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quarta-feira, 8 de junho de 2016

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

São Gonçalo

São Gonçalo.
Foto: Fabiana Costa/Secult.

O folguedo tem origem portuguesa o que é percebido na fé, no ritual e no tema. Porém a influência africana é visível na musicalidade e coreografia, marcada com os pés, além dos volteios, avanços e recuos ritmicamente cadenciados pela batucada sincopada. Essa influência étnica nos mostra que, embora de origem portuguesa, no Brasil o folguedo foi dançado por negros, como é possível constatar sua existência com marcante domínio quilombola, remanescentes dos escravos refugiados no quilombo da Mussuca, comunidade de Laranjeiras/Sergipe.

O número de figuras ou dançadores do folguedo representa o número de mulheres que o Santo conseguiu salvar da prostituição. Por isso 10 são os componentes do grupo. Por seus caracteres eminentemente promesseiro, o ritual do Dia da Benção (Sábado de Aleluia) é dedicado exclusivamente às atividades do grupo, com todas as partes das jornadas. Iniciam-se pela manhã, com o ensaio. Ao meio-dia é servida a ceia ou almoço, à tarde o grupo devidamente caracterizado acompanha a procissão e, por fim realizam uma apresentação. No final da tarde, já anoitecendo, acontece a nosso ver, a parte mais comovente do ritual, o “Pedido de Esmolas”. É nesse momento que os dançadores peregrinam de porta em porta pedindo esmolas. Infelizmente essa parte finalizadora do Dia da Benção desapareceu, não existe mais. Devido a interferência do poder público, com os shows de bandas desconexas, com a cultura tradicional aí representada, o horário reservado ao pedido das esmolas cedeu espaço para as bandas.

Texto e imagem reproduzidos do site: retalhospopulares.org

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Danças e Folguedos de Sergipe. [Dança de São Gonçalo]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Dança de São Gonçalo]

Esta dança é sem dúvida um dos ritos do catolicismo brasileiro mais difundido. De origem portuguesa, conta a lenda popular que São Gonçalo, que teria vivido na cidade de Amarante, quando jovem era muito “farrista” e gostava de tocar viola e dançar com as prostitutas, com o intuito de impedi-las de pecar. Um dia se viu como parteiro de uma delas. Dizem também que ele era um marinheiro, e quando morreu virou santo. A dança inventada por ele continua sendo realizada até hoje em sua homenagem.

Em Sergipe, a Dança de São Gonçalo é marcante na cidade de Laranjeiras, no povoado da Mussuca. Cultuam o seu rito tradicional e com o objetivo de pagar promessas.

No interior da igreja eles apresentam as suas danças. Patrão, Mariposa (a única integrante mulher), Tocadores e Dançadores são componentes do grupo.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Reisado]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Reisado]

Folguedo de origem ibérica instalada em Sergipe no período colonial. Era dançado geralmente às vésperas do Dia de Reis comemorando o nascimento de Jesus e em honra aos Reis Magos.

Atualmente é dançado em qualquer época do ano e em qualquer lugar.

Considerado dança dramática, marcada por improvisações nas anedotas e charadas tiradas pelo “caboclo” e pela “Dona do Baile” e brincadeiras que envolvem pessoas de destaque e situações da região.

A figura do “Boi” é destaque, e entra na roda trazendo magia, é considerado uma figura quase sagrada, que é sacrificado em nome da sobrevivência do povo.

Os motivos variam de amor, guerra, religião, história local ou de época.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Bacamarteiros]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Bacamarteiros]

Folguedo Popular de origem africana e influência indígena.

Primeiro grupo criado: povoado de Aguada, em Carmópolis.

Por volta do século XIX para divertir negros e brancos na época das festas juninas, no cativeiro, envolvendo a todos nas brincadeiras da noite de São João; os que trabalhavam em usinas de cana, os que cultivavam mandioca. O grupo se reunia na residência de um dos componentes, festejava o santo com o tradicional tiro de “bacamarte”. A tradição permanece cada dia mais viva e deslumbrante.

Os bacamarteiros continuam a dançar e cantar, distribuindo-se em batalhões, sob o comando de “sargentos”. Homens e mulheres saem pelas ruas do povoado a homenagear o santo de devoção num ritual contagiante.

Os bacamartes e a pólvora usada são feitos pelos próprios membros do grupo. 

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Parafusos]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Parafusos]

Segundo a tradição do Brasil colonial, era comum as sinhazinhas deixarem durante a noite as suas anáguas no quaradouro. Na calada da noite os negros escravos as roubavam e com elas se fantasiavam para fugir em busca de liberdade. Os negros cobriam todo o corpo com as anáguas, saindo pelas estradas ao sabor do vento, dando pulos, rodopiando e fazendo assombração.

A superstição da época fazia o povo acreditar em almas sem cabeça e outras visagens. E assim os escravos conseguiam fugir sem serem perseguidos.

Trajando uma sequencia de anáguas, em bando, cantarolando, pulando em movimentos torcidos e retorcidos, um grupo de homens – representando os negros escravos – com adornos femininos, formam o GRUPO PARAFUSO da cidade de Lagarto. Usam instrumentos como triângulo, acordeon e bombo.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Taieira]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Taieira]

Folguedo popular de caráter religioso, com objetivo de louvação. A dança das Taieiras é acompanhada por um tambor, som oriundo dos querequexés, sutilmente sacudidos pelas dançarinas e, ainda, varetas que funcionam como marcação de ritmo.

O cortejo sai anualmente da residência da grande líder do grupo, seguindo pelas ruas da cidade em direção à igreja, diante da qual os integrantes dançam e cantam; entram no templo sagrado sem parar de dançar e cantar, depois o cortejo volta a percorrer a cidade, dançando nas residências das pessoas, cumprindo um ritual belo e emocionante.

Saem às ruas nos dias de Reis e na festa de Bom Jesus dos Navegantes. Os santos são louvados com muito respeito e devoção. Os personagens que integram a manifestação são: Taieiras (dançarinas), Guias, Lacraias, Capacetes, Ministro, Patrão, Rei e Rainhas.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Maracatu]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Maracatu]

Vestígios dos cortejos negros que acompanharam os reis de congos eleitos pelos escravos, para coroação e posteriores batuques no adro, em homenagem ao santo padroeiro.

Não sendo propriamente um auto, o maracatu, não tem um enredo ordenado para sua exibição. É sobrevivência dos desfiles de caráter religioso-africano.

Personagens: Rei, Rainha, Príncipe, Princesa, Vassalos, Ministros, Conselheiros, Lanceiros, Busineiras, Porta-bandeiras, Soldados, Baianas e tocadores. E mais, “Calungas”, que são bonecas representando Oxum e Xangô.

O cortejo real é lembrança da célebre rainha africana Ginga de Matamba. Vestidos de cores extravagantes, os participantes dos cortejos caminham pelas ruas da cidade a cantar, sacotear, entre umbigadas, comprimentos e marchas. Ritmo marcado, batido. Melodia ao mesmo tempo com tom forte do caráter religioso. Algumas cantigas são proferidas numa presumível língua africana.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe