Showing posts with label Matt Sweeney. Show all posts
Showing posts with label Matt Sweeney. Show all posts

06 July 2021

Bonnie "Prince" Billy & Matt Sweeney - Superwolves | Broken Record  
(hosted by Rick Rubin)

02 July 2021

 
(sequência daqui) Assumindo a dupla, Oldham e Sweeney são, agora, Superwolves e, se o cenário é já familiar, os novos capítulos da lenda nem por isso são menos inquietantes. Apenas acidificada, aqui e ali, pelo psicadelismo aracnídeo da guitarra tuaregue de Mdou Moctar, seria fácil deixarmo-nos embalar pela melodia de "Make Worry For Me", mas despertaremos, de certeza, com suores frios quando repararmos no que ele diz: “There's hideous demons and creatures at play, (...) I got monsters inside me that must be born”. Tal como não é previsível que a delicada filigrana de "Good To My Girls" dissimule o cruel discurso de uma madame de bordel (“They may cry but not to me, they know I would not hear them”). Mas, se o suportarmos, é um belíssimo álbum.

29 June 2021

MONSTROS E DEMÓNIOS
 
 
Sem se dar muito por isso, ao longo de 30 e tal anos, sob o nome (verdadeiro) de Will Oldham - aliás, Joseph Will Oldham -, mas também enquanto Palace, Palace Brothers, Palace Songs, Palace Music ou Bonnie ‘Prince’ Billy, a solo ou em colaborações com Dawn McCarthy, The Cairo Gang, Bill Callahan, Meg Baird, Jim O’Rourke e inúmeros outros, em álbuns, EP, singles, e compilações, o belo príncipe exibe no CV bem para lá de uma centena de títulos. Entre os quais, desde 25 de Abril do ano passado, também uma versão de "Grândola Vila Morena", de José Afonso, cantada "a capella", em português, na sua conta do Instagram. Pelo meio dessa densa e riquíssima floresta de música feita de folk, country e punk que lhe valeria o cognome de “Appalachian post-punk solipsist”, em Master And Everyone (2003), descobria-se "Wolf Among Wolves", uma dulcíssima e tremenda confissão de alienação e renúncia (“Why can’t I be loved as what I am, a wolf among wolves, and not as a man among men”) que, bastaria, por si só, para justificar o título da sua recolha de textos – Songs Of Love And Horror – de há 3 anos. Em 2005, na companhia de Matt Sweeney (Skunk, Chavez e pistoleiro contratado de estúdio de primeira linha), o lobo ganharia super-poderes e transformar-se-ia em possante Superwolf, criatura mítica que, só 16 anos depois, reemerge das trevas. (daqui; segue para aqui)