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terça-feira, 7 de julho de 2020

Morre o poeta Amaral Cavalcante


Publicado originalmente no site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 7 de julho de 2020

Morre o poeta Amaral Cavalcante

O jornalista Amaral Cavalcante não resistiu à Covid-19

Sergipe acaba de perder para a Covid-19 mais um sergipano ilustre, em meio a centenas de outros filhos e filhas não menos importantes, todos tragados abruptamente pela pandemia. Morreu nesta madrugada na urgência do Ipesaúde, em Aracaju, o jornalista, cronista e poeta Amaral Cavalcante, fundador do já extinto jornal Folha da Praia. Segundo as primeiras informações, ele sentiu falta de ar ontem à tarde, foi levado para o hospital, mas não resistiu. O poeta completaria 74 anos no próximo sábado (11). A família informou que não haverá velório e que o corpo deve ser cremado.

Natural de Simão Dias, Amaral Cavalcante soma as atividades de cronista, jornalista, poeta e agente cultural à edição da Folha da Praia, periódico alternativo que circula em Aracaju há 40 anos. Imortal da Academia Sergipana de Letras, ele ocupava a cadeira de número 39, que tem como patrono o poeta Joaquim Martins Fontes da Silva. Atualmente, Amaral dirigia a Revista Cumbuca, editada pelo Governo de Sergipe através da Segrase.

A estatal Serviços Gráficos de Sergipe (Segrase) emitiu uma nota de pesar pelo falecimento de Amaral Cavalcante. Veja, abaixo:

“É com grande pesar que a diretoria da Segrase comunica o falecimento do jornalista, poeta, produtor cultural, escritor, ator, acadêmico e editor da revista Cumbuca, Amaral Cavalcante.

Amaral nasceu em Simão Dias e faria 74 anos no próximo dia 11 de julho. Foi fundador do Jornal Folha da Praia em 1981, passou por diversas instituições públicas da área de cultura, colaborando com o engrandecimento da cultura sergipana.

Prestamos nossas mais sinceras condolências aos familiares e amigos”.

Nota de pesar

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE), lamenta o falecimento do Jornalista e poeta sergipano, Amaral Cavalcante. Natural da cidade de Simão Dias, ainda no início dos anos 80 – enquanto o Jornalismo era perseguido e censurado pela ditadura militar -, o comunicador decidiu criar o Jornal Folha da Praia. Ao longo dos últimos anos, optou por se dedicar ao conteúdo e edição geral da revista Cumbuca. A sua passagem deixa um legado de contribuição social, bem como de formação histórica e cultural do estado de Sergipe.

Direção

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE)

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

quinta-feira, 9 de abril de 2020

"O Sultão das Arábias" por Amaral Cavalcante

Imagem - Edise Instagram Posts

Texto publicado originalmente no site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 9 de abril de 2020

O Sultão das arábias
Por Amaral Cavalcante *

Nunca consegui me fantasiar. Morria de inveja dos primos que vestiam as anáguas das irmãs no carnaval e saiam por ai, de calçola rota e sutiã de concha, arastando o xibiu no chão. O estreito gosto carnavalesco do meu pai – Seu Liminha – só admitia aos filhos usar um velho chambre mijado para acompanhar o bloco de sujos que percorria as ruas de Simão Dias, batendo lata e azucrinando os ouvidos dos mais velhos. Era assim que eu ia, menino grandão, brancão das canelas finas, me juntar à turma da Rua Cônego Andrade para curtir a batucada.

Fantasia, nem pensar. Aliás, em termos de maricagens, nada me era permitido. No dia em que mamãe Corina comprou uma camisa de listinhas azuis e um chinelo Havaianas para mim, foi um bafafá dos diabos! que filho dele não ia sair por aí como uma mulherzinha com esta camisa de fresco, inda mais com um chinelo de plástico verde enganchado no dedão. Nem pensar! Camisa de homem era branca ou caqui – de preferência – admitindo-se o cinza escuro ou o preto para luto fechado. Sapato, somente Fox, de cadarço e com o bico normal. Já o cabelo era Príncipe Danilo, sem muita brilhantina.

Mãe Corina se vingava desse enquadramento comprando roupas caras para nós na loja “Dernier Cri”, do conterrâneo Zé Rico, em Aracaju, onde mantinha uma caderneta de débitos. Mas ficasse sabendo: nada fantasioso para os meninos que filho meu eu quero é muito macho.

Por volta dos 12 anos, macomunado com a minha tia Anete – a da pá virada – comprei uma seda verde e ordenei a confecção de uma camisa de mangas bufantes com elástico na cintura para encarnar um sultão no carnaval do Caiçara Club. No turbante, estaria pregado um velho broche encastoado em rubi falso surrupiado da minha avó Terezinha e dois dragões guarnecidos de lantejoulas que seriam aplicados em cada lado do peito. Para brilhar em criatividade e fulgor, um largo cinto em napa dourada e fivelão trabalhado, na cintura. Uma maravilha que me custou semanas de planejamento e dedicação, ora a riscar os dragões em papel de debuxo, ora a acompanhar o seleiro Oscar Prata na confecção do cinto, a quem tive que recompensar com duas semanas de trabalho durocom um martelinho de ferro e um furão, bordando estrelinhas em selas. Tardes e tardes a escolher lantejoulas no Armarinho de Seu Guerra, sem contar a trapalhada que era fazer tudo isso escondido de Seu Liminha.

No primeiro dia de carnaval, cada um de nós já com sua caixa de lança perfume Rodouro, Corina toda pronta com um diadema de strass e dois berloques no pulso, Liminha em mangas de camisa com o sobrolho carregado de má vontade, ai apreço eu, o irradiante sultão das arábias, inda pingando areia prateada do olho do dragão, certo de que estava abafando.

Liminha tirou o cinto e avançou como um cruzado sobre este Saladino de araque, com ira santa e bastante força; lapada a lapada gritando cê é besta, filho meu tem que ser é homem.

Doeu tanto que até hoje eu não consigo nem botar um chapeuzinho de malandro na cabeça; nunca botei brinco nem uso penduricalhos, que dirá fantasia de mouro para brincar o carnaval.

 * Amaral Cavalcante é jornalista, poeta e cronista de mão cheia.

Texto reproduzido do site: destaquenoticias.com.br

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Livro de crônicas de Amaral Cavalcante

Divulgação

Texto publicado originalmente no site do JORNAL DO DIA, em 06/11/2019

Em busca do tempo perdido
Por Rian Santos

Há dias, folheio as crônicas de Amaral Cavalcante, como se tivesse o amigo sempre à mão, pronto para dois dedos de prosa. Abro o livro ao acaso, grato pelo seu peso e a forma palpável de Literatura. Assim, em estado de palavra aquietada no papel, a conversa flui às mil maravilhas, livre de interrupções, obediente a todas as vírgulas da hierarquia. Há o mestre e também o aprendiz. Um burro fala, o outro abaixa a orelha.

'A vida me quer bem', o tal volume de crônicas, consiste em um verdadeiro acerto de contas entre o poeta e ele mesmo. Só agora, coroado pelos cabelos brancos, senhor dos próprios feitos, Amaral consente em ser carregado num andor de procissão, sob o pretexto de uma publicação bem cuidada. O gosto pelo aplauso sempre existiu, claro, desde o lançamento de 'O instante amarelo'. Mas este não parece o caso de um autor à cata de elogios. A julgar por tudo o que já fez e ainda faz, Amaral anseia mesmo é pelo amor de sua gente.

Os homens passam, infelizmente. Mas os livros ficam. Alguém que queira falar de Amaral, dizer aos homens incrédulos de um futuro distante como se viveu e amou a certa altura dos trópicos e dos acontecimentos, terá estas crônicas a disposição. Uma coisa é ouvir dizer de uma vez, um verão. Outra, muito diferente, é reviver a Atalaia dos anos 70/80 no rastro das fragrâncias e perfumes evocados pelo poeta.

Em busca do tempo perdido, Amaral enfrenta o mar aberto das saudades a braçadas de náufrago. Em cada fase, um gemido diferente. Infância, juventude, maturidade. Ao contrário de Proust, no entanto, ele jamais se permite a abusar do leitor, varar páginas e mais páginas em êxtase. Nada disso. À tentação beletrista derivada de uma vida inteira de leitura criteriosa, o cronista responde com um humor todo seu. Os leitores agradecem.

'A vida me quer bem' tem o valor de uma promessa cumprida. Dispersa em posts no Facebook, onde o poeta reencontrou o bulício de uma Aracaju cheia de vida sob as vestes tristes de algoritmo, a literatura preciosa de Amaral ainda carecia do apelo sensível de um corpo físico, suscetível aos dedos sujos de uns e outros na confusão das prateleiras.

O lançamento da obra será realizado hoje, às 18 horas, na Sociedade Semear (rua Vila Cristina, 148).

Texto reproduzido do site: jornaldodiase.com.br

Amaral Cavalcante lança livro de crônicas



Imagens: Luciana Shunk e Divulgação.
Reproduzidas dos sites: SEGRASE
e Facebook/Amaral Cavalcante

Amaral Cavalcante lança livro de crônicas 

Data do evento: 07 de novembro de 2019 

Um dos ícones culturais de Sergipe, com muitos anos de trabalho e muita história pra contar, o jornalista Amaral Cavalcante continua a surpreender, e dessa vez lançando um livro em formato de crônicas. “A vida me quer bem: crônicas da vida sergipana”, nova obra publicada pela Editora Diário Oficial de Sergipe - Edise traz aos seus contemporâneos o doce sabor da nostalgia. Retratando desde sua infância à mocidade, Amaral não se acanha ante as situações inusitadas já vividas.

A prestigiada sessão autógrafos vai acontecer nesta quinta-feira, 07 de novembro, às 18h, na Sociedade Semear, fincada na rua Vila Cristina, 148, bairro São José, em Aracaju (SE).

Com a ideia de fixar sua história, Amaral, envolto por suas gentis lembranças, retoma o tempo em que sua geração, sem muitos aparatos, não media esforços, nem pensava duas vezes para jogar conversa fora e se divertir. “Somos uma geração etílica, nós convivemos nos bares, frente a frente na mesa de bar batendo papo, conversando, discutindo a vida e aprendendo, hoje ficamos mais a frente do computador”, conta o autor das crônicas.

Planejado e organizado pelo marchand Mário Britto, o livro conta com o planejamento editorial, projeto gráfico e diagramação da professora da Universidade Federal de Sergipe, Germana G. de Araújo, a revisão de Gustavo Aragão Cardoso, a seleção de crônicas e revisão dos originais, Maria Rosineide Santana dos Santos e com as ilustrações de Elias Santos, Fábio Sampaio, Felipe Xocó e Gabi Etinger.

Texto reproduzido do site: bacanudo.com

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Lançamento do livro: "A Vida me Quer Bem" de Amaral Cavalcante



Publicado originalmente no site da SEGRASE, em 4 de novembro de 2019

‘A VIDA ME QUER BEM’ DE AMARAL CAVALCANTE

A obra será lançada dia 07 de novembro, às 18h, na Sociedade Semear

Amaral Cavalcante, símbolo cultural sergipano, depois de muitos anos de trabalho, continua a surpreender, e dessa vez, em crônicas. “A vida me quer bem: crônicas da vida sergipana”, nova obra publicada pela Editora Diário Oficial de Sergipe - Edise traz aos seus contemporâneos o doce sabor da nostalgia. Retratando desde sua infância à mocidade, Amaral não se acanha ante as situações inusitadas já vividas.

O lançamento da obra acontecerá no dia 07 de novembro, às 18h, na Sociedade Semear, rua Vila Cristina, 148, bairro São José, em Aracaju.

Planejado e organizado por Mário Britto, o livro conta com o planejamento editorial, projeto gráfico e diagramação da professora da Universidade Federal de Sergipe, Germana G. de Araújo, a revisão de Gustavo Aragão Cardoso, a seleção de crônicas e revisão dos originais, Maria Rosineide Santana dos Santos e com as ilustrações de Elias Santos, Fábio Sampaio, Felipe Xocó e Gabi Etinger.

Com a ideia de fixar sua história, Amaral, envolto por suas gentis lembranças, retoma o tempo em que sua geração, sem muitos aparatos, não media esforços, nem pensava duas vezes para jogar conversa fora e se divertir. “Somos uma geração etílica, nós convivemos nos bares, frente a frente na mesa de bar batendo papo, conversando, discutindo a vida e aprendendo, hoje ficamos mais a frente do computador”, conta o autor das crônicas.

Para Amaral, a crônica é umas das melhores formas para registrar o passado, pois ela é rápida, pode ser feita numa linguagem coloquial e tratar de coisas dos dia a dia das pessoas. “A crônica retrata a vida cotidiano das pessoas. Retratar o meu tempo em crônicas é guardar para a história o que nós fizemos durante minha vida. Muita gente se identifica com o que relato, o que aconteceu comigo, aconteceu com toda minha geração, porque a nossa geração viveu determinadas circunstâncias que se não forem contadas em crônicas e literatura, ninguém jamais saberá”.

Para Mário Britto “O livro é, de fato, uma inequívoca demonstração de quanto a vida quer bem ao poeta Amaral Cavalcante, assim como a todos os seus amigos, fãs e leitores, que terão o privilégio de ler esse compêndio de crônicas, que aborda temas não só do cotidiano, como também outros de teor cultural, social e político, tudo com a mesma espontaneidade”.

As narrativas correlatas divertem e encantam, com suas mais ricas e significativas passagens, os leitores, principalmente, aqueles que vivenciaram a mesma época descrita.

Maria Rosineide Santana dos Santos realizou a seleção de crônicas e revisão dos originais. Ela conta que, ao fazer a seleção do material, a sua maior dificuldade foi as várias versões destas, mas logo compreendeu que poderia fazer uma fusão com as histórias. “Houve uma sistematização sim. À medida que eu ia lendo, juntando versões, fazendo a revisão, percebi uma divisão possível para as partes do livro. Em primeiro lugar, respeitando o título dado pelo autor, depois, comecei a separar as crônicas de homenagem/amizades”.

Para Ricardo Roriz, presidente da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe - Segrase, o escritor Amaral Cavalcante, como um dos contribuintes para a cultura e história sergipana, marca, através de suas narrativas, a sua passagem pelo mundo, encantando e instigando os jovens a conhecer outras épocas e estilos de vida.

Mílton Alves, diretor Industrial da Segrase, conta que ao ler a obra retornou ao passado, à infância. “As crônicas apresentam a realidade da nossa geração, eu vivi as mesmas situações descritas, e isso me emocionou, foi um déjà vu do início ao fim”.  

Texto e imagens reproduzidos do site: segrase.se.gov.br

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Livro "A Vida Me Quer Bem", de Amaral Cavalcante



Publicado originalmente no Facebook/Mílton Alves, em 18 de setembro de 2019

O livro A Vida Me Quer Bem, de Amaral Cavalcante, fez-me viajar ao meu passado em Cedro de São João, onde nasci, na fazenda dos meus avós materno em Malhada dos Bois e em Propriá, onde vivi minhas férias. Ah, Aracaju de ontem! O livro é uma viagem que faz Amaral Cavalcante a Simão Dias e a vida que descobriu em Aracaju, de tantas andanças. A leveza do texto nos faz ler o livro, digamos, numa sentada na poltrona. A Editora Diário Oficial, Edise, vai lançá-lo na próxima semana.

Texto e imagens reproduzidos do Facebook/Mílton Alves

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Ainda sobre o saudável hábito de servir sucos naturais às crianças


Publicado originalmente no Facebook/Amaral Cavalcante, em 12/02/2014.

Ainda sobre o saudável hábito de servir sucos naturais às crianças

Tenho dezenas de cumbucas de plástico, dessas de vender 200 gramas de manteiga da terra, onde acondiciono o sumo grosso das frutas depois de passadas na urupema.

Quando quero boto o torrão inteiro na suqueira com água e deixo fora da geladeira até mais tarde. Vai se desmanchando, até resultar num refresco geladinho e gostoso. Passar no liquidificador não é uma boa, resultando, muitas vezes, em melação generalizada e o gosto que fica é de sorvete derretido.

Dia desses fiz uma jenipapada igualzinho a como fazia minha mãe. na encantada cozinha da nossa casa, em Simão Dias. Bati numa tábua de corte o jenipapo em picadinho miúdo e o deixei numa vasilha com água até amanhã. Resultou naquela beberagem substanciosa que fazia do meu lanche da tarde... uma experiência inesquecível.

Outro refresco ancestral preparado pelo meu pai, era o Aluá, feito com cascas de abacaxi fermentadas. Trata-se de uma herança da culinária indígena, muito simples de preparar: descascado o abacaxi coloque as cascas bem lavadas num recipiente com água e as deixe fermentar por dois dias. Dá um refresco picante e azedinho, de propaladas qualidades digestivas, mas que deve ser tomado com parcimônia porque embebeda. Lá em casa ele só era servido em dias de festa num enorme jarra de Ágata, onde se acrescentava bicarbonato de sódio para espumar.

Imaginem a festa!

Amaral Cavalcante - 2014.

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Amaral Cavalcante.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Insaite por Marcelo Déda


(Insaite por Marcelo Déda)

Das certezas

Na última mesa onde nos encontramos, de você, esquálido, mas brilhante como sempre, acho que o ouvi dizer:
– Perdi todas as certezas.

A frase ricocheteou na louça, ofendeu o arranjo florido que enfeitava a mesa, tirou fino na minha conveniente circunspecção e penetrou lancinante bem aqui no coração do poeta.

Digo-lhe que as certezas de várias gerações se embaralham com as suas, cabra!
Nossos ganhos morais, a inteligência que nos resta e o épico de nós,
são as certezas que enriquecem a nossa história e que lhe foram confiadas.
Guardamos em você a preciosa certeza de que temos de mudar o mundo, haja na vida, ou na morte, o que houver!

Como então, companheiro, as declara perdidas?
Você não diga mais isso, poeta, pelo menos em minha presença.

Entrelaçamos bilros frágeis no travesseiro da história, linhas sensíveis, beleza arisca que se destina a contemplações futuras.

Fico aqui, tranquilo, adereçando babados, porque lhe confiei a guarda dos meus trançados, a paz da minha janela, a água fresca no pote,
a guarda dos meus sonhos mais revolucionários.

Você é o nosso único Marcelo Deda, lembre-se sempre.

Amaral Cavalcante -16/12/2009

Post migrado da página do Facebook/MTéSERGIPE

quarta-feira, 30 de abril de 2014

A rua vista da insônia

A rua vista da insônia.

A insônia me leva a esconderijos de onde xereto a vida nos escaninhos da casa.
O cotidiano vai se acomodando pelos cantos
para que a noite atue os seus fantásticos elencos.

No lusco fusco da varanda monto guarda aos meus tesouros:
nesga de sanidade mental guardada no velho baú de palavras inconsúteis,
duas ou três metáforas reumáticas
e a fotografia de algum sorriso atônito
amarelando entre mágoas.

O chinelo faz gemer os tabuados,
a casa estrala em tremores que vão do rodapé à cumeeira.
É a noite inventando medos, ruidosa

O vizinho tosse a mulher ri o filho choraminga a empregada geme no quartinho dos fundos enquanto o pai se masturba no quartinho ao lado.
Uma gata mia entrecortando o cio e logo
o gatão da vizinha espreita a rapariga chorosa no muro baldio.
Vai dar certo!

Na rua uma ratazana frinfa o nariz no ar e dá cinquenta e quatro corridinhas para chegar à lata de lixo,
onde uma multidão de baratas faz a festa.
Um lava-cu solitário sobrevoa a sarjeta e pousa elegante na poça,
roçando a extremidade do cu na poça plácida
e um sariguê, roendo cascas de velhos e dourados pomos, de vez em quando me olha com ar concupiscente.

O carro corta a mortalha da noite chispando no asfalto
e traz, voando atrás de si, em poeira e ventania,
o lixo das ruas despertas
Cascas de amendoim, pontas de cigarro. latinhas amassadas, filipetas de shows imperdíveis, endereços de amails revelados, miçangas perdidas no frege do amor entre as crianças
e muitos baratões mortos voando em festa,
redivivos no levante dos pneus. (Eus)

O dia começou de novo com a sua claridade impune.

Amaral Cavalcante.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Odisseias Sergipanas - O Bar do Meio da Rua

(Odisseias Sergipanas). 

O Bar do Meio da Rua.

O nome é apropriado: trata-se de uma incongruência urbanística que aparece no Largo do Esperanto logo após o edifício Maria Feliciana, de repente, no meio da rua. Fica entre o “Ferro de Engomar” - um edifício pontudo que já foi tudo na vida e o antigo cabaré “Pinga Pus”- que Deus me livre dele! Mas está nas cercanias de duas ruas absolutamente comerciais em Aracaju: a Itabaianinha e a João Pessoa.
Como tudo aqui é liliputino, você caminha trezentos metros de comércio e dá de cara com o entroncamento urbano a que me refiro: acaba ali a elegância das vitrines, o bom gosto dos manequins bem afeiçoados, a passarela da burguesia. É quando a cidade endoida em permissividades, carrinhos de mão, camelôs se estendendo nas calçadas aos gritos, calçolas de morim e blusões de frio em promoção. Entre o bafafá dos mafuás e a circunspeção das vitrines, o Bar do Meio da Rua é a convergência.

Ele permanece aberto como uma teimosia que a cidade guarda com zelo provinciano e imutável graça. Os inchadinhos inda se chegam por lá para os últimos dois dedos de cachaça, os guardas noturnos, as meninas da vida, enfim, a Aracaju preservada nas delícias da noite ainda comparece ao Bar do Meio da Rua, nem que seja para contar antigas aventuras, inesquecíveis cachaças.

Digo isto porque fui lá conferir, antes de lembrá-lo aqui. Fui ver se ainda rosnam os velhos liquidificadores, se as mortadelas penduradas ainda fascinam moscas e se a média com pão e farta manteiga inda me faziam babar. Pois fez.

Só me faltou o papo decente entre a marginalia de rua e os meninos cheirosos de 78. Nós, advindos da Tropicália, esticávamos ali loucas programações sociais quando nos batia no estômago a fome de sustança. No Bar do Meio éramos satisfeitos: vitamina forte, tira-gosto de lei, comida “de mesmo” para agüentar o tranco. O tranco, sim, porque até pela sua situação geográfica, o Bar do Meio era apenas uma estação para os boêmios em trânsito a caminho das locas tradicionais no Bairro Santo Antonio, como o cabaré de Ciganinha no Beco do Cemitério, os bailes da Fugase, as bocas de fumo do Mané Preto e o inesquecível Caverna’s Bar, onde nos cabia enfrentar nos alvores do dia, a desafiante bomba calórica do estupô balaio que estrelava o seu cardápio: uma fornida Sopa de Mão de Vaca, onde se acrescentava ao gorduroso mocotó de boi uma boa dose de pimenta machucada na hora.

O Bar do Meio da Rua era a esticada certa no cu da madruga. O mal ainda era uma hipérbole incompreendida, algo romântico e inofensivo que atraia a juventude doida por coisas bárbaras - doces bárbaros. O pior que poderia nos acontecer seria o cintilar de uma peixeira, pura adrenalina ardendo acesa na noite. Epa! Mas era só correr, e pronto. Aliás, segurança havia que polícia lá era de fazer lama. Bêbados, com suas raparigas e fartos das contravenções noturnas, os policiais sabiam que nós, os meninos malucos com suas calças “boca de sino” éramos intocáveis. Quem saberia filhos de quem?

Numa noite o amigo Euler, lourão magro meio derrubado pelo vício dos cabarés, convidou-me para um cuscuz com ovos. O maluco, em chegando lá inchou parança, que era tudo perôbo, que a mãe do guarda tava na torre, e outras malcriações indevidas. Ficou feio, quase teve tiro, o código de proteção se quebrara. Era cada um por si e Deus por nós todos. Então, quequeuqueroaqui? Corri, corri até me homiziar entre os travestis da Ponte do Imperador - doce e inexpugnável cidadela!

No outro dia soube que não deu em nada! Que a querela se resolvera com um tira-gosto de fígado e uma vitamina de frutas. E que o guarda ofendido, chorando ao ombro do meu amigo Euler e até apelidara a temida Beretta que ostentava carinhosamente de “Lindinalva”. Uma esculhambação!

Ocorre que eu demorei a sair do aconchego seguro na Ponte do Imperador, um pouco por causa desse contratempo e muito por certa afinidade com o que se passava por ali, reconheço agora.

O Bar do Meio da Rua ainda está lá, eu é que não sou mais o mesmo!

Amaral Cavalcante, 10/12/2008.

Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE,
 de 10 de fevereiro de 2014.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Na terça-feira foi a Ceia do Natal


Na terça-feira foi a Ceia do Natal

Na quarta- feira providenciou-se a agonia final do peru dormido que chegara à mesa sem pescoço, qual um bólido explodido, sem a coxa esquerda e com um rombo inusitado nas costelas, claudicante com a única coxa a equilibrá-lo no prato, entre bandas de figo em calda e rodelas de kiwi. Foi devidamente comido com um resto de macarrão pegajoso e rodelas de abacaxi fritadas na manteiga, onde se acrescentou leves porções de arroz com passas e algumas lentilhas. Como opções de sobremesa as gordurosas rabanadas da vovó ou o pudim de leite condensado da titia, cuja receita, guardada como um segredo inviolável aparecia descaradamente nos rótulos da Nestlé.

Na quinta foi a vez do resto do pernil de carneiro assado em padaria, cravejado de azeitonas pretas e cravos da índia, coitado, apresentando graves mutilações perpetradas à faca em sua anatomia, o que o deixara com bizarras planitudes e quinas, como se fosse uma caixa de carne bastante artificial com um osso dentro. Foi inteiramente comido com uma rançosa farofa de manteiga quase intocada na ceia da terça, restando-lhe apenas um ignóbil resto de papel laminado nas extremidades do osso a lembrar sua fantasia festiva nos embates natalinos. Comeu-se de sobremesa farelos de Panetone, permitindo-se ás crianças arrancar com as mãos os nacos restantes e a comê-los ferozmente com divertida maleducação.

Na sexta a família mobilizada tomou de assalto à geladeira da vovó e jogou no lixo a bandeja de salpicão azedado e o perigoso stogonof de camarão com cogumelos enormes, que ameaçavam emergir para o cardápio da família.
Preferiram um ovo frito com feijão.

Amaral Cavalcante- 2013

Relato de um neófito digital


Relato de um neófito digital

O pessoal daqui de casa não gostou muito da ideia. Afinal, uma enorme TV de plasma com opção de Facebook na internet instalada na parede frontal à minha cabeceira, ameaçaria o já negligenciado programa de exercícios fisicos, receitado pela medicina para aplacar o doloroso enrigecimento das juntas e outros achaques comuns a essa tal de “melhor idade” que a vida teima em me atribuir, reduzindo o sobe-e-desce cotidiano, da cama para o computador lá em baixo. Com Facebook disponível na cama, entre um cochilo e outro, quem iria me tirar de lá?

Tive que prometer assiduidade a uma Academia contratada há meses e que ainda não vira a cor das minhas meias soquetes, por absoluta ojeriza às conversinhas sem graça exigidas pela sociabilidade em tais recintos , por horror à visão de panturrilhas salientes em senhores de meia idade e pelo incômodo estético que me causam as rígidas bundas de estatuária pré colombiana em senhoras saiticas, adeptas da máxima que oferece a bunda como o que mais interessa à lubricidade nacional. Isto, sem falar no fervoroso odor dos desodorantes caros e perfumadíssimos, incendiados depois de três marombas. Prometi aderir e pretendo cumprir a promessa. Inclusive, comprei hoje um tênis que acende a apaga, para marcar presença luminosa neste meio.

Depois da TVzona devidamente instalada, fomos ao que interessa: fazê-la funcionar. A bicha logo me abrigou a convocar a sapiência digital de parentes e aderentes, cada quem se dizendo mais a par das instruções criptpografadas no exíguo manual cheio de álgebras e letrinhas miúdas que, à primeira vista, me pareceu uma Pedra de Roseta pós-moderna me remetendo aos cafundós do meu remoto aprendizado eletrônico, quando tudo era mais fácil. Sou de um tempo em que só era preciso girar o botão e o rádio falava! A maior dificuldade era esticar de novo o cordão do dial, fazendo-o parar na estação certa ou trocar, de vez em quando, uma válvula queimada. Contei isso aos meus ajudantes, mas eles nem me deram atenção, ocupados na clicagem do “menu”, absortos na tarefa de fazer útil a geringonça comprada. Foi-se o resto do dia neste mister.

Finalmente a imagem apareceu, maravilhosa, trazendo-me a sensação de presenciar um mundo novo, igual à que senti quando, no velho Cine Brasil, em Simão Dias, vi as Bigas de Bem Hur correndo sob o efeito Panavisiom, em Cinemascope, com o fôlego entrecortado de justa emoção e maravilhamento. Agora eu estava diante de um novo milagre da Philips, velha feiticeira tecnológica que eu aprendi a respeitar desde criança.

Fui com gosto aos desenhos animados com o seu exagerado colorido, de Bob Esponja aos Padrinhos Mágicos, do belo Hércules aos infernos de Puro Osso, evitando sempre os noticiários com seus horrores cotidianos, suas barrancas assassinas, suas mentiras políticas para nos encher o nariz de folha, seu apetite voraz pela má notícia. Dei um tempo da realidade explícita para suprir minha necessidade de cores brilhantes e apaziguadoras, naquela tela enorme que o mundo novo me propiciava.

Ainda não consegui acessar o Facebook, mas isto virá. Só falta ajeitar o hay fay daqui de casa. Me aguardem.

Amaral Cavalcante- 06/01/2014

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A boate Lourinha

A boate Lourinha

Aracaju já teve uma boate flutuante, você sabia?

Na década de 1980 ancoraram um velho barco na Ponte do Imperador e ali lhe decretaram o último porto. A nau, já churriada de grandes aventuras pelo mundo a fora, cansada de guerra e incapaz pretender grandes viagens. Viera dar com os costados aqui por obra e graça do inquieto padre Arnóbio Patrício de Melo, então ocupando uma diretoria de turismo, uma figura muito amada pela congregação católica, mas vista de trevéz pelos príncipes da cúria local, chegando a ser proibido de exercer o seu ministério por conta das suas atitudes revolucionárias em favor da diversidade. Não nos esqueçamos dele.

O barco parou ali na Ponte do Imperador e se prestou à curiosidade popular que nunca tinha visto um navio por dentro. Filas de curiosos, por dez reais, para subir e descer suas ferragens carcomidas, da popa aos porões, apresentando novidades e circunstâncias espaciais que o aracajuano desconhecia: então é assim que são os navios? Aracaju não é do mar, de modo que aquela arquitetura inusitada muito nos fez curiosos.

Foi ficando ali, funcionando como uma boate muito seletiva, frequentada por endieirados que precisavam esconder suas comilanças e seus amores clandestinos. Foi então que João de Barros e o performático Antonio Lisboa, resolveram fazer no Lourinha o animado “Baile dos Artistas", numa edição mais ousada e afirmativa na briga pela diversidade. Juro que, naquele tempo tratava-se com muito mais ousadia esta questão. Era um tempo de conquistas afirmativas, milimetricamente vencidas.

O Lour8nha teve, então, seu dia de glória. As plumas e os paetês que o articulado Lisboa trouxe dos mais elegantes e vistosos rincões do transformismo nacional, figuras trans comprometidas com certa revolução estética e moral que muito nos interessava, tomaram o Lourinha todo e fizeram, daquela noite, um levante histórico em direção aos mais caros derivativos da modernidade. O entendimento da diversidade e a consolidação das liberdades individuais era um derivativo batalhado por todos nós, então, quem transpôs os limites da cidade, pulando do batente da Ponte à lúdica aventura das permissividades no Lourinha, teve uma noite gloriosa, tão bela quanto condenada, tão memorável quanto abafada pela opressão social e por isso mesmo posta, até hoje, na vala do esquecimento.

A Boate flutuante Lourinha, depois desse “Baile dos Artistas“ definitivo, desapareceu da costa sergipana. Deixou saudades.

Amaral Cavalcnte.

Foto e texto reproduzidos de postagem de Amaral Cavalcante,
na página do Facebook/MTéSERGIPE.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Amaral Cavalcante

Foto reproduzida do Facebook/Linha do Tempo/Antônio Samarone.

Foto: Portal Infonet

Publicado no Blog Luíz A. Barreto/Infonet, em 04/12/2009.

Amaral Cavalcanti
Começava a década de 1970, que por tantos fatos tristes pareceu um nódulo sobre a cultura, tempos de milagres...
Por Luiz Antônio Barreto.

Começava a década de 1970, que por tantos fatos tristes pareceu um nódulo sobre a cultura, tempos de milagres, mas também de torturas, de grandes obras como a Transamazônica, mas também de mortes por motivos ideológicos, quando Amaral Cavalcante publicou (1971) o Instante Amarelo, poesia doce para uma atmosfera amarga de péssimas lembranças. A surpresa apresentada pelo novo poeta, logo acolhida pela crítica mais autorizada, sacudia a literatura sergipana. Desde então, o nome de Amaral Cavalcante jamais deixou de circular nos ambientes intelectuais de Sergipe.

Múltiplo no seu fazer letrado, Amaral Cavalcante responde por uma geração de novos escribas, cada um com seu estilo e sua competência para escrever, que fez da Folha da Praia um alternativo como ele próprio, já incorporado à história da imprensa sergipana. As entrevistas das páginas centrais do jornal, sempre bem costuradas pelo seleto grupo dos entrevistadores – Carlos Cauê, Diógenes Brayner, Luciano Correia, dentre outros - alguns colaboradores e convidados, no traço da escolha das figuras que têm alguma coisa a dizer. As colunas e seus responsáveis dão coesão ao jornal, tornando-o uma folha livre, para fazer um jornalismo autônomo e autêntico, diferenciado do jornalismo “histórico” que desde 1832 tem cara de diário oficial.

No seu livro Instante Amarelo o poeta anota o sentimento de perda do pai, em versos encantadores, como estes:

                  “No mais alto beiral da minha casa
                   plantaste a sombra de uma angústia.

                   Jurei jamais cantar-te o breve instante
                   e a sempre incerteza do teu passo
                   não seria compasso em meus poemas

                   Jurei emudecer como uma árvore
                   que no silêncio tece a sombra e o fruto
                   mesmo depois que lhe podaram os ramos.

                   Estes versos ruidosos
                   irrompem da aridez do meu silêncio
                   como se a flor da angústia soterrada
                   ainda sobre os escombros germinasse
                   com a cor e o perfume do meu grito.

                   Cravada no meu corpo
                   sua ausência pende-me dos ombros
                   e toda juventude do meu passo
                   esmorece ante a solidão da caminhada.”

Amaral Cavalcante faz lembrar Wilson Rio Apa, descendente do sergipano Barão do Rio Apa, líder da juventude no Paraná e principalmente numa praia de Santa Catarina, onde o teatro e a poesia foram servidos como gêneros de primeira necessidade. Entre nós, a praia foi a dos Artistas, na Atalaia, ainda hoje desarrumada de urbanismo, espécie de prima pobre da orla encantadora que fascina as pessoas. Mas nela, Amaral Cavalcante reinou soberano, estimulando talentos, atraindo com seu anzol de crítico, os mais novos que tinham na ponta da caneta bic, ou nas máquinas datilográficas, um texto para enriquecer a pobre literatura dos jornais. A Folha da Praia é uma espécie de Suplemento permanente. E assim foi e assim tem sido.

Agente cultural,  integrou equipes de Governo no município de Aracaju e no Estado de Sergipe e por onde passou deixou uma marca que não pode, por nenhuma hipótese, ser apagada. É certo que a memória vai e volta na cabeça das pessoas, mas o nome e a militância de Amaral Cavalcante não passa, não esmaece, não perde o valor que tem. Suas crônicas, hoje postadas na rede mundial de computadores, em portais sergipanos, atestam a linguagem de um escritor maduro, consciente da sua responsabilidade como condutor de um grande número de seguidores. Amaral Cavalcante é, ainda, um memorialista a seu modo, capaz de cascavilhar no passado não apenas fatos, mas detalhes deles, com os quais elabora textos antológicos.


Candidato a uma vaga na Academia Sergipana de Letras, a que pertenceu a Maria Thetis Nunes, Amaral Cavalcante bate à porta do sodalício, para levar sua contribuição e ser, por todos os méritos, recebido com honras, para que se faça justiça ao seu exemplo de criador, de líder e de militante da causa da cultura. Amaral Cavalcante pertence a um grupo grande de pessoas ocupadas, ao longo da vida, com o fazer cultural, que devem transitar pelas entidades sob os aplausos públicos. Jackson da Silva Lima, Ibarê Dantas, Beatriz Góis, Paulo Fernando teles, Terezinha Oliva, Luiz Alberto Santos, Antonio Carlos Mangueira Viana, Francisco J.C. Dantas, Murilo Mellins, Francisco José Alves, Antonio Samarone, Marcelo Deda, José Paulino da Silva, Maria Neli Santos, Lílian Wanderley, e mais outros que possam ser acrescentados, são nomes que engrandecem qualquer instituição de cultura neste Estado.

Artigo reproduzido do site: infonet.com.br/luisantoniobarreto