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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Paixão por discos de vinil reúne pesquisadores e fãs em seminário

Com a chegada do “CD”, no final dos anos 80, 
o famoso “Long Play” foi perdendo espaço e condenado 
a um quase ostracismo. No entanto, desde 2007 o “LP” 
vem reconquistando espaços e atraindo novos fãs
Foto: Portal Infonet

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 29 de janeiro de 2019

Paixão por discos de vinil reúne pesquisadores e fãs em seminário

Sucesso nas décadas de 60 e 70, os discos de vinil marcaram uma geração. Com a chegada do “CD”, no final dos anos 80, o famoso “Long Play” foi perdendo espaço e condenado a um quase ostracismo. No entanto, desde 2007, o “LP” vem reconquistando espaços e atraindo novos fãs. O III Seminário Música e Vinil realizado nesta terça-feira, 29, no Centro Cultural de Aracaju, buscou trazer temáticas que relacionassem música e sociedade, além de uma contextualização do papel do vinil na atualidade.

André Teixeira deixa claro logo de imediato que o 
vinil “nunca foi para ter voltado”. Segundo ele, o vinil 
passou apenas  por um período de inatividade 
Foto: Portal Infonet

Autor de um livro que narra a feira dos discos de vinil em Aracaju, o escritor André Teixeira deixa claro que o vinil nunca saiu de cena, apenas passou por um período de inatividade. “Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o vinil não morreu. Ele apenas esteve na UTI, digamos assim”, pontua. André também informa que a partir de 2007 o “LP” vem ressurgindo com força total. “De lá pra cá, há muitas pessoas e lojas envolvidas para trazer cada vez mais à tona o vinil”, destaca.

Ainda segundo ele, seminários e feiras como essas contribuem para uma maior visibilidade do vinil. “Com a realização da feiras, muitas pessoas têm a oportunidade de conferir de perto os discos, o que contribui também para uma popularização”, afirma. André também destaca que as mídias digitais foram um fator importante para que se despertasse o interesse por obras mais antigas. “As plataformas de streaming aguçaram a curiosidade de muita gente. Como elas disponibilizam uma vasta discografia, algumas pessoas se sentiram atraídas a conhecer fisicamente os discos que ouvem pelo celular”, pontua.

Paixão de fã

Glauber Rodrigues diz que o interesse pelo vinil 
surgiu há cerca de 8 anos quando ouviu um 
“LP” na casa de um amigo
Foto: Portal Infonet

O contator Glauber Rodrigues diz que o interesse pelo vinil surgiu há cerca de oito anos quando ouviu um “LP” na casa de um amigo. “O que mais me chamou atenção foi toda a aparelhagem que o vinil envolve, como a vitrola, a caixa, o receiver, enfim, todo o equipamento”, destaca. A partir desse primeiro encontro, Glauber disse que começou a ler, pesquisar e, principalmente, a comprar os “LPs” das bandas e cantores que mais gostava. “Desse dia em diante não parei mais”, afirma.

Glauber também ressalta que a qualidade do áudio foi um dos fatores que mais lhe impactou. “Com os discos de vinil, eu pude sentir com mais profundidade os graves e agudos”, explica. “Os “LPS”  despertam uma relação de proximidade, carinho e cuidado. Eu gosto muito de pegá-lo, abri-lo, admirá-lo e colocá-lo na vitrola”, acrescenta. Ainda segundo Glauber, é um ritual único e prazeroso dedicar um parcela do tempo para ouvir um bom e velho “LP“.

por João Paulo Schneider e Verlane Estácio

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Um livro para os amantes do vinil: A Feira dos Discos


Publicado originalmente no site Universo do Vinil

Um livro para os amantes do vinil: A Feira dos Discos

A Feira dos Discos é o lançamento do jornalista André Teixeira. Um livro que o próprio autor chama de livro reportagem e que esmiúça a história do comércio de discos de vinil nos tempos áureos desta mídia na cidade de Aracaju.

Mas, obviamente, não é um livro para se inteirar apenas de uma história local. É livro para nenhum amante dos discos de vinil botar defeito, pois, ao contar causos e acontecimentos sobre a venda de discos e seus personagens na capital sergipana, a obra, obrigatoriamente, perpassa pelos acontecimentos que envolveram a mídia vinil no Brasil e no mundo.

O livro já está disponível para compra no site da Amazon pelo preço de R$ 7,99 e para os assinantes do Clube Kindle Unlimited sai gratuitamente.

Você pode clicar aqui para acessar o livro na Amazon.

O livro será lançado no dia 29 de janeiro de 2019 no III Seminário Música e Vinil organizado pelo Grupo de Pesquisa Música e Sociedade da UFS...

Descrição da obra:

A feira dos discos é um livro reportagem sobre as pessoas e os lugares de interação da cultura do vinil em Aracaju: Seu Quirino, Freedom, João dos Discos, Distúrbio Sonoro, Cine-Foto Walmir, Cantinho da Música, lojas de rock, Feira das Trocas, colecionadores e tantos outros atores desta cena.

Antes de a música passar por Deezer, Spotfy, Youtube e outros canais de streaming, passou por fonógrafos, gramofones, vitrolas, alto-falantes, pickups, LPs, compactos, acetato, lathe cuts, carnaúba, goma-laca, agulhas, chapas, cilindros, K7’s e o pai do ‘apocalipse do vinil’, o CD. As lojas de disco, sebos e os vendedores de rua são os continuadores dessa liturgia, onde a ancestralidade da conexão sensorial musical não perdeu-se ante as novas práticas realizadas no meio digital, desempenhando valioso papel ao preservar diversos aspectos da memória musical cultural da própria humanidade.

Para o artista, e, por conseguinte, para os demais atores deste segmento da indústria da música, resta o castigo de Prometeu. Não, aqui não contaremos nenhuma tragédia grega. Nesta feira dos discos contamos um pouco da história dos que transformaram em pão o vinil que o Diabo amassou...

* André Teixeira é jornalista, comerciante e colecionador de discos. É o proprietário da Lojinha dos Discos

Texto e imagem reproduzidos do site:  universodovinil.com.br