Showing posts with label Lewis Carroll. Show all posts
Showing posts with label Lewis Carroll. Show all posts

12 March 2024

"Alice: Would you tell me, please, which way I ought to go from here?

The Cheshire Cat: That depends a good deal on where you want to get to" (Lewis Carroll - Alice's Adventures In Wonderland)

llustration By Sir John Tenniel

30 November 2023

Os galarós esganiçados (acrobatas vocais das altas frequências) (II)
 
Paulo Rangel, aliás, Tweedledee (PSD)

08 September 2023

LIMPAR O PÓ AOS ARQUIVOS (LXXXVI)
 
(com a indispensável colaboração do R & R)

(clicar na imagem para ampliar)
 
The Fuzztones - "1-2-5" (álbum integral aqui)
 

Plasticland - Wonder Wonderful Wonderland (álbum integral)

30 November 2022

NUM MUNDO ÀS AVESSAS

Em Through the Looking-Glass, and What Alice Found There – a sequência de 1871 para Alice's Adventures in Wonderland, publicado seis anos antes –, Lewis Carrol faz Alice penetrar, através de um espelho, num outro mundo fantástico no qual, tal como sucede numa imagem reflectida, tudo se encontra invertido. A propósito de Looking Glass (sucessor de Cusp, 2018), Alela Diane reconhece a ascendência literária e, à God Is In The Tv, explica: “Após a pandemia, demos connosco a viver num mundo às avessas, o oposto do que seria normalmente de esperar. Uma grande parte da nossa realidade foi distorcida através de uma lente com que não contávamos. No contexto do álbum, Looking Glass tanto se refere a um portal para o passado e o futuro como é um reflexo de tudo o que existe entre ambos. Tiraram-nos o tapete debaixo dos pés. Amparámo-nos na memória, aprisionados no aquário das nossas casas – acenando a um amigo através do vidro. Um ecrã de telemóvel – uma conversa por Zoom –, a toca digital do coelho deixada para trás por aqueles que desapareceram das nossas vidas ou, simplesmente, se afastaram”. (daqui; segue)

28 December 2021

ECO-AGUARELA
 

Damon Albarn foi o criador dos Blur, a única banda do Britpop que, realmente, vale a pena recordar. Inventou os virtuais Gorillaz, as cimeiras de notáveis The Good, The Bad & The Queen (com Paul Simonon, Simon Tong e o baterista de Fela Kuti, Tony Allen) e Rocket Juice & the Moon (com Tony Allen e Flea, dos Red Hot Chili Peppers) e o multi-projecto Africa Express. Compôs para o Kronos Quartet e para uma mão cheia de filmes, óperas (Monkey: Journey To The West sobre um texto chinês do século XVI, e Dr Dee, em torno de John Dee, astrólogo e alquimista da raínha Isabel I) e um musical baseado em Alice No País das Maravilhas. The Nearer The Fountain, More Pure The Stream Flows, no entanto, é apenas o seu segundo album a solo (ou, como ele prefere, um álbum que tem o nome dele na capa), sete anos após o primeiro, Everyday Robots. (daqui; segue para aqui)
 

24 November 2021

26 October 2021

“As palavras, indomáveis como são, fazem sempre ricochete. Como num jogo de espelhos, reflectem-se até ao infinito e, como nas caixas de bonecas russas, afundam-nos até ao nosso interior”. Paulo Rangel, Público, 19/10/2021 

Despedindo-se da sua actividade de cronista neste jornal ("Público"), Paulo Rangel elevou a sua propensão para o kitsch à máxima potência e o resultado é digno de ser lido. Não é a primeira vez que esta sua vocação se manifesta de maneira esplendorosa, mas agora que começou a sua corrida para um dia chegar a primeiro-ministro começamos a antever que após o “ciclo” (como se diz hoje) do discurso baixo e áspero de Costa, vamos ter o ciclo da elevação enfática de Rangel. É a isto que se chama alternância. Não subestimemos o factor da elaboração discursiva: aí aloja-se a ideologia e a visão do mundo. Paulo Rangel será certamente um bom laboratório para a observação dos efeitos do kitsch viscoso nas regiões pragmáticas. (AG; ver também aqui)

11 February 2020

FILÓSOFO MUSICAL OBLÍQUO


Para além do "fish and chips", dos "scones", da "steak and kidney pie", e do "five o’clock tea", não existe produto mais vincadamente britânico do que o “British eccentric”. Podem ser importantes inventores como Alexander Graham Bell (que pretendia ensinar o cão a falar), o venerado poeta William Blake (no jardim da sua casa, em Lambeth, ele e a mulher, Catherine, declamavam o Paradise Lost, de Milton, em trajes de Adão e Eva), ou Lord Cornbury (nomeado pela rainha, em 1702, seu representante em Nova Iorque e New Jersey, fez questão de apresentar-se nas cerimónias oficiais com roupagens femininas), mas a todos une essa característica de inclassificáveis “one of a kind”. Ivor Cutler (1923-2006) – surrealista, sábio absurdista, poeta, professor, figura da rádio, piloto da Royal Air Force (dispensado por ser demasiado “sonhador”), e "songwriter" – definia-se como “filósofo musical oblíquo” e era uma espécie de Lewis Carroll arraçado de Samuel Beckett.



No Magical Mystery Tour, os Beatles ofereceram-lhe o papel de Buster Bloodvessel (o condutor do autocarro), Bertrand Russel, John Lydon, Jim O'Rourke, Elvis Costello, David Toop e os Monty Python eram fãs, Robert Wyatt convidou-o para Rock Bottom (1974) e, no EP Nothing Can Stop Us (1982), interpretaria a sua "Go And Sit Upon The Grass", e, apenas atrás dos Fall, foi o segundo mais frequente convidado do programa de John Peel, na BBC. Na verdade, podemos verificá-lo agora, não apenas esses mas diversos mais recentes como aqueles que se reuniram para o duplo álbum de homenagem, Return to Y'Hup: The World of Ivor Cutler, referência à imaginária ilha da sua psicogeografia privada. A saber, Citizen Bravo/Matt Brennan, Raymond MacDonald, Malcolm Benzie, e Andy Monaghan, núcleo em torno do qual orbitam Tracyanne Campbell (Camera Obscura), Alex Kapranos (Franz Ferdinand), Stuart Braithwaite (Mogwai), Stuart Murdoch (Belle & Sebastian), Emma Pollock (The Delgados), Karine Polwart, Wyatt e vários outros entregues à invejável missão de, sob múltiplos ângulos, declinar, estas 26 preciosas miniaturas. Pelo menos, "Women Of The World" (“Women of the world, take over, ‘cos if you don’t the world will come to an end, and we haven't got long”), merecia sucesso global instantâneo.

15 March 2019

Já começou a 2ª temporada de Tweedledee & Tweedledum (com novo actor no papel de Tweedledum e Tweedledee pós-banda gástrica)