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terça-feira, maio 11, 2021

Frank Zappa
* "Shut Up 'n Play Yer Guitar", 40 anos


O título Shut Up 'n Play Yer Guitar corresponde a um álbum tripartido:
Shut Up 'n Play Yer Guitar;
Shut Up 'n Play Yer Guitar Some More;
Return of the Son of Shut Up 'n Play Yer Guitar.
Ou ainda: uma colecção de solos de Frank Zappa, quase todos registados ao vivo entre 1979 e 1980. O resultado é um verdadeiro épico da história da guitarra, muito para lá de qualquer noção pitoresca de versatilidade — Zappa transcende todas as fronteiras, sem nunca desistir de ir à raiz das coisas, à sua verdade intransigentemente poética.
Shut Up 'n Play Yer Guitar foi editado a 11 de maio de 1981 — faz hoje 40 anos.

>>> Why Johnny Can't Read [montagem: Mike Crisp] + Canard du Jour, com o violinista Jean-Luc Ponty.
 


domingo, abril 21, 2019

"Uncle Meat", Zappa — 50 anos

Uncle Meat, duplo álbum, quinto registo gravado por Frank Zappa (1940-1993) com The Mothers of Invention, corresponde a uma banda sonora de um filme de ficção científica (?) que nunca foi concretizado. Ou melhor, existe um filme Uncle Meat (lançado em cassete VHS em 1987) que funciona como uma espécie de documentário do projecto que, de alguma maneira, ficou pelo caminho. Nascido da obstinada vontade de desafiar os modelos dominantes de consumo — mas sem os ignorar, convocando elementos do free jazz às raízes do rock'n'roll, passando por admiráveis derivações orquestrais —, constitui uma peça genial de invenção e celebração, ainda e sempre para além de qualquer tempo, moda ou movimento.
Gravado entre Setembro de 1967 e Setembro de 1968, Uncle Meat foi posto à venda no dia 21 de Abril de 1969 — faz hoje 50 anos.

>>> Dog Breath Variations + Uncle Meat: duas faixas do álbum num concerto com o Ensemble Modern, na Alte Oper de Frankfurt, a 17 de Setembro de 1992, sob a direcção do próprio Frank Zappa — foi a sua derradeira performance pública; o respectivo registo seria editado como The Yellow Shark, álbum lançado em Novembro de 1993, cerca de um mês antes do falecimento de Zappa.

quarta-feira, novembro 01, 2017

O Halloween segundo Zappa

Velho preconceito: reduzir toda a cultura americana, a começar por Hollywood, a uma lixeira alimentada por alguns perigosos intelectuais, lacaios do imperialismo... Entretanto, por estes dias, vamos assistindo à obscena importação do Halloween made in USA, num processo totalmente alheio a qualquer sensibilidade cultural, americana ou europeia, e os vigilantes dos bons costumes nada dizem...
Enfim, se se trata de comemorar o Halloween, ao menos façamo-lo como deve ser, evocando e invocando o génio de Frank Zappa.
Foi entre 28 e 31 de Outubro de 1977 que Zappa e a sua banda deram seis lendários concertos no Palladium de Nova Iorque — uma "temporada" que entrou para a história como uma espécie de revisão/celebração da matéria dada, numa altura em que a sua discografia já incluía uma colecção de preciosidades como o fundador Freak Out! (1966), ou ainda Hot Rats (1969) e One Size Fits All (1975).
Pois bem, tudo isso está agora disponível numa caixa intitulada Halloween 77: The Palladium, NYC; como alternativa, há uma edição de 3 CD com a designação Halloween 77 [foto em cima], incluindo apenas o concerto do dia 31 — tudo, como se impõe, com chancela Zappa Records. Aqui fica o som do épico Wild Love e ainda imagens de um desses concertos, com o tema Muffin Man, extraídas do filme Baby Snakes.




>>> 'Recordando Halloween 1977', por David Fricke [Rolling Stone].

quinta-feira, agosto 27, 2015

Frank Zappa, opus 100

Digamos, para simplificar, que algures em 1993 Frank Zappa desembocou num trabalho em que a acumulação de sons (electrónica, ambientes, água a escorrer...) se conjugou com a visita de um grupo de cantores da República de Tuva, na Sibéria do sul. Isto para além de um apaixonado regresso aos sentimentos tradicionais (?) da guitarra, cruzados com o uso obsessivo do Synclavier e a presença clássica (?) do piano. Estranho? Muito estranho, caro leitor. E apetece dizer: tanto mais fascinante quanto mais estranho.
Na prática, aí está, finalmente editado no ano da graça de 2015, o álbum nº 100 da discografia oficial de Zappa, terminado pouco antes da morte do músico, a 4 de Dezembro de 1993 (contava 52 anos). Dizer que se trata de um exercício que encaixa no género experimental é quase uma ofensa, de tal modo aquilo que aqui acontece se distancia de qualquer noção estabilizada de género. Fiquemo-nos, para já, pela ideia de que se trata de um apelo/desafio à dança, festivamente formulado no título Dance Me This. E evitemos a facilidade de repetir que Zappa está sempre à frente do seu tempo. Acontece que o seu génio inventa a medida do seu próprio tempo — resta-nos acertar o relógio.


>>> Dance Me This no PopMatters.

sábado, dezembro 22, 2012

Zappa no sapatinho

A obra imensa e genial de Frank Zappa (1940-1993) é uma espécie de oceano nunca aquietado: não sabemos quais os limites das suas marés; além do mais, não podemos ter a certeza se estamos a ser conduzidos pelas mesmas correntes, para as mesmas praias... Daí o mistério que envolve esta nova antologia muito natalícia: Finer Moments anuncia-se como uma colecção de performances ao vivo, sobretudo de temas das décadas de 60/70. Por isso, e para não fugirmos ao espírito da quadra, aqui fica um registo televisivo, em 1976, de Black Napkins, tema do álbum Zoot Allures do mesmo ano — com cordiais saudações ao pai Natal.