Luke Haines - Smash The System
Showing posts with label Roman Polanski. Show all posts
Showing posts with label Roman Polanski. Show all posts
30 June 2021
03 June 2021
PERSONAL ANARCHY
O mistério do cérebro perdido de Ulrike Meinhof. A história fantástica de Jack Parsons, pioneiro aero-espacial, espião e ocultista da seita de Aleister Crowley. O Situacionismo e a guerrilha urbana. A "sci-fi" neo-swiftiana sobre uma comunidade hiper-libidinosa de mutantes de 6 centímetros. Uma discografia – em nome próprio ou sob as designações de The Auteurs, Baader-Meinhof e Black Box Recorder – com perto de 30 títulos, entre os quais The Oliver Twist Manifesto (2001), Das Capital (2003), 9 1/2 Psychedelic Meditations on British Wrestling of the 1970s & Early '80s (2011), Adventures In Dementia (2015), British Nuclear Bunkers (2015) e o inédito e confidencial The State Funeral of Winston Churchill (2005). Três livros – Bad Vibes: Britpop and My Part in Its Downfall (2009) Post Everything: Outsider Rock and Roll (2011) e o “psychedelic cookbook”, Outsider Food And Righteous Rock And Roll (2015) – e uma extensa lista de canções pelas quais, em estados variáveis de desfiguramento, desfilam Andy Warhol, Liberace, Ramones, Jacqueline du Pré, Captain Beefheart, Donovan, Maria Callas, Valerie Solanas, Nick Lowe, Klaus Kinski, Gene Vincent, Lou Reed, Peter Hammill, Marc Bolan, Bruce Lee, Roman Polanski e os futuristas russos. É, pois, inteiramente legítimo afirmar que, no imenso caldo de cultura pop/rock, não existe quem, sequer remotamente, se assemelhe a Luke Haines, adepto confesso da “personal anarchy” e supremo praticante da modalidade. (daqui; segue para aqui)
"Ex Stasi Spy"
Labels:
Baader Meinhof,
Beefheart,
Black Box Recorder,
Bruce Lee,
Donovan,
futurismo,
Lou Reed,
Luke Haines,
Marc Bolan,
Peter Hammill,
política,
Roman Polanski,
Situacionismo,
The Auteurs,
videoclips,
Warhol
09 September 2019
ESPOROS
Ainda faltavam cinco anos para o famoso incidente no Festival de Newport durante o qual Pete Seeger – enfurecido pela herética electrificação da música de Bob Dylan – terá ameaçado cortar à machadada os cabos do PA. Mas, já nessa altura, a inflexível ortodoxia folk o levava a inquietar-se com o crescente interesse (então, ainda apenas embrionário) de diversos músicos pelas tradições musicais do Norte de África, Médio Oriente e Índia, “um novo problema que emerge e ameaça ser catastrófico”. Seeger não poupava as palavras: “Os cidadãos de hoje que gostam de música folk são lançados em contacto não com uma, duas ou três, mas com dúzias e centenas de tradições. Qual delas seguir?... para o bem e para o mal, os jovens actuais que gostam de música folk combinam as diversas tradições a uma velocidade mais rápida do que alguma vez aconteceu. Alguns destes híbridos alastram como ervas daninhas fazendo-nos temer pela própria existência de outras formas”. Não se conhecem opiniões de Seeger acerca do universo musical que, daí em diante, viria a ser conhecido como folk-rock nem a Third Ear Band, em rigor, deveria ser considerada como um grupo de folk-rock.
Porém, sendo um "ensemble" integralmente acústico (ponto seegeriano positivo), a lauta ementa de referências – música medieval, árabe, indiana, minimalismo, "drones", improvisação livre, Bartók, uma difusa ideia de folk-pan-europeia – de que vorazmente se alimentava (ponto seegeriano fortemente negativo) poderia ter semeado o desassossego nas gavetinhas escrupulosamente arrumadas do cérebro de Seeger. Assente nas percussões de Glenn Sweeney, no oboé de Paul Minns, no violino de Richard Coff, e no violoncelo de Mel Davis (depois, Ursula Smith e Paul Buckmaster), tudo começou com The Giant Sun Trolley, grupo de guerrilha musical hippie contra a polícia londrina pela posse do coreto octogonal de Hyde Park (“Mas os pássaros estão autorizados a cantar?”, perguntava Sweeney quando os "bobbies" corriam com eles), depois, fugazmente, Hydrogen Jukebox, e, finalmente, durante três álbuns –, Alchemy (1969), Third Ear Band/Elements (1970) e Music from Macbeth (1972), para o filme homónimo de Roman Polanski – como Third Ear Band. Agora reeditados, a atmosfera não esconde o esoterismo-pedrado-fricolé da época (a banda tinha lugar cativo nos Solstícios de Stonehenge e óptimas relações com ordens de druídas) mas, se nos deixarmos arrastar sem demasiados preconceitos pelo fluxo sonoro, não será difícil descobrir os esporos de muito do que, mais tarde, haveria de germinar. (ver também aqui)
18 May 2018
20 December 2016
APELO ÀS ARMAS
Em 2002, vinte e seis anos após a morte de Ulrike Meinhof – fundadora, com Andreas Baader, da Rote Armee Fraktion (Fracção do Exército Vermelho), grupo alemão de guerrilha urbana, activo de 1970 a 1998 -, a filha, Bettina Röhl, descobriu que, após o alegado suicídio de Ulrike na cadeia de Stammheim, em 1976, o cérebro da mãe havia sido removido do crânio na sequência da autópsia realizada pelo neurocirurgião Jürgen Pfeiffer, com o objectivo de investigar se uma anterior cirurgia poderia ter determinado alterações de personalidade e correspondente inimputabilidade. O recuperado cérebro acabaria por juntar-se ao resto do corpo num cemitério de Berlim mas Luke Haines que (em 1996, sob o "alias" Baader Meinhof) já havia dedicado um álbum inteiro à história da RAF, não o deixa descansar em paz: agora, em "Ulrike Meinhof’s Brain Is Missing" (primeira faixa de Smash The System), muito à sua maneira, reconta a história: “Ulrike Meinhof’s brain is missing, organic matter on the run, there’s a hullabaloo in the Stasi HQ, Jürgen, Jürgen, call the surgeon...”
Sim, porque para a personagem que tanto assina com o próprio nome como enquanto The Auteurs, Black Box Recorder ou... Baader Meinhof, e exibe um CV com mais de vinte álbuns, nenhum tema é inacessível. Espécie de singularidade cósmica resultante da colisão entre Jarvis Cocker, Momus e um Syd Barrett menos descompensado, Haines é um historiador iconoclasta da coisa pop – espreitem os livros Bad Vibes: Britpop and My Part in Its Downfall (2009) Post Everything: Outsider Rock and Roll (2011) e a compilação de receitas Outsider Food And Righteous Rock And Roll (2015) –, um comentador sulfúrico da paisagem social britânica e confesso adepto da “personal anarchy”, actualmente “obcecado pelo maoísmo, a Incredible String Band e a segunda guerra mundial”. Um belíssimo caldo de cultura, pois, para este “Ritual magick agit prop call to arms” que celebra Marc Bolan e o sexo oral, reune "Bruce Lee, Roman Polanski and Me", recomenda (com solo de kazoo incorporado) a Incredible String Band – uns fulanos que cantavam “songs about caterpillars, hedgehogs and death (...) like a couple of weasels trapped in a sack” –, e convoca as massas para a revolta sob a palavra de ordem “I like the Monkees, do you like the Monkees? Let's smash the system!”
18 August 2011
MAS É "SERVIÇO PÚBLICO" À DISCRIÇÃO DO PODER DE
TURNO OU SERPENTE MALIGNA PARA MATAR NO OVO?
(plus ça change...)

Rosemary's Baby - Roman Polansky (1968)
Mário Crespo convidado pelo Governo para correspondente da RTP em Washington
(2001)
TURNO OU SERPENTE MALIGNA PARA MATAR NO OVO?
(plus ça change...)

Rosemary's Baby - Roman Polansky (1968)
Mário Crespo convidado pelo Governo para correspondente da RTP em Washington
(2001)
20 January 2011
2010 - CINEMA
(com inúmeras lacunas)

Um Homem Sério/A Serious Man - Joel & Ethan Coen

Greenberg - Noah Baumbach

Presente de Morte/The Box - Richard Kelly

O Ilusionista/L'Illusioniste - Sylvain Chomet

Tudo Pode Dar Certo/Whatever Works - Woody Allen

O Americano/The American – Anton Corbijn

Homens que Matam Cabras Só com o Olhar/The Men Who Stare At Goats - Grant Heslov

O Escritor Fantasma/The Ghost Writer - Roman Polanski
Amarga decepção:

Shutter Island - Martin Scorsese
(2010)
(com inúmeras lacunas)

Um Homem Sério/A Serious Man - Joel & Ethan Coen

Greenberg - Noah Baumbach

Presente de Morte/The Box - Richard Kelly

O Ilusionista/L'Illusioniste - Sylvain Chomet

Tudo Pode Dar Certo/Whatever Works - Woody Allen

O Americano/The American – Anton Corbijn

Homens que Matam Cabras Só com o Olhar/The Men Who Stare At Goats - Grant Heslov

O Escritor Fantasma/The Ghost Writer - Roman Polanski
Amarga decepção:

Shutter Island - Martin Scorsese
(2010)
16 February 2010
BITTER MOON - ROMAN POLANSKI, 1992
(entregar em mão a "pelo casamento, pela família" - III)
Kristin Scott Thomas e Emmanuelle Seigner
(2010)
(entregar em mão a "pelo casamento, pela família" - III)
Kristin Scott Thomas e Emmanuelle Seigner
(2010)
Subscribe to:
Posts (Atom)