Notícias de Ellis Ludwig-Leone (ao centro da foto, sentado)— nascido em 1989, em Brooklyn, discípulo de Nico Muhly, continua a dirigir os magníficos San Fermin (chamber pop, diz a Wikipedia, e não há razão para discordar). Aí está o quinto álbum da banda, Arms, maravilhoso labirinto melódico que não se envergonha de integrar qualquer coisa de primitivo e trovadoresco. Exemplo: Weird Environment, uma quase balada confessional que apela a um contido delírio sinfónico — é também, desde, já, um dos grandes telediscos do ano.
Mostrar mensagens com a etiqueta San Fermin. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta San Fermin. Mostrar todas as mensagens
segunda-feira, fevereiro 26, 2024
segunda-feira, setembro 12, 2022
San Fermin, três novas canções
Jogo elegante de linhas e volumes, esta é a capa do recente EP dos San Fermin, Your Ghost. São três novas canções da banda de Nova Iorque, começadas a rodar em finais de 2021. Eis os registos dos primeiro e terceiro temas do alinhamento — Tired Of Loving You e Your Ghost —, na City Winery de Nova Iorque, no passado dia 24 de novembro; em baixo, a canção do meio, Someone You Call Baby.
sexta-feira, junho 03, 2022
Nova canção dos San Fermin
O mais recente álbum dos San Fermin, The Cormorant I & II, surgiu há dois anos. Estarão, provavelmente, a preparar um novo registo, mesmo se é um facto que não há notícias oficiais sobre o assunto... Há, isso sim, um novo single intitulado Tired of Loving You, título adequado a uma deambulação de prudente e envolvente romantismo — este é o lyric video.
terça-feira, maio 28, 2019
San Fermin ao vivo em São Francisco
San Fermin, a banda de Brooklyn dirigida pelo multifacetado e feliz experimentador que se chama Ellis Ludwig-Leone, está de volta com um registo ao vivo: Live at the Fillmore (gravado em São Francisco, a 23 de Fevereiro de 2018) é uma magnífica ilustração de uma lógica criativa capaz de integrar, depurar e recriar influências que começam na pop, atravessam a liberdade do jazz e tende para uma celebração sinfónica — eis os temas Belong e Dead; em baixo, o documentário No Promises, disponibilizado na Net pelos San Fermin.
quinta-feira, março 23, 2017
À espera do terceiro álbum dos San Fermin
Os magníficos San Fermin, banda novaiorquina do multifacetado Ellis Ludwig-Leone, têm um novo álbum, Belong, com lançamento marcado para 7 de Abril. Será o terceiro, depois de San Fermin (2013) e Jackrabbit (2015) — eis a canção-título em formato lyric video.
segunda-feira, abril 27, 2015
San Fermin: experimental, ma non troppo
Sobre os San Fermin, vale a pena fazer uma breve revisão da matéria dada:
— Auto-definindo-se como "pastiche de post-rock, chamber pop e composição clássica contemporânea", estrearam-se com o álbum homónimo, liderados por Ellis Ludwig-Leone, de Brooklyn, discípulo de Nico Muhly;
— foram uma das grandes revelações de 2013;
— começaram este ano a revelar temas do seu segundo registo, Jackrabbit, além do mais apoiados numa sofisticada iconografia animal.
Pois bem, Jackrabbit aí está [para escutar aqui em baixo, na íntegra], com chancela da Downtown Records, superando de forma brilhante a "maldição" do segundo álbum: são sons que podemos classificar como "alternativos", "barrocos" e "sinfónicos". Mas são, sobretudo, composições que conservam uma paixão pelo modelo-canção, sem que isso as impeça de possuir o intimismo de uma antiga música de câmara, a par de um sereníssimo gosto experimental. Na primeira estrofe de Philosopher, a voz cristalina de Charlene Kaye diz assim:
When I grow up, I think that I can be an actress
I'll let the camera find the truth
In these little eyes
And I could feel what it was like to be electric
And let the people hear me scream and shout
With this little mouth
>>> Site oficial de San Fermin.
terça-feira, fevereiro 24, 2015
San Fermin, opus 2
Esta é a estrela do próximo teledisco dos San Fermin — o cão, entenda-se. O humano dá pelo nome de Ellis Ludwig-Leone e lidera a banda que adoptou o nome do famoso festival de Pamplona. Em todo o caso, o seu som é um prodígio de invenção, algures entre a pop mais depurada e um elegante classicismo — de tal modo que o seu álbum de estreia, San Fermin, foi um dos grandes acontecimentos de 2013.
Os San Fermin têm um segundo registo para lançar — Jackrabbit (21 Abril) — e já há alguns temas para escutar. Aqui ficam as fascinantes melodias e instrumentações de Parasites, Emily e Jackrabbit.
domingo, dezembro 29, 2013
Os melhores discos de 2013 (J. L.)
ARCHY MARSHALL (nome artístico: King Krule) |
* OS VELHOS. ... lembro-me quase sempre do mau humor de Jean-Paul Belmondo, em O Acossado (1959), de Jean-Luc Godard — numa cena de rua, quando uma jovem lhe tenta vender um exemplar dos Cahiers du Cinéma, sugerindo que, por certo, ele não tem nada contra a juventude, Belmondo responde: "Sim, gosto muito dos velhos".
Este ano, musicalmente, houve muitas e gratas razões para continuar a gostar dos velhos, a meu ver quase sempre mais genuínos e verdadeiros que muitas sofisticadas "imitações" pós-modernas, tão seriamente profissionais quanto emocionalmente inócuas. Lembro, por isso, as proezas de John Fogerty (Wrote a Song for Everyone), Paul McCartney (New) ou David Bowie (The Next Day); ou o monumento de relíquias esquecidas e recuperadas de Eric Clapton (Give Me Strength: The '74/'75 Recordings); ou ainda as novas aventuras de veteranos, embora de uma geração posterior, como The Flaming Lips (The Terror) e Nine Inch Nails (Hesitation Marks); além de que, last but not least, 2013 voltou a ter Beatles (On Air - Live at the BBC Vol. 2)!
* OS NOVOS. Dito isto, não posso deixar de reconhecer que a imagem corrente da juventude, combinando ridicularização mental e indiferença social (como é possível a MTV ter chegado tão baixo?...), foi sendo compensada e, sobretudo, corrigida pela simples e maravilhosa verdade do talento realmente jovem. É verdade: dos álbuns que fui escutando (e não tenho, nem de longe nem de perto, a pretensão de ter acedido a tudo, nem sequer a tudo o que, à partida, suscitava a minha curiosidade), muitos dos que me tocaram têm assinatura de gente muito nova, admiravelmente criativa.
Para mim, de facto, alguns dos grandes momentos musicais de 2013 foram de nomes estreantes. Daí a minha proposta, naturalmente instintiva e nada científica, de um top de primeiros álbuns — não sei se foram os "melhores", mas atrevo-me a pensar que a alegria de continuar a fazer música (velha, nova ou sem calendário) passa por aqui.
[Canção: EASY, EASY] Archy Marshall nasceu em Londres, usa o nome artístico King Krule e canta num registo de elaborado dramatismo que alguns incluem nos domínios da chamada neo-soul; o seu primeiro álbum foi editado a 24 de Agosto de 2013, dia do seu 19º aniversário.
[Canção: NIGHTCALL] Paisagens pop, horizontes electrónicos, alguma contaminação trip hop, dois rapazes (Dan Rothman, guitarra; Dot Major, piano, bateria e tudo o que for necessário) e uma rapariga (Hannah Reid, vocalista de serena teatralidade): são de Londres, of course.
[Canção: DAEDALUS] San Fermin? O festival de Pamplona? O álbum tem um touro na capa, mas a banda é a cena de trabalho de um compositor de Brooklyn, Ellis Ludwig-Leone, ex-assistente de Nico Muhly: sofisticação pop reescrita, em apoteose, como monumento sinfónico.
[Canção: HUSBANDS] Londres, outra vez. É um quarteto feminino que abraçou as radiosas angústias do pós-punk e soa como se o mundo tivesse começado ali (ou acabado, tanto faz...). A vocalista, Jehnny Beth, é de facto francesa e chama-se Camille Berthomier. C'est la vie.
[Canção: TENNIS COURT] Ninguém escapou a Royals, o single que fez de Lorde uma espécie de Miley Cyrus em versão alien. É bastante melhor, digo eu. E não vem de Londres: nasceu na Nova Zelândia, tem 17 anos e no seu BI consta o nome Ella Maria Lani Yelich-O'Connor.
[Canção: DEFAULT] Aviso à navegação: é o joker desta selecção. Porque é um primeiríssimo álbum, mas de uma banda de experts reunidos por Thom Yorke, incluindo o produtor Nigel Godrich e Flea, dos Red Hot Chili Peppers. Mas não será que soa um pouco a Radiohead? Não um pouco... Muito!
[Canção: HONEY] Será que podemos, ou devemos, falar de maturidade aos 22 anos? Torres chama-se, de facto, Mackenzie Scott e vem de Nashville. Em todo o caso, as suas raízes não estão exactamente no country, mas num rock primitivo, feminino, apaixonado e apaixonante.
[Canção: THAT'S ALRIGHT] Diz-se influenciada pelo som das Eternal. As profundezas da soul e as nuances do R&B ressurgem, cristalinas e sensuais, na voz desta intérprete inglesa, natural de Birmingham. Passou pelo coro de uma igreja, o que, bem entendido, só lhe fez bem.
[Canção: FALLING] Beach Girls? As três irmãs Haim são da Califórnia (Los Angeles) e praticam uma pop tão visceral quanto versátil, a que tem sido reconhecida a influência dos Fleetwood Mac. Elas preferem evocar as Destiny's Child, o que talvez seja outra maneira de dizer o mesmo.
[Canção: LAST OF THE SUMMER WINE] Provavelmente, como num filme dentro de um filme, não saímos do mesmo sítio. Ou seja: ainda de Londres, aí estão os Palma Violets, senhores de um garage rock puro e duro, sem desculpas nem modernices — e quem vier atrás que feche a porta.
quinta-feira, outubro 03, 2013
San Fermin em Brooklyn
Banda e álbum ostentam o mesmo nome: San Fermin.
A referência ao famoso festival de Pamplona é propositada (e o touro da capa assim o confirma).
Em todo o caso, o essencial está para além de tudo isso — dir-se-ia uma reencarnação americana dos Divine Comedy em... música de câmara. Isto para adoptarmos a sugestão do site oficial, definindo San Fermin como um "pastiche de post-rock, 'pop de câmara' [chamber pop] e composição clássica contemporânea"... Belo enunciado, sem dúvida, para caracterizar aquela que é a luminosa estreia de Ellis Ludwig-Leone, compositor e autor de canções de Brooklyn, ex-assistente de Nico Muhly.
O teledisco de lançamento pertence ao tema Sonsick; mais em baixo, fica também o som de Daedalus (What We Have).
O teledisco de lançamento pertence ao tema Sonsick; mais em baixo, fica também o som de Daedalus (What We Have).
Subscrever:
Mensagens (Atom)