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07 May 2021

(sequência daqui) Não foi a única vez em que (se o conceito tem autorização para existir) a reapropriação cultural teve lugar. Deslocada para Memphis aos 19 anos e definitivamente dedicada â música, não apenas descobriu a Memphis Soul da Stax Records (de Aretha Franklin, Booker T. & The M.G.’s, Carla Thomas, Otis Redding e Rufus Thomas), mas também as branquíssimas bluegrass, folk, country, e a tradição musical das Appalaches, coisa à qual, por entre histórias e lendas de vadios e vagabundos moídas no almofariz transcultural e alimentadas a "lap-steel guitar", ukulele e banjo (“instrumento de origem africana”, sublinha), haveria de chamar "organic moonshine roots music". Sobre ela pairavam também Mississippi John Hurt, Memphis Minnie, Dolly Parton, Etta James e a Carter Family que iriam fertilizar o terreno onde a sua música cresceria: “No meio musical, quando se fala de ‘roots’, pensa-se em folk, blues, Americana... Eu prefiro pensar na minha música como uma planta: tem as raízes que lhe permitem crescer, florir e desenvolver-se em todas as direcções. Se começar a partir do solo, das raízes, e as estudar, acabarei por descobrir-me a mim mesma, crescerei e transformar-me-ei naquilo que daí haverá de surgir”.(segue para aqui)
 

29 November 2020

VINTAGE (DXL)

Dolly Parton - "9 To 5"

 
"1980: Relatable song about working a 9-5 job 
2020: Communist anthem" (dos comentários do YouTube)

08 April 2012

UMA VEZ NUM SÉCULO

 
















Punch Brothers - Who’s Feeling Young Now?

T-Bone Burnett, acerca dos Punch Brothers, não poupa palavras: “É uma das mais incríveis bandas que este país já produziu. Chris Thile, o bandolinista, é um daqueles músicos que aparecem uma vez num século, como Louis Armstrong”. Não é paleio de marketing, é mesmo para levar a sério. Pela solidíssima razão de que, como muito raramente acontece, perante Who’s Feeling Young Now?, é possível escrever a oh quão desejável frase, “nunca ouvi nada parecido”. E acrescentar-lhe, logo a seguir, um assaz apropriado “Uau!”. É verdade que, à primeira vista, se trata apenas de um tradicionalíssimo quinteto de "bluegrass" (esse subgénero da country germinado nas montanhas Apalaches, território selvagem de mestiçagens várias, onde terão até habitado os misteriosos afroportugueses, Melungeons), juntando ao bandolim de Thiele (cúmplice de Yo Yo Ma, Béla Fleck, Dolly Parton e Jack White) o violino de Gabe Witcher, o banjo de Noam Pikelny, a guitarra de Chris Eldridge e o contrabaixo de Paul Kowert.


O que já faz arregalar os ouvidos é darmo-nos conta de que esta gente, sem abdicar do virtuosismo próprio do género – mas, correcção: aqui é impossível falar de géneros! –, esborracha, sem cerimónias, os traços de identidade do que nos habituámos a chamar folk, jazz, clássica, contemporânea ou rock, desfibra implacavelmente "Kid A", dos Radiohead (como, na anterior encarnação, Nickel Creek, Thiele havia feito a 'Spit On A Stranger', dos Pavement), pulveriza "Flippen" dos suecos, Väsen, inventa as canções que Ray Davies (não) teria escrito com Kurt Weill ("Patchwork Girlfriend") ou que um Costello-"hillbilly" sofisticado assinaria de bom grado ("Hundred Dollars"), e pelo caminho, cria aquilo que, sem exagerar muito, foi descrito como “o resultado de complexos algoritmos introduzidos num processador interplanetário”.

04 December 2008

YOUTUBE/1001 MOVIES - SLIGHT RETURN
The Night Of The Hunter (realiz. Charles Laughton, 1955) + "The Seeker" - Dolly Parton (2008)