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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

História do Seu Bairro - Bairro Siqueira Campos.


Jornal Cinform
História do Seu Bairro - Bairro Siqueira Campos.

Da cerâmica ao desenvolvimento.

Quando os escravos libertos começaram a habitar algumas regiões periféricas de Aracaju, lá depois de 1888, um dos locais mais cobiçados foi o Bairro Aribé, hoje Siqueira Campos. Eles, além das pessoas que vinham do Interior do Estado fugindo da seca e dos conflitos provocados por Lampião, no século passado, certamente não imaginavam que aquele pedaço da Zona Oeste da Capital se tornaria sinônimo de desenvolvimento.

A proximidade com o Centro e a grande quantidade de estabelecimentos comerciais - são clínicas, escolas, supermercados, postos de saúde, farmácias - comprovam a evolução enfrentada ao longo dos anos. Uma das modificações mais marcantes foi a construção da Praça Dom José Thomaz, onde está situada a Igreja Nossa Senhora de Lourdes. No entanto, o ícone do bairro hoje está em ruínas.

"O bairro está abandonado", lamenta a estudante Ana Paula Matos. Para José Paulo de Almeida, morador e comerciante do Siqueira, o maior problema atualmente é a violência. "Está violento demais. Não temos segurança alguma. Também faltam emprego e postos de saúde decentes", argumenta José Paulo. De acordo com ele, que já mora há 34 anos ali, a região já foi muito tranquila. A aposentada Rochelane de Souza concorda. "Morei aqui durante muitos anos e não era assim. Mudei de bairro, mas quero voltar", revela. Isso porque, para ela, em todo lugar - por melhor que seja -, há deficiências. "Aqui, a gente tem tudo. A vizinhança é boa, mas falta segurança", ressalta a aposentada.

Para a professora Meryane Almeida Lima, de fato, morar no Siqueira Campos tem muitas vantagens. "É um bairro desenvolvido. O fato de ter hospitais, clínicas, supermercados, agências bancárias, por exemplo, só facilita a vida dos moradores", analisa Meryane. Vale ressaltar que, depois do Centro da cidade, o Siqueira é considerado o Bairro com a maior praça comercial de Aracaju, tendo uma diversificada rede varejista e de serviços.

Além disso, a maioria sente orgulho em morar em ruas que homenageiam os Estados brasileiros - Bahia, Alagoas, Pernambuco, Acre, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Maranhão, Amazonas, Mato Grosso, Espírito Santo e, claro, Sergipe. "É um bairro único", garante Rochelane.

SOBRE SIQUEIRA CAMPOS

No início, o bairro era conhecido como Aribé, porque na região havia uma grande produção de vasos de cerâmica, os aribés. O nome foi modificado depois da Revolução de 1930, quando passou a se chamar Siqueira Campos, em homenagem a Antônio de Siqueira Campos, um dos líderes do 18 do Forte, por imposição do interventor de Sergipe, general Augusto Maynard Gomes.

Antônio de Siqueira Campos foi um militar e político brasileiro que participou da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em julho de 1922. A maioria dos revoltosos morreu, exceto os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes e alguns praças. O tenente Siqueira Campos morreu em um acidente aéreo, quando retornava do Uruguai ao Brasil, em maio de 1930, antes da Revolução de 1930, quando a aeronave em que estava caiu no Rio da Prata.

Foto e texto reproduzidos do site:
cinform.com.br/historiadosbairros/siqueiracampos

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Bairro Dezoito do Forte, em Aracaju



Bairro Dezoito do Forte, em Aracaju/SE.

18 do Forte se desenvolveu com doação de terrenos de associação beneficente

É um dos bairros mais antigos da Capital e abriga a Base Militar. 54 cidades de Sergipe têm população menor do que ele

Um bairro com muitas ladeiras e cheio de histórias para contar. Ele era chamado de Joaquim Távora. Mas, seis anos após o 28° Batalhão de Caçadores - 28° BC - do Exército Brasileiro ser transferido para o bairro, veio o novo nome: 18 do Forte. Uma homenagem aos 18 oficiais que resistiram na Base Militar de Copacabana, mas que foram alvejados durante a Primeira Revolução Tenentista, em 1922, no Rio de Janeiro. Até 1943, O 28° BC ocupava as instalações hoje desativadas do Hotel Pálace, à Praça General Valadão, no Centro de Aracaju.

Além do quartel do 28° BC, o bairro, que fica localizado na Zona Norte de Aracaju, abriga prédios antigos, como a Igreja de São Pio Décimo e o Hospital da Polícia Militar. Segundo dados do último censo, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE -, o 18 do Forte tem 22.251 moradores. Maior populacionalmente do que 54 municípios sergipanos.

Luiz Gomes Ribeiro, militar reformado, serviu o Exército e frequentou o 28° BC durante as décadas de 70 e 80. Hoje, aos 83 anos, recorda-se dos tempos em que via um bairro pouco habitado. "Aqui, era um campo aberto. Não tinha essas casas todas. Isso aqui era um terreno vago. Aí, começaram a construir os imóveis e depois veio a praça", lembra.

O militar reformado diz que é um orgulho morar próximo ao batalhão, local onde serviu à Pátria durante anos, e fala sobre a tranquilidade que é viver na localidade. "Hoje, todo mundo quer vir morar aqui. Tem o quartel e ele nos dá uma sensação de segurança maior", afirma.

DOAÇÃO

O aposentado Emanuel Dantas de Oliveira também é um morador antigo. Ele revela que logo nos primeiros anos em que foi viver no bairro, não havia água encanada e nem rede elétrica. "A população teve de protocolar vários pedidos na Prefeitura naquela época", informa.

Emanuel Dantas relata, ainda, que muitas casas foram construídas em terrenos doados pela Associação Aracajuana de Beneficência, que administra o Hospital Santa Izabel, vizinho ao bairro, no Santo Antônio. "A associação doou os terrenos para funcionários antigos do hospital", acrescenta.

Segundo o administrador do Setor Patrimonial da Associação Aracajuana de Beneficência, Jurandy Góis, o terreno doado é um legado da Fazenda Nacional. Ele foi adquirido em 1915, através de Decreto Nacional, sancionado pelo então presidente da República Wenceslau Braz.

O terreno compreende cinco Bairros: Santo Antônio, Cidade Nova, Palestina, Industrial, além do 18 do Forte. O objetivo era que pessoas que foram infectadas durante uma epidemia de tifo e tuberculose, na época, fossem tratadas. Aos poucos, os terrenos - antes matas - foram se tornando habitados. Ainda de acordo com o administrador, a associação passou a liberar os lotes - não como afirma o senhor Luiz, para funcionários antigos -, mas para a comunidade como um todo.

Décadas depois, muita diferença. Há muitas casas, prédios e condomínios. O bairro cresceu. José Clodoaldo de Rezende, aposentado, mora em um condomínio próximo ao 28° BC. Ele diz que quando foi para a região, vários prédios já estavam erguidos.

"Quando eu vim morar aqui, o 18 do Forte já estava bastante habitado. O que mudou é que pavimentaram algumas ruas", diz. O aposentado destaca que o bairro, distante cerca de 5km do Centro da Capital, tem algumas qualidades. "Com todos os cuidados, é um bom lugar de se morar. Além disso, em dez minutos a pé, a gente chega ao Centro. É uma vantagem!".

Cinform - Dados: IBGE 2010.

Fotos e texto reproduzidos do site:
cinform.com.br/historiadosbairros

quinta-feira, 6 de junho de 2013

História do Seu Bairro - Bairro 13 de Julho, em Aracaju



História do Seu Bairro.
Por cinform.com.br

13 de Julho é um dos mais cobiçados, mas manguezal míngua com agressão.

Esse bairro foi palco de acontecimentos históricos de guerra que marcaram a Capital, e passou por várias transformações urbanísticas

O bairro hoje chamado de 13 de Julho é um dos mais cobiçados de Aracaju. A localização privilegiada, na Zona Sul, a caminho da Atalaia, influencia, e muito, nos altos valores cobrados por metro quadrado. Apesar de tão disputado, é o 10º menor bairro da Capital, com uma população de 8.328 pessoas, segundo estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

O registro histórico mais antigo que existe, segundo o historiador Amâncio Cardoso, é que a área, antes chamada Ilha dos Bois, foi vendida ao Governo Imperial pelo sitiante José Honório dos Santos, em 1872. De acordo com ele, o Governo pretendia construir ali um abrigo para controle sanitário, onde seriam mantidas pessoas portadoras de epidemias. Amâncio Cardoso explica que, no entanto, o abrigo não foi construído e que, já no final do século XIX, a área começou a ser povoada por marujos e pescadores, por ser região ribeirinha.

No início do século seguinte, os banhos na praia se popularizaram, e o lugar recebeu um novo e sugestivo nome: Praia Formosa. Mas a tranquilidade não durou muito tempo. Em 13 de julho de 1924, durante a Revolta Tenentista, Aracaju foi tomada por tropas rebeladas do Exército. A cidade ficou em clima de guerra durante 21 dias.

Em 27 de novembro de 1930, foi decretada a mudança do nome do bairro. A Praia Formosa passou a se chamar 13 de Julho. O historiador relata que, no ano seguinte, o bairro já possuía quase 100 casas. Décadas depois, foi ocupado por prédios luxuosos e se tornou um cartão-postal dos mais cobiçados de Aracaju.

A empresária Beljania Almeida mora ali há 11 anos. Ela diz que o lugar mudou muito na última década. "Há alguns anos, havia vários terrenos baldios. Hoje, o bairro se tornou, praticamente, um centro comercial, com várias galerias", afirma a empresária. De fato.

Segundo Beljania, é um ótimo local para viver, principalmente pela localização. "Tudo o que a gente procura, acha por perto: padaria, supermercado, escola para os filhos, academia. O essencial para o dia a dia", destaca a moradora.

Mas os residentes dali se queixam dos altos valores cobrados pelos comerciantes. "Tudo aqui é mais caro. Os preços do pão, do leite, das roupas são bem mais elevados do que os praticados em outros bairros de Aracaju", reclama o aposentado José de Ramos Sobral.

Sobral observa também que o canal que corta o bairro incomoda um pouco os moradores. "Já deveriam ter resolvido isso. É um mau cheiro insuportável", diz o aposentado. O calçadão do Bairro 13 de Julho, que funciona como uma espécie de cílios do bairro, é propício para a prática esportiva. E atrai, também, dezenas de pessoas para caminhadas ao ar livre.

Mas o manguezal ao lado começou a ser degradado e a deixar o local com um aspecto bem diferente de anos atrás. "Isso aqui era tudo verdinho. Agora, a vegetação parece morta. O mangue está bem feio", diz o estudante Márcio Santos de Oliveira. Algo que, certamente, o Bairro 13 de Julho não merece.

CINFORM - Dados: IBGE 2010.

Fotos e texto reproduzidos do site:

cinform.com.br/historiadosbairros/trezedejulho.html

terça-feira, 4 de junho de 2013

História do Seu Bairro - Bairro São José, em Aracaju



História do Seu Bairro - Bairro São José.
Publicação do cinform.com.br *

São José, tradição e referência em Aracaju
Bairro até hoje carrega identidade nobre e reúne moradores de classe média alta

Um dos mais tradicionais de Aracaju, o Bairro São José foi criado a partir da fusão de duas antigas localidades: Fundição e Bariri. A Fundição era situada ao Sul do Centro da cidade, margeando o Rio Sergipe, onde ficava o depósito de inflamáveis e a sede dos primeiros clubes de regatas da cidade - o Cotinguiba Esporte Clube, o Clube Sportivo Sergipe, ambos de 1909, e o Iate Clube de Aracaju, de 1953.

Já o Bariri, era uma área pantanosa situada nas proximidades do Carro Quebrado, atual Salgado Filho, onde haviam riachos que foram aterrados e canalizados. Esse espaço, hoje, compreende o entorno da paróquia São José e do Hospital São Lucas. Com a expansão da cidade de Aracaju, após a década de 40, o São José passou a ser um local de referência de pessoas da alta sociedade, que queriam morar um pouco mais afastadas do Centro, que começava a se tornar cada vez mais comercial.

Assim, diversos casarões e mansões foram erguidos na localidade - atualmente, porém, poucos sobraram para testemunhar essa história, visto que Aracaju, talvez por ser uma cidade jovem de pouco mais de 150 anos, não tem ainda a cultura de preservar o patrimônio arquitetônico. Para que essas casas fossem construídas, muitos aterramentos foram necessários, pois a área era alagada e tinha manguezal.

URBANIZAÇÃO

Os aterramentos intensificam-se a partir da década de 50, com o surgimento de praças e o calçamento de ruas, tornando possível a inauguração do Estádio Estadual de Aracaju. Em 1969, ele foi reformado e ampliado, passando a se chamar Estádio Estadual Lourival Baptista ou, simplesmente, Batistão. Esse foi um passo importante para a transformação da região.

A partir da década de 70, a cidade sofre um novo processo de expansão, mais ao Sul, e o São José começa a sofrer mudanças socioespaciais. Médicos, advogados, arquitetos e outros estratos sociais que residiam no bairro passam a morar em outras localidades, como os bairros 13 de Julho, Atalaia, Grageru e Inácio Barbosa.

As antigas e tradicionais residências, então, dão lugar a escritórios de advocacia, engenharia e arquitetura, mas, principalmente, a clínicas e hospitais, sendo esse o principal setor de serviços do São José, que recebe, todos os dias, milhares de pessoas da Capital e do Interior em busca de consultas, tratamentos e cirurgias nas centenas de casas de saúde existentes no bairro.

REFERÊNCIA

Outra tendência do São José é no setor educacional. Algumas das escolas mais tradicionais da cidade estão lá, a exemplo do Colégio Patrocínio de São José, Colégio Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, Colégio Atheneu Sergipense e Colégio Dom Luciano Cabral Duarte.

Os núcleos residenciais que ainda persistem encontram-se, cada vez mais, pressionados por essa tendência comercial. Em grande parte, os moradores dessas casas e edifícios são pessoas idosas que resistem a sair da localidade, agitada pelo dia, mas muito tranquila durante o período noturno.

Essa tranquilidade, aliás, foi o que fez com que a engenheira química Floraci Guimarães morasse no bairro por mais de 30 anos. "Quando cheguei, era tudo mangue. Havia pouquíssimas casas, e as que existiam eram de taipa ou palha. Era bem diferente de hoje", comenta Floraci. Aliás, para ela, as diferenças não são só positivas.

INSEGURANÇA

"Hoje, não pode ficar sentado à porta de casa, porque é roubado", lamenta. A funcionária pública Lindalva Mendonça afirma que, principalmente na Praça Tobias Barreto, a violência é grande. "O espaço está abandonado e só atrai mendigos e marginais. Não vejo policiamento e falta iluminação", argumenta Lindalva.

Para Gilda Alves de Mendonça, cabeleireira, de fato, a praça é bem perigosa. "Desde que moro aqui, há oito anos, ela está assim", diz. Mesmo assim, Gilda afirma que o bairro é ótimo para morar com a família. "É tranquilo e bem-localizado, porque é perto de tudo. Levo e busco a minha filha na escola à pé", revela Gilda, acrescentando que não tem pretensão de mudar o endereço.

CINFORM - Dados: IBGE 2010.

Texto e fotos reproduzidos do site:

cinform.com.br/historiadosbairros/saojose *