LOBBYING, LOBBYING, LOBBYING!
Desde que, pouco antes do Natal, a Byblos - mesmo ali em frente ao CC das Amoreiras - abriu, já lá devo ter ido bem mais do dobro das vezes que caminhei pelos passos perdidos da(s) FNAC(s). Tem, claro, tudo o que de muito bom, bom, assim-assim, mau e péssimo todas as outras livrarias têm também em matéria de "novidades". Mas, acima de tudo, o que me tem levado lá são os fundos de catálogo editoriais que as outras excluem e que, habitualmente, só se descobrem nas feiras do livro (a propósito, naquela - permanente? semi-permanente? ocasional? menstrual?... sempre que ali passo ela está lá - da Gare do Oriente, já saquei umas preciosas pechinchas) e que, na Byblos, constituem uma apreciável parcela do stock (que deverá aumentar ainda mais) a preços bem cristãos. Um exemplo só (entre vários outros): Dziga Vertov, do venerável Vasco Granja (col. Horizonte Cinema, 1981), por €1.18! A que se deverão acrescentar idênticas pepitas em matéria de DVD.
Acontece que começo a ficar preocupado. É verdade que tenho ido lá especialmente aos sábados à noite e que não tenho números que me permitam ir além do palpite. Mas, aos sábados à noite, embora seja muito simpático não ter de ocupar o 24º lugar na fila de pagamento das caixas, eu preferia ser o 25º se isso significasse que o futuro da Byblos não estava ameaçado. Já é vergonha que baste Lisboa não ter apetite por livros suficiente para poder sustentar os dez pisos da Selexyz Donner, de Roterdão (584 046 habitantes), onde apetece montar a tenda e chamar o room-service. Perder os dois da Byblos faria pensar seriamente em emigrar.
(2008)
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28 April 2008
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