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24 December 2024

MÚSICA 2024 - INTERNACIONAL (IV) 

(iniciando-se, de baixo para cima *, de um total de 27)

  
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 The Unthanks - In Winter
 
 

 
 
* a ordem é razoavelmente arbitrária 

23 July 2024

"'Selah' is actually the first song I ever wrote. I didn’t put it on the first album. There was a question about what I wanted to do with it. I think the older the song, the more you’ve lost confidence in it. But it made it onto the new release. It’s a song about the moon, but the word Selah is in the Bible. I’m not religious but it means a pause for reflection or a space to think and that’s how I feel about the moon" (daqui)

29 June 2024

 
(sequência daqui) Entre ambas está "First House On The Left": "Inspirei-me na pequena casa de Birmingham onde nasci e em todas as memórias capturadas naquelas quatro paredes. Tanto as minhas como as de todos os outros habitantes que lá foram vivendo ao longo do tempo. Quando era criança e escavava no jardim, intrigava-me muito descobrir velhos soldadinhos de chumbo ou pedaços de porcelana. Era um alerta para não esquecermos que não éramos os primeiros e não seríamos os últimos a morar ali. Vistas de fora, todas as casas pareciam iguais. Mas, lá dentro, um risco na parede mudava tudo", explica Katherine aquilo que, qual Sandy Denny actual, por entre discretíssimas cordas, melhor canta: "Is this the light that shines from the shoreline? The port where we know we can rest? Or Is it just the first house on the left?" Envolvidas na memória viva do lugar (velhos relógios, o ranger de sobrados, gravações de família), há outras riscos na parede para descobrir: a assombrosa "Selah", as mais que perfeitas "A Boat On The River" e "Father Of Two". Digamos a pura verdade: todas.

27 June 2024

RISCOS NA PAREDE
 
 
Há 3 anos, aquando da publicação do seu precioso álbum de estreia, The Eternal Rocks Beneath, Kathrine Priddy explicava o motivo porque tanto admirava a poesia do norte-americano Frank O'Hara: “Gosto do modo como ele usa nomes, lugares e momentos e nunca os explica. Sentimo-nos como se estivéssemos a observá-lo através de uma janela ou como se o seguíssemos numa rua e capturássemos fragmentos de conversa. É assim que as canções deveriam ser: apenas um breve olhar sobre algo, sem precisar de explicações”. Quase poderia dizer-se que, agora, este The Pendulum Swing é pouco mais (isto é, muito mais) do que a concretização desse desejo. Entra-se através de "Returning" (uma aguada sonora de ruídos domésticos fantasmas, vozes distantes, um drone em crescendo) e sai-se por "Leaving" (uma caixa de música no interior de um túnel ao fundo do qual uma porta se fecha). (daqui; segue para aqui)
 

27 August 2021

Katherine Priddy - "One of Us Cannot Be Wrong" (Leonard Cohen)

"This song was inspired by Nico. Sylvie Simmons sums up the song as follows: 'One of Us Cannot Be Wrong', Leonard’s wryly humorous song, inspired by Nico, about a man battered but unbroken by lust (...) In fact, there was a period when Leonard Cohen was in love with Nico: although he never won her, he was 'madly in love with her'. Besides 'One of Us Cannot Be Wrong', she was also the source of inspiration for lots of other songs. But in 1967, feeling he 'had no skill' and that he 'had forgotten how to court a lady', Leonard went back alone to his hotel room. His thoughts full of Nico, he wrote 'The Jewels in Your Shoulder' and 'Take This Longing', then titled 'The Bells', both of which he later played and taught to Nico. She was both 'the tallest and blondest girl' in the song 'Memories' and the muse for 'Joan of Arc'".

25 August 2021

Katherine Priddy - "Letters From A Travelling Man"


(c/ Toby Shaer; daqui)

16 August 2021

Katherine Priddy - "Indigo"  
(live at Somewhere Songwriter Sessions)

(daqui; ver aqui)

10 August 2021


(sequência daqui) Agora que o primeiro álbum, The Eternal Rocks Beneath, se encontra, enfim, disponível, compreende-se bem o entusiasmo de Thompson: Priddy não só tem um recorte vocal que, várias vezes, faz pensar em Sandy Denny e Linda Thompson como, na escrita das canções, associa com absoluta elegância a tradição folk do "storytelling" à obra de poetas como Frank O’Hara: “Gosto do modo como ele usa nomes, lugares e momentos e nunca os explica. Sentimo-nos como se estivéssemos a observá-lo através de uma janela ou como se o seguíssemos numa rua e capturássemos fragmentos de conversa. É assim que as canções deveriam ser: apenas um breve olhar sobre algo, sem precisar de explicações”, disse Katherine à “Folk Radio”. Guitarra, acordeão e quarteto de cordas proporcionam a refinada moldura que aproxima estas dez canções do belíssimo La Vita Nuova, de Maria McKee, e lançam em voo a memória de instantes: “And first light of morning, a moment of still, a comma, a dash, a loaded ellipsis, ‘til you sink under slowly, I knew you were only a shadow behind me, I loved you blindly”.

08 August 2021

A MEMÓRIA EM VOO
Quando, em 2017, por ocasião da publicação de The Order Of Time, Valerie June se apercebeu de que Bob Dylan a incluira na sua lista de favoritos, ainda incrédula, confessou: “A minha maior qualidade, penso, é escrever canções. Ter a divindade do 'songwriting' a confessar que admirava a minha música foi incrível. Não frequentei a universidade mas ouvi-lo, naquele dia, a referir o meu nome foi como concluir uma licenciatura”. Em 2018, Katherine Priddy tinha já uma licenciatura em Literatura Inglesa pela Universidade de Sussex. Mas a sensação que experimentou ao saber que Richard Thompson – uma outra divindade não menor –, na “Mojo”, considerara o seu EP de estreia, Wolf, o melhor disco que escutara nesse ano, não há-de ter sido muito inferior à de acrescentar duas ou três pós-graduações ao currículo. (daqui; segue para aqui)
 
"Wolf"