Foto reproduzida do site fabiocampana.com.br
Postada por Isto é SERGIPE, para ilustrar artigo.
Publicado originalmente no site LagartoNet.com
Lagarto – “Cidade Ternura”.
Por Rusel Barroso*
Com área de 970 Km² e
mais de 100.000 habitantes, Lagarto orgulha-se, entre outras coisas, de
contar com a maior cidade do Estado após a capital. O passado de suas igrejas,
prédios e monumentos de filhos ilustres,
a exemplo de Sílvio Romero e Laudelino Freire, convive harmoniosamente com
a arquitetura moderna e a natureza. É atraente a beleza das
ruas, avenidas, praças e jardins, que envolve sua gente simples e amiga, sua
história, seu folclore, sua culinária típica e seus atrativos naturais.
Um pouco da história de Lagarto é contado por sua gente e
está registrado em cada ponto da cidade. Também histórico é o marco que revive
os primeiros acontecimentos da colonização do município, localizado no povoado
Santo Antônio.
Em Lagarto, os logradouros no centro da cidade ainda guardam
o aspecto do século passado, destacando-se algumas ruas estreitas como o
Calçadão da D. Pedro II e a Rua Acrísio Garcez.
Na Colônia Treze, a 15 minutos da cidade, encontra-se uma
das igrejas mais interessantes já vista, cujas paredes externas são cobertas de
grama com o aspecto cônico-piramidal.
O convívio com a natureza
fascina todos que
descobrem a beleza natural
da Serra da
Miaba, na divisa entre municípios, – não obstante o seu ponto culminante
seja a Serra dos Oiteiros (500m) – e
aqueles que visitam
os remanescentes do Balneário Bica, onde o verde e a engenharia moderna
convivem lado a lado.
Para diversão de seus moradores e visitantes, a “Cidade
Ternura” conta com clubes sociais, restaurantes, ginásios de esporte, parque de
vaquejada, o Estádio Barretão, o espaço livre da Barragem Dionísio Machado e a
Praça do Forródromo, área destinada a apresentações culturais e desportivas. As
festas e exibições folclóricas são também características da cidade, com destaque
para a Festa da Excelsa Padroeira “Nossa Senhora da Piedade” e a
Exposição-Feira de Animais, realizadas no mês de setembro. Os festejos de São
João e São Pedro estão reservados em seu calendário para o mês de junho com
apresentações de quadrilhas, fogueiras, fogos de artifícios e comidas típicas,
onde a maniçoba e o ginete não podem faltar. A tradição das festas natalinas
também é mantida pelos seus habitantes.
Localizada no centro-sul do Estado a 75 Km da capital,
Lagarto dispõe de eficiente sistema de transporte com rodovias em bom estado de
conservação, sendo portanto, passagem indispensável para os turistas que
visitam o nordeste. Na área de serviços, Lagarto conta ainda com bons hotéis,
pousadas, estabelecimentos bancários, agências de viagem, hospital,
maternidades etc.
Saindo do centro da cidade estão os bairros: Cidade Nova,
Novo Horizonte, Aldemar de Carvalho, Horta, Pacheco, Gomes, Loiola, Matinha,
Libório, Jardim Campo Novo, Alto da Boa Vista e os conjuntos residenciais:
Sílvio Romero, Laudelino Freire e Jardim Santo Antônio.
O seu progresso reflete o desenvolvimento do município –
hoje possuidor de grandes empresas, emissoras de rádio, faculdade, polo
universitário e de uma quantidade de veículos e pessoas em movimento no
trânsito -, o que traduz a pujança da sua gente.
Enfim, há inumeráveis razões que tornam obrigatória sua
passagem pela terra que os lagartenses souberam construir com muito amor.
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*Escritor e pesquisador, membro da Academia Lagartense de
Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e da Associação
Sergipana de Imprensa. Presidente do Conselho de Ética e diretor-adjunto da
Faculdade AGES.
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Breve histórico de Lagarto.
A história revela que a sede do município é uma das mais
antigas povoações do Estado, sendo a terceira vila criada na capitania
sergipense, cuja colonização já estava no território em 1596. Estabeleceram-se
na região, por conta das cartas de sesmarias, em maio do mesmo ano, Domingos
Fernandes Nobre, Antônio Gonçalves de Santana e Gaspar de Menezes. A
colonização das terras de Lagarto aconteceu no século XVIII, após a chegada de
um novo grupo de colonos, o que deu origem às fazendas de gado e aos engenhos.
Alguns historiadores defendem a tese de que Lagarto nascera no povoado Santo
Antônio, distante seis quilômetros da atual sede do município, onde ainda
existe o marco inicial erguido próximo à capela que leva o nome do povoado.
Contam, ainda, que os habitantes da época saíram desta localidade por conta de
um surto de varíola que vitimou muitos moradores, e se instalaram onde hoje se
encontra o centro da cidade. Duas versões conduzem ao nome do município: a
existência de uma pedra em forma de lacertílio, encontrada às proximidades de
um riacho; e o registro de um brasão com a marca de um lagarto, deixado por uma
família de nobres portugueses.
Localizada a 75 km da capital, Lagarto ostenta uma área de
970 km², que acolhem mais de 100 mil habitantes, divididos entre as zonas
urbana e rural.
Com uma economia composta por diferentes itens, a exemplo da
agricultura, baseada, principalmente, nas culturas de feijão, laranja, fumo e
mandioca; da pecuária de corte; da criação de ovinos; do comércio e da
indústria, Lagarto é uma região muito produtora, onde o que se planta dá bons
resultados. A divisão de terras, que aconteceu no período de colonização, fez
com que cooperativas fossem montadas, a exemplo da instituição erguida na
Colônia 13, fundada em 1960, e que permitiu a produção por colonos em todas as
direções. Segundo Luiz Antonio Barreto, o lugar foi tão bem dividido que, em
1757, quando os vigários fizeram relatos e deram notícias das freguesias de
Sergipe, a de Lagarto chamava a atenção, pois as povoações estavam muito
próximas uma das outras, coisa de légua e meia ou em meia légua de distância, o
que explica a existência de mais de uma centena de povoados. Como reserva de
riquezas naturais, possui argila, calcário e pedras para fabricação de brita e
paralelepípedo.
Lagarto também foi sede de um dos três distritos militares
de Sergipe, em 1658. A elevação de freguesia à categoria de vila aconteceu em
1698, dois anos depois da criação da Ouvidoria Autônoma de Sergipe. Passou à
categoria de cidade em 20 de abril de 1880, data oficial de sua emancipação.
Suas terras também deram origem a outros municípios, a exemplo de Riachão do
Dantas e Simão Dias.
O primeiro governante municipal foi Mons. João Batista de
Carvalho Daltro, que exerceu seu mandato de 1890 a 1893. O atual prefeito, José
Willame de Fraga, é o 33º gestor municipal.
Textos reproduzidos do site: lagartonet.com/historia