética dourada dos Oscares os 11 que recolheu A Vida de Pi, adaptação garrida de Ang Lee do livro homónimo de Yann Martel. Com oito surge Guia Para Um Final Feliz, recentemente estreado entre nós. E, com sete, uma visão chuva de estrelas de Les Miserables e o bem interessante Argo, de Ben Affleck, outro dos grandes filmes políticos do ano.
Mas ao contrário do que tem sido a norma nos últimos anos (e 2012 foi um pasto desértico e entediante de nomeações e vitórias já esperadas), as nomeações para este ano trouxeram surpresas. Uma delas na forma das cinco nomeações para Amor, de Michael Hanecke (Filme, Realizador, Argumento Original, Atriz e Filme em Língua Estrangeira), que para ser coisa mesmo justa deveria ainda ter somado uma sexta para melhor ator. A outra na expressão algo inesperada (mas justíssima) de Beasts of The Southern Wild, de Benh Zeitlin, uma das mais claras evidências do potencial da “escola” Sundance, que soma quatro merecidas nomeações (Filme, Realizador, Argumento Adaptado e Atriz, aqui fazendo da pequena Quvenzhané Wallis a mais jovem de sempre nesta categoria). Falta aqui a nomeação de Zeiltin para banda sonora, que co-assina com Dan Romer. Houve já quem notasse a reduzida representação de O Mestre, de Paul Thomas Anderson ou Django Libertado de Quentin Tarantino. Mais gritante sendo ainda a ausência de Kathryn Bigelow entre os cinco realizadores nomeados com 00.30 Hora Negra (quase certa sendo contudo a vitória de Jessica Chastain como melhor atriz). E, com Skyfall, Adele deverá levar o primeiro Oscar para a já longa e ilustre galeria de Bond Songs. Mas, aqui, será que ninguém escutou a magnífica canção que Neil Hannon escreveu para Kylie Minogue em Holy Motors?
Nem vale a pena fazer o deve e haver dos que ficaram de fora. Muitos dos grandes filmes que vimos em 2012 não passam por aqui (alguns já estavam de fora do intervalo de tempo e deviam ter surgido já no ano passado). Muito so bom cinema (elegível para este ano) que iremos ver não passa por aqui. Mas ninguém esperaria que passasse... Agora, é esperar pela madrugada do costume...
Podem ver aqui a lista completa das nomeações.
domingo, janeiro 15, 2012
Prémios (é mais logo à noite!)
Não têm faltado premiações no mundo do cinema nas últimas semanas, com o filme mudo francês The Artist a começar a perfilar-se como eventual favorito a ser potencial ganhador de Oscares... Se bem que não seja condição nem necessária nem suficiente, a premiação que resultar dos Globos de Ouro não deixa contudo de ser indicador a ter em conta. A cerimónia decorre mais logo. The Artist apresenta-se com seis nomeações, As Serviçais e os Descendentes com cinco cada... Mais logo transformaremos estes favoritismos em prémios de facto... De A Árvore da Vida nem cheiro... Enfim... Quantas vezes são premiados os filmes que a história depois recorda?...
Podem ver aqui a lista completa de nomeações.
segunda-feira, novembro 14, 2011
E chegam os primeiros Oscares
James Earl Jones, por muitos reconhecido por ter sido a voz de Darth Vader, um Oscar honorário. Não querendo interromper a temporada de palco que está a viver em Londres, onde tem neste momento uma peça em cena, foi ali mesmo que recebeu a estatueta, das mãos de Ben Kingsley, agradecendo a distinção por vídeo... Um outro prémio honorífico foi entretanto atribuído a Oprah Winfrey (em concreto o Jean Hersholt Humanitarian Award) e ao maquilhador Dick Smith.
domingo, outubro 30, 2011
DocLisboa 2011 (dia 11)
É Na Terra, não é na Lua, de Gonçalo Tocha, é o grande vencedor da edição deste ano do DocLisboa que hoje termina, com a agenda a incluir a repetição de alguns dos filmes vencedores. O filme, que olha a Ilha do Corvo, o seu ritmo de vida, habitantes e lugares ao longo de 180 minutos repete mais logo, pelas 21.30, na Culturgest. Entre a premiação destaque-se ainda a atribuição do Prémio Universidades a En Engel van Doel, de Tom Fassaert, onde acompanhamos os últimos dias de uma pequena povoação nas imediações de Antuérpia, que a expansão do porto obrigou a que fosse apagada do mapa.
Aqui fica a lista completa do palmarés desta edição do festival:
Competição Internacional:
Grande Prémio Cidade de Lisboa
para melhor longa ou média-metragem
É Na Terra Não É Na Lua, Gonçalo Tocha, 180' Portugal 2011
sessão hoje às 21h30, Grande Auditório
Prémio Doclisboa para melhor curta-metragem
Con la Licencia de Diós, Simona Canonica, 26' Suíça 2010
sessão hoje às 21h30, Grande Auditório
Prémio Especial do Júri Doclisboa
Territoire Perdu, Pierre-Yves Vandeweerd, 75' Bélgica, França 2011
Prémio Revelação Doclisboa
para a melhor primeira longa ou média-metragem transversal à Competição Internacional, Investigações e Riscos
Ami, Entends-tu, Nathalie Nambot, 55' França 2010
sessão hoje às 18h30, Pequeno Auditório
Prémio Universidades
Prémio Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias para melhor longa ou média-metragem da Competição Internacional
De Engel Van Doel, Tom Fassaert, 76' Holanda, Bélgica 2011
Investigações:
Prémio RTP2
para melhor documentário de Investigação
(inclui a compra dos direitos televisivos para Portugal)
Diário de Uma Busca, Flávia Castro, 107' Brasil, França 2010
sessão hoje às 17h00, Grande Auditório
Menção Honrosa do Júri do Prémio Investigações
Rechokim The Collaborator and His Family, Ruthie Shatz e Adi Barash, 84' França, EUA, Israel 2011
Competição Portuguesa:
Prémio Doclisboa
para melhor longa ou média-metragem
Yama No Anata, Aya Koretzky, 60' Portugal 2011
sessão hoje às 19h30, Grande Auditório
Prémio Caixa Geral de Depósitos
para melhor primeira obra
A Nossa Forma de Vida, Pedro Filipe Marques, 91' Portugal 2011
sessão hoje 30 às 21h00, Pequeno Auditório
Prémio Doclisboa e ISCTE-IUL
para melhor curta-metragem
Praxis, Bruno Cabral, 29' Portugal 2011
sessão hoje às 19h30, Grande Auditório
Prémio Escolas
prémio Restart para melhor longa ou média-metragem da Competição Portuguesa
Yama No Anata, Aya Koretzky, 60' Portugal 2011
Prémio C.P.L.P.
para a melhor longa ou média-metragem dos Países de Língua Portuguesa
Diário de Uma Busca, Flávia Castro, 107' Brasil, França 2010
Também hoje é exibido, pela segunda vez o filme Michel Corboz, le Combat Entre le Vrai et le Beau, de Rinaldo Marasco e Jérôme Piguet (passa às 17.00 horas no Cinema São Jorge). O filme toma como protagonista o maestro Michel Corboz (que é também titular do Coro Gulbenkian), que segue de perto durante os ensaios, actuação ao vivo e gravação em estúdio da exigente Missa em Si menor de Johann Sebastian Bach pelo Ensemble Vocal de Lausanne. Apesar do interessante golpe de asa narrativo que os realizadores concebem através de uma série de comentários que o próprio Corboz faz quando vê uma primeira montagem do filme, o que vemos não se afasta muito da lógica habitual em making of de grandes acontecimentos musicais. O olhar das câmaras tem contudo pela frente um veterano cheio de histórias, algumas partilhadas entre conversas, escutadas em entrevistas com colaboradores seus ou descobertas entre muitos ensaios. E nestes últimos a coisa vê-se sem filtro, com as chamadas de atenção, por vezes duras e assertivas, quando os elementos do coro não respondem, como o maestro gostaria, ao programa de trabalhos. Obra maior do repertório da música vocal, a Missa é um desafio para qualquer músico. O filme mostra como Michel Corboz, músicos e cantores a enfrentam. E muito bem, acrescente-se.
Podem ver aqui a restante programação do dia.
domingo, maio 15, 2011
Indie Lisboa 2011: os prémios
Foram já revelados quais os vencedores da edição 2011 do Indie Lisboa. O filme de Marie Loisier The Ballad Of Genesis and Lady Jaye (de que já aqui se falou aqui) venceu o Grande Prémio. Uma vitória surpreendente, sobretudo por ser este um documentário que, mesmo perante uma história e figuras de carácter excepcional, falha na verdade o foco das premissas a que se propõe, acabando na verdade mais atento à obra (mesmo que conjunta com Lady Jaye) de Genesis P-Orridge, secundarizando o processo de demanda da identidade visual entre ambos que constituiu expressão maior do amor que os uniu.
Destaque ainda na premiação para a vitória da dupla João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata com Alvorada Vermelha na categoria de curtas-metragens nacionais.
Todo o palmarés (tirado daqui):
Longas-metragens:
Grande prémio — “The Ballad of Genesis and Lady Jaye”, de Marie Losier (EUA)
Menção honrosa – “La BM du Seigneur”, de Jean-François Hue (França)
Melhor longa portuguesa – “Linha Vermelha”, de José Filipe Costa
Prémio de distribuição – “Morgen”, de Marian Crisan (Roménia/França/Hungria)
Curtas-metragens:
Grande prémio – “The Story of Elfranko Wessels”, de Erik Moskowitz e Armanda Trager (EUA/Canadá)
Menção honrosa – “Diane Wellington”, de Arnaud des Pallières (França), “La Forêt”, de Lionel Rupp (Suiça), e “The Painting Sellers”, de Juho Kuosmanen (Finlândia)
Melhor curta portuguesa – “Alvorada Vermelha”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
Melhor realizador de curta portuguesa – Gabriel Abrantes e Benjamin Crotty, por “Liberdade”, e Marco Martins e Filipa César, por “Insert”
IndieJunior:
Melhor filme – “My Good Enemy”, de Oliver Ussing (Dinamarca)
Menção honrosa – “Les Mains en l'air”, de Romain Goupil , e “Cul de Bouteille”, de Jean-Claude Rozec (ambos França)
Prémios do público:
Longa-metragem – “Cleveland vs Wall Street”, de Jean-Stéphane Bron (Suiça/França)
Curta-metragem – “Paris Shanghai”, de Thomas Cailley (França)
IndieJunior – “Things You'd Better Not Mix Up”, de Joost Lieuwma (Holanda)
Prémio RTP Pulsar do Mundo: “I'll Forget This Day”, de Alina Rudnitskaya (Rússia)
Prémio SIGNIS: “La Ilusión te Queda”, de Márcio Laranjeira e Francisco Lezama (Portugal/Argentina)
Prémio Amnistia Internacional: “Cleveland vs Wall Street”
Prémio TAP: “O Que Há de Novo no Amor?”, de Mónica Santana Baptista, Hugo Martins, Tiago Nunes, Hugo Alves, Rui Santos e Patrícia Raposo, e “Eden”, de Daniel Blaufuks (ambos Portugal)
quarta-feira, abril 27, 2011
Oscars marcados para 26 de Fevereiro de 2012
Os Oscars referentes à produção de 2011 vão ser atribuídos no dia 26 de Fevereiro de 2012 – a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood deu a conhecer o calendário dos seus próximos prémios, a culminar na habitual cerimónia no Kodak Theater. As nomeações serão divulgadas cerca de um mês antes, a 24 de Janeiro; a entrega das distinções nas áreas técnica e científica ocorrerá a 11 de Fevereiro.
segunda-feira, fevereiro 28, 2011
'O Discurso do Rei' vence quatro Oscares
A 83ª noite de entrega dos Oscares elegeu O Discurso do Rei como o FIlme do Ano. James Franco e Anne Hathaway foram os apresentadores. Mas, apesar de uma bem humorada sequência de abertura, a cerimónia foi contudo morna e acabou muito aquém de outras que vimos em anos anteriores. Na premiação os Oscares foram distribuidos por vários filmes. O Discurso do Rei e A Origem recolheram quatro oscares cada, A Rede Social três e, com dois, ficaram The Fighter - Último Round, Alice No País das Maravilhas e Toy Story 3.
Melhor Filme - O Discurso do Rei
Melhor Realizador - Tom Hooper (O Discurso do Rei)
Melhor Actor - Colin Firth (O Discurso do Rei)
Melhor Actriz - Natalie Portman (Cisne Negro)
Melhor Actor Secundário - Christian Bale (The Fighter - Útimo Round)
Melhor Actriz Secundária - Melissa Leo (The Fighter - Último Round)
Melhor Argumento Adaptado - Aaron Sorkin (A Rede Social)
Melhor Argumento Original - David Seidler (O Discurso do Rei)
Melhor Direcção artística – Alice no País das Maravilhas
Melhor Banda Sonora Original - Trent Reznor e Atticus Ross (A Rede Social)
Melhor Canção Original - We Belong Together, de Randy Newman (Toy Story 3)
Melhor Fotografia – A Origem
Melhor Montagem - A Rede Social
Melhor Caracterização - O Lobisomem
Melhor Guarda Roupa - Alice No País das Maravilhas
Melhor Mistura de Som - A Origem
Melhor Montagem de Som - A Origem
Melhores Efeitos Visuais - A Origem
Melhor Filme em Língua Estrangeira - In a Better World (Dinamarca)
Melhor Documentário - A Verdade da Crise, de Charles Ferguson
Melhor Filme de Animação (longa) – Toy Story 3
Melhor Filme de Animação (curta) - The Lost Thing, de Shaun Tan e Andrew Ruhemann
Melhor Curta Ficção - God of Love, de Luke Matheny
Melhor Curta Metragem Documental - Strangers No More
Trent Reznor ganha um Oscar
domingo, fevereiro 27, 2011
'O Último Airbender' vence os Razzies
É já uma tradição. E na noite que antecede a entrega dos Oscares, os Razzies elegem “os piores do ano”. Assim voltou a ser, com o filme O Último Airbender, de M Night Shyamalan a bater a concorrência em cinco categorias, entre as quais as de Pior Filme, Realizador e utilização de 3D (na verdade a categoria apresentava-se com a designação Worst Eye-Gouging Mis-Use of 3-D). Quem mais “luta” deu a O Último Airbender foi a sequela de O Sexo e a Cidade, que acabou a noite com três razies, dois deles em categorias de interpretação.
A imagem que abre o post mostra precisamente um Razzie (com a forma de uma framboesa). Em baixo, a lista dos vencedores deste ano.
Pior Filme – ‘O Último Airbender’
Pior Actor – Ashton Kutcher, em ‘Killers’ e ‘Valentine’s Day’
Pior Actriz – As quatro protagonistas de ‘O Sexo e a Cidade 2’
Pior Actor Secundário – Jackson Rathbone, em ‘O Último Airbender’ e ‘The Twilight Saga: Eclipse’
Pior Actriz Secundária – Jessica Alba, em ‘The Killer Inside Me’, ‘Little Fockers’ e ‘Valentine’s day’
Pior utilização de 3D - ‘O Último Airbender’
Pior dupla / grupo em cena – O elenco de ‘O Sexo e a Cidade 2’
Pior Realizador – M Night Shyamalan, por ‘O Último Airbender’
Pior Argumento - ‘O Último Airbender’
Pior Prequela, remake, rip-off ou sequela – ‘O Sexo e a Cidade 2’
terça-feira, fevereiro 08, 2011
Pelos filmes de Gotemburgo:
'She Monkeys'
O merecido vencedor do Dragon Award principal (ou seja, o que distingue o melhor filme nórdico) na recente edição do Festival de Gotenburgo (Suécia) é um filme que pode ter pela frente um interessante percurso internacional.
Primeira longa-metragem da realizadora Lisa Aschan (nascida em 1978), She Monkeys (no seu título em inglês, apresentando-se originalmente como Apflickorna) é uma história contada e vivida no feminino. Numa pequena comunidade (que imaginamos num subúrbio já com características próximas de um espaço rural) entramos num picadeiro onde treina uma equipa que prepara a sua participação num concurso equestre. Emma apresenta-se e, depois de um teste, é aceite pela instrutora. A sua busca pela perfeição nos movimentos chama desde logo a atenção de Cassandra, uma “líder” (não oficial) da equipa, entre as duas nascendo um jogo de colaboração e competição, de atração e repulsa, que conduzirá toda a narrativa. De resto, o espaço central da história só aceita mais uma protagonista, Sara, na verdade a pequena irmã de Emma que vive encantada por um primo que lhe faz ocasionais sessões de baby sittying.
Com um olhar realista, uma fotografia cuidada e um argumento bem construído, She Monkeys junta os ingredientes do registo coming of age aos da competição por um lugar na equipa que participará num concurso. O talento narrativo de Lisa Aschan e o olhar da câmara da sua directora de fotografia juntam-se a um impressionante trio de jovens actrizes para fazer de She Monkeys um candidato a ser um dos grandes filmes de 2011.
segunda-feira, janeiro 17, 2011
Globos de Ouro 2010:
entre 'A Rede Social' e 'Glee'
Já houve distinções ao filme do último ano, mas a verdadeira temporada de atribuição de prémios que precedem a entrega dos Óscares começou oficialmente esta madrugada em Los Angeles, com o filme A Rede Social, de David Fincher e a série televisiva Glee a triunfar em mais uma edição dos Globos de Ouro. O filme The Kings Speech, que partia com sete nomeações, acabou apenas por triunfar na categoria de Melhor Actor (Drama), distinguindo assim a interpretação de Colin Firth.
Glee triunfou uma vez mais como melhor série de musical ou comédia, com prémios de interpretação atribuídos a Chris Colfer (que veste a pele de Kurt) e Jane Lynch (Sue Sylvester).
Na distribuição final dos números, A Rede Social somou quatro Globos de Ouro, Glee três e Boardwalk Empire, Os Miúdos Estão Bem e The Fighter triunfaram em duas categorias.
Aqui fica uma lista completa dos vencedores dos Globos de Ouro de 2010:
Cinema:
Melhor Filme (drama): ‘A Rede Social’
Melhor Filme (musical ou comédia): ‘Os Miúdos Estão Bem’
Melhor Realizador: David Fincher (‘A Rede Social’)
Melhor Actor (drama): Colin Firth (‘The King’s Speech’)
Melhor Actriz (drama): Natalie Portman (‘Cisne Negro’)
Melhor Actor (musical ou comédia): ‘Barney’s Version’)
Melhor Actriz (musical ou comédia): Anette Benning (‘Os Miúdos Estão Bem’)
Melhor Actor Secundário: Christian Bale (‘The Fighter’)
Melhor Actriz Secundária: Melissa Leo (‘The Fighter’)
Melhor Filme de Animação: ‘Toy Story 3’
Melhor Argumento: Aaron Sorkin (‘A Rede Social’)
Melhor Canção Original: ‘You Haven’t Seen The Last Of Me’ (‘Burlesque’)
Melhor Banda Sonora Original: Trent Reznor e Atticus Ross (‘A Rede Social’).
Televisão:
Melhor Série (drama): ‘Boardwalk Empire’
Melhor Série (musical ou comédia): ‘Glee’
Melhor mini-Série ou Telefilme: ‘Carlos’
Melhor Actor (drama): Steve Buscemi (‘Boardwalk Empire’)
Melhor Actor (musical ou comédia): Jim Parsons (‘The Big Bang Theory’)
Melhor Actor (mini-série ou telefilme): Al Pacino (‘You Don’t Know Jack’)
Melhor Actor Secundário: Chris Colfer (‘Glee’)
Melhor Actriz: Katey Sagal (‘Sons Of Anarchy’)
Melhor Actriz (musical ou comédia): Laura Linney (‘The Big C’)
Melhor Actriz (mini-série ou telefilme): Claire Danes (‘Temple Grandin’)
Melhor Actriz Secundária: Jane Lynch (‘Glee’)
segunda-feira, dezembro 20, 2010
Raúl Ruiz + Paulo Branco + cinema português
Mistérios de Lisboa, de Raúl Ruiz, venceu o Prémio Louis Delluc: um grande acontecimento e um bom pretexto para relançarmos algumas questões da produção cinematográfica portuguesa — este texto foi publicado no Diário de Notícias (19 de Dezembro), com o título 'Na consagração de "Mistérios de Lisboa"'.
Há qualquer coisa de doentio no modo como os graves e complexos problemas do cinema português (a começar pela sua estrita sobrevivência económica) são tantas vezes dirimidos como um inapelável conflito entre “arte” e “comércio”. Pensemos no contraponto com que nos desafiam os americanos. Desde a paternidade simbólica de David S. Griffith (1875-1948), os EUA, não por acaso detentores da mais poderosa cinematografia do planeta, compreenderam que aqueles dois elementos não são estanques nem necessariamente opostos no seu funcionamento. Em boa verdade, são insuficientes, para não dizer incorrectos, para descrever a dinâmica de qualquer contexto de produção.
O que está em jogo, entenda-se, não é nenhuma filosofia pueril para fazermos “à maneira de” (sabemos, aliás, o desastre que são a esmagadora maioria das imitações do cinema americano por europeus). Trata-se de não perder nenhuma oportunidade para valorizarmos e rentabilizarmos (em todos os sentidos) as conquistas reais da produção cinematográfica portuguesa.
A atribuição do Prémio Louis Delluc, em França, ao filme Mistérios de Lisboa, de Raúl Ruiz [foto à direita], é uma dessas oportunidades. Antes do mais, como é óbvio, porque consagra um extraordinário trabalho de reconversão da escrita de Camilo Castelo Branco, subtilmente “cinematizada” pelo argumentista Carlos Saboga e, depois, admiravelmente encenada por Ruiz. Mas também porque na sua assinatura de produção surge o nome de Paulo Branco, um dos que mais consistentemente tem apostado na pluralidade do cinema português e também nas suas ramificações internacionais (Branco está a produzir, por exemplo, o filme Cosmopolis, de David Cronenberg).
Uma das manifestações mais estúpidas que, não poucas vezes, atravessa o debate (?) sobre o cinema português é a que obriga a estar “pró” ou “contra” Paulo Branco [foto à esquerda]. Aliás, a infeliz memória colectiva dos portugueses já esqueceu que, não há muitos anos, se promovia a mesma estupidez, com toda a carga de insinuações e chantagens, em torno do nome de Manoel de Oliveira. A questão é outra, é sempre outra. O modelo de Paulo Branco não é “bom” nem “mau”, muito menos “universal”. A questão, como sempre, está nos detalhes. E que Mistérios de Lisboa ganhe um dos prémios mais importantes de todo o espaço europeu do cinema (já atribuído, entre muitos outros, a Robert Bresson, Jean-Luc Godard e Alain Resnais), eis um detalhe interessante.
Compreendemos, assim, que é possível fazer uma produção criativa e ousada que não se submeta ao império da ficção “telenovelesca”. Mais ainda: compreendemos que é possível manter uma relação viva com a televisão (Mistérios de Lisboa passará também, como mini-série, na RTP) sem ceder à mediocridade dos seus padrões dominantes. Não é cómodo reconhecê-lo, mas este Prémio Louis Delluc ecoa, no espaço português, como um facto eminentemente político.
sexta-feira, dezembro 03, 2010
David Fincher premiado pelos críticos de Nova Iorque
David Fincher e o seu filme sobre o nascimento do Facebook, A Rede Social, dominaram os prémios do National Board of Review of Motion Pictures, organização de Nova Iorque, tradicionalmente reconhecida como uma das mais importantes do jornalismo crítico dos EUA. Além do prémio de melhor filme do ano, A Rede Social foi ainda distinguido nas categorias de melhor realizador, melhor actor (Jesse Eisenberg) e melhor argumento adaptado (Aaron Sorkin). A lista completa dos premiados está disponível no site da NBR.
quarta-feira, dezembro 01, 2010
Prémios do Cinema Europeu... como?
Esta é a sala da capital da Estónia onde se vai realizar a cerimónia dos 23ºs Prémios do Cinema Europeu, um evento quase ignorado pela... Europa — este texto foi publicado no Diário de Notícias (29 de Novembro), com o título 'Que prémios do cinema europeu?'.
No próximo sábado (4 de Dezembro), no Nokia Concert Hall [foto] de Tallinn, capital da Estónia, realizar-se-á a 23ª cerimónia dos Prémios do Cinema Europeu. Promovidos pela Academia de Cinema Europeu, são muitas vezes referidos como os “Oscars” da Europa. Dito de outro modo: pelo menos no plano simbólico, são os mais importantes na dinâmica da produção cinematográfica europeia. Em todo o caso, a designação envolve uma dramática ironia. De facto, vale a pena perguntar: nos últimos tempos, quantas referências informativas já vimos a estes prémios?
Em boa verdade, a cobertura jornalística dos prémios europeus (antes e depois da sua realização) é sempre muito escassa. Basta repararmos no contraste com o que está a acontecer há várias semanas em torno dos Oscars (marcados apenas para 27 de Fevereiro de 2011): na prática, começaram a proliferar notícias e especulações sobre candidatos. Há mesmo todo um estilo jornalístico, com grande representação na Internet, que menospreza tudo o que tenha a ver com cinema europeu, ao mesmo tempo que celebra as mais anedóticas peripécias de Hollywood (não poucas vezes, fazendo coexistir tudo isso com o mais primário anti-americanismo político).
Escusado será dizer que nenhum pretexto, nem mesmo as feridas interiores do cinema europeu, justifica que minimizemos a fascinante energia criativa do actual cinema americano. Do mesmo modo, seria pura demagogia atribuir os problemas de divulgação da produção europeia apenas às vertentes mais medíocres do trabalho jornalístico. A questão de fundo (e tem pelo menos 23 anos...) é a extrema dificuldade que as estruturas europeias do cinema revelam na promoção dos seus próprios valores e produtos.
Claro que, para além das singularidades políticas de cada país, nada disto pode ser desligado de uma ideia fraca (politicamente fraca, antes do mais) que quase ninguém quer enfrentar: a noção corrente de “cinema europeu” é tanto mais inoperante quanto não corresponde a nada de economicamente forte e consolidado. É espantoso, aliás, como se continua a acreditar que é possível promover os filmes europeus por razões “patrióticas”, sem discutir, de forma séria e construtiva, o poder de algumas empresas americanas nos mercados europeus.
Dito isto, convirá não esquecer que O Escritor Fantasma, de Roman Polanski [foto], surge como o título mais forte entre os candidatos, com sete nomeações, incluindo melhor filme, melhor realizador e melhor actor (Ewan McGregor). Polanski já foi, aliás, homenageado pela Academia de Cinema Europeu, tendo recebido em 2006 o prémio de carreira. E porque é salutar pensar as contradições do cinema também através dos seus muitos cruzamentos, convém lembrar que, apesar de impedido de entrar nos EUA, Polanski recebeu o Oscar de melhor realizador de 2002, com o filme O Pianista.
>>> Site dos Prémios do Cinema Europeu.
>>> Site da Academia de Cinema Europeu.
domingo, novembro 14, 2010
Filme sérvio vence Festival do Estoril
O filme sérvio Tilva Rosh [foto] venceu a 4ª edição do Estoril Film Festival. Eis os prémios principais atribuídos pelo júri oficial, constituído por Bella Freud, Juan Mari Arzak, Piotr Anderszewski e Adolfo Luxuria Canibal:
* MELHOR FILME
- Tilva Rosh (Sérvia), de Nikolai Lezaic
* PRÉMIO ESPECIAL DO JÚRI JOÃO BÉNARD DA COSTA
- Isabelle Huppert, pela sua interpretação em Copacabana (França)
- Reverse Motion (Rússia), argumento de Andrey Stempkovsky ,Anush Vardanyan, Givi Shavgulidze
* MENÇÃO HONROSA
- Zaur Bolotayev, pela direcção de fotografia de Reverse Motion
>>> Palmarés completo no site do festival.
segunda-feira, setembro 27, 2010
Filme argentino vence Queer Lisboa
Esta é uma imagem do filme argentino, coproduzido com Espanha e França, O Último Verão de Boyita, de Julia Solomonoff, vencedor da 14ª edição do Queer Lisboa. Já com lançamento assegurado nas salas portuguesas, a cargo da distribuidora Bosque Secreto, o filme foi ainda distinguido com o prémio de melhor interpretação feminina, atribuído conjuntamente ao seu trio de actrizes, Guadalupe Alonso, Mirella Pascoal e Nicolas Treise — palmarés completo no site oficial do Queer Lisboa.
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