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04 April 2017
28 January 2017
O gravíssimo problema não são as pilas nem os cus mas sim o de recomendar "literatura" do galardoado com o prémio "Lenny, pela tua saúde, não leias agora..."
vhm com a presidente do seu clube de fãs
31 December 2016
Tópico de reflexão para 31.12.2016
“I’ve known a lot of cardboard boxes in my life, and I’ve loved them all, for different reasons. Each one taught me something different about myself. There’s a few I miss more than others, but ultimately I’m happy to have had each and every one” (Moxie, Upper East Side)
29 December 2016
28 December 2016
O luxuoso Dorchester, com vista sobre Hyde Park, foi o hotel escolhido por David Bowie para, no domingo 16 de Julho de 1972, acolher dezenas de jornalistas americanos a quem iria apresentar Ziggy Stardust And The Spiders From Mars. Lou Reed (de unhas "bordeaux" e óculos escuros) e Iggy Pop (cabelo prateado, olhos pintados e t-shirt dos T. Rex) estavam presentes. E, conta Simon Reynolds em Shock And Awe: Glam Rock And Its Legacy (arrume-se já o assunto: ensaio pop do ano), Bowie, dirigindo-se aos convidados, declarou: “Pessoas como o Lou Reed e eu anunciam, provavelmente, o fim de uma era... e digo isto, catastroficamente. Qualquer sociedade que deixa à solta gente como nós está seriamente perdida. Somos ambos muito confusos, paranóicos, absolutos desastres ambulantes. Se somos a vanguarda de alguma coisa, não somos necessariamente a vanguarda de algo bom”. A 8 de Janeiro de 2016 – data do seu 69º aniversário e antepenúltimo dia de vida – David Bowie oferecia ao mundo uma derradeira Estrela Negra. Mas não suficientemente negra. You Want It Darker, murmurou Leonard Cohen, duas semanas antes de recusar ser testemunha do que, há muito previra (“I've seen the future, brother: it is murder”): no dia seguinte a ter “saído de jogo”, o planeta – seriamente perdido, sim – dava-se conta de que um candidato apoiado pelo Ku Klux Klan e pronto a partilhar o saque com um tirânico ex-director do KGB chegara à presidência dos EUA.
Em “30 Days 30 Songs” (que cresceria até “30 Days 50 Songs”), um site independente que, na qualidade de “artists for a Trump-free America”, entre 10 de Outubro e 8 de Novembro, juntou R.E.M., Franz Ferdinand, Aimee Mann, Andrew Bird, Moby, Lila Downs, Matt Berninger, Mirah, Ani Di Franco, Bob Mould e diversos outros, dispararam-se rajadas de agit-prop musical contra o Orange Clown e Michael Stipe espumou de fúria a propósito da utilização de "It’s the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)" num comício de Trump (“Go fuck yourselves, you sad, attention-grabbing, power-hungry little men. Do not use our music or my voice for your moronic charade of a campaign”), tal como fariam os Rolling Stones, Neil Young e Aerosmith. No centenário do Manifesto Dada, filho natural da Primeira Grande Guerra, e nos 40 anos do punk (a cujas relíquias, avaliadas em 5 milhóes de libras, o filho de Malcolm McLaren lançou fogo, em protesto contra a sua mumificação institucionalizada no UK do Brexit), nada impediria a História de, uma vez mais, recuar vertiginosamente.
Talvez não seja motivo para, nos EUA, voltar a cantar-se já, já, "Strange Fruit". Mas a crua reportagem de PJ Harvey por alguns dos lugares da peste contemporânea (Afeganistão, Kosovo, os bairros esquálidos da periferia de Washington D.C.) em paralelo com a metralha de videos de pesadelo de Nadya Tolokonnikova/Pussy Riot ("Chaika"/"Straight Outta Vagina"/"Organs"/"Make America Great Again") deixam adivinhar o renascimento de uma contracultura de protesto. E, é verdade, o artista anteriormente conhecido como um impronunciável "Love Symbol" regressou à condição do confirmadamente mortal Prince Rogers Nelson. E, valha-nos isso, Dylan ganhou o Nobel. E, tudo bem medido e avaliado, parece que, afinal, 2016 não terá sido o pior ano de sempre. Que nunca venhamos a ter saudades dele. Porque não se trata de saber se estava meio cheio ou meio vazio mas, sim, se o fundo do copo está furado ou não.
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27 December 2016
MÚSICA 2016 - INTERNACIONAL (IV)
(iniciando-se, de baixo para cima *, de um total de 26)
* a ordem é razoavelmente arbitrária...
A atmosfera geral – de Cohen a PJ Harvey, Burroughs, Darren Hayman, Shirley Collins, Paul Simon, Christy Moore – não foi propriamente festiva. Há anos assim. Mas alguns, como este, na música e no resto, carregam claramente nas tintas. Do francamente sepulcral à nostalgia dorida, ao delírio assombrado ou à denúncia política, a paleta raramente recorre às cores primárias. O que, seria facilmente acentuado se, dilatando a lista dos dez primeiros, incluíssemos Blackstar, de David Bowie, Lover, Beloved: Songs From An Evening With Carson McCullers, de Suzanne Vega, Skeleton Tree, de Nick Cave, ou You Can't Go Back If There's Nothing to Go Back To, dos Richmond Fontaine. Fiquemos, pois, gratos à vibrante experimentação electro-acústica de Anna Meredith, ao suave neo-classicismo de Meilyr Jones (e, noutro registo, Bob Dylan) ou à iconoclastia de Luke Haines e Neil Hannon, por terem permitido que um pouco de luz penetrasse.
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26 December 2016
2016 - Prémio "Opá, chega-me aí um dicionário!"
"Jesus Cristo foi o primeiro ‘consumista’. Com efeito, as suas últimas palavras, antes de expirar na Cruz, foram: 'Tudo está consumado!' (Jo 19, 30)" (O Capelão Magistral)
MÚSICA 2016 - INTERNACIONAL (III)
(iniciando-se, de baixo para cima *, de um total de 26)
* a ordem é razoavelmente arbitrária...
23 December 2016
MÚSICA 2016 - INTERNACIONAL (II)
(iniciando-se, de baixo para cima *, de um total de 26)
* a ordem é razoavelmente arbitrária...
22 December 2016
21 December 2016
MÚSICA 2016 - INTERNACIONAL (I)
(iniciando-se, de baixo para cima *, de um total de 26)
* a ordem é razoavelmente arbitrária...
02 December 2016
2016 - Prémio "Marriage made in Hell/Pior entrevistado & Piores entrevistadores"
* desenvolvimento criativo do pensamento-Ritarato e da técnica de resposta de concorrentes bimbos em concursos de TV que, quando perguntados, "Quem foi o primeiro rei de Portugal?", respondem "Ah isso não sei, ainda não era nascido".
30 November 2016
(trata-se, certamente, de uma desesperada manobra de pressão com o objectivo da marcar pontos para o Prémio "Lenny, pela tua saúde, não leias agora..."; preciosa oferenda nesta caixa de comentários)
29 November 2016
"Lembro agora que talvez nunca tenha amado alguém que não gostasse de Leonard Cohen. Seria um absurdo sequer tentar. Defendo até que o amor devia ser proibido para aqueles que não gostam de Cohen por não estarem criadas condições para maturidade alguma. O exercício do amor sem Cohen seria leviano, irresponsável, votado ao fracasso, uma fraude, uma imitação do amor, um engodo, uma espertice para fins dúbios, uma perda de tempo" (Valter Hugo Mãe, "JL" 23.11.2016)
25 November 2016
vhm humilhado e impotente
"No pequeno largo, o jardim imberbe, quase nenhum, diante da porta cinzenta, ficava vazio. Montreal avisava-se da presença e da ausência do cantor. Sorriam as pessoas cúmplices por saberem o que eu perguntava. Era como se tivessem ouvido mais canções do que eu. Dava-me uma certa raiva. Respondiam-me como se tivessem acesso a discos que não se vendessem em Portugal. E eu respondia: gosto muito dele. Humilhado e impotente. Gosto muito dele. Era o que todos imaginavam. Como eu, iam aos milhares por Montreal à procura da simplicidade canadiana, da simpatia e de Leonard Cohen, o belo homem" (Valter Hugo Mãe, "JL" 23.11.2016)
24 November 2016
Short list para o Prémio "Lenny, pela tua saúde, não leias agora..." (III)
"Alguns carros passaram e olharam a ver-me. Tinham todos o ar de quem sabia algo que eu nunca haveria de saber. Igual a haver uma Torre Eiffel para que só os parisienses pudessem ter olhos capazes de ver. Devo admitir que me senti pobre. Era inevitável que me sentisse pobre. Ainda que intenso e grato" (Valter Hugo Mãe, "JL" 23.11.2016, sequência da jóia daqui)
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