23 January 2025
22 January 2025
Hino do grupo parlamentar neo-facho
Celeste Rodrigues - "Olha a Mala"
UMA FANTASIA DE INVERNO
O mundo da superstição religiosa é maravilhosamente confuso. Ficando apenas pelo universo cristão, é bastante educativo sabermos que, desde os primórdios, inúmeros cismas, cisões e dissidências - e correspondente matanças sanguinárias - se sucederam, conduzindo ao actual e esclarecedor número de 45 000 denominações cristãs espalhadas pelo mundo. Acrescentem-se lhes os infinitos outros cultos monoteístas e politeístas, pré e pós cristãos, e teremos penetrado numa cerrada selva teológica. Na qual, por exemplo, celebrar o dia 25 de Dezembro tanto pode referir-se ao mito cristão - sobre o qual o venerável papa Leão X terá confessado "Quão proveitosa nos tem sido esta fábula de Cristo!" - como a todos os outros que festejavam Homens-Deuses (Osíris, Diónisos, Atis, Adónis, Mitra), anunciados por estrelas, nascidos de virgens por altura do solstício de Inverno, capazes de operar extraordinários milagres, crucificados, mortos e renascidos. Daí que, para evitar conflitos, desde a segunda metade do século XIX (mais precisamente, 1863, no "Philadelphia Inquirer"), "Merry Christmas" tenha vindo a ser substituído por "Happy Holidays" ou "Season's Greetings". (daqui; segue)
"River River"
21 January 2025
Diz o Marselfie: “Tive a oportunidade, por estar há muito tempo em funções, de ter conhecido bem o presidente Trump". A sério, pá?... Juras?...
20 January 2025
Catherine Nixey - Heresia: Jesus Cristo e os Outros Filhos de Deus (III)
(sequência daqui) "A multidão suplicou imediatamente a Pedro que 'mostrasse outro sinal, para que possamos acreditar em ti como ministro do Deus vivo'. Como explicaram com honestidade, ainda que com pouca constância, Simão tinha feito muitos milagres, 'e por esses motivos seguimo-lo'. S. Pedro devia agora fazer alguns, então, segui-lo-iam a ele, em vez de seguirem Simão. S. Pedro voltou-se e viu 'uma sardinha dependurada de uma janela'. Tirou-a do gancho em que se encontrava e foi até ao grupo de pessoas reunidas. 'Se agora virdes isto a nadar na água como um peixe, sereis capazes de acreditar naquele que anuncio?' A multidão respondeu a uma só voz: 'Acreditaremos verdadeiramente em ti'. S. Pedro pegou no peixe, atirou-o para a bacia de uma fonte que ali se encontrava e ordenou à sardinha que voltasse à vida: 'Em teu nome, ó Jesus Cristo'. A sardinha, que estava a ter um dia melhor do que o cão, fez como lhe foi ordenado. O povo de Roma ficou maravilhado. 'Ao verem isto', regista o texto, 'muitos seguiram Pedro e acreditaram no Senhor'.
19 January 2025
E, uma vez mais, depois do Tweedledee, vem logo o Tweedledum (também conhecido como o intelectual do Largo do Rato Mickey)
18 January 2025
17 January 2025
Porque é que o pedreiro apoiante do marujo-pedreiro-que-não-é pedreiro raramente é referido pelo nome completo, José Maria Mateus Cavaco Silva? No melhor avental pode cair a nódoa...
16 January 2025
"Dueto de Gatos"
(sequência daqui) A "pièce de résistance" foi, entretanto, o 'Duetto Buffo Di Due Gatti', de Rossini (na verdade, uma colagem de excertos de diversas peças realizada por Robert Lucas de Pearsall, sob o pseudónimo de G. Berthold): "Foi, de todos, o que me deu mais trabalho. Foi a minha irmã que me deu essa sugestão. Estive quase para desistir. Pensei em coisas muito diferentes. Mas, como ia descaracterizar um pouco o acompanhamento 'de época' do Rossini, não conhecia ninguém da clássica ou do jazz com quem me sentisse à vontade para fazer esse pedido. A partir do momento em que decidi que seria eu a fazer os dois gatos - nós podemos ter vocação para sermos várias personagens mas é, porventura, mais fácil com a escrita do que a cantar -, os nossos timbres são os nossos timbres e, por muito que haja entoações diferentes, não foi, de todo, fácil. Claro que poderia ter recorrido à facilidade de criar uma voz mais digital mas, por aconselhamento de alguns amigos, decidi não o fazer. Para os arranjos, não pretendi grandes inovações, apenas a linguagem 'clássica' do quarteto, cabendo ao Zé Martins a criação de ambientes sonoros que fossem, por essa via, inovadores". Como diria Charles Bukowski, "Ter gatos à volta é bom. Se não estivermos lá muito bem, basta olhar para eles que nos sentiremos logo melhor, porque eles sabem que as coisas apenas são como são".
15 January 2025
Recordando um bonito momento dada-situacionista das presidenciais de há 4 anos
"Nenhum de nós tinha o mínimo interesse pela coragem que é preciso ter para se deixar matar a tiro pela ideia de uma nação que, na melhor das hipóteses, é uma união de interesses de comerciantes de peles e traficantes de couro, e, na pior, uma associação cultural de psicopatas que, como na 'pátria' alemã, saíam de casa com o seu livrinho de Goethe na mochila para, de baioneta em punho, porem os franceses e os russos no espeto" (Richard Huelsenbeck - En Avant Dada: Uma História do dadaísmo + leitura complementar)
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