sexta-feira, 30 de julho de 2021

Exposição em homenagem ao historiador e ex-funcionário Pedrinho dos Santos




Fotos: Ascom/Seduc

Publicado originalmente no site do GOVERNO DE SERGIPE, em 29 de julho de 2021

Biblioteca Pública Epiphanio Dória realiza exposição em homenagem ao historiador e ex-funcionário Pedrinho dos Santos

Funcionário da Biblioteca Pública Epiphanio Dória por 28 anos, Pedrinho dos Santos, guardião da memória e história sergipanas, foi, dentre tantas coisas, diretor do Conselho Estadual de Cultura, sendo o primeiro negro a presidir a instituição

Na sexta-feira, 30 de julho, a Biblioteca Pública Epiphanio Dória lança exposição em homenagem ao aniversário do historiador, pesquisador e intérprete da história de Sergipe, Pedrinho dos Santos.  Se vivo estivesse nesta data, Pedrinho completaria 76 anos. A exposição que conta um pouco da história desse ilustre sergipano nascido em Laranjeiras e que empreendeu uma dedicação incondicional à Epiphanio Dória fica em cartaz, no hall da Biblioteca, até o dia 13 de agosto, no horário de funcionamento da Bped, das 7h às 13h, seguindo todas as medidas sanitárias.

Funcionário da Biblioteca Pública Epiphanio Dória por 28 anos, Pedrinho dos Santos, guardião da memória e história sergipanas, foi, dentre tantas coisas, diretor do Conselho Estadual de Cultura, sendo o primeiro negro a presidir a instituição. Historiador de formação, escritor e pesquisador, Pedrinho dos Santos deixou cinco livros publicados; dezenas de artigos veiculados em jornais; além de ter escrito vários prefácios e abas de livros de autores sergipanos. Ensaísta antológico, Pedrinho também era chamado de zelador cultural da memória sergipana.

Para Juciene Maria de Jesus, diretora da Biblioteca Pública Epiphanio Dória, Pedrinho teve um papel extraordinário na conservação e na preservação física da documentação histórica do estado de Sergipe. "Seu amplo conhecimento foi essencial na organização e preservação da nossa memória. O Senhor Pedrinho era o responsável pela organização do setor documental da Biblioteca Epiphanio Dória; um verdadeiro acervo humano, e contribuiu bastante para a formação de muitos historiadores e professores de Sergipe. Não existe um historiador, pesquisador ou estudante que não procurasse Pedrinho dos Santos para alimentar e enriquecer seus trabalhos com suas informações. A ele toda nossa gratidão, sempre", afirmou.

Amiga pessoal do homenageado, a escritora e membro da Academia Sergipana de Letras, Ana Maria Fonseca Medina, disse que o nome de Pedrinho dos Santos é um ícone da memória e da história sergipana. Ana Medina, que sempre se emociona ao falar de Pedrinho dos Santos, não esconde a admiração e gratidão ao amigo. "Oriundo da cidade de Laranjeiras, ele tatuou na alma a lembrança daquela cidade presépio, cheia de lendas e histórias de sincretismos, de culinária rica, de folclore exuberante, de homens ilustres. Historiador de formação, pesquisador percuciente, logo percebeu que sua missão era um dever de cidadania: proteger os bens materiais e imateriais do nosso estado, seguindo os passos de Epiphanio Dória, Thetis Nunes, entre outros. Trabalhou ao lado de Jackson da Silva Lima, classificando e organizando preciosidades literárias e históricas das nossas instituições. Nos últimos tempos, enclausurou-se numa sala na Biblioteca Pública do Estado e lá deu o melhor dos seus dias para salvaguardar aquele patrimônio. Era um entusiasta da pesquisa.  Escreveu algumas obras que hoje são referências e respeitadas aqui e alhures. Devo-lhe uma enorme gratidão pela presteza como atendia às minhas solicitações. Saudades do fraterno amigo", ressaltou.

Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Colégio Arquidiocesano informa...

O Colégio Arquidiocesano informa que encerrará todas as suas atividades no final do ano letivo nas unidades do Centro e da Farolândia.

Confira o comunicado:


Legenda e imagem reproduzidas do site: nenoticias.com.br

terça-feira, 27 de julho de 2021

Funcaju presta homenagem ao ator Orlando Vieira em seus 90 anos de vida

Foto: Arquivo Infonet, postada pelo blog

Texto publicado originalmente no site da PMA, em 26 de julho de 2021

Funcaju presta homenagem ao ator Orlando Vieira em seus 90 anos de vida

A recheada trajetória profissional do ator sergipano Orlando Vieira ainda reserva fôlego para mais alguns capítulos. Pelo menos é o que garante o cineasta, que completa 90 anos nesta segunda-feira, 26.

A data foi celebrada com um abraço simbólico promovido pela Sociedade de Cultura Artística de Sergipe (SCAS) e pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos do Estado de Sergipe (Sated), com o apoio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

Orlando Vieira se consolidou como um dos grandes nomes do cinema sergipano e nacional com participações de destaque em filmes como "Quem matou Pixote?", "Narradores de Javé", "Aos Ventos que Virão" e a produção sergipana "A Última Semana de Lampião".

Embora a filmografia do ator seja rica de ponta a ponta, o filme em que alcançou maior projeção foi “Sargento Getúlio”, de 1983, quando ocupou papel de destaque ao lado do protagonista Lima Duarte. Neste mesmo ano, conquistou o troféu Kikito, no Festival de Gramado – um dos mais importantes do cinema nacional.

“Orlando Vieira conseguiu o que nenhum ator conseguiu até hoje, que é uma projeção no país e fora do país. Sargento Getúlio virou cult do cinema, premiadíssimo aqui e lá fora. É um filme que marca um momento importantíssimo do cinema brasileiro. Mas não é só nesse filme que o Orlando se destaca, são inúmeras participações no cinema, na televisão, em novelas e telenovelas de grandes canais. Um homem de maior riqueza artística e eu fico muito feliz de ver o Orlando, com a relevância que tem, chegar aos 90 anos durinho, com possibilidade de seguir contribuindo para nossa cultura, cinema e audiovisual”, pontua o presidente da Funcaju, Luciano Correia.

Na televisão, Orlando participou das séries da Rede Globo "Tereza Batista" e "Uma mulher vestida de Sol" e da novela "Irmãos Coragem" (1994). Com tantos trabalhos de destaque no currículo, o sergipano é uma referência para agentes culturais de todas as idades.

“Estamos falando de um homem que dedicou mais de 70 anos à vida artística, com currículo invejável. A gente tem ele como uma figura inspiradora. Essa homenagem é para que essa nova geração se perceba nesse universo, que é capaz de chegar nos anais da cultura nacional, nos grandes mercados, como orlando conseguiu”, registra Ivo Adnil, presidente do Sated.

Nesta segunda-feira, 26, uma faixa em homenagem aos 90 anos de Orlando foi estendida em frente à sua residência, ação contemplada pelo próprio ator. “Convidamos algumas pessoas da cultura para dar um abraço em Orlando, evidentemente respeitando as medidas que esse momento de pandemia impõe. A gente tem essa preocupação de homenagear nossos artistas, técnicos da arte, enquanto estão em vida, porque precisamos chamar as pessoas para valorizar, conhecer esses que trabalharam e ainda trabalham para a nossa arte”, destaca Isaac Galvão, presidente da SCAS.

No alto dos seus 90 anos, Orlando garantiu no encontro com os agentes culturais que continua com fôlego e pretende voltar a atuar em Sergipe, assim que a pandemia for problema do passado e houver segurança para o retorno das atividades culturais. A vontade do ator é vista com entusiasmo por Luciano Correia.

“Mostra como ele sempre foi uma pessoa extremamente profissional. Faz da sua profissão, da sua arte, quase que um brinquedo, com muito prazer e alegria. Talvez isso explique os seus 90 anos rindo e saudável”, afirma o presidente da Funcaju.

Texto reproduzido do site: aracaju.se.gov.br

Colégio Arquidiocesano após 61 anos comunica seu fechamento

Publicação compartilhada do site 93 NOTÍCIAS, em 27 de julho de 2021

Colégio Arquidiocesano após 61 anos comunica seu fechamento

Da Redação

Diante da situação econômico-financeira pela qual o Colégio Arquidiocesano vem passando ao longo de muitos anos, a mantenedora, Arquidiocese de Aracaju, por meio da Assembléia Geral, estatutariamente constituída, DECIDIU, na semana passada, tomar as se- guintes deliberações:

1) Vender a Unidade Farolândia a uma empresa, liderada pelo empresário Jorge Mitidieri, do Colégio Master, negócio já devidamente fechado;

2) Encerrar definitivamente as atividades do Colégio, nas duas Unidades – Centro e Farolândia, ao encerrar-se o presente ano letivo.

A empresa compradora manterá o nome atual, ou seja, Colégio Arquidiocesano em suas atividades na Farolândia, a partir de janeiro de 2022. Novo CNPJ, novas contratações.

Para o encerramento das atividades, de acordo com as normas educacionais legais, até o dia 31 deste mês, deverão ser feitas as devidas comunicações aos Conselhos de Edu- cação, Estadual e Municipal.

Estas decisões não são as que gostaríamos que fossem tomadas. Uma vida inteira, de 61 anos, está sendo encerrada. Infelizmente. Ao encerrar-se o ano letivo, as medidas de dispensa de todos, na forma da legislação trabalhista, serão devidamente tomadas e todos serão indenizados. Sentimos muito pelo que estamos vivendo. Mas, viveremos para enfren- tar outros desafios e levar adiante novas realizações.

Esperamos que, diante do quadro difícil pelo qual passamos, todos nós possamos nos manter em nossos postos de trabalho com a mesma competência, dedicação e dignida- de que moldaram e moldam as nossas vidas.

Se juntos vivenciamos a bonança e enfrentamos apreensões, também juntos segui- remos até o dia em que haveremos de nos separar.

Gratos pela atenção, por tudo que vivemos juntos e ainda nos resta viver.

Texto e imagem reproduzidos do site: 93noticias.com.br

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Shopping Jardins abre área verde central para visitação

Legenda da foto: As famílias aproveitam o ambiente temático para tirar fotos

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 21 de julho de 2021

Shopping Jardins abre área verde central para visitação

Pela segunda vez desde a inauguração em 1997, o Shopping Jardins promove visitas guiadas ao seu jardim de inverno. A atividade ‘Explorando o Jardim’ é voltada à garotada e integra a programação do ‘Diverchão’, evento que acontece até o dia 27 de julho. Os passeios na área verde localizada em frente à Praça de Alimentação Jardins são realizados às sextas-feiras e sábados, das 16h às 17h30, seguindo os protocolos de biossegurança necessários.

Nos próximos dias 23 e 24 de julho, acontecem as últimas sessões e, para participar, basta o responsável pela criança apresentar cadastro na plataforma Shopping Jardins Online e realizar o agendamento prévio no Balcão de Informações, localizado em frente à Portaria A. O acesso é gratuito e cada visita tem duração de 25 minutos.

As sessões reúnem, no máximo, 20 pessoas, sendo 10 crianças acompanhadas por um adulto. Enquanto se diverte com a história interpretada por graciosos personagens, o público tem a oportunidade de aprender sobre as espécies criadas no lago, ver os peixinhos de perto, apreciar o jardim e desfrutar de momentos inesquecíveis. Ao final, os meninos e meninas ganham o certificado de ‘Amigo dos animais’, como forma de estimular a consciência e o respeito ambiental.

‘Diverchão’

O circuito de brincadeiras à moda antiga integra a programação de férias do Shopping Jardins e está distribuído em diferentes estações instaladas no mall localizado na zona Sul de Aracaju (SE).

Em frente à C&A, crianças e adultos curtem o ‘Jogo da Lava’, uma super brincadeira que mexe com a imaginação. Próximo ao Cinemark, os aventureiros encontram a Amarelinha e, na Praça de Eventos Girassol, ao lado do Canephora Café, está o Labirinto. Além de proporcionar muita diversão, as brincadeiras promovem o desenvolvimento psicomotor da garotada, estimulando o raciocínio, pensamento estratégico, coordenação motora e sensos de direção, organização e planejamento.

Em cada estação, o público encontra um totem com QR Code para acessar o mapa do ‘Diverchão’ e desfrutar de todo o circuito.

Já na Praça de Eventos Ipê, em frente à Riachuelo, as famílias aproveitam o ambiente temático e instagramável para tirar lindas fotos e se divertir com mais brincadeiras. Jogo da velha, elástico, caracol e máquina de pegar pelúcias são as atrações do Jardim Encantado.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Sergipe festeja 201 anos de independência da Bahia


Legenda da foto 1 > São Cristóvão, com suas igrejas históricas, foi a primeira capital de Sergipe

Legenda de foto 2 > A cópia do decreto de Emancipação Política de Sergipe, datado de 1820, encontra-se no Palácio Museu Olímpio Campos, em Aracaju 

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 8 de julho de 2021

Sergipe festeja 201 anos de independência da Bahia

Há 201 anos, no dia 8 de julho de 1820, os sergipanos receberam do Rei Dom João VI, a Carta Régia decretando a emancipação política de Sergipe do Estado da Bahia. A independência do território sergipano foi marcada por intensas lutas políticas. A historiadora e professora da Universidade Federal de Sergipe, Terezinha Alves de Oliva, relata que o tema da emancipação de Sergipe ainda é um desafio para os estudiosos. Ela conta que, em seus estudos, Felisbelo Freire descreve que alçar Sergipe a uma capitania independente foi a maneira que o Rei D. João VI encontrou para compensar a participação dos sergipanos na vitória da Corte Portuguesa sobre a Revolução Pernambucana de 1817.

O território sergipano foi conquistado em 1590 por Cristóvão de Barros. Desde então, Sergipe ficou sob a tutela da Bahia. “Durante mais de dois séculos, Sergipe foi capitania subalterna, dedicada a abastecer a capital baiana através da sua produção agropecuária, recebendo dela as autoridades, as famílias dominantes, os encargos e os produtos do seu comércio”, expõe a historiadora.

Ainda de acordo com Terezinha Oliva, somente no século XVIII a economia de Sergipe conquistou uma nova estatura com o crescimento da atividade açucareira, tornando-se visível a movimentação das exportações sergipanas pelos portos baianos.

Nas primeiras décadas do século XIX, a capitania contava com mais de duas centenas de engenhos a estabelecer relações com o comércio da Bahia, com os capitalistas que financiavam a produção e controlavam o comércio de açúcar que abasteciam o comércio de escravos e de todos os bens demandados pela sociedade açucareira.

Contestação

Com o retorno do rei a Portugal, as medidas tomadas por Dom João para emancipar Sergipe foram contestadas. Apesar da nomeação do Brigadeiro Carlos César Burlamaqui como governador de Sergipe ter ocorrido em 25 de julho de 1820, ele somente tomou posse em 20 de fevereiro de 1821. Ocorrida em São Cristóvão, a posse se deu em clima conturbado pela chegada de cartas da Bahia que determinavam que ela não se realizasse.

Apesar dos protestos baianos, a posse ocorreu em fidelidade ao Rei Dom João VI. No entanto, no dia 18 de março do mesmo ano, o governador foi deposto do cargo por uma força armada a mando da Bahia, reforçada pelo apoio da Legião de Santa Luzia, comandada pelo senhor de engenho Guilherme José Nabuco de Araújo. Carlos Burlamaqui foi conduzido preso para Salvador.

Com este episódio, frustrou-se, temporariamente, a emancipação política de Sergipe. Se por um lado os senhores de engenho não queriam a independência, por outro, líderes do agreste e do sertão, criadores de gado como Joaquim Martins Fontes e José Leite Sampaio, tomaram posição em defesa da Emancipação Política de Sergipe e, a partir de 1822, pela Independência do Brasil. “Os dois processos se confundem e confluem”, conta Terezinha Oliva.

A adesão à Independência do Brasil significou a aceitação da Emancipação de Sergipe, uma vez que o Imperador Pedro I confirmou a Carta Régia de D. João VI. “Sergipe fica politicamente separado da Bahia e torna-se uma província do Império”, diz a historiadora.

Independência econômica

A Emancipação Política de Sergipe também influenciou a economia local. A partir da independência, de acordo com o economista Ricardo Lacerda, a elite econômica e política local, ainda que relativamente frágil e incipiente, começou a diminuir sua dependência em relação à praça comercial de Salvador.  Segundo ele, a base da economia de Sergipe no momento de sua emancipação destacava-se pela atividade açucareira com um grande número de engenhos em funcionamento.

“As principais lideranças políticas e econômicas eram vinculadas à atividade açucareira. Mas a pecuária ocupava uma ampla extensão do território sergipano nas áreas mais interioranas. Em torno da atividade principal, formou-se um complexo econômico distintivo, com o surgimento de casas de exportação e importação, fundamentais para o financiamento da atividade açucareira e os núcleos urbanos se adensaram e se multiplicaram na zona canavieira”, destacou.

De acordo com Lacerda, a atividade algodoeira vai se consolidar somente na segunda metade do século XIX, impulsionada pela revolução industrial inglesa e pela oportunidade surgida com o vazio de suprimento de algodão causado pela guerra civil norte-americana.

A industrialização de Sergipe se dará com a expansão da indústria têxtil nas últimas décadas do século XIX. Essas duas atividades vão dominar a economia sergipana por um longo período. Somente na segunda metade do século XX, Sergipe vai conhecer uma transformação industrial de maior vulto com a implantação da fábrica de cimento, a exploração de petróleo pela Petrobrás e mais adiante a produção de fertilizantes.

Duas datas

Pelo fato da Emancipação Política de Sergipe, em 8 de julho de 1820, ter sido bastante conturbada e contestada pelos líderes baianos e pelos senhores de engenho, a memória popular não registrou a data para festejar. Segundo Terezinha Oliva, a primeira comemoração que se tem notícia se deu no dia 24 de outubro de 1836.

“Nesta data, a festa cívico-religiosa foi marcada pelo canto do Hino de Sergipe, com letra de Manoel Joaquim de Oliveira Campos e música de Frei José de Santa Cecília. Em 1839 o dia 24 de outubro foi decretado como feriado da Emancipação”, conta.

As duas datas permaneceram como feriado: 8 de julho, data da elevação de Sergipe a Capitania Independente; 24 de outubro, data da recuperação da Independência de Sergipe consagrada pelo povo. No fim da década de 1990, a Assembleia Legislativa de Sergipe cancelou o feriado de 24 de outubro, pois a festa popular havia deixado de acontecer, e instituiu o Dia da Sergipanidade, preservando uma antiga memória ligada à Independência de Sergipe.

Foto do decreto: Marcelle Cristinne

Texto e imagens reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

quinta-feira, 8 de julho de 2021

A emancipação política de Sergipe: uma teia de significado históricos

Publicação compartilhada do BLOG DO JOSÉ VIEIRA, de 5 de julho de 2012

A emancipação política de Sergipe: uma teia de significado históricos

Por José Vieira da Cruz*

Assim, como o ato de lembrar é uma forma de reconhecimento, a rememoração da emancipação política de Sergipe é uma oportunidade para avaliar a importância deste acontecimento para a história do Brasil e, particularmente, desta história a partir de Sergipe. Parafraseando Le Goff, alimentar a memória de homens e mulheres a respeito de um acontecimento histórico requer gosto, estilo, paixão, rigor e método. Embora, nem sempre seja possível reunir em uma exposição tantas qualidades, cabe, nessa oportunidade, evocar o registro do Decreto de 8 de Julho de 1820 e a teia de significados históricas que ele envolve.

Neste sentido, é preciso compreender esse documento produzido dentro das reformas político-administrativas de 1820, colocadas em curso pelo Império Português para acalmar os movimentos revolucionários reconfigurando o Nordeste rebelde e aumentando suas possibilidades de controle em casos de revoltas, numa clara remissão a Revolução Pernambucano de 1817, e, desta forma, ao separar Sergipe da Bahia a administração portuguesa buscava evitar que uma eventual revolta envolvesse toda a região. Atendia, também, ao pleito de separação das autoridades e de parte da sociedade local: uma retribuída por sua fidelidade ao Rei no episódio da Revolução Pernambucana de 1817.  A compreensão histórica da teia de significados deste documento tem alimentado em maior ou menor grau as interpretações a respeito da emancipação política da Capitania de Sergipe: uma interpretação fundada nas reformas administrativas do Estado Português em meio à crise do Antigo Sistema Colonial, e outra que tende a valorizar o pleito autonomista.

A primeira interpretação tende a situar as estratégias da administração da coroa portuguesa em meio à crise do Antigo Sistema Colonial como estratégia para evitar e postergar o quadro de revoluções e independências que se viam processando na Europa e na América, respectivamente. Reformas iniciadas no arco histórico da administração pombalina, período caracterizado pela: expulsão dos jesuítas, incentivo à expansão da cana-de-açúcar, inclusive em novas áreas, e pela diversificação da produção agrícola e das áreas produtora. Essas reformas tiveram um profundo impacto na dinâmica econômica do território de Sergipe, que passava a estreitar cada vez mais os laços de vinculação econômica, política e social com a Bahia. Dinâmica viabilizada, em contrapartida, pela intensificação da expropriação da mão-de-obra escrava e das relações de trabalho não-assalariadas, o que preconizou, nos anos seguintes, revoltas de escravos e índios, além da potencialização dos e atos de violência cotidianos.

No desenrolar desse processo de reformas administrativas, continuado pelos reinados de D. Maria I e D. João VI, e sob a égide dos ventos da revolta dos escravos no Haiti e da revolução que levaria a queda do antigo Regime na França, a coroa portuguesa se depara com a Revolução Pernambuco de 1817 e a Revolução Constitucionalista do Porto em 1820. Inserido neste contexto, e à luz desta corrente interpretativa, Sergipe não teria sido alçada a condição de Capitania como recompensa por ter enviado efetivos militares e suprimentos para deter os revolucionários pernambucanos em 1817.  Essa decisão envolvia interesses políticos, econômicos e, sobretudo, estratégias para toda a região. E Sergipe, a exemplo da época da Guerra do açúcar, entre Portugal e a Holanda, é alçado a condição de território estratégico, retaguarda militar necessária para conter rebeliões insurretas no Nordeste.

Essa argumentação fragiliza a hipótese da retribuição real aos sergipanos que demonstraram fidelidade ao rei nos acontecimentos de 1817. Entretanto, não descortina a importância do pleito autonomista que conferiria aquele território a importância estratégica viabilizada pela Corte Portuguesa no Brasil. A força desses argumentos, no entanto, minimizam o papel da elite local e do jogo de interesses travados pelos seus partícipes frentes a tensões sociais e econômicas da época.  Posição melhor explanada, mais ainda não esgotada, pela já consolidada historiografia local.

Esta outra emancipação, fundada no pleito autonomista, não se fez em um dia, nem apenas por Decreto Real, embora o tenha tomado como ponto de referência para avanços, recuos, indefinições e para afirmação de uma ordem que se impôs, ainda que mantendo de fora e sob relativa disciplina populações indígenas, escravas, de libertos, de mestiços e de homens e mulheres pobres. Essa outra emancipação foi uma obra construída por gerações que antecederam os desdobramentos do 8 de julho de 1820.

Os caminhos desta história social do despertar deste sentimento autonomista pode ser capturada e melhor compreendida no devenir de acontecimentos como a revolta de sua população face ao abandono em que se deparou o território de Sergipe  após a Invasão Holandesa (1637); no reconhecimento de sua autonomia judiciária em 1696, fato que circunscreve  São Cristóvão como comarca judiciária das terras entre o Rio São Francisco e Itapecuru;  na aceleração de sua econômica em face das reformas econômicas pombalinas, tornando-se uma região açucareira,  além de manter-se como zona de abastecimentos  dos centros coloniais da época, na preocupação e hesitação de  sua elite colonial face às revoltas de  índios sublevados e escravos revoltados.

Por todas essas considerações, explorar, ainda que rapidamente, a teia de significados históricos suscitada pela celebração do 8 de Julho é uma das possibilidades de reconhecer e valorizar a história e a cultura do Brasil a partir de Sergipe. Mas isso ainda não é o bastante. Ela deve, e pode, contribuir também para a elevação da auto-estima dos sergipanos e de sua contribuição na construção da nacionalidade brasileira. A construção deste “instinto de nacionalidade” brasileira, como diria Machado de Assis, ou de sergipanidade como desejamos, “não se fará num dia, mas pausadamente, para sair duradoura; não será obra de uma geração nem duas; muitas trabalharão (...) até perfazê-la de todo”. Neste sentido, quiçá, a construção dos sentidos desta comemoração será, em breve, símbolo de orgulho e identidade entre nós.

* Doutor em História (UFBA). Prof. da SEED, da SEMED e da UNIT.

FONTE:  CRUZ, José Vieira da. “A emancipação política de Sergipe: uma teia de significado históricos”. In: Jornal da Cidade, 10/07/2008.

Texto e imagem reproduzidos do blogdojosevieira.blogspot.com

terça-feira, 6 de julho de 2021

Escritora, poeta e cordelista lança livro de contos e poemas

Publicado originalmente no site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 6 de julho de 2021

Escritora, poeta e cordelista lança livro de contos e poemas

Daniela dedica a publicação as mulheres de sua vida

O primeiro livro da escritora e poeta cordelista Daniela Bento, “O Feminino que Carrego – cotidiano em prosa e verso” é uma compilação de contos e poemas que abordam os mais diversos sentimentos e vivências de mulheres. O livro será lançado virtualmente, dia 09 de julho, às 20h, no Instagram de Daniela Bento (@daniela.poeta).

Partindo de uma abordagem existencial, aspecto marcante da escrita de Daniela Bento, os contos não definem lugar, nem tempo, no entanto, perpassam múltiplos espaços. A publicação possui narração visual a partir de aquarelas de Tamires Ferreira, artista cearense que empresta sua arte ao expressar em pinceladas a leveza e fortaleza do ser feminino.

Para Daniela o livro amplia o olhar sob os femininos diversos, “abraçando todos os amores possíveis e imagináveis a obra é um mergulho necessário no feminino que habita a cada um de nós”.

Daniela dedica a publicação as mulheres de sua vida, a mãe (in memorian), as irmãs, as sobrinhas, a esposa, as ‘Marias Mulheres’, que lhe tatuaram o peito com poeira, lida, calor, café e abraço pelas veredas da vida por onde caminhou e conclama “Sigamos juntas!”.

A professora e cordelista paraibana Lu Vieira destaca a escrita de Daniela Bento “Daniela tem bandeira e posição, ela não se esconde numa bolha, ao contrário, seus escritos são flechas certeiras que questionam e apontam caminhos”.

Na apresentação, a cantora, compositora, poeta e produtora Socorro Lira, afirma que Daniela Bento “tem escrita realista, visceral, sutil e clara como a consciência expandida; por vezes, densa como nossa sombra. Os assuntos que ela toca com a língua – escrita, mas não só – são comuns a todas e todos da nossa espécie vivendo a diáspora na Terra.

A obra foi apoiada pela FUNCAP através da Lei Aldir Blanc. A Editora Ganesha Edições e Produções Culturais.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

sábado, 3 de julho de 2021

Acesso às praias e orlas já está liberado aos sábados e domingos

Legenda da foto: Praias também estão com acesso liberado aos domingos (Crédito da foto: Marcos Rodrigues)

Publicação compartilhada do site do Portal INFONET, em 3 de julho de 2021

Acesso às praias e orlas já está liberado aos sábados e domingos

O acesso às praias e à Orla Pôr do Sol já está totalmente liberado a partir deste final de semana, incluindo os domingos. A decisão foi tomada na reunião do Comitê Técnico Científico na última quinta-feira, 1°.

De acordo com a medida, mesmo com a reabertura das praias aos domingos, eventos de lazer coletivo como shows, blocos e micaretas continuam proibidos e, no que diz respeito aos eventos esportivos, fica autorizada a realização de competições e eventos esportivos em geral, profissionais ou amadores, vinculados ao cumprimento de protocolos sanitários específicos, sem a presença de público.

Ainda segundo a decisão, o banhista não poderá frequentar a praia durante o toque de recolher, que ainda permanece das quintas-feiras aos sábados, das 22h às 5h do dia seguinte.

Por Isabella Vieira

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br