The Kills em Seattle, na rádio KEXP

Os milagres não são assunto corrente do YouTube... mas acontecem. Eis um deles, ocorrido a 7 de fevereiro de 2024: The Kills estiveram na rádio KEXP, de Seattle. Apresentados por Cheryl Waters, Alison Mosshart e Jamie Hince interpretaram quatro canções, três do mais recente God Games (2023) e uma de Blood Pressures (2011), terminando com alguns breves minutos de uma conversa de maravilhosa intimidade — beauty exists.

 

À espera de The Kills (6/6)[Kalorama]

Com The Kills quase a chegar ao festival Kalorama, recordemos seis das suas canções, cada uma delas de um dos álbuns de originais que já editaram.

Depois de um interregno de sete anos (Ash & Ice era de 2016), God Games surgiu em 2023 com o propósito declarado de desafiar as formas "tradicionais" de The Kills, em particular através da programação, mais do que das guitarras. Ora, como Jamie Hince rapidamente reconheceu, ele e Alison Mosshart permaneciam "apenas" fiéis a si próprios, mesmo com novas e arrojadas "orquestrações". Sem desculpas, reafirmando a glória clássica do rock — eis Wasterpiece.

[ Keep on Your Mean Side ] [ No Wow ] [ Midnight Boom ] [ Blood Pressures ] [ Ash & Ice ]

À espera de The Kills (5/6)[Kalorama]

Com The Kills quase a chegar ao festival Kalorama, recordemos seis das suas canções, cada uma delas de um dos álbuns de originais que já editaram.

Ash & Ice (2016) é um álbum de continuação e reforço das sonoridades do anterior Blood Pressures, talvez mesmo de algumas "sobras", porventura com a diferença de os telediscos reflectirem uma produção de maiores recursos. Porventura significativo é também o facto de, pelo meio, Jamie Hince e Alison Mosshart terem editado um álbum ao vivo (Live at Third Man Records, 2013). Exemplo a considerar: Impossible Tracks.

[ Keep on Your Mean Side ] [ No Wow ] [ Midnight Boom ] [ Blood Pressures ]

À espera de The Kills (4/6)[Kalorama]

Com The Kills quase a chegar ao festival Kalorama, recordemos seis das suas canções, cada uma delas de um dos álbuns de originais que já editaram.

Se é que faz sentido falar de "evolução" a propósito de artistas tão metódicos e obessivos como Jamie Hince e Alison Mosshart, então Blood Pressures (2011) é o álbum da conquista definitiva da maturidade. Canções como Future Starts Slow, Heart Is a Beating Drum ou Baby Says são objectos de admirável depuração e primitivismo — ou ainda, a preto e branco, The Last Goodbye.

[ Keep on Your Mean Side ] [ No Wow ] [ Midnight Boom ]

À espera de The Kills (3/6)[Kalorama]

Com The Kills quase a chegar ao festival Kalorama, recordemos seis das suas canções, cada uma delas de um dos álbuns de originais que já editaram.

Pela primeira vez conquistando um lugar na tabela Billboard 200 (nº 133), com Midnight Boom (2008) The Kills continuavam a demonstrar que o seu universo minimalista não se encerrava num qualquer automatismo criativo. A guitarra de Jamie Hince e a voz de Alison Mosshart conseguiam a proeza, tão desconcertante quanto fascinante, de sugerir que a sua sonoridade era "apenas" o resultado de diferentes formas de percussão — daí nascia uma poética invulgar, de métricas rigorosas, exemplarmente exposta em Tape Song.

[ Keep on Your Mean Side ] [ No Wow ]

À espera de The Kills (2/6)[Kalorama]

Com The Kills quase a chegar ao festival Kalorama, recordemos seis das suas canções, cada uma delas de um dos álbuns de originais que já editaram.

Resultante de apenas duas semanas de gravações, No Wow (2005) confirmou a energia de Keep on Your Mean Side, lançado dois anos antes, de alguma maneira acentuando o minimalismo eleito por Jamie Hince e Alison Mosshart. No limite, quase tudo "parece" resultar apenas da coexistência da guitarra dele e da voz dela, mas é um facto que o resultado final expõe texturas de infinitas nuances — entre os momentos mais emblemáticos, estão o tema-título e este The Good Ones.

[ Keep on Your Mean Side ]

À espera de The Kills (1/6)[Kalorama]

Com The Kills quase a chegar ao festival Kalorama, recordemos seis das suas canções, cada uma delas de um dos álbuns de originais que já editaram.

Quando surgiu o Opus 1 — Keep on Your Mean Side (2003) — de Jamie Hince e Alison Mosshart, ficou claro que o seu primitivismo, cruzando a aridez do punk com a geometria poética do garage rock, tinha tanto de nostalgia como de experimentalismo, tudo envolvido numa energia gerando nos territórios secretos do mais puro instinto. Eis uma das bandeiras do álbum, Fuck the People, num registo de novembro de 2011, no Olympia de Paris — o título da canção não é necessariamente metafórico.

The Kills* 10 discos de 2023 [9]

* THE KILLS
God Games

Dizer que Alison Mosshart e Jamie Hince são hoje um derradeiro elo com o fulgor primitivo do rock'n'roll será um exagero (escute-se aquilo que os Rolling Stones nos ofereceram também em 2023...) O certo é que com este sexto álbum de estúdio compreendemos que o carácter visceral da sua música não é estranho a um desejo de experimentação que, desta vez, os levou a procurar a colaboração do produtor Paul Epworth (ligado a projectos tão especiais como Ultraviolence, de Lana Del Rey, ou Truth Is a Beautiful Thing, dos London Grammar, respectivamente de 2014 e 2017). Daí a densidade emocional dos resultados: a crueza muito concreta do rock contaminada pela abstração de algumas sonoridades de raiz electrónica.
Aqui fica o teledisco de 103 e uma performance acústica na 3voor12 Radio, na Holanda, incluindo dois temas do novo álbum (de novo 103 e New York) e o clássico Baby Says, do álbum Blood Pressures (2011).

* * * * * Lana Del Rey
Nina Simone
Carminho
Piotr Beczala
The Dream Syndicate
Feist
PJ Harvey
Camille Thomas

The Kills em versão acústica

Mais uma preciosidade de God Games, o novíssimo álbum de The Kills: a canção New York em versão acústica, ou como a exuberância do rock pode ser compatível com a austeridade dos meios — e a singular elegância de tudo isso, you taste just like New York...

The Kills, concerto em Paris

São 17 canções ao longo de uma hora e um quarto: no dia 3 de novembro, The Kills estiveram em Paris, na sala La Gaîté Lyrique, num concerto que o canal Arte filmou. Entre canções do novo álbum, God Games, e várias revisitações — incluindo Baby Says [11m41s] e No Wow [01h02m00s] —, eis um acontecimento realmente excepcional. Aqui fica o alinhamento e, em baixo, le tour de force.

Wasterpiece
New York
U.R.A. Fever
Tape Song
Baby Says
Future Starts Slow
Kissy Kissy
Black Balloon
DNA
Love and Tenderness
103
LA Hex
Doing It to Death
Better Days
No Wow
Sour Cherry
Monkey 23

The Kills: as canções do presente

God Games, sexto álbum de estúdio de The Kills, já anda por aí. Mas como com Alison Mosshart e Jamie Hince a memória está sempre a regressar ao presente, regresssemos também ao começo da divulgação do novo registo. Ou seja: o single com que eles começaram a (re)lembrar-nos que o rock'n'roll é ainda e sempre o som deste tempo. Dito de outro modo: eis New York e LA Hex, dois depurados ensaios de uma elegância feita de fantasmas.

The Kills reeditam No Wow

Alison Mosshart e Jamie Hince, isto é, The Kills vão assinalar os 17 anos do seu segundo álbum, No Wow (posto à venda no dia 21 de fevereiro de 2005), com uma especialíssima edição de dois LP, agendada para 3 de junho [Domino] — as remisturas estão a cargo de Tchad Blake.

Cartão de visita é o tema-título em teledisco de Sally Walker-Hudecki, combinando imagens em Super 8 com memórias do teledisco original, de Kenneth Cappello.

The Kills, The Last Goodbye

The Last Goodbye, de The Kills, faz 10 anos — eis um bom pretexto para uma efeméride. Mas não precisamos sequer de evocar a efeméride para ver/ouvir Alison Mosshart e Jamie Hince: este é o respectivo teledisco, dirigido por Samantha Morton.

 

The Kills, 20 anos

20 anos: foi a 14 de fevereiro de 2002 que The Kills — os prodigiosos Jamie "Hotel" Hince & Alison "VV" Mosshart — tiveram a sua primeira performance com público. A respectiva memória está registada no seu Instagram. O primeiro álbum, Keep on Your Mean Side, surgiria cerca de um ano mais tarde, em março de 2003 — eis um dos seus temas: Wait.

"Cosmic Dancer" x 2

I was dancing when I was twelve...

Cosmic Dancer, um clássico dos T. Rex (do álbum Electric Warrior, 1971), foi recentemente recuperado por The Kills. Dupla celebração: a nova versão e o original.

 

Dos arquivos de The Kills

Mais uma preciosidade dos arquivos de The Kills: um registo da série From the basement, com data de 2008. Alison Mosshart e Jamie Hince interpretam Tape Song, Getting Down e Goodnight Bad Morning, temas do álbum que saíra nesse ano, Midnight Boom — 3 canções, 5 estrelas.

"Baby Says", The Kills ["The Guardian"]

Depois de uma performance em televisão, depois de uma passagem por Coachella, eis Alison Mosshart e Jamie Hince, mais uma vez, com Baby Says — The Kills, em 2011, nas instalações do jornal The Guardian.

 

"Baby Says", The Kills [Coachella, 2016]

The Kills, outra vez. Baby Says, mais uma vez. Agora na edição de 2016 do festival de Coachella: Baby says / She's dying to meet you / Take you off and make your blood hum / And tremble like the fairground lights — & etc.

 

The Kills, "Baby Says"

É mais uma preciosidade da colecção de videos que The Kills recentemente disponibilizaram: Baby Says, tema emblemático do álbum Blood Pressures (2011) em performance televisiva — 5 estrelas!

 

Little Bastards — memórias de The Kills

Em crise de produção, uma banda normal costuma lançar uma antologia de registos mais ou menos esquecidos (lados B, "demos", etc.), de modo a manter alguma presença no mercado... Mas o que há de normal em The Kills? As "sobras" de Alison Mosshart e Jamie Hince organizam-se agora em Little Bastards, uma prodigiosa colecção em que podemos descobrir admiráveis variações, sobretudo de temas dos álbuns No Wow (2005) e Midnight Boom (2008). Sem esquecer a recriação de clássicos de outros autores, incluindo Screamin' Jay Hawkins e Serge Gainsbourg. Voilà!

>>> Love Is a Deserter (No Wow), de uma sessão na rádio XFM.

>>> Site oficial de The Kills.