(sequência daqui) Publicado em Novembro de 1970, sete meses após a dissolução dos Beatles, a declaração de independência de Harrison (e também o primeiro álbum triplo de um músico a solo) foi qualificada como “Wagnerian, Brucknerian, the music of mountain tops and vast horizons" e “um ar revigorante de libertação criativa” do “único Beatle que terá ficado feliz com a extinção dos Beatles”. Mas foi Martin Scorsese – que, sobre ele, realizou Living In The Material World (2011) – quem mais se terá aproximado da verdade: “Tinha a grandiosidade da música litúrgica ou dos sinos usados nas cerimónias do Budismo Tibetano”. Ao contrário de Bob Dylan, apedrejado durante o severo período "born-again", a salada russa de cristianismo, hinduismo e budismo cozinhada por George Harrison em All Things... dava-se bem com o ar dos tempos em que o esoterismo "new age" já germinava. Na reedição do 50º aniversário, liberta-se também dos mais invasivos excessos spectorianos que, concluídas as gravações, Harrison nunca verdadeiramente amou, mantendo como bússola o princípio que Dhani enuncia: “Não quis, como em muitos 'box-sets' acontece, incluir 8 'takes' de uma canção mais 8 de outra. Nunca irei rapar o fundo ao tacho. Prometi-o a mim mesmo quando o meu pai morreu”. (50th anniversary super deluxe edition integral aqui)
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09 October 2021
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