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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Com ‘Sua Sala é o Cinema’, PMA exibe na internet produções locais

Inicialmente, três curtas-metragens permanecem
em cartaz no canal da Funcaju no YouTube 
Foto: Marco Vieira

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 25 de janeiro de 2021

Com ‘Sua Sala é o Cinema’, PMA exibe na internet produções locais

Pela quarta semana consecutiva, a Prefeitura de Aracaju segue oferecendo aos aracajuanos mais uma programação do ‘Sua Sala é o Cinema’, projeto realizado pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) com filmes fomentados com recursos da Lei Aldir Blanc, via edital Janelas Para as Artes, resultado da aplicação de R$650 mil.

Inicialmente, três curtas-metragens permanecem em cartaz no canal da Funcaju no YouTube:

https://www.youtube.com/channel/UCBl_YUUljW9qLSGq1h7YQJg

durante 15 dias, conforme a data de estreia de cada filme.

“O Sua Sala é o Cinema é a primeira das grandes entregas do audiovisual pela Lei Aldir Blanc em Aracaju. Junto com as produções pequenas, médias e longas que fomentamos com recursos da LAB, que estão em fase de produção, são mais de R$650 mil investidos nessa importante cadeia produtiva. Depois de cumprir o objetivo social, vamos dar à população o melhor do cinema feito em Aracaju”, ressalta o presidente da Funcaju, Luciano Correia.

Ao todo, foram produzidos dez filmes em 2020, produções que abordam o contexto vivenciado durante a pandemia da covid-19, visando estimular o lado criativo dos produtores da área audiovisual da capital, diante do isolamento social.

Programação

Na sexta-feira (22), estreou o curta “Pedalando à Contramão”, dirigido por Ravi Aynore, que conta a história de dois amigos que se perdem em uma conversa, enquanto novos universos são criados.

No sábado, 23, entrou em cartaz o curta ‘Corpo Infamiliar’, dirigido por Jéssica Dias, cuja narrativa visa criar um paralelo entre o corpo que vivencia a pandemia do novo coronavírus e a descrição do inconsciente no texto de Freud, tendo como plano de fundo o contexto político e social brasileiro.

E desde domingo (24) está disponível no canal da Funcaju o filme Aracajoubert, da diretora Jade Moraes. Trata-se de um documentário sobre a vida e obra do multifacetado artista Joubert Moraes. O filme é recheado de depoimentos da categoria artística que produz música, dança, poesia e fotografia desde a década de 1970 em Sergipe. O documentário é um importante registro para a memória da pintura, escultura e música do Estado.

Somado aos filmes contemplados pelo primeiro edital Janela para as Artes, cerca de 29 obras foram licenciadas para este fim, no edital Janelas Para as Artes da Lei Aldir Blanc (LAB), o que mantém uma grade planejada até o final de março, mês de comemoração do aniversário da cidade.

Fonte: AAN

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Estreia nos cinemas longa-metragem sobre cotidiano dos alunos do Milton Dortas

Os alunos são os protagonistas do documentário,
 que teve o trailer divulgado no início de setembro de 2020, 
selecionado para duas sessões no Festival “É Tudo Verdade”

Publicado originalmente no site do jornal CINFORM, em janeiro de 2021

Estreia nos cinemas longa-metragem sobre cotidiano dos alunos do Milton Dortas

Da Redação    

O longa-metragem “Atravessa a vida”, produzido pelo cineasta João Jardim, começará a ser exibido nos cinemas em diversos estados do Brasil a partir da próxima quinta-feira (14). O filme faz um retrato afetivo dos alunos do Centro de Excelência Milton Dortas, em Simão Dias, na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os alunos são os protagonistas do documentário, que teve o trailer divulgado no início de setembro de 2020, selecionado para duas sessões no Festival “É Tudo Verdade”.

Produzido em 2018, o longa-metragem acompanha a rotina e os desafios dos estudantes no último ano do ensino médio no Centro de Excelência Milton Dortas, região Centro-Sul sergipana. Durante três meses, a equipe do cineasta acompanhou os alunos de 11 turmas do 3º ano do Ensino Médio durante a preparação para o Enem, principal porta de acesso à universidade. Foram cerca de 60 horas de filmagens somente no Centro de Excelência Milton Dortas. “Não é um filme jornalístico, mas afetivo”, disse o diretor para o jornal Folha de São Paulo.

A produção retrata o universo escolar e adolescente dos jovens de Simão Dias. Enquanto buscam o sonho de garantir um ensino superior gratuito, os alunos refletem sobre temas como futuro, depressão, aborto, pena de morte e ditadura militar. O documentário mostra ainda as angústias e os prazeres da juventude por meio de seus gestos, inquietações e conquistas. Para assistir ao trailer é só clicar no link: https://youtu.be/tnajWG7Cs4I.

Segundo a professora Daniela Silva, atual diretora da Regional de Educação 2 (DRE 2), e que era a gestora da unidade de ensino na época, o filme representa um sentimento muito especial para a comunidade escolar, por mostrar a qualidade de ensino desenvolvida pela escola e professores, além do protagonismo dos estudantes. “Estamos muito emocionados com o lançamento, e para mim, que fui gestora da unidade, esse resultado é muito significativo pelo fato de evidenciar as boas ações e a excelência do trabalho que foi e continua sendo feito pelo Milton Dortas, instituição reconhecida nacionalmente”, declarou.

Ela explica que, para além da preparação para o Enem, o documentário também retrata a transição do Ensino Médio para a Universidade, a vida fora da escola, as angústias e problemáticas fora da escola, como alunos com depressão, problemas com a família, entre outras. “O longa-metragem mostra um jovem sensível, com opinião própria, uma escola com liberdade de expressão, o professor que aproveita o pensamento do aluno para a construção do conhecimento, e todas as incertezas dos alunos”.

O documentário ainda conta com um desfecho, já que o cineasta João Martins retornou a Sergipe alguns meses depois para acompanhar o que aconteceu com esses alunos já na vida universitária e também fora da universidade.

Retrato da época

Alguns jovens que participaram do documentário destacam que o longa é um bom retrato das suas vidas naquela época. Foi o caso de Milena Andrade dos Santos Lima, 19 anos, que na época estudava no Milton Dortas. “O documentário foi muito importante porque no 3º ano do ensino médio há muita pressão para passar no Enem. E muitos estudantes tinham vidas totalmente diferentes. Nem todos tinham estrutura em casa para continuar os estudos. Penso que o longa-metragem retrata bem as diferenças entre os jovens”, disse ela, que na época passou para o curso de Nutrição na UFS, e hoje cursa Odontologia em uma faculdade na cidade de Paripiranga (AL), que é mais próxima de Simão Dias.

Quem também gostou de ter participado foi Flávia de Jesus Ribeiro, que na época passou para o curso de Fisioterapia, mas no semestre seguinte mudou para Farmácia. “A proposta do documentário foi bem interessante para a gente porque, naquele momento de turbulências, incertezas, dúvidas e medo do que estava por vir, nós tivemos o doce saber de que as nossas experiências ali vividas seriam marcadas no tempo; que nós teríamos a comprovação do que vivemos. Foi muito interessante participar”, declarou.

Por ASN

Texto e imagem reproduzidos do site: cinform.com.br

sábado, 15 de dezembro de 2018

Alunos do Colégio do Salvador assistem e debatem curta-metragem...

Alunos e diretora do filme

Publicado originalmente no site Comunicação VIP, em 14 de setembro de 2018

Alunos assistem e debatem curta-metragem com diretora do filme

Cerca de 70 alunos do 9º Ano do Colégio do Salvador participaram de uma atividade multidisciplinar diferente na quinta-feira (13). Em sala de aula, eles assistiram ao curta-metragem ‘Bolha’, dirigido por Júlia Duarte, estudante da Escola de Cinema de Barcelona e ex-aluna da escola. Após a exibição, as turmas reuniram-se na quadra de esportes, para um debate com a diretora do filme. O objetivo foi despertar a reflexão acerca do tema central do curta – as relações familiares, de modo diferenciado e por meio de uma linguagem interativa, além de tratar das características da narrativa cinematográfica.

A ideia de exibir o curta aos alunos partiu da própria diretora, que terminou o Ensino Médio no Colégio há três anos e exalta o amor que sente pelo ambiente escolar responsável por sua aprendizagem. De acordo com ela, o Bolha fala sobre a falta de comunicação familiar e o quanto é difícil ter uma má convivência ou falta de intimidade com a família com a qual se convive.

“A proposta é fazer uma reflexão geral sobre o tema, mostrar um pouco do processo cinematográfico, de como se faz um filme. Mostrar que tem muitas cabeças pensantes por traz de uma peça cinematográfica, que (os filmes) estão ali para conduzir suas emoções e que isso pode ser bom ou não. Temos exemplos de filmes comerciais e outros fora do eixo que estão lá conduzindo muitos pensamentos da sociedade em si. É bom se conscientizar para ter pensamento próprio sobre isso, um pensamento crítico”, explica Júlia, que já gravou dois curtas e está lançando um terceiro filme no final do mês.

Para o professor de Sociologia e Filosofia Arivaldo Montalvão, que ajudou a mediar o debate, Júlia sempre demonstrou uma trajetória diferente, de muita criatividade, e por isso resolveu trilhar o caminho do cinema. “O interessante é que os curtas que ela fez não estão nesta linha do que chamamos de indústria cultural. São curtas que fazem a pessoa refletir. Não tem um final definido. São interessantes para este processo de reflexão dos alunos, para estimulá-los a pensar. Na terça-feira, dia 11, isso foi feito com alunos do Ensino Médio.  No documentário que vimos hoje, fala-se da questão familiar, das relação em família. É importante fazer os alunos refletirem sobre essas questões, sobre o que é família hoje e como era no passado. Como se dá esse relacionamento hoje? Essa bolha da qual ela está falando é ou não é? Existem diferentes bolhas dentro da casa? São questões que colocamos aqui”, diz.

Durante o debate, a aluna Maria Carolina Lopes mostrou suas impressões a partir do filme: “nós criamos e idealizamos aquilo que é perfeito e achamos que seremos felizes com aquilo. Mas tem coisas por trás daquilo que se vê que precisam ser analisadas”. Já o aluno Gabriel Lyra fez outra observação: “percebi, em determinada cena entre pai e filho (em que o filho aparece pequeno e depois já crescido), que a mensagem passada é de que a família não percebeu muito a evolução dele de criança para adulto”.  E Júlia Duarte logo reforçou o debate: “fico feliz de ter provocado este pensamento. Cinema é cheio de truque. Mostrei que a comunicação entre eles não mudou em nada ao longo do tempo. Mostra que não há diálogo”.

Em meio aos questionamentos e observações feitos no debate, o professor Biologia, Cleverton, destacou que, “com todas essas visões colocadas aqui, percebe-se que, na hora em que o filme é lançado, ele não pertence mais à diretora do filme. Os significados serão construídos por cada um de nós, envolvem nossa cosmovisão. A interpretação não é mais de Júlia. A arte continua em cada um, que passa a ser co-autor daquilo. Foi importante ver no filme, além da ideia de estereótipo e as relações sociais na vida moderna, a efemeridade do tempo. O tempo nos aprisiona e, ao mesmo tempo, nos cobra uma velocidade”.

Texto e imagem reproduzidos do site: comunicacaovip.com.br

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Filme: 'A Eterna Maldição do Cacique Serigy'



Infonet - Cultura - Noticias - 20/05/2009.

Lenda indígena sergipana é tema de curta-metragem
'A Eterna Maldição do Cacique Serigy'...

(...) Curta-metragem sobre lenda indígena sergipana vai ser apresentado em sua primeira exibição pública. Os realizadores Alessandro Santana, Bruno Monteiro e Mauro Luciano escreveram, produziram e filmaram um curta com duração de 14'59'', quatro meses de produção e orçamento de pouco mais de R$ 30.

De acordo com os realizadores, este é um filme eminentemente político que trata da formação do passado e da contemporaneidade da nossa terra de uma forma crítica e alegórica. "É um filme político pela sua natureza”, afirma Alessandro Santana.

Para Hernany Donato, interpretando Cristóvão (o homem-branco), existia uma vontade muito grande de fazer algo relacionado à produção cultural aqui no Estado. "Isso precisava remeter a um certo mal-estar coletivo. Precisávamos colocar em prática nossas idéias e bons devaneios. Eis que surge a figura insistente e lúcida do Cacique Serigy", finaliza o ator.

Um homem em pleno contato com a natureza se vê ameaçado por uma estranha embarcação. Depois que ela aportou, nada mais foi paz no seu jardim das delícias. Um filme eletrizante que traz à tona a estória de um mito. O mito de uma tribo qualquer brasileira que se prostra diante do canto embriagante e conveniente de invasores. Muito embora imerso nesse contexto de inanição de desejos mais concretos, aflora nas brenhas deste solo as forças da natureza personificadas na figura densa do cacique Serigy, esbravejador de uma tradição contrária às tradições, esta ao mesmo tempo que se esmaga, camufla-se nas estruturas desgastadas de povos quaisquer às nossas vistas, no lugar sem dono, desértico em atitudes, só ele, o cacique para nos dar essa idéia.

Ficha Técnica

Dados: Ficção, 14:59 minutos, Colorido, Stereo.
Elenco: Andrezza Poconé, Estranho, Fred Leão e Hernany Donato.
Roteiro e Direção: Alessandro Santana, Bruno Monteiro e Mauro Luciano.
Produção: Bruno Monteiro e Alessandro Santana.
Fotografia: Bruno Monteiro.
Still: Anderson Bruno.
Edição: Alessandro Santana.

Trecho de texto e foto reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Filme Deu Bode é exibido no Centro Cultural de Aracaju

Foto: arquivo Portal Infonet.

Infonet - Cultura - Noticias - 26/01/2015.

Filme Deu Bode é exibido no Centro Cultural de Aracaju
Vídeo traz a história do famoso bode Bito de Riachão do Dantas

A Sala de Projeção Walmir Almeida, do Centro Cultural de Aracaju, exibe nesta terça-feira, 27, o filme "Deu Bode". Com roteiro, direção e produção de, Maria de Fátima Góes, o vídeo conta a história do famoso bode Bito, do município sergipano de Riachão do Dantas. O animal ganhou fama por viver solto na cidade e interagir com os moradores, acompanhando procissões, desfiles e velórios.

O bode virou atração turística e até um evento foi criado em sua homenagem: "A Festa do Bode". Depois de sua morte, em 2007, a pedido da população, foi produzida uma escultura do Bode Bito, colocada na entrada da cidade.

Produzido em 2006, o documentário aumentou ainda mais a popularidade do bode Bito e do município. "As gravações do filme movimentaram muito a cidade, muitas pessoas pararam suas atividades para assistir nos bastidores. Além disso, o filme foi levou o nome de Riachão do Dantas para o Brasil todo, já que na época foram feitas reportagens para o programa Fantástico, a revista Isto É e vários outros veículos jornalísticos de circulação nacional", conta a diretora do filme.

Ainda segundo Maria de Fátima Góes, a ideia da produção surgiu depois que ela participou de um concurso do Ministério da Cultura (MinC). "Como fui selecionada pelo concurso, pude fazer um curso na TV Cultura e a partir disso produzir este filme", conta. Ela conta que o convite para a exibição partiu da coordenadora do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV), Rosângela Rocha. "Gostei muito deste convite, pois é uma forma de mostrar divulgar nosso trabalho", acrescenta.

A exibição do filme, que é gratuita e aberta ao público, acontece nesta terça-feira, 27, às 15 horas, no Centro Cultural de Cultural, localizado na Praça General Valadão, Centro da Cidade. Mais informações pelo fone (79) 9984-6306.

Fonte: AAN.

Imagem e texto reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

sábado, 21 de setembro de 2013

Produção do queijo coalho em SE é retratada em filme

 Equipe responsável pelo filme (Foto: Portal Infonet).


Bastidores da gravação (Foto: Arquivo pessoal/divulgação)

Infonet - Cultura - Notícias - 13/09/2013.

Produção do queijo coalho em SE é retratada em filme
Filme exibe o modo de vida das mulheres que produzem o queijo

O trabalho desenvolvido pelas mulheres sertanejas, que aproveitam o leite para produzir o queijo coalho caseiro, foi retratado em um documentário de 14min dirigido pela jornalista e relações públicas Rita Simone Liberato. “Guardiãs do Queijo Coalho no Sertão” (foi lançado na sexta-feira, no Cine Vitória, antiga Rua 24h), dentro da programação do CurtaSE 13. O filme exibe o modo de vida das mulheres sertanejas que aproveitam o leite, importante recurso territorial, para elaborar o queijo.

A doutora em geografia Sônia de Souza Mendonça Menezes, professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e produtora do trabalho, explica que o trabalho teve como objetivo dar visibilidade ao trabalho das sertanejas. Segundo ela, há no alto sertão sergipano, entre os municípios de Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória e Porto da Folha, cerca de 225 produtoras de queijo coalho. Esse número, de acordo com ela, pode ser ainda maior, já que as mulheres foram contabilizadas no período de estiagem. “Neste trabalho procuramos valorizar a atividade destas mulheres difundindo pelo Brasil a existência dessas trabalhadoras”, diz.

Emocionada, a representante das Guardiãs do Queijo Coalho, Lindinalva Delfino, disse estar muito feliz em ter seu trabalho valorizado. “Eu estou muito feliz com isso tudo. Trabalho com o queijo coalho há mais de 30 anos e agora vou deixar tudo que sei e conquistei como herança para meus filhos e netos. Com o queijo coalho passei a criar porcos e toda a minha família sobrevive disso”, relatou.

A mulher

Já a jornalista Rita Simone, num olhar voltado à cultura brasileira, explica que o trabalho de registro das mulheres camponesas no Brasil surgiu na época em que estava em um mestrado em comunicação e cultura no Canadá, onde existe um incentivo muito grande com o áudio visual na academia. “Comecei a observar como existem possibilidades de construção vídeos documentários a partir da cultura tradicional do nosso país. E aí fiz, além de outros vídeos, que retrata nossa cultura, o documentário das guardiãs do queijo coalho. Existe uma coisa que é marcante na mulher. Elas são os seres que mais passam fome no planeta”.

Ela continua: “Quando a mulher prepara a comida, primeiro ela serve os filhos e por último, ela se serve. Então, às vezes não sobra quase nada para ela e isso é quase totalitário nas diferentes culturas. Eu fico pensando quais são as alternativas que essas mulheres criam em suas comunidades, para permanecerem junto com seus filhos e evitar que não haja a migração para a cidade. Isso significa perder a identidade, se distanciar de sua cultura e viver em condições sociais e econômicas muito críticas. Para se manter nesses locais, essas mulheres buscam esse tipo de alternativa para manter sua comunidade, sua tradição. Fazer o queijo é uma condição cultural além de saber e gostar de fazer o queijo. A relação que elas têm com esse trabalho é de quem cuida e ama o que faz”, conclui.

O filme

O vídeo exibe o modo de vida das mulheres sertanejas que aproveitam o leite, importante recurso territorial, para elaborar o queijo. “Com o soro, subproduto da produção de queijos, as mulheres alimentam os suínos que, comercializados, geram a renda que contribui para a sustentabilidade do estabelecimento rural e a continuidade nessa terra, lugar de vida e labuta”, afirma a Dra. Sônia de Souza Mendonça Menezes, professora da Universidade Federal de Sergipe e produtora do trabalho.

O documentário foi elaborado a partir do projeto de pesquisa Queijo de coalho caseiro: o saber fazer tradicional das mulheres camponesas e a geração de renda no território do Alto Sertão Sergipano, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e coordenado por Menezes, com participação dos estudantes de graduação em geografia da UFS, Alexandro Batista dos Santos e José Natan Gonçalves da Silva, da técnica da Emdagro, Abeaci dos Santos, e da engenheira de alimentos Dra. Fabiana Thomé da Cruz (PGDR/UFRGS), que assina a co-produção do vídeo.

Fotos e texto reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

terça-feira, 30 de julho de 2013

Cinema na Rua - Município de Poço Redondo


Publicação do Portal Infonet, em 12/07/2013.

Lançamento do 'Aos Ventos que Virão'.
Noite mágica com lançamento de filme patrocinado pelo Governo

11 de julho de 2013, data marcada por um reencontro especial no sertão sergipano. Cerca de três anos após o término das gravações de 'Aos Ventos que Virão' em Poço Redondo, o diretor Hermano Penna voltou à cidade com parte da equipe para exibir o filme aos moradores da cidade, especialmente aos que se envolveram com mais intensidade na produção.

Para dona Geovanete de Souza, uma das dez costureiras que trabalharam pesado no figurino, a experiência foi inesquecível. “Costuro desde os meus 15 anos, hoje estou com 73 e nunca fiquei tão ansiosa como estou hoje, para ver as roupas que ajudei a produzir na tela do cinema”, contou Geovanete.

Já Raimundo Eliete, de 69 anos, diz que a sensação é de nostalgia, pois o lançamento faz lembrar a época maravilhosa em que Poço Redondo viveu dias de Hollywood, como ele mesmo define. “Mudou a rotina da cidade, fez bem à auto-estima do nosso povo e eu só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de participar de um filme de tamanha qualidade como esse”, afirmou.

Mas a emoção não predominou apenas entre a população que lotou a praça de eventos do município durante a exibição do filme. O ator Rui Ricardo Diaz não escondeu o prazer em estar de volta à cidade. “Lançamos o filme no Recife e em Aracaju, mas a estréia em Poço Redondo é especial”, revelou Rui. “Estamos mesmo muito emocionados”, completou o diretor Hermano Penna.

'Aos Ventos que Virão' foi um filme patrocinado pelo Governo de Sergipe, através do Banese e do Fundo de Patrocínio. O uso de mão-de-obra sergipana na produção foi uma exigência da gestão do governador Marcelo Déda antes de assegurar o apoio financeiro, como lembra a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, que conduziu essas negociações.

"Presenciar essa praça lotada de gente para prestigiar a estréia do filme e ver pessoas da cidade tão ansiosas para ver seus trabalhos ou seus amigos em cena me encheu ainda mais de orgulho desse projeto que iniciamos no início da gestão do governador Marcelo Déda e do vice Jackson Barreto", disse Eloísa.

A secretária aproveitou para destacar o patrocínio do Banese ao filme, que foi fundamental para que as gravações ocorressem com grande participação de artistas e técnicos sergipanos. “Com o apoio do Banese a produções como essas, e as ações da Secult para a área do audiovisual, como nossos editais de estímulo, Sergipe tem virado coisa de cinema”, finalizou Eloísa.

Sobre o filme

O filme narra a história de Zé Olímpio (Rui Ricardo Diaz), um jovem cangaceiro que, após o bando de Lampião ser dizimado, precisa fugir para São Paulo. Tempos depois, ele resolve retornar ao Nordeste e logo se torna político. É quando descobre a corrupção e a injustiça, ao ver um juiz impedir que seus eleitores possam votar. Revoltado, ele passa a ter atitudes agressivas como protesto.

O lançamento do filme em Poço Redondo contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Poço Redondo e da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom). O prefeito da cidade, Roberto Araújo, também prestigiou o lançamento.

Fonte: Secult

Foto: Marco Vieira.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura