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segunda-feira, fevereiro 17, 2014
Ver + ouvir:
Twin Shadow + Samantha Urbani,
There's a Light That Never Goes Out
Mais uma abordagem a um dos clássicos maiores da obra dos The Smiths, desta vez numa parceria entre Twin Shadow e Samantha Urbani (dos Friends).
segunda-feira, julho 02, 2012
Novas edições:
Twin Shadow, Confess
Twin Shadow
“Confess”
4AD / Popstock
“Confess”
4AD / Popstock
3 / 5
Foi uma das grandes (e boas) surpresas de 2012, o álbum de estreia Forget tendo mesmo morado entre muitas das listas que em dezembro gostam de recordar o era uma vez do ano que passou. Dois anos depois Confess continua a história. Começou por se apresentar ao som de Five Seconds, magnífico single que recupera o modo de reencontrar heranças new wave que faziam a alma central do álbum de estreia, numa canção com pulsão pop e viço de coisa dançante. Não podia prometer melhor... Mas o álbum não repete o momento em mais nenhum dos temas que fazem o seu alinhamento. O novo disco não é bem um daqueles casos primários de baralha-e-volta-a-dar que lançam por terra quem espera reconhecer as carreiras como uma sucessão de contribuições para algo que se vai construindo. Até porque, ao escutar a forma como pensa as cenografias em Be Mine Tonight, onde novas electrónicas visitam um corpo feito de guitarras, sob evocações de ambientes de inícios de 80, reconhecemos que há novas vias a explorar por George W Lewis (ou seja, o homem a quem chamamos Twin Shadow). Mas Confess parece mais focado numa ideia de arrumação mais cautelosa das ideias que no investimento na mesma ânsia de procura que o levara às formas (e às canções) que escutámos em Forget. Mantém vivos os ecos das memórias new wave (refreando contudo a presença das heranças cold wave que haviam moldado alguns dos momentos mais inesquecíveis do álbum de estreia) e assegura um alinhamento competente que parece procurar uma solidez instrumental mais moldada ao palco que à fragilidade de elementos mais discretos característicos das construções de estúdio. Um pouco como os The Killers, quando passaram de Hot Fuss para o músculo de Sam’s Town, este disco (gravado em Los Angeles) pode levar o músico a um patamar desenhado para plateias mais vastas... A capa vinca a presença do músico e de uma pose de alma rocker... Fiquemos atentos às cenas dos próximos capítulos. Não é mau. Mas depois das promessas do álbum de estreia podia (e devia) sem melhor...
terça-feira, junho 19, 2012
Um novo filme com Twin Shadow
O muito aguardado teledisco criado para Five Seconds, o novo single de Twin Shadow, teve estreia oficial, como prometido, em plena Times Square, em Nova Iorque. E agora podemos vê-lo pelo mundo inteiro. Aqui fica o pequeno filme, que tem realização assinada por Keith Musil.
sexta-feira, junho 01, 2012
Cinco segundos em Times Square
Twin Shadow vai ser em breve o nome a destacar-se entre a multidão anónima que todos os dias cruza os espaços de Times Square, em Manhattan. A 18 de junho um ecrã de LED fará ali a estreia do teledisco de Five Seconds, o seu novo single. Ao que se seguirá uma atuação ao vivo por aqueles lados.
sexta-feira, março 02, 2012
Mexefest (agora a vez do Porto)
E depois de Lisboa, agora é a vez do Porto. A primeira edição portuense do Mexefest arranca hoje e prolonga-se até amanhã com agenda que passa por espaços como o Teatro Sá da Bandeira, o Cinema Passos Manuel, o café Majestic, o Coliseu do Porto ou o Maus Hábitos. Em palco, entre outros, St. Vincent, Cass McCombs e Twin Shadow.
Podem ver aqui uma agenda de parte dos concertos agendados:
Hoje
19.00-19.45 Tiago Sousa no Café Majestic
21.40-22.25 Best Youth no Maus Hábitos
21.45-22.35 Norberto Lobo no Cinema Passos Manuel
22.00-22.45 Dani Black no Ateneu Comercial do Porto
22.25-23.10 Capitão Fausto na Garagem Vodafone FM
22.40-23.25 Niki & The Dove no Coliseu do Porto
23.15-00.15 Cass McCombs no Teatro Sá da Bandeira
23.25-00.15 Russian Red no Ateneu Comercial do Porto
23.30-00.15 Salto no Cinema Passos Manuel
00.10-00.55 King Krule na Garagem Vodafone FM
00.30-01.30 St. Vincent no Coliseu do Porto
01.15-02.00 Emika no Maus Hábitos
01.30-02.30 Supernada no Teatro Sá da Bandeira
02.00-04.00 Portable no Pitch Club-Bar
02.00-03.30 Social Disco Club no Pitch Club-Basement
Amanhã
17.00-17.45 Diego Armés na Fnac Santa Catarina
19.00-19.45 Elisa Rodriges com Júlio Resende no Café Majestic
20.15-21.01 Norton no Ateneu Comercial do Porto
20.50-21-40 The Glockenwise na Garagem Vodafone FM
21.00-21.45 Dillon no Cinema Passos Manuel
21.30-22.30 Josh Rouse no Teatro Sá da Bandeira
21.55-22.45 Os Lacraus no Maus Hábitos
22.20-23.10 The Do no Coliseu do Porto
22.20-23.30 Fink no Ateneu Comercial do Porto
23.05-23.55 Hanni El Khatib na Garagem Vodafone FM
00.00-01.00 Twin Shadow no Coliseu do Porto
00.45-02.15 DJ set do grupo Foals no Maus Hábitos
01.10-02.00 DJ set de Tiger & Woods no Pitch Club-Bar
03.00-05.00 Beatbombers no Pitch Club-Basement
E aqui podem saber mais sobre esta edição do festival.
terça-feira, abril 05, 2011
Com comentário...
sexta-feira, fevereiro 11, 2011
As sessões 4AD (parte 2)
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
As sessões 4AD
terça-feira, dezembro 21, 2010
Canções do ano (7)
Twin Shadow, Castles In The Snow
sexta-feira, dezembro 10, 2010
Em conversa: Twin Shadow (3)
Continuamos a publicação de uma entrevista com Twin Shadow que serviu de base ao artigo ‘Com casa em Brooklyn mas a olhar o mundo’ publicado na edição de 13 de Novembro do DN Gente.
O teledisco de Castles In The Snow foi filmado em São Paulo…
Sim foi filmado no Brasil, em São Paulo. Não tive qualquer participação criativa naquele vídeo. O Jamie Hurley era um fã. Conhecia algum do seu trabalho. Ofereceu-se para fazer um teledisco. Eu não tinha tempo para fazer um, e ele mandou aquele. É perfeito… Ele ligou-se mesmo a algo que faz parte de mim e que admiro. E captou mesmo a energia da canção.
Parece recordar figuras a caminho de um qualquer concerto no CBGB em tempos idos. Chegou a conhecer e viver aquele clube mítico, que agora é uma loja de roupa?
Estive nessa loja de roupa há dias. Ainda não tinha entrado para ver o que tinham lá dentro. É estranho. Mas gosto desta ideia de ver o mundo a avançar porque está vivo. Detesto a ideia do mundo como um museu. Daqui a 100 anos alguém fizer um museu sobre Twin Shadow e o movimento em Brooklyn em 2010… O que é que se pode fazer enquanto ainda houver espaço no mundo?... A vida vive por si. Se um lugar como o CBGB tinha de morrer porque o movimento tinha que morrer, a música tinha de morrer… Mas há algo interessante a acontecer ao virar da esquina e as pessoas devem é ansiar por isso mesmo. Em vez de pensar em quão preciso o seu passado foi.
Ou seja, entende a memória como um ponto de partida e não como um fim em si?
Não o teria dito melhor… Muita gente diz que a minha música é nostálgica e não sinto nada isso.
O que mais ouve dizer sobre a sua música? E como reage?
Estou a gostar. É espantoso… É um sonho feito realidade. Porque desde antes de ter 16 anos era o que eu queria. Espero que as pessoas falem de mim porque estejam interessadas na música. E não porque tenham um trabalho numa agência e tenham de fazer com que se fale dela. Gosto de falar com as pessoas sobre música.
É como uma paixão a partilhar?
Sem dúvida. E sendo universal, todos podemos falar sobre música. Tenho a sorte de viver numa altura onde receber um telefonema de Portugal não é invulgar. E posso falar com pessoas de lugares onde nunca estive.
E o que sente quando ouve alguém a dizer algo sobre a música que não tenha nada a ver com o que pensa dela?
Sim, há sempre isso… Não achava que ia ter tantas referências aos anos 80. Não achava que tanta gente pensasse que Morrissey era o meu herói… OK, não me importo… Pensem o que queiram… Têm essa liberdade…
Tem heróis?
Já não tenho.
Desistiu de ter heróis?
Já não acredito nessa palavra. Penso que há grandes homens e grandes mulheres, houve grandes pessoas. Mas passei muita da minha juventude a olhar para o John Lennon como cantautor e intérprete. E, como tantos, apercebi-me que era apenas um homem… Mas não sei… Mas não olho para ninguém para o encarar como herói…
Acha, por exemplo, que muitos americanos não votaram recentemente nos democratas (nas eleições intercalares) porque, eventualmente, deixaram de ver Obama como um herói?
Penso que o problema foi que ele não era na verdade um herói. É uma pessoa que está a tentar agradar a todos… Quando se tem um herói há demasiado idealismo. Acham que o super-homem os vai apanhar sempre que tenham uma queda…
O teledisco de Castles In The Snow foi filmado em São Paulo…
Sim foi filmado no Brasil, em São Paulo. Não tive qualquer participação criativa naquele vídeo. O Jamie Hurley era um fã. Conhecia algum do seu trabalho. Ofereceu-se para fazer um teledisco. Eu não tinha tempo para fazer um, e ele mandou aquele. É perfeito… Ele ligou-se mesmo a algo que faz parte de mim e que admiro. E captou mesmo a energia da canção.
Parece recordar figuras a caminho de um qualquer concerto no CBGB em tempos idos. Chegou a conhecer e viver aquele clube mítico, que agora é uma loja de roupa?
Estive nessa loja de roupa há dias. Ainda não tinha entrado para ver o que tinham lá dentro. É estranho. Mas gosto desta ideia de ver o mundo a avançar porque está vivo. Detesto a ideia do mundo como um museu. Daqui a 100 anos alguém fizer um museu sobre Twin Shadow e o movimento em Brooklyn em 2010… O que é que se pode fazer enquanto ainda houver espaço no mundo?... A vida vive por si. Se um lugar como o CBGB tinha de morrer porque o movimento tinha que morrer, a música tinha de morrer… Mas há algo interessante a acontecer ao virar da esquina e as pessoas devem é ansiar por isso mesmo. Em vez de pensar em quão preciso o seu passado foi.
Ou seja, entende a memória como um ponto de partida e não como um fim em si?
Não o teria dito melhor… Muita gente diz que a minha música é nostálgica e não sinto nada isso.
O que mais ouve dizer sobre a sua música? E como reage?
Estou a gostar. É espantoso… É um sonho feito realidade. Porque desde antes de ter 16 anos era o que eu queria. Espero que as pessoas falem de mim porque estejam interessadas na música. E não porque tenham um trabalho numa agência e tenham de fazer com que se fale dela. Gosto de falar com as pessoas sobre música.
É como uma paixão a partilhar?
Sem dúvida. E sendo universal, todos podemos falar sobre música. Tenho a sorte de viver numa altura onde receber um telefonema de Portugal não é invulgar. E posso falar com pessoas de lugares onde nunca estive.
E o que sente quando ouve alguém a dizer algo sobre a música que não tenha nada a ver com o que pensa dela?
Sim, há sempre isso… Não achava que ia ter tantas referências aos anos 80. Não achava que tanta gente pensasse que Morrissey era o meu herói… OK, não me importo… Pensem o que queiram… Têm essa liberdade…
Tem heróis?
Já não tenho.
Desistiu de ter heróis?
Já não acredito nessa palavra. Penso que há grandes homens e grandes mulheres, houve grandes pessoas. Mas passei muita da minha juventude a olhar para o John Lennon como cantautor e intérprete. E, como tantos, apercebi-me que era apenas um homem… Mas não sei… Mas não olho para ninguém para o encarar como herói…
Acha, por exemplo, que muitos americanos não votaram recentemente nos democratas (nas eleições intercalares) porque, eventualmente, deixaram de ver Obama como um herói?
Penso que o problema foi que ele não era na verdade um herói. É uma pessoa que está a tentar agradar a todos… Quando se tem um herói há demasiado idealismo. Acham que o super-homem os vai apanhar sempre que tenham uma queda…
quinta-feira, dezembro 09, 2010
Em conversa: Twin Shadow (2)
Retomamos hoje a publicação de uma entrevista com Twin Shadow que serviu de base ao artigo ‘Com casa em Brooklyn mas a olhar o mundo’ publicado na edição de 13 de Novembro do DN Gente.
Um dos grandes desafios para o músico hoje, com mais de 50 anos de cultura rock, é o de saber reinventar. Qual é o maior desafio para si? Tentar soar a si mesmo?
Creio que esse desafio existiu sempre. Crescemos com tanta música nas nossas vidas que não podemos deixar de ser influenciados, não podemos evitar o passado. O punk foi afastar tudo e não soar a nada que tenha acontecido antes, ser uma nova música. Mas para mim o punk soa a canções do Phil Spector dos anos 50, de certa maneira… Não acho que se possa fugir de um passado musical. Quando se vive por 20 anos ouvimos esses 50 anos de rock’n'roll na música, mais a música clássica… Para mim não interessa fugir de nada ou esforçar-me para fazer algo novo. É mais tentar ser quem seu. Tentar traduzir quem sou através da música.
A música de alguém é o retrato de que ouviu, do que gosta, do que sente e sonha fazer?
Claro… É por isso que as pessoas gostam de material muito autobiográfico… E é também por isso que as pessoas se sentem também tão atraídas pela reality television. É um reflexo do pior de si mesmo, mas mesmo assim não deixa de ser um reflexo de si mesmos. Mas as pessoas sentem-se também atraídas pela fantasia. E há muito de fantasia e de magia neste disco. Muita esperança no futuro?
Vê a escrita de canções como uma forma de escrita de ficção?
Não tenho a certeza. Não sei. Penso muito sobre escritores e penso sobre se estaremos a fazer a mesma coisa… Acho que não é a mesma coisa. Ainda não cheguei a uma conclusão. Mas a música é uma coisa divina. Escrever numa linguagem para expressar qualquer coisa é incrivelmente importante. Mas a beleza da música é o facto de não exigir que se esteja perante uma pessoa inteligente ou uma pessoa que saiba ler ou reconhecer palavras numa página. É mais directo. Não digo que seja melhor, mas chega a mais pessoas. As emoções comunicam primeiro, Depois as palavras.
Emoção pelo som?
É todo um conjunto de elementos. Mesmo que não se entenda a língua que falo entende-se pelo modo que as digo. Acho que sim, pelo som…
(continua)
terça-feira, novembro 23, 2010
Em conversa: Twin Shadow (1)
Iniciamos hoje a publicação de uma entrevista com Twin Shadow que serviu de base ao artigo ‘Com casa em Brooklyn mas a olhar o mundo’ publicado na edição de 13 de Novembro do DN Gente.
A sua vida já correu mundo… Ajude-nos a fazer esse mapa.
Nasci na capital da República Dominicana. Mudei-me depois para a Florida quando tinha uns três anos. Para Miami… Que era uma cidade violenta, que é o que se conhece dos filmes. Mudámo-nos depois em busca de um lugar mais pacífico… E vivemos numa ilha por uns tempos… Cresci nessa pequena ilha. Ia à escola fora da ilha, mas deixei a escola ao fim de um ano. Afastei-me. Não vivia em casa, mas com amigos, depois com uma namorada. E a dada altura fartei-me de estar ali. Comecei a interessar-me pela música quando tinha 16 anos. Fui para Boston, onde entrei numa banda punk, por uns dois anos e meio. E perdi depois o interesse na música. Sentia que não me estava a satisfazer. Mudei-me novamente para Nova Iorque. Andei em digressão com uma banda. Mas tocava apenas baixo e não escrevia as canções. Senti então que tinha de me afastar outra vez… Ofereceram-me um emprego em Copenhaga a fazer e tocar música para uma companhia de teatro. E não sabia o que fazer… E fui. Foi aí que começou a minha relação com uma rapariga e com a Europa. Andando de um lado para o outro…
A música entra na sua vida na etapa em que vive na ilha…
E pela igreja. Cantei num coro de igreja… Foi aí que fiz muita da minha formação. Foi aí que pude cantar pela primeira vez. O director musical dava-me sempre solos para cantar… Tinha oportunidades. Foi aí que descobri que podia abrir a boca e cantar bem alto…
E levou muito tempo a encontrar o seu lugar, a sua identidade na música, que agora expressa em Forget, o seu álbum de estreia?
Sinto que venho de vários lugares na vida. E com a música acontece um pouco o mesmo. Não me preocupei em fazer um disco que tivesse um som que fosse diferente. Mas sinto que encontrei um modo de fazer tudo o que gosto de fazer…
É um disco urbano…
Sim, já me disseram isso… Queria pensar no disco como um disco pop. Os discos pop foram sempre muito cheios de diversidade. Se ouvirmos um disco dos Queen, como os que editaram no início dos anos 80, há lá de tudo… De disco a metal… São discos hoje considerados como clássicos. E é bom que um disco tenha elementos diferentes dessa maneira.
(continua)
segunda-feira, novembro 15, 2010
Novas edições
Twin Shadow, Forget
Twin Shadow
“Forget”
4 AD / Popstock
5 / 5
Não é fácil descrever a música de Twin Shadow, o projecto pelo qual se apresenta, em nome próprio, George Lewis Jr. Esta é uma música que traduz as experiências de 27 anos de uma vida que já passou por várias geografias e, desde cedo, encontrou no que ouvia motivos para entender que essa seria a sua demanda. Natural da República Dominicana, com história que passou depois por Miami, mais tarde Boston, Copenhaga ou Novas Iorque, Twin Shadow traduz em Forget, o seu primeiro álbum, a expressão de vivências assimiladas, a sua música vincando uma forma de entender uma relação com o passado que não convive com uma ideia de contemplação pela nostalgia, mas antes como a busca de pontos de partida para a justificação de um presente em que actua e acredita. George confessou já que não esperava que tantas referências aos anos 80 habitassem entre as opiniões que tem visto publicadas sobre o seu álbum, mas a verdade é que alguns ecos de memórias pós-punk passam pelos sons de Forget (os teclados em Castles In The Snow serão um exemplo disso mesmo). Mas fechar o retrato deste álbum em referências aos oitentas é escutar apenas parte dos ingredientes de um corpo versátil na gastronomia de condimentos, as estimulantes electrónicas, uma dimensão de música faça-você-mesmo em regime solitário, a dinâmica rítmica que traduz o buliço da Brooklyn dançável dos nossos dias, sendo outras das marcas de uma identidade que dificultam a rotulagem e amplificam o efeito de quem aqui mergulha em busca de surpresa (encontrando-a a cada reencontro). Forget é, além de um corpo de canções, um conjunto de experiências que despertam os sentidos. Entre o gosto pela canção e uma atitude que cruza traços de melancolia com os métodos da dança, Forget é uma das grandes surpresas de 2010. E um daqueles discos nascidos em fim de temporada, mas ainda a tempo de marcar a banda sonora de um ano que ainda não acabou.
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