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quinta-feira, junho 25, 2015

Novas edições: FFS

"FFA"
Domino / Popstock
4 / 5

De supergrupos está a história cheia de exemplos, uns mais interessantes outros nem por isso. Já a ideia de juntar duas bandas – com todos os elementos de cada uma – num esforço comum, é coisa digna de, logo pela ideia, chamar outra atenção. E na hora de responder à chamada forem os Franz Ferdinand e os Sparks a dizer “presente”, a coisa promete… Os primeiros foram a mais entusiasmante das bandas britânicas nascidas nos noughties, com dois álbuns (os dois primeiros) e uma mão-cheia de canções a morar entre as melhores colheitas da década. Os segundos são veteranos e um dos maiores casos sérios de criatividade e expressão de personalidade na história pop/rock de berço americana, com obra que já passou por caminhos do glam rock a um barroco sinfónico, com disco sound e pop electrónica pelo meio… Juntos respondem pelas iniciais. Ou seja, FFS… A ideia de uma colaboração foi sendo falada ao longo dos anos até que finalmente ganhou fôlego, surgindo o disco num tempo em que nem uma nem outra das bandas vivia um momento particularmente intenso. Na verdade, e apesar de alguns bons momentos no seu mais recente álbum, os Franz Ferdinand perderam o “momento” por volta do terceiro álbum. Por seu lado os Sparks, que viram o belíssimo musical baseado em Ingmar Bergman passar a leste das atenções, não editam um álbum de calibre maior desde o fenomenal Lil’ Beethoven de 2002.

FFS mostra quão fértil pode ser o diálogo quando falta a voz ao monólogo. E conjunto de 12 canções serve um bálsamo aos admiradores de ambas as bandas num alinhamento de canções que cruzam formas e épocas, doseiam personalidades e ideias, sendo mais presente (ou pelo menos mais impositivo) o fulgor com que os Sparks sempre encararam as suas canções, a angulosidade dos Franz Ferdinand não estando contudo toldada, a soma revelando afinal a alma compósita que justifica em pleno a ideia de colaboração que, ao contrário do que parodia a canção que incluem quase no final do disco – Colaborations Don’t Work -, funciona. E muito bem.

O alinhamento abre ao som de Johnny Delusional, canção pop perfeita que reacende a luminosidade clássica dos Sparks, é o perfeito cartão de visita para nos dar a conhecer este encontro, definindo um patamar de diálogo que será talvez mais equidistante de ambos os protagonistas um pouco mais adiante, em Save Me From Myself. Mesmo mostrando Call Girl ou So Desu Ne uma proximidade maior aos registos mais habituais de Kapranos e companhia ou mostrando The Power Couple ou Colaborations Don’t Work um claro posicionamento entre os terrenos dos manos Mael, o álbum procura de facto a diluição de contribuições, o que é facilitado pela alma pop, o bom humor e a inteligência que sempre habitou a essência da alma dos dois grupos. As peculiaridades vocais de Russel Mael e o gosto barroco dos arranjos mais habituais nos Sparks acabam por vezes a destacar-se, não se notando contudo aqui ecos de guerras de egos. Pela música passa um entendimento como por vezes nem dentro de uma mesma banda se faz notar. O resultado é um disco pop de fôlego clássico, um álbum bem disposto e até mesmo divertido. Para almas bem dispostas eis que está encontrada uma das melhores propostas para a banda sonora deste verão.

quinta-feira, junho 18, 2015

Para ler: Franz Ferdinand e Sparks
num mesmo palco

Acabam de editar um álbum conjunto sob a designação FFS. Juntos, os Sparks e os Franz Ferdinand estão agora na estrada, em julho tendo passagem agendada por estes lados. O Guardian foi vê-los num primeiro concerto e conta como foi.

Podem ler aqui.

sexta-feira, junho 05, 2015

Ver + ouvir:
FFS, Johhny Delusional



FFS... Ou seja, Franz Ferdinand e Sparks... Uma reunião que se materializa num álbum e numa digressão que se segue (e que passará entre nós)... O disco chega na semana que vem e fica aqui o teledisco de um dos singles dele já extraídos.

terça-feira, março 18, 2014

Ver + ouvir:
Franz Ferdinand, Fresh Strawberries



Ainda entre a colheita de 2013 dos Franz Ferdinand (ou seja, do álbum Right Thoughts, Right Words, Right Action). Este Fresh Strawberries agora com direito a novo teledisco, rodado em Londres com realização de Margarita Louca.

quinta-feira, novembro 21, 2013

Ver + ouvir:
Franz Ferdinand, Bullet



Os Franz Ferdinand apresentaram esta semana mais um teledisco para uma das canções do álbum que editaram este ano. Tema na linha "clássica" do som do grupo escocês, aqui fica Bullet.

segunda-feira, setembro 02, 2013

Novas edições:
Franz Ferdinand,
'Right Thoughts, Right Words, Right Action'

Franz Ferdinand
“Right Thoughts Right Words Right Action”
Domino / Edel
4 / 5

Todos os anos procuramos aquele disco que marca a estação mais quente (tal como, meses depois, fazemos igual demanda chegada a quadra natalícia). Em 2013 não faltam candidatos, entre a pop pastoral dos Camera Obscura, as canções feitas de eletrónicas com tempero R&B dos AlunaGeorge ou o delirante reencontro dos Pet Shop Boys com a música de dança. Mas para os adeptos das guitarras a resposta chega a dois terços da estação com um delicioso quarto álbum dos Franz Ferdinand que garante o reencontro do grupo com as canções bem ritmadas, as guitarras angulosas e as melodias viciantes que deles fizeram uma das revelações dos anos zero.

Não é preciso fazer um grande esforço (nem grandes contas) para nos apercebermos de que houve um momento na carreira dos Franz Ferdinand em que as coisas começaram a correr menos bem. Revelados discograficamente há dez anos com o single de estreia Darts of Pleasure e aclamados em 2004 com um álbum de estreia que se conta claramente entre os grandes momentos pop/rock da década dos zeros, os Franz Ferdinand souberam sobreviver à ressaca de outras bandas da sua geração, sublinhando em 2005 o seu estatuto com um segundo álbum igualmente marcante (anunciado com Do You Wanna, um dos hinos mais festivos da última década). Mas quando em 2009 nos trouxeram um terceiro álbum nem as opiniões repetiram o mesmo entusiasmo nem as vendas atingiram os mesmos patamares, cotando-se inclusivamente abaixo dos galardões que antes tinham conquistado com as unidades vendidas dos dois primeiros discos.

Mas um escorregão não indicia necessariamente um destino de decadência incontornável. E agora, quatro anos depois do menor Tonight: Franz Ferdinand, eis que apresentam um quarto disco que, mesmo não recuperando a excelência rara do primeiro, os devolve contudo a um momento de boa forma, consolidando a ideia de que neles reside um dos nomes maiores do panorama pop/rock britânico do nosso tempo e, claramente, um dos nomes de referência entre os que tiveram berço na primeira década do século.

O título parece indiciar desde logo um programa de autoconfiança: Right Thoughts, Right Words, Right Action. Um percurso pelo alinhamento revela uma coleção de dez novas canções que mantém firme a identidade pop herdada de raízes pós-punk (ou seja, sob ecos de finais dos anos 70), de novo o álbum acrescentando um mais evidente trabalho com eletrónicas, o que acrescenta alguns temperos com sabores da alvorada dos oitentas. Um balanço dançável habita na alma destas novas canções, até mesmo em momentos texturalmente mais elaborados e ritmicamente menos exuberantes como os que escutamos em The Universe Expanded, talvez o ponto mais distante do que poderia ser o universo característico do grupo, sem contudo implicar uma perda de identidade. De resto, se há característica transversal a todo o alinhamento é mesmo a capacidade do grupo em se manter firme uma linguagem comum à que nos deu pérolas pop/rock para guitarras como Take Me Out, Come On Home ou Walk Away.

Ainda é cedo para avaliar o impacte de Right Thoughts, Right Words, Right Action, disco produzido pelo próprio grupo e em cujas gravações colaboraram elementos dos Hot Chip, Björn Yttling (do trio Peter Björn & John) e Todd Terje. É também cedo para saber se arrebatará tantos prémios como o fez Franz Ferdinand (que ganhou o Mercury Prize e o Ivor Novello em 2004). Mas as críticas são entusiasmadas. E as canções podem já falar por si.

PS. Este texto é uma versão editada de um outro originalmente publicado na edição de 26 de agosto do DN com o título 'Franz Ferdinand em boa forma ao assinar dez anos de discos'

segunda-feira, julho 08, 2013

O regresso dos Franz Ferdinand

É mais um reencontro marcado para 2013. Os Franz Ferdinand têm novo álbum e deixam um aperitivo ao som de Right Action, o seu novo single. Aqui fica o teledisco.