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quarta-feira, 17 de julho de 2024

Carlos Cauê lança “Tempo das Esperas” nessa quarta

Este é o segundo livro de poemas lançado por Cauê 

Legenda da foto: 'Tempo das Esperas' tem prefácio de Ronaldson Sousa e apresentação de João Augusto Gama

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 16 de julho de 2024

Carlos Cauê lança “Tempo das Esperas” nessa quarta

O escritor, jornalista e publicitário Carlos Cauê lança,nessa quarta-feira (17), o seu novo livro ‘Tempo das Esperas’. A noite de autógrafos vai acontecer, a partir das 18 horas, no Museu da Gente Sergipana. ‘Tempo das Esperas’ reúne a produção poética do autor nos últimos anos, inclusive do período da pandemia causada pela Covid-19, e está dividido em quatro partes: eis o homem, tempo, pausa e das esperas.

Carlos Cauê explica a divisão e o que apresenta em cada uma das partes. “Esta obra é dividida em quatro partes e cada uma reflete sobre um tema específico. Na primeira parte, ‘eis o homem’, fala sobre a condição do homem e as suas relações com o próprio homem, com Deus, com o próximo. É uma temática existencial, que lida com a condição humana. Depois, trata a relação com o tempo, como uma categoria absoluta que rege todas as coisas e que todos nós precisamos reverenciar. Na terceira parte, intitulada de ‘pausa’, aborda o dilema da vida e da morte que foi imposto durante a pandemia, a inquietação do homem neste período. E, por fim, traz o tempo das esperas, como um aceno de esperança, do por vir. Da necessária capacidade do homem para continuar vivendo e levando a sua vida e sua luta adiante”, explica o autor.

A poesia de Carlos Cauê sempre é uma poesia mesclada de uma reflexão filosófica sobre a vida, sobre a humanidade, sobre o tempo, sobre Deus e sobre a relação do homem com o divino. Este é o segundo livro de poemas lançado por ele. Em 2014, o autor apresentou o livro ‘Amorável’. Além destas produções, Cauê publicou os livros de contos ‘Contos de Vida e Morte’, em 1999, e, em 2021, ‘Sinfonia da Desesperança’, ambientado na pandemia. Além disso, na dramaturgia, teve duas peças encenadas: em 2004, ‘Viva – A Vida em um Ato’, e, em 2023, ‘Passatempo’.

‘Tempo das Esperas’ tem prefácio de Ronaldson Sousa e apresentação de João Augusto Gama. A capa é de Ronaldson e Rafael Balthazar, a partir da obra “A criação de Adão” (1511), de Michelangelo, sobre a qual Ronaldson criou as ilustrações do livro e a diagramação é de Adilma Menezes.

Sobre o autor

Carlos Cauê é escritor, publicitário e jornalista. Alagoano de Maceió, apaixonou-se por Aracaju ao ingressar na Universidade Federal de Sergipe (UFS), no início dos anos 1980. Recebeu os títulos de cidadão aracajuano, através da Câmara Municipal de Aracaju, e sergipano, através da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. Cauê especializou-se em Marketing Político, comandando diversas campanhas eleitorais em Sergipe.

Na gestão pública sergipana, foi presidente da Fundação Cultural de Aracaju e secretário da Cultura de São Cristóvão, quando recriou o Festival de Arte de São Cristóvão (Fasc). Foi secretário da Comunicação do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju.

Texto e imagens reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

sábado, 1 de janeiro de 2022

Carlos Cauê retrata a pandemia em seu novo livro...


Texto publicado originalmente no site IMPRENSA 24H, em 23 de dezembro de 2021

Carlos Cauê retrata a pandemia em seu novo livro: “não podemos passar incólume vendo morrer milhões de pessoas pelo mundo” 


Por Tirzah Braga 


Com nomes fictícios, mas em situações muito reais, o novo livro de Carlos Cauê, lançado na noite da última quarta-feira, 22, retrata, em 12 crônicas, o cenário de pandemia que, ao longo dos últimos dois anos, transformou a rotina de todo o mundo. “Sinfonia da Desesperança” é a terceira obra do escritor, jornalista e publicitário que, em meio à presença de familiares, amigos e admiradores, na noite de lançamento, cravou o sentimento que permeou a produção do seu novo livro: “não podemos passar incólume vendo morrer milhões de pessoas pelo mundo”. 


Em formato de bolso, acoplando 116 páginas, a sinfonia orquestrada pelas palavras de Cauê é fruto de um trabalho, sobretudo, de observação do mundo à sua volta, mundo este que, durante o período de pandemia, sofreu as perdas e as dores provocadas por um vírus que chegou sem avisar, mas ficará na memória e nos registros históricos de uma humanidade que, em tese, não será mais a mesma. 


“A humanidade está vivendo um momento muito singular. Há dois anos, estamos vivendo de acordo com regras impostas por um vírus. É uma situação em que morreram muitas pessoas, foi praticado o isolamento social, lockdown em algumas cidades, enfim, alterou completamente o cotidiano das pessoas. O livro tenta flagrar, trazer à tona exatamente esse impacto na vida das pessoas, a partir dos seus cotidianos, a partir desse impacto das vivências, das experiências, das emoções, dos sentimentos que as pessoas tiveram ao lidar com a pandemia”, relata Cauê. 


Atualmente, como secretário da Comunicação de Aracaju, Carlos Cauê contou, ainda, com sua experiência à frente da pasta para alargar e aprofundar seu olhar diante da crise sanitária. 


“O trabalho de comunicação institucional nos forçou objetivamente a fazer registros, diariamente. A construção de hospitais, a questão das UTIs, os medicamentos, as imposições de regramentos na cidade para poder conter a proliferação do vírus, ou seja, vimos de perto tudo isso e, claro, todo mundo é humano, todo mundo sente. Impactou a todos nós, pessoalmente, existencialmente, socialmente. É a partir daí que surge Sinfonia da Desesperança”, afirma o autor. 


Ao resumir a produção de sua mais nova obra, Cauê destacou, ainda que, em sua trajetória pessoal, o livro representa “um aspecto de catarse porque a gente não pode passar incólume, vendo no nosso país, por exemplo, morrer 600 mil pessoas, no mundo, milhões de pessoas. Um número enorme de pessoas foram dizimadas, outras tantas ficaram com sequelas, então, acho que todo ser humano, de uma forma ou de outra, sente isso”, completa. 


Prestígio 
 
Amigo de longa data, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, acompanhou o lançamento do livro de Cauê e falou sobre a amizade de 40 anos. “Com este livro, ele conseguiu captar o sentimento da sociedade, que viveu dois anos tão terríveis, em uma obra que, com toda certeza, nos leva à reflexão, não nos permitindo esquecer o aconteceu, mas, ao mesmo tempo, elevando nossos espíritos para o futuro. Cauê é um grande amigo que conheço desde 1981, quando começamos juntos o PCdoB, o movimento estudantil. Ele me sucedeu no DCE e temos uma amizade nestes anos todos, são 40 anos. Além de uma grande amizade, um carinho pessoal, Cauê sempre foi um parceiro de lutas políticas, de trabalhos que fizemos para melhorar a vida das pessoas. Além disso, Cauê sempre foi um intelectual, um dos grandes poetas, cronistas, dessas inteligências raras que temos em nossa cidade, nosso estado e no país”, ressalta Edvaldo.

Responsável pelo prefácio do livro, o jornalista e atual presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Luciano Correia, destacou a oportunidade de enxergar a pandemia através do olhar de Carlos Cauê. 


“Traz um olhar com a riqueza do currículo de Cauê. Ver o olhar de Cauê sobre esse momento que atravessamos é uma oportunidade rara, por isso a grandeza desse livro. É uma obra que dialoga com várias situações diferentes, se coloca em personagens distintos que sofreram os efeitos da pandemia de formas variadas de sentir. Cauê traz esse talento de multiartista que é para um livro, pequeno, em formato de bolso, porém, muito rico”, salienta Correia. 


Atual secretário municipal da Fazenda, Jeferson Passos enfatizou a habilidade do autor com as letras. “Ele escreve não só histórias como as desse livro, mas poemas e peças de teatro. Com Sinfonia da Desesperança, ele nos brinda com o seu sentimento, sua reflexão, num período tão difícil. São dois anos que a humanidade precisou se reinventar para sobreviver. Acho que essa contribuição, no momento em que estamos saindo da pandemia, vai nos ajudar a enfrentar esse período com mais leveza e tranquilidade”, acrescenta Jeferson.

 

A diretora comercial da TV Sergipe, Suelene Sá, ressalta a mensagem passada por Carlos Cauê. “Traz uma mensagem positiva e de muita reflexão para esse ciclo que estamos fechando, depois de dois anos de muito sofrimento por causa da pandemia. É um acalento. Cauê é uma pessoa muito querida pela sociedade sergipana, um poeta, conhecido pelos mais próximos e que traz essa obra que contribui para deixar marcado esse aprendizado que tivemos, durante esse período”, frisa. 


O jornalista Jozailto Lima prefaciou um dos livros de Cauê e salienta a trajetória do autor. “Sinfonia da Desesperança é um grande contributo à humanidade. Cauê é mais conhecido por ser um grande marqueteiro, porém é um grande autor, poeta que, agora, nos presenteia com essa obra de olhar profundo para as vivências humanas ao longo desse período turbulento de pandemia”, completa Jozailto. 


O vereador Vinícius Porto parabenizou Carlos Cauê pela iniciativa e contribuição à literatura.  “Cauê é uma das pedras preciosas do nosso estado. Mesmo não sendo filho de Sergipe, ele representa a nossa terra de maneira brilhante. Com esse livro, ele trabalhou perfeitamente com as palavras para retratar esse momento doloroso da pandemia e nos engrandece a alma por meio das suas reflexões”, acrescenta o vereador. 


O autor 


Carlos Cauê é publicitário e jornalista. Nasceu em Maceió/AL, mas reside em Aracaju desde o início dos anos 1980, quando ingressou na Universidade Federal de Sergipe. Cauê especializou-se em Marketing Político, comandando diversas campanhas eleitorais em Sergipe. 


Foi presidente da Fundação Cultural de Aracaju e secretário de Cultura de São Cristóvão. Foi secretário da Comunicação do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju. Escritor, publicou o livro de contos “Contos de Vida e Morte”, em 1999, e o livro de poesias “Amorável”, em 2014. Também é autor da peça “Viva – A Vida em um Ato”, encenada em 2004. 


Texto reproduzido do site: imprensa24h.com.br 

domingo, 30 de abril de 2017

Registro: Livro "Amorável", de Carlos Cauê (2014)


Publicado originalmente no Portal Infonet, em 08 de maio de 2014. 

Amor em 70 poemas marca livro de jornalista...

“Amorável” (...) livro do jornalista Carlos Cauê (2014).

Por Eliene Andrade.

O jornalista e publicitário Carlos Cauê lança (...) livro de poesias: “Amorável”. O trabalho representa a finalização de uma obra que mostra sua visão sobre os sentimentos.  O processo criativo dos textos se deu, em sua maioria, na rede social Facebook.

A publicação dos poemas, segundo o autor, foi motivada pelas solicitações de amigos que curtem, comentam e compartilham os seus textos. De acordo com Carlos Cauê, a obra possui cerca de 70 poemas, em sua maioria, dedicados ao sentimento do amor.

A obra conta ainda com o prefácio do poeta e acadêmico, Amaral Cavalcante, orelha escrita pelo escritor Marcos Moura Vieira e um posfácio do também poeta Jozailto Lima.

Confira a entrevista com o autor:

Portal Infonet- Em que consiste sua obra?
Carlos Cauê – O livro chama-se Amorável, conta com cerca de 70 poemas, em sua maioria, dedicados ao sentimento do amor. São poemas mais recentes, nascidos no facebook, e outros de uma lavratura anterior.

Infonet - Você teve a influência de algum escritor ou livro?
CC - Toda obra tem sempre uma dimensão coletiva se você levar em conta o fato de que o trabalho de criação - e também a criação literária - apoia-se na experiência pessoal de cada autor e nenhuma experiência pessoal é tão autônoma a ponto de não relacionar-se significativamente com um sem número de outras experiências. Não posso dizer que haja um autor específico que tenha me influenciado ou alguma obra específica, digo que a literatura brasileira e universal são as referências para mim.

Infonet- É a sua primeira obra? O que ele significa para você?
CC - Não. Antes, em 1999, lancei meu primeiro livro, uma coletânea de contos intitulada Contos de Vida e Morte. Assim como aquele, este meu livro de poesia tem uma importância especial para mim, pois representa a finalização de uma obra que diz muito de mim, do que sou, do que penso e sinto e do modo como vejo o sentimento. É também o cumprimento de mais um ciclo na minha vida.

Infonet- Qual a sua foi a sua inspiração?
CC - A inspiração é o amor, esse sentimento universal que une as pessoas de variadas maneira e níveis variados, mas é o mais revolucionário de todos os sentimentos.

Infonet - O que você mais gosta do seu livro?
CC - Gosto do livro como um todo. Todos os poemas tem um significado singular para mim.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/noticias/cultura

segunda-feira, 27 de março de 2017

Carlos Cauê, contista de vida e morte

Foto reproduzida do site: aracaju.se.gov.br
Postada por MTéSERGIPE, para ilustrar artigo.

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 14/07/2011.

Carlos Cauê, contista de vida e morte.

Conheci Carlos Roberto da Silva (Cauê) em 1992 durante a apresentação do recital A Poesia Revisitada.

Texto: GILFRANCISCO (Jornalista, professor universitário e membro do IHGSE e do IGHBA - gilfrancisco.santos@gmail.com).

Conheci Carlos Roberto da Silva (Cauê) em 1992 durante a apresentação do recital A Poesia Revisitada, uma espécie de tributo à poesia sergipana em suas diversas fases, realizado no Palácio Olimpio Campos em 22 de dezembro, época em que Carlos Cauê fazia parte do Grupo Iñaron, juntamente com Andréa Vilela e Iêda Vilela. Fui levado àquele sarau pela amiga e poeta Iara Vieira, que havia me convidado a participar de um evento literário na capital sergipana. Pude ouvir pela primeira vez aquela voz meiga, doce, curta, declamando poemas de Núbia Marques, Jeová Santana, Ronaldson, Santo Souza, Marcos Vieira, Araripe Coutinho e Gilson Souza. Cauê me causou uma boa impressão pela maneira com que recitava, talvez pelo fato de ser o único homem do Grupo ou, quem sabe, pelo resultado do exercício de muitos anos com a palavra que carregava consigo desde os dezessete anos, época em que ganhou o I Concurso de Redação promovido pela EBCT/AL.

O fato é que fiquei bastante impressionado pelo desempenho do Grupo. Soube por intermédio de Iara Vieira que o Grupo se apresentava desde 1986 e havia participado de diversos recitais nos festivais de São Cristóvão e nos encontros de Laranjeiras, com objetivo de difundir a poesia por todos os espaços: tirar a poesia das gavetas, dos gabinetes e trazê-la ao público como um instrumento de expressão dos sentimentos. Fui reencontrá-lo no ano seguinte (outubro, 1993), no V Fórum de Poesia, realizado no Centro de Criatividade. Eu como palestrante sobre o poeta Vladimir Maiakóvski, ele com mais um recital de poesia, intitulado Centelha Rara. Foram às únicas apresentações que assisti do Grupo Iñaron. Mas conheci sua prosa e poesia anos depois, através do suplemento cultural Arte & Palavra, dirigido por Célio Nunes, e mais tarde nos Cadernos de Cultura do Estudante, publicados pela Universidade Federal de Sergipe.

Contos de Vida e Morte, publicado em 1999 pela Secretaria de Estado da Educação e do Desporto – SEED, apresentado por Maruze Reis, abras de Léo Mittaráquis, edição bem cuidada, capa de Heyder Macedo, trinta e três contos distribuídos em 120 páginas. Trata-se de uma coletânea de contos produzidos em sua fase estudantil, em que o autor vai se moldando, se revelando, buscando uma intimidade com as palavras.

Carlos Cauê estreou bem, apesar dos deslizes aceitáveis de principiante, no rigor da forma da linguagem à estrutura narrativa, soube ultrapassar o círculo autobiográfico em que giram tantos contistas modernos.

Manteve em sua literatura uma característica básica: falar numa linguagem clara, coloquial, mas extremamente poética, do cotidiano de pessoas que nos parecem muito familiar, em sua forma de sentir e reagir. São contos de amor, amizade, perda, reparação, vida e morte, sentimentos que nos ajudam a compreender melhor o mundo e principalmente nós mesmos.

Tímido, reservado, fala do que gosta, escreve sobre o que sente. É um escritor que quer realizar sua vida, por isso construiu um livro revelador, que refaz ou reflete o percurso verticalmente da vida e morte, com tal riqueza, que cada frase desperta o interesse e a emoção de quem ler. O autor de Contos de Vida e Morte escreve rápido, não para mudar a vida, melhorar o mundo, salvar almas. Escreve para viver suas lembranças presentes na imaginação, proporcionando o prazer da leitura, que pode ser traduzido naquilo o que a ficção se propõe: divertir e emocionar.

Sabemos que o conto é narrativa curta, que se passa necessariamente num lugar único, abrange um espaço de tempo muito curto e contém poucos personagens. Mas os contistas modernos nem sempre obedecem a velhas regras. O mais importante é o enredo ou a história, porque o desejo de contar e ouvir histórias são inerentes à natureza humana. A década de 60 ficou conhecida, no Brasil, como a grande década do conto.

Dezenas de escritores foram revelados ou solidificaram suas carreiras literárias através desde gênero específico. Em Sergipe, estreia o grande contista Renato Mazze Lucas (Anum Branco, 1961 e Anum Preto, 1967).

É possível acreditar nas histórias de Carlos Cauê, no seu olho de ver o que está por trás da realidade de todo dia, escondido em camadas mais fundas. Os enredos das histórias são muito simples em suas linhas gerais, o enredo enquanto técnica narrativa e enquanto concepção do assunto. O conjunto de contos trás, geralmente, histórias contadas na primeira pessoa, sendo os próprios narradores personagens do relato – fator fundamental para que a ilusão do real se instale imediatamente como se fosse um diálogo entre quem conta e o leitor.

Jornalista e publicitário, Carlos Cauê foi um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil no início da década de 80 em Sergipe. Com Edvaldo Nogueira e Álvaro Vilela, os três montaram um forte núcleo do partido na Universidade Federal de Sergipe – UFS, de onde conquistaram o Diretório Central dos Estudantes por vários anos. Cauê foi um dos principais condutores de diversas campanhas políticas de 1988 até os dias atuais, com reconhecida atuação no cenário político sergipano.

Com uma trajetória de militância no movimento estudantil e presença marcante em vários aspectos da sociedade, o autor de Contos de Vida e Morte nos presenteia com uma boa amostra, independentemente do modelo constituído. Durante as comemorações dos 30 anos da anistia aos presos políticos foi realizada em agosto de 1999 a exposição “Anistiados couro esquecido”, com trabalhos de Bosco Rollemberg, acrescidos de textos de vários jornalistas locais, entre os quais, um escrito por Cauê. Seus contos serviram de base para o espetáculo “Conto ou não Conto”, dirigido pela atriz sergipana Tetê Nahas em 2001. Cinco anos depois, Cauê escreve “Viva, A vida em um ato”, monólogo interpretado pelo saudoso Luís Carlos Reis.

Reveste-se, enfim, esta coletânea, de peculiaridades, como a de manter um padrão de qualidade. Cauê confirma sua capacidade de enveredar com tranqüilidade por vários caminhos da ficção, provando seu talento como contista. Esperamos que nesse intervalo de doze anos, entre sua estreia nas letras sergipanas e a publicação deste artigo, assuma publicamente que em breve nos brindará com um novo título, para uma nova viagem.

Texto reproduzido do site: jornaldacidade.net/artigos-leitura