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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Projeto realizado por sergipano é selecionado para competição da NASA


Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 6 de outubro de 2021 


Projeto realizado por sergipano é selecionado para competição da NASA 


O Sistema Solar ganhou vida através das mãos do analista de sistema sergipano, Aurélio Barreto, 49 anos, e de sua colega Ana Lima, 19 anos, estudante do Instituto Federal da Bahia (IFBA)em um projeto 3D desenvolvido para a competição de Hackathon da National Aeronautics and Space Administration (NASA) denominada ‘International Space Apps Challenge 2021’. O objetivo é criar  ferramentas didáticas para ensino de astronomia voltadas a crianças com deficiência visual.  


“O nosso projeto trata-se de um jogo educativo voltado para crianças com deficiência visual. Por meio de materiais táteis, construídos por uma impressora 3D, fizemos alguns planetas do Sistema Solar, todos em alto relevo, para que pudéssemos dar a essas crianças a possibilidade de aprender sobre esse sistema”, afirmou o inventor Aurélio Barreto.  


A dupla, que participou da primeira e segunda etapa de seleção do projeto em Salvador (BA), dita como a maior do país, tendo em vista a quantidade de participantes, ganhou em 1º lugar no ranking nacional e foi o 6º no mundial. 


“A primeira etapa do projeto consistiu na escolha dos times e foi aí que conheci a Ana. Ela se interessou pelo projeto que eu tinha em mente e resolveu ser minha dupla. A segunda etapa foi a criação do projeto para apresentação em 48h”, explica.  


O projeto, denominado de Space4blinds, irá competir com projetos de mais de 320 cidades sedes do mundo inteiro e irá selecionar os 10 melhores. Os ganhadores terão a oportunidade de apresentar seu projeto para os engenheiros da NASA, bem como participar de um evento astronômico como lançamento de um foguete em missão espacial.  


Além das figuras representantes do Sistema Solar, a dupla criou dois jogos possíveis com os objetos. “Criamos o adivinha o que é, que consiste na identificação de qual planeja é, apenas tateando e colocando o objeto no lugar correto. Nesse a criança deve ler em braille o que há no objeto a sua frente e colocar o respectivo corpo no local indicado”. 


Incentivo 


Aurélio conta ainda que está ansioso para receber o resultado, mas que independente disso, tem um objetivo: apresentar o projeto nas escolas para estimular o jovem inventor que há nos alunos de cada instituição. 

 

“Planejamos ampliar o número de objetos e fazer outros planetas porque minha vida é a ciência e eu quero mostrar aos jovens, que é possível sim criar e mostrar suas ideias, assim como ser reconhecido por elas. Meu próximo passo é levar esse projetos às escolas para que esses jovens possam ser estimulados a criarem, pois pretendo ver mais jovens sergipanos representando o estado no evento do próximo ano”, afirma Aurélio.  


O foco de Aurélio é a medalha de ouro, mas a oportunidade já é uma realização. “Só de está competindo é uma felicidade muito grande. E eu sou grato, pois tudo isso tem um significado muito grande. É muito gratificante ser selecionado em uma competição no maior instituto de pesquisa do mundo. Eu estou realizado e quero ser inspiração para muito jovens”, finaliza. 


Hackathon 


hacksthon é um evento realizado por diversas instituições e empresas com a finalidade de buscar invenções criativas que proporcionem soluções para um determinado problema. No caso do promovido pela NASA, os projetos deveria possuir caráter mundial, ou seja uma solução mundial para determinada problema, como, por exemplo, Covid-19, saúde, educação, meio ambiente, dentre outros. 


International Space Apps Challenge da NASA foi criado em 2012 e se tornou o maior hackathon mundial do mundo, inspirando milhares de pessoas especialistas em tecnologia, ciência, designer, empreendedorismo, artes, dentre outras áreas do conhecimento, a utilizarem os dados públicos da NASA para criar soluções inovadores para vários desafios. 


Por Luana Maria e Verlane Estácio 


Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br 

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Borboletas de Sergipe são catalogadas

 Pesquisadores Luziany Queiroz, Wildio Ikaro e Luis Anderson.

As borboletas ajudam a identificar o grau de preservação do meio ambiente. 

A Serra de Itabaiana, localizada na Região Agreste do estado, 
é conhecida pela vasta diversidade ambiental. 

As borboletas catalogadas são incluídas na coleção entomológica da UFS. 

Espécies de armadilhas são montadas no local, 
juntamente com iscas,  para capturar os indivíduos. 
Fotos: Arquivo pessoal de Luis Anderson.

Publicado originalmente no site Comunicação Vip, em 20 de março de 20170.

Borboletas de Sergipe são catalogadas.

Pesquisadores visam a preservação das espécies.

Três pesquisadores estão realizando um estudo pioneiro com o objetivo de conhecer, pela primeira vez, a diversidade de borboletas no nosso estado. O projeto, que teve início em 2014, busca fazer o levantamento e a catalogação das espécies encontradas no Parque Nacional da Serra de Itabaiana, localizado na Região Agreste.

Com o apoio da FAPITEC/SE/CNPq, a pesquisa é coordenada pelo Doutor em Ciências Biológicas e professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Luis Anderson Ribeiro Leite, com participação dos pesquisadores  Wildio Ikaro da Graça Santos e Luziany Queiroz-Santo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

De acordo com o professor, conhecer a fauna e flora de qualquer localidade é extremamente importante para a manutenção da biodiversidade e preservação ambiental. Se as borboletas estão presentes, é sinal que o meio ambiente está saudável. Através delas é possível identificar a diversidade de recursos alimentares, qualidade do ar e da água.

“Sem conhecer as borboletas existentes, ficamos sem entender a diversidade ao redor e sua importância nas relações ecológicas e indicação de qualidade ambiental. Estes são motivos para a iniciação de planos de preservação de vários ambientes”, explica Anderson Leite.

A riqueza ambiental e o histórico de outras pesquisas sendo realizadas no Parna de Itabaiana motivaram a definição do local, como explica o pesquisador.

“Inicialmente, qualquer local seria um tesouro, pois nada era conhecido em Sergipe. Adicionalmente, a área em si possui, além de sua grandeza territorial, áreas diferenciadas de vegetação, que trazem mais riqueza aos resultados do trabalho. A possibilidade de permanecer na área por 2 ou 3 dias com acomodação na sede do local também ajudou”, disse.

Mais de 200 espécies de diferentes cores e tamanhos já foram catalogadas e quase 2.000 exemplares coletados. Até então, Sergipe não possuía nenhum dado sobre o assunto.

A catalogação

Os exemplares são coletados em campo e trazidos, posteriormente, para o Laboratório de Entomologia da UFS, onde são trabalhados de acordo com metodologia apropriada e conservados na coleção entomológica do departamento de biologia da universidade.

“Todos os espécimes são identificados e organizados de acordo com categorias taxonômicas como ordem, família, subfamília, gênero e espécie, e colocados em gavetas na coleção, onde permanecem guardados sob condições de temperatura e luminosidade adequadas para sua preservação”, pontuou Anderson.

Segundo o pesquisador, a criação e manutenção de uma coleção de insetos é fundamental para os estudos de biodiversidade, classificação e para outras pesquisas acadêmicas que venham a ser realizadas futuramente.

Resultados

Após a conclusão da pesquisa em abril deste ano, os resultados serão divulgados em revistas científicas. Além disso, os pesquisadores pretendem preparar o primeiro guia sergipano sobre o assunto, que será fundamental para a construção de planos de preservação ambiental do local.

Segundo o pesquisador, foram encontrados indícios de novas espécies, o que é muito importante para a região. “Posso adiantar que a diversidade encontrada foi superior às expectativas. Devemos proteger aquela localidade e a vida ali existente”, ressaltou.

Por Layanna Machado, da equipe VIP.

Texto e imagens reproduzidos do site: comunicacaovip.com.br/borboletas