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sábado, 3 de setembro de 2022

'Adreza Maynard Imortal', por Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

Imagem reproduzida do Google

Texto publicado originalmente no site do JORNAL DO DIA, em 3 de setembro de 2022

Adreza Maynard Imortal 
Por Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos

Vivendo uma fase de desencantamento da vida acadêmica-literária, é necessário muito e algo realmente significativo para me tirar de meu voluntário e necessário ostracismo cultural e social. Desprovido de minha fantasia, vestido à paisana e ostentando, orgulhosamente, na lapela de meu paletó uma insígnia da Universidade Federal de Sergipe, a mesma que recebi por ocasião de minha posse no Departamento de História, dirigi-me ao Museu da Gente Sergipana com um único e importante propósito: prestigiar a posse da professora e historiadora Andreza Santos Cruz Maynard na cadeira de nº 5 da Academia de Letras de Aracaju, cuja patrona é Aurélia Dias Rollemberg.

Já tive a oportunidade de escrever algo a respeito de Andreza Maynard quando da publicação de uma de suas produções mais recentes: “De Hollywood a Aracaju – antinazismo e cinemas durante a Segunda Guerra Mundial”. Farei aqui novamente, sobretudo para destacar aquilo que tem faltado e muito nas “eleições” de postulantes à condição de imortais da vida cultural e literária sergipana: MÉRITO. Ela, para começo de conversa está entre as mais promissoras e importantes historiadores da nova historiografia sergipana e só isto já seria suficiente para lhe conferirem à imortalidade, não somente aracajuana, mas também sergipana.

Andreza Santos Cruz Maynard é professora efetiva de História do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe (CODAP), desde 2016. Nasceu na cidade de Aracaju, no dia 20 de abril filha de Maria Das Dores Santos Cruz e Pedro Meneses Cruz, tendo feito sua formação escolar e universitária seguintes instituições: Colégio Estadual Edelzio Vieira de Melo (Pré-escolar), Colégio Estadual Irmã Maria Clemência (Ensino Fundamental I), Colégio Imaculada Conceição (Ensino Fundamental II), Instituto Federal de Sergipe (Ensino Médio), Universidade Federal de Sergipe (Graduação em História), Universidade Federal de Pernambuco (Mestrado em História), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Doutorado em História) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (Pós-Doutorado).

Atuou, ainda, na Faculdade José Augusto Vieira e na Faculdade São Luís de França. Construiu uma carreira sólida, com produções de qualidade, das quais destaco os livros autorais “A Caserna em Polvorosa: A revolta de 1924 em Sergipe (2012)” e”Educação militar em Sergipe (2015)”. E aqueles que ela fez parte da organização, notadamente com seu esposo, o Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard, tais como: Leituras da Segunda Guerra Mundial em Sergipe (2013); Visões do Mundo Contemporâneo vol. 2 (2013); Pequeno Guia do Rio São Francisco: paisagens, lugares e outras riquezas (2013); História e Educação: Ensaios sobre Cultura e Ensino (2015); Segunda Guerra Mundial: apontamentos do tempo presente (2020), entre outros. Afora um expressivo número de capítulos de livros e artigos.

A solenidade de posse de Andreza Maynard na Academia de Letras de Aracaju contou com as presenças de seu presidente, o professor Francisco Diemerson, do presidente da Academia Sergipana de Letras, Dr. José Anderson Nascimento, da coordenadora do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho, a poetisa Jane Guimarães. Entre as autoridades, Luciano Corrêa, representando o prefeito de Aracaju, e o reitor da Universidade Federal de Sergipe, o Prof. Dr. Valter Joviniano de Santana Filho. Abrilhantando o momento cultural, a Orquestra Sinfônica da UFS e o casal de músicos Jair e Taís Rabelo. Uma representação do Grupo de Pesquisa do Tempo Presente (UFS) também esteve presente, prestigiando a neo-acadêmica.

Entre as falas, o discurso de recepção proferido pelo professor Fernando Aguiar, do qual ressalto a citação feita à escritora nigeriana, Chiamamanda Ngozi: “Escolher escrever é rejeitar o silêncio”. Bem como, o discurso de posse de Andreza Maynard, o qual classifico como tendo sido primoroso, artístico, sensível e leve, mas também de combate ao fascismo e de defesa das liberdades individuais e da democracia plena.

A Academia de Letras de Aracaju (ALAS) ou A Casa de Santo Souza, fundada no dia 18 de abril de 2015, com a posse de Andreza Santos Cruz Maynard ficou ainda mais rica e justifica sua ascendência promissora entre as academias literárias criadas no último decênio em Sergipe, cumprindo um papel importante, sobretudo o de esforçar-se por sair de seus nichos e ir ao encontro da sociedade, tarefa que deve ser cada vez mais exercida por esse tipo de agremiação, em que pese o nosso tempo e as demandas que ele nos impõe, de garantia de acesso pleno ao saber, ao saber fazer, à cultura e à educação.

Texto reproduzido do site: jornaldodiase.com.br

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Conselho conhece livro sobre cinemas na 2ª guerra

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 9 de outubro de 2021 


Conselho conhece livro sobre cinemas na 2ª guerra 


 Andreza Maynard fala sobre seu livro em reunião do Conselho Estadual de Cultura 


O Conselho Estadual de Cultura de Sergipe deu início ao projeto que abre espaço para que autores sergipanos apresentem aos conselheiros, durante as sessões plenárias, as obras produzidas. A primeira convidada foi a professora doutora Andreza Maynard, que apresentou o livro “De Hollywood a Aracaju – Antinazismo e cinemas durante a Segunda Guerra Mundial”. Este é o terceiro livro autoral da carreira de Andreza Maynard, que integra o quadro de docentes da Universidade Federal de Sergipe (UFS). 


“A professora Andreza Maynard tem um trabalho referencial para a história, a cultura e as artes de Sergipe por fazer uma discussão memorial importante, por promover interação e mostrar caminhos para debater não somente nossa história, mas também o patrimônio histórico do nosso Estado”, evidenciou o presidente do Conselho, Francisco Diemerson de Sousa Pereira. Após a apresentação, foi realizada uma tarde de autógrafos, prestigiada por amigos, familiares e personalidades locais, como o ex-secretário de Estado da Cultura e ex-prefeito de Aracaju, João Augusto Gama, e o ex-secretário de Estado da Educação, professor doutor Jorge Carvalho. 


“Adquiri o livro há uns dias em uma livraria da cidade e não sabia quem era a autora. Acabei vindo para este evento a convite de Jorge Carvalho, e que bom ter vindo, pois conheci a professora Andreza Maynard, autora dessa obra belíssima que preenche uma lacuna que existia na história da nossa cidade. Muito se falava sobre os torpedeamentos e quase nada da Aracaju daquela época. Ela supriu essa necessidade com um trabalho encantador”, declarou João Augusto Gama. Segundo ele, ao ler os três primeiros capítulos do livro e relembrar os locais e as pessoas citadas na obra, sentiu-se transportado para a década abordada no livro. 


Surgimento de cinco cinemas 


Doutora Andreza Maynard apresentou para os conselheiros e convidados, de maneira sucinta, os quatro capítulos do volume. O primeiro fala sobre o impacto da II Guerra Mundial na cidade, apresenta o cotidiano e costumes da Aracaju das décadas de 1930 e 1940, e como os torpedeamentos na costa sergipana influenciaram a decisão do Brasil em ingressar na guerra. No segundo capítulo a obra explora as experiências de exibição de filmes em Aracaju, o surgimento dos cinco cinemas da época e como era a convivência entre os frequentadores desses locais, entre os anos de 1939 e 1945. 


O terceiro capítulo aborda a censura e a Segunda Guerra na programação dos cinemas aracajuanos, o papel dos órgãos censores, as mudanças na programação dos cines e a recepção aos filmes que tinham a Guerra como tema central. Já a última parte analisa alguns longa-metragem comerciais que faziam propaganda contra os nazistas, e a função “pedagógica” que tiveram para os sergipanos. 


Conflito europeu 


“Até ocorrer os torpedeamentos na nossa cidade, a II Guerra era um conflito europeu. Mas, depois do trágico acontecimento ela passou a ser algo real na vida dos brasileiros, principalmente, dos sergipanos. E não adianta comparar o que aconteceu conosco com Pearl Harbor, para dizer que os Estados Unidos foram atingidos, porque Pearl Harbor não é um território continental estadunidense, portanto, não tiveram essa ligação visceral com a guerra, ao contrário de nós, aracajuanos”, reforça a autora do livro. 


Para a conselheira Celiene Lima, Mestre em Cinema e que representa o Instituto Banese no Conselho, o tema abordado pela Dra. Andreza Maynard é muito importante não apenas em virtude do contexto histórico da capital sergipana, mas também, por resgatar um pouco da história do cinema na cidade. “É um livro rico demais em informação, tanto para a população geral, mas principalmente para quem é da área audiovisual. Com ele, teremos mais subsídios para pesquisas, como por exemplo, saber como deu-se o processo de chegada dos cinemas a Aracaju, como eles foram inseridos no cotidiano e como influenciavam a sociedade da época”, comentou. 


Livro e autora 


“De Hollywood a Aracaju – Antinazismo e cinemas durante a Segunda Guerra Mundial” é a terceira obra autoral da doutora Andreza Maynard, que também escreveu “A Caserna em Polvorosa: A revolta de 1924 em Sergipe”, obra que trata sobre a revolta Tenentista; e “Educação militar em Sergipe: uma história cultural das comemorações no 28 Batalhão de Caçadores”. A obra mais recente foi lançada pela Funcap no dia 23 de setembro de 2021, e a publicação contou com recursos da Lei Aldir Blanc. O livro está sendo comercializado em livrarias da capital sergipana, pela Amazon e através do WhatsApp (79) 9.8837 6221. 


Fonte e foto: Assessória 


Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br