Publicado originalmente no site Jornal do Dia, em
24/05/2015.
Embarcação de passageiros é testada.
O transporte coletivo fluvial pode vir a se tornar uma
realidade na capital sergipana e grande Aracaju. Na sexta-feira, 22, foi
testado o modelo de barco que deverá ser utilizado no sistema de mobilidade
urbana que o Governo do Estado estuda implantar, utilizando-se dos rios do Sal,
Sergipe e Poxim. A embarcação, tipo catamarã, com capacidade variável de 130 a
150 pessoas sentadas, fez uma passagem por Sergipe, depois de sair do Rio
Grande do Sul com destino ao Pará.
O percurso de 15 quilômetros navegado pelo barco saiu pelo
rio Sergipe, na altura do ancoradouro do Centro da cidade, próximo aos
mercados, até as proximidades da ponte do conjunto João Alves, passando pelo
São Braz, pelo rio do Sal em Nossa Senhora do Socorro. O tempo gasto no trajeto
foi menor que 20 minutos. De acordo com o assessor do Governo, Sérgio Burle, o
barco é muito seguro e estável e, quando em operação, o trajeto completo vai
ligar os bairros Bugio, Soledade, João Alves, Marcos Freire, São Braz, Porto
Dantas e o centro de Aracaju.
"Nós fizemos um teste prático, colocando a embarcação
na velocidade operacional, que devemos usar quando a hidrovia tiver
funcionando. Do conjunto João Alves até o mercado de Aracaju, vamos gastar em
torno de 18 minutos numa velocidade em torno de 50 km/hora. Uma velocidade
muito boa. E do são Braz para o mercado, em torno de nove a dez minutos. Esse
tempo é muito bom comparado ao que a população gasta com o ônibus, por
exemplo", destaca.
O arquiteto Murilo Guerra, autor do projeto arquitetônico,
ressalta a importância da obra. Segundo Guerra, o planejamento arquitetônico
está praticamente pronto, restando fazer os orçamentos e parte de engenharia.
O governador Jackson Barreto é entusiasta da ideia. "O
governo construirá os terminais de embarque e desembarque de passageiros, os
pontos de parada, e fará uma licitação para fornecer a concessão a algum
armador, que traria as embarcações de propriedade dele. Cabe ao governo apenas
administrar as tarifas e a ideia é que o usuário pague o mesmo preço que ele paga
hoje no ônibus", informa.
Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br