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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

JOEL Magno Ribeiro da SILVEIRA

Publicado originalmente no site do CENTRO DE MEMÓRIA SERGIPANA – Grupo Tiradentes

Biografia de Joel Silveira

“Seu Silveira, me faça um favor de ordem pessoal. Vá para a guerra, mas não morra. Repórter não é para morrer, é para mandar notícias”.1 Estas foram as palavras que Joel Silveira ouviu logo após ter sido indicado por Assis Chateaubriand, proprietário do “Diários Associados”, jornal carioca, para acompanhar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) à Itália, na função de correspondente de guerra, durante os momentos finais da Segunda Guerra Mundial.

Joel Magno Ribeiro da Silveira nasceu em Sergipe no dia 23 de setembro de 1918, filho do comerciante Ismael Silveira e de Jovita Ribeiro Silveira.

Estudou no Ateneu Pedro II, em sua cidade, e aí iniciou sua carreira jornalística aos 14 anos, fundando o jornal estudantil A Voz do Ateneu. Ainda em Sergipe, aos 16 anos, tornou-se secretário da Voz Operária. Em janeiro de 1937 transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e começou a trabalhar nas revistas Carioca e Vamos Ler, escrevendo artigos sobre a Revolução Francesa de 1789. Em maio de 1938 passou a trabalhar no semanário Dom Casmurro, dirigido por Álvaro Moreira e Brício de Abreu, no qual colaboravam jovens intelectuais como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Josué Montello. Fechado o Dom Casmurro, em 1942 tornou-se secretário e repórter da revista Diretrizes, dirigida por Samuel Wainer. Trabalhou em Diretrizes até abril de 1944, quando a repercussão de uma entrevista que fez com o escritor Monteiro Lobato resultou no fechamento da revista pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) — órgão encarregado da censura durante o Estado Novo (1937-1945) — e nas prisões de Samuel Wainer e do entrevistado. Criada em 1938, Diretrizes cumpriu importante papel no combate ao nazi-fascismo, contribuindo para o esvaziamento do Estado Novo.

Ainda em 1944, a convite de Virgílio de Melo Franco, tornou-se redator dos Diários Associados, no Rio de Janeiro. Pouco depois, foi designado por Assis Chateaubriand, proprietário da cadeia dos Diários Associados, para cobrir as ações da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foi repórter de guerra por dez meses, trabalhando ao lado de jornalistas como Rubem Braga, então repórter do Diário Carioca. Durante 15 anos, de 1946 até o fechamento do jornal, foi repórter e colunista do Diário de Notícias. Também colaborou no vespertino Última Hora, fundado por Samuel Wainer em 1951. De 1954 a 1964 dirigiu o serviço de documentação do Ministério do Trabalho.

Juntamente com Adonias Filho e Antônio Houaiss, tornou-se membro do conselho de redação da Revista Nacional, publicada sob a forma de encarte e incluída na edição de domingo de diversos jornais do país. Foi ainda redator-chefe da revista O Mundo Ilustrado. Paralelamente à atividade jornalística, desenvolveu a carreira de escritor. Muitos de seus contos e crônicas foram incluídos em antologias organizadas por Graciliano Ramos, Raimundo Magalhães Júnior, Paulo Mendes Campos, Herberto Sales e outros. Algumas de suas poesias foram publicadas na Antologia dos poetas bissextos brasileiros contemporâneos, de Manuel Bandeira.

Faleceu no Rio de Janeiro em 15 de agosto de 2007.

Casado com Iracema Costa Silveira, teve dois filhos.

Publicou Desespero (novela, 1940), Os homens não falam demais (reportagens em colaboração com Francisco de Assis Barbosa, 1942), A lua (contos, 1945), História de pracinha (crônicas, 3ª ed. 1945), Grã-finos de São Paulo e outras histórias do Brasil (reportagem, 1946), O marinheiro e a noiva (poemas, 1952), O desaparecimento da aurora (novela, 1958), Petróleo do Brasil — traição e vitória (em colaboração com Lourival Coutinho, 1958), História de uma conspiração (em colaboração com Lourival Coutinho, 1960), O marinheiro na varanda (crônicas, 1960), Alguns fantasmas (novelas, 1962), As duas guerras da FEB(reportagem, 1965), Um guarda-chuva para o coronel (ficção política, 1968), Meninos eu vi (reportagem, 1968), Vinte horas de abril (1969), Vamos ler Joel Silveira (v. 1 da coleção Vamos Ler, contos selecionados por Moacir C. Lopes, 1976), Tempo de contar (memórias jornalísticas, 1980), A luta dos pracinhas (reportagem de guerra, 1981), O dia em que o leão morreu (contos, 1982), Dias de luto (1983), Você nunca será um deles(crônicas, 1988), O presidente no jardim (crônicas, 1989), Nitroglicerina pura (reportagem política em parceria com Geneton Morais, 1992), Guerrilha noturna (crônicas, 1993), Hitler-Stalin — o pacto maldito(reportagem política em parceria com Geneton Morais), Viagem com o presidente eleito (memórias políticas, 1996).

FONTES: CORRESP. BIOGR.; COUTINHO, A. Brasil; ENTREV. BIOG.; Globo (16/8/07); Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (18 e 26/9/78); Pasquim (12/78); SODRÉ, N. História da imprensa.

CPDOC | FGV • Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

No Ateneu Sergipense Joel (Magno Ribeiro da) Silveira mobilizou os estudantes, fundou e redigiu jornais, criou o Grêmio Clodomir Silva, para homenagear o professor e historiador, falecido em 1932. Em 1936, a frente de uma caravana estudantil, Joel Silveira foi para Estância visitar e conversar com Jorge Amado, romancista baiano, de pais sergipanos, que estava iniciando o primeiro dos seus asilos naquela cidade.

Deve-se a Joel Silveira um relato sobre a visita a Jorge Amado, incluindo com destaque a presença em Estância da primeira mulher do escritor, Matilde Garcia Rosa, sergipana com quem o autor de Suor tem uma filha e a quem dedicou um livro de poemas, dividindo a autoria de um pequeno livro infanto-juvenil. Mas a viagem dos estudantes do Ateneu, liderados por Joel Silveira, tinha conotações políticas, que marcariam a vida dos dois principais personagens.

Em fins de 1936, Joel Silveira vai para o Rio de Janeiro, e no ano seguinte matricula-se na Faculdade de Direito e passa a trabalhar e a colaborar com o Dom Casmurro, então dirigido pelo poeta Álvaro Moreira, publicando seu primeiro livro, de contos, Onda raivosa, permanecendo ali até 1943, quando passa a colaborar com a revista Diretrizes, de Samuel Wainer.

Entra nos Diários Associados e, sob o comando de Assis Chateaubriand, é mandado para a Itália, para cobrir a Força Expedicionária Brasileira – FEB, entre setembro de 1944 e maio de 1945, fixando suas atividades de repórter, que consagraria, em definitivo, sua biografia de jornalista e de intelectual.

A obra de Joel Silveira mereceu, pelo seu conjunto, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. O jornalista e escritor sergipano recebeu outros prêmios, de entidades que reconheceram os seus textos como documentos a vida e da história do Brasil. Joel Silveira morreu aos 88 anos, próximo dos 89, no dia 15 de agosto de 2007 e seu corpo foi cremado, no Rio de Janeiro.

Texto e imagem reproduzidos do site: grupotiradentes.com

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Espaço Joel Silveira, na UNIT, em Aracaju

 Para Edvaldo, o espaço recém-inaugurado 
é um presente para Aracaju 



Edvaldo parabeniza o reitor Joubert Uchôa pela iniciativa 
Fotos: Ana Lícia Menezes/PMA

Publicado originalmente no site da PMA, em 16/10/2018 

Edvaldo destaca importância de Espaço Joel Silveira para Aracaju

O prefeito Edvaldo Nogueira compareceu à Universidade Tiradentes, campus Farolândia, na noite da última segunda-feira, 15, para conhecer o Espaço Joel Silveira, dedicado à memória do jornalista e que está localizado dentro da Biblioteca Jacinto Uchôa de Mendonça. Recém-inaugurado, o espaço abriga toda a história do sergipano, em um acervo de mais de 6 mil exemplares, que seria doado pela família de Joel à Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

Durante a visita ao local, o prefeito destacou a grandeza do lugar e afirmou que Aracaju acaba de ganhar um presente. “Aqui está toda a história de um dos maiores jornalista do Brasil, suas obras e tudo aquilo que ele leu para se transformar em quem se transformou. Uma biblioteca que só de olhar, dá vontade de passar horas, folheando as obras em que aqui se encontram. Gilberto Amado tinha uma frase atribuída a Joel que dizia que Sergipe é um estado pequeno para não ofuscar a grandeza de seus filhos. E, de fato, Joel Silveira é um grande sergipano, que marcou a história como jornalista, fez história e foi respeitado”, enalteceu o gestor.

O prefeito Edvaldo Nogueira foi recebido pelo reitor da Unit, Joubert Uchôa, a quem fez questão de parabenizar pela iniciativa. “Uchôa sempre se preocupou com a preservação da nossa história e com a história da nossa gente. É fundamental que tenham essa capacidade e, tanto o reitor quando a Unit dão esse exemplo para o Brasil. Tenho certeza de que esse acervo vai ajudar as novas gerações a conhecerem esse, que foi um dos maiores jornalistas do Brasil”, observou.

O acervo

O Espaço Joel Silveira é uma homenagem da Universidade Tiradentes ao jornalista, que completaria 100 anos no último dia 28 de setembro e que atuou nos principais veículos de comunicação do Brasil. Toda sua história está reunida em um acervo de 6 mil exemplares, que possui publicações consideradas raras e obras especiais, escritas em parceria com grandes nomes da literatura brasileira, a exemplo de Manoel Bandeira e Rubem Braga. Também faz parte do acervo uma coleção preciosa, em parceria com Carlos Drummond de Andrade, e que até então só poderia ser encontrada na Biblioteca Nacional.

Joel Silveira

Nascido na cidade de Lagarto, em 1918, Joel Silveira foi para o Rio de Janeiro em 1937. Lá, se destacou como jornalista e escritor, com aproximadamente 40 livros publicados. Em sua carreira de sucesso, foi contemplado com o Prêmio Machado de Assis, o mais importante da Academia Brasileira de Letras, em 1998, pelo conjunto de sua obra. Foi Também ganhador dos prêmios Líbero Badarô, Esso Especial, Jabuti e Golfinho de Ouro.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Acervo do jornalista Joel Silveira é doado para biblioteca da UNIT

Solenidade foi em comemoração ao seu centenário
Foto: Portal Infonet

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 15 out, 2018

Acervo do jornalista Joel Silveira é doado para biblioteca da UNIT

Um acervo com quase 6 mil exemplares, incluindo publicações de autoria de Joel Silveira e obras especiais em parceria com grandes nomes da literatura brasileira, como Manoel Bandeira e Rubem Braga, estarão disponíveis para a comunidade acadêmica e toda sociedade sergipana, através da biblioteca da Universidade Tirantes (UNIT), campus Farolândia.

Jouberto Uchôa de Mendonça. reitor da UNIT
Foto: Portal Infonet

Em uma solenidade realizada na tarde desta segunda-feira,15, o reitor da UNIT, Jouberto Uchôa de Mendonça, comemorou o recebimento do acervo que, segundo ele, é importantíssimo para manter viva não a memória do jornalista Joel Silveira e o seu legado para o jornalismo sergipano. “Joel Silveira foi o maior nome da imprensa mundial lá nos campos de guerra. Nós temos o compromisso de quitar essa dívida para que a juventude conheça e valorize as pessoas que fizeram a grandeza de nossa terra”, avalia.


“Esse acervo seria doado para à Biblioteca Nacional. Mas como somente à UNIT teve a iniciativa de homenageá-lo, a família doou à nossa biblioteca, que vai ficar à disposição de todos os jovens, de todas a pessoas da nossa terra que queiram conhecer a história de um grandioso jornalista que Sergipe produziu”, destaca o reitor.

Amaral Cavalcanti, jornalista e poeta
Foto: Portal Infonet

Para um dos imortais da Academia Sergipana de Letras (ASL), o jornalista e escritor Amaral Cavalcanti, um dos maiores legados de Joel Silveira foi a reinvenção do fazer jornalístico, atrelando-o à literatura. “Joel Cavalcanti foi uma das figuras mais inteligentes do século XX. Ele foi o cara que refundou o jornalismo, que refez a maneira de contar história, de fazer reportagem no Brasil”, relembra. Ainda segundo Amaral, Joel Silveira também se destacou como grande memorialista, trazendo à tona grandes reportagens durante o período que foi corresponde de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira, quando trabalhou no Diários Associados, do também jornalista Assis Chateaubriand.

Por João Paulo Schneider e Verlane Estácio

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Unit recebe doação de acervo de Joel Silveira que seria doado ao Museu Nacional


Publicado originalmente no site Fan F1, em 09/10/2018 

Unit recebe doação de acervo de Joel Silveira que seria doado ao Museu Nacional

Por Célia Silva

O jornalista e escritor natural de Lagarto (SE), Joel Silveira, completaria 100 anos em 28 de setembro. Com mais de 60 anos de jornalismo, atuou nos principais veículos de Comunicação do Brasil e vivenciou momentos históricos durante a censura, à época da ditadura militar. Assim, escreveu livros que são considerados raros, produziu obras especiais em parceria com grandes nomes da literatura brasileira, a exemplo de Carlos Drummond de Andrade.

Com mais de 6 mil itens, todo acervo estará acessível a partir do dia 15, na Biblioteca Jacinto Uchôa de Mendonça, da Universidade Tiradentes, situada no campus Farolândia, em Aracaju. A coleção seria doada pela família ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que pegou fogo no último dia 2 de setembro e teve todo acervo e estrutura comprometidos.

A solenidade de inauguração do espaço começará às 17h, com missa em ação de graças no terraço da biblioteca da Unit. A partir das 18h, acontecerá solenidade em homenagem aos 100 anos do nascimento de Joel Silveira com a presença da filha, Elisabeth Silveira; do neto Rodrigo Silveira Monte; e do jornalista, amigo e contemporâneo de Joel, Zevi Ghivelder.

O acervo – Toda sua história está organizada em um acervo com cerca de 6 mil exemplares, dentre eles, suas publicações de autoria consideradas raras, obras especiais em parceria com grandes nomes da literatura brasileira, como Manoel Bandeira e Rubem Braga; e uma coleção preciosa em parceria com Carlos Drummond de Andrade que até então só tinha na Biblioteca Nacional.

Joel Silveira – Sergipano de Aracaju, onde nasceu em 1918. Foi para o Rio de Janeiro em 1937, onde se destacou como jornalista e escritor. Tem hoje cerca de 40 livros publicados. Foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis, o mais importante da Academia Brasileira de Letras, em 1998, pelo conjunto de sua obra. Foi Também ganhador dos prêmios Líbero Badarô, Esso Especial, Jabuti e Golfinho de Ouro.

Seus mais de 60 anos de carreira contabilizaram passagens por diversas redações do país e ocupou inúmeros cargos. Seu primeiro emprego foi no semanário Dom Casmurro, depois foi repórter e secretário da revista Diretrizes, escreveu também para os Diários Associados, Última Hora, O Estado de S. Paulo, Diário de Notícias, Correio da Manhã e Manchete. À época, foi escolhido por Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, para ser correspondente de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira.

Raquel Passos/Ascom Unit

Texto e imagem reproduzidos do site: fanf1.com.br