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15 novembro, 2023

FREITAS, Pedro de - MEMÓRIAS DUM FERROVIÁRIO (revisor de bilhetes). Descrição de 40 anos vividos em combóios: sugestiva lição de vida social, ferroviária, sexual, educativa, profissional, psicológica, etc. Montijo, [Edição do Autor], 1954. In-8.º (19,5 cm) de 262, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Capa de Amílcar Mota (Barreiro).
Interessante e curiosíssima colecção de crónicas de experiências do autor, funcionário da CP, antigo combatente na Grande Guerra, ao longo de quatro décadas de actividade na empresa.
Livro ilustrado no interior, e no início, com um retrato de corpo inteiro do autor, aos 60 anos de idade (à data desta publicação - Maio de 1954).
Contém dados estatísticos da época, logísticos e humanos, importantes para a compreensão da história e dimensão da empresa.
"Às voltas com as calamidades da guerra, um dia, nos campos de batalha da Flandres, em França, leio no jornal O Século, estar aberto concurso para revisores de bilhetes nos caminhos de ferro do Estado, direcção do Sul e Sueste.
Longe da Pátria e da família, suportava eu bem duramente os amargos efeitos da monstruosa guerra. Ao ler no jornal essa notícia, foi duplo o meu sofrimento moral por verificar que, sendo eu um ferroviário com direito à notificação do dito concurso, pelas vias competentes, se não fora a coincidência da leitura, para ali ficaria votado ao esquecimento.
Em missão oficial no estrangeiro, envergando uma farda que era a honra do meu país, não era de admitir que por essa circunstância melindrosa da minha vida de soldado eu fosse compelido a prejudicar os meus interesses e a comprometer o meu futuro.
Mas a providência é grande. E o acaso fez que eu visse nesse dia o jornal que deu, à minha alma, tão grande consolação.
Não deixo perder o momento de atingir o que mais ambicionava na minha profissão e, em requerimento feito em papel de campanha, pelas vias competentes do Corpo Expedicionário Português - C. E. P. - envio à Direcção dos caminhos de ferro esse documento.
E desde então ainda mais se me aviva o desejo de voltar aos ares pátrios, à vida dos combóios, ao seio da minha classe. Mas a maldita guerra parecia ser infinita, nunca mais acabaria...
Porém, ela - como de resto tudo no Mundo tem seus dias contados - um dia acabou.
Não foi operação imediata o meu regresso à vida da Pátria; só seis meses passados após o termo das hostilidades, eu piso as terras benditas do meu velho Portugal.
Alegria nos corações libertos de tantos e tantos pesadelos; alegria nos lares, nos amigos, nas coisas nossas conhecidas e estimadas e, após arrumação de vários assuntos inadiáveis, eu apresso-me a saber do resultado do meu requerimento para o concurso de revisor.
Por intermédio do Ministério da Guerra, e com alguns pareceres e muitos carimbos extravagantes, esse desconhecido papel de campanha, que me custara meio franco, entrara, para os devidos efeitos, na repartição competente. Mas seria eu admitido?!... - eis a grande interrogação.
As vagas eram largamente disputadas; os pretendentes são muitos e as «cunhas» apertadas. A minha qualidade de combatente parece servir de alguma consideração e, na devida altura, eu sou admitido ao concurso."
(Excerto do Cap. XIII, Revisor de bilhetes)
Índice
:
Ex-Libris. Abertura. Primeira Parte - Cemitério ferroviário: I - A angústia dum capataz em manobras. II - O funeral da carruagem-salão. III - O carril. IV - A locomotiva. V - A oficina, o telégrafo e a sinalização. VI - O barco a vapor e a via fluvial. VII - A estação. VIII - O bilhete. IX - O salão de primeira classe - n.º 61- Segunda Parte - Vida profissional e suas vicissitudes: X - O princípio de uma vida. XI - Na vida dos combóios (guarda-freio e condutor). XII - Movimentos sociais da classe - Dois comandantes frente a frente. XIII - Revisor de bilhetes. Terceira Parte - Vida ferroviária: XIV - Revisor e fiscal (Alta escola de ensinamentos psicológicos e sociais). XV - Humorismo ferroviário. XVI - Na vida burocrática do caminho de ferro, os papéis é que mandam. Quarta Parte - No campo da reforma: XVII - O último combóio. XVIII - Retalhos duma vida. XIX - A vala dos «mortos-vivos». Nota final.
Pedro de Freitas (1894-1987). Natural de Loulé. "Escritor, jornalista e musicógrafo. Em 1916 era ferroviário, guarda-freio dos comboios e, no ano seguinte, parte para a guerra, em França. Aí narra um dos episódios de guerra numa carta que alguns meses mais tarde acaba por ser publicada num jornal. Fez toda a Campanha em França como membro do Corpo Expedicionário Português, integrando o Batalhão de Sapadores de Caminhos-de-Ferro. Todos os acontecimentos vividos a partir do momento do desembarque na Flandres seriam rigorosamente apontados por Pedro de Freitas e estão presentes no seu livro “As Minhas Recordações da Grande Guerra”, um livro que constitui “um manancial de descrições, informações e sentimentos de carácter pessoal, baseado nas experiências concretas vividas por Pedro de Freitas durante a Primeira Grande Guerra Mundial”. “Este livro apresentou detalhe histórico e coerência relativamente às datas dos eventos presenciados por Pedro de Freitas. Nesse sentido, o autor conferiu alguma ênfase na evolução das batalhas do dia 21 de março e do 9 de abril de 1918. Pelo realismo e sentimentalismo expresso no mesmo foi possível reajustar uma interpenetração entre a visão particular do interlocutor da história com uma análise histórica mais distanciada e, por isso mesmo, mais crítica dos acontecimentos”, refere Susana Barrote, na sua tese “Pedro de Freitas: A vida e a obra de um escritor e musicógrafo nacionalista”.
(Fonte: http://www.avozdoalgarve.pt/detalhe.php?id=4058)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
30€

13 abril, 2022

TORRES, Eng. Carlos Manitto - O TRANSPORTE TRANSITÁRIO ATRAVÉS DO TEMPO. Lisboa, Edição da Gazeta dos Caminhos de Ferro, 1942. In-8.º (20 cm) de 22, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Separata do n.º 1297 da Gazeta dos Caminhos de Ferro, de 1 de Janeiro de 1942.
Curioso trabalho histórico sobre os Caminhos de Ferro, transporte ao serviço de pessoas e bens, meio de ligação entre os povos.
Livro valorizado pela extensa dedicatória autógrafa do autor datada de 1942.
"Nenhum teatro mais qualificado do que o Egipto para observar a evolução típica do transporte através das idades. [...]
As resumidas ideias que seguem dar-nos-ão apenas uma mancha esquemática de tão pitoresca evolução, no meio ubérrimo de tradição e mistério em que a nobre indústria de transportar assumiu - para o mundo inteiro - significação mais alta e definitiva!
A função do transporte é coéva das primeiras idades e tão antiga como o homem."
(Excerto do preâmbulo)
Matérias:
[Preâmbulo]. | Período faraónico. | Período greco-romano. | Período arábico. | Período europeu. | Período ferroviário.
Encadernação em percalina, com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada. Conserva as capas de brochura.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas cansadas, com pequena falha do revestimento na lombada.
Raro. 
Com interesse histórico e bibliográfico.
Sem registo na BNP.
Indisponível

26 outubro, 2019

COMPANHIA CARRIS DE FERRO DE LISBOA - SERVIÇO DE AUTO-CARROS : carreiras, percursos, horários, roteiro e planta dos trajectos. Setembro 1949 : Preço: 1$. [S.l.], [s.n.], 1949. In-8.º (16 cm) de 36 p. ; [2] plantas ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso roteiro do serviço de transportes públicos da Carris, na época com 23 carreiras de autocarros. Ilustrado com publicidade no texto e duas plantas, uma delas, em encarte separada do livro: - Planta do Serviço de Auto-Carros (a cores, impressa na Lito de Portugal, Lisboa - assinada F. Carvalho) (30,5x39cm), que inclui o início e terminus das carreiras e pontos de interesse geral: parques e jardins; museus; miradouros; - Planta Geral da Rede do serviço de Carros Eléctricos e Auto Carros (a duas cores) (27x33cm), que além das carreiras existentes, inclui os percursos em estudo.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta restauro no canto superior direito.
Raro.
Peça de colecção.
25€

01 dezembro, 2014

CALLIXTO, Vasco – AS RODAS DA CAPITAL : história dos meios de transporte da cidade de Lisboa. Lisboa, Junta Distrital de Lisboa, 1967. In-8º (20,5cm) de 139, [5] p. ; [9] f. il. ; il. ; B.
1.ª edição.
Bonita edição, impressa em papel de superior qualidade, e ilustrada com 9 gravuras no texto e outras 9 em folhas separadas, impressas sobre papel couché.
“Lisboa é uma cidade de feição própria e inconfundível. Velho burgo de mareantes, com o Oceano às suas portas, tem, desde há muito, os destinos ligados ao mar. O Tejo e o Atlântico fazem parte da sua existência.
Capital das caravelas, Lisboa tem conhecido também, através dos séculos, como todas as cidades do mundo, os mais diversos e variados meios de transporte. Viaturas que caracterizaram as diferentes épocas em que rodaram por ruas, becos e travessas da urbe lisboeta, esses veículos do passado retratam, afinal e fielmente, a Lisboa de ontem, pitoresca, colorida e despreocupada, dando-nos uma imagem perfeita da verdadeira «belle époque», de saudosa memória para quantos a viveram e ainda hoje a podem recordar.
As «rodas» de Lisboa, céleres, velozes e quase silenciosas nos nossos dias, como vagarosas, trôpegas e barulhentas foram nos dos nossos avós, pertencem à história da cidade e têm a sua própria história. Contam-na as páginas que se seguem, desde o estabelecimento da indústria dos transportes citadinos até à actualidade…”

(excerto da introdução)

Matérias:
Breves notas sobre a evolução dos meios de transporte em Portugal.
I - Final do século XVIII - Quando a sege transportava o lisboeta. II - A mala-posta em Lisboa. III - «Companhia de Carruagens Omnibus» - Mais de trinta anos ao serviço da cidade. IV - Lá vem o «larmanjat» que tem muito que contar. V - Os americanos - Reis e senhores das ruas de Lisboa. VI - «Companhia de Carruagens Ripert, S. A. R. L.» (A primeira rival da «Carris»). VII - Os nove elevadores de Lisboa. VIII - O «Jacintho» - Uma empresa popular ao serviço de Lisboa. IX - Quando, em 1887, se realizaram em Lisboa as primeiras experiências com a tracção eléctrica. X - O chora - O carro mais popular que circulou em Lisboa. XI - Um sonho de nossos avós: o metropolitano de 1888! XII - 1889: Tracção a vapor, nas ruas de Lisboa! XIII - «A Lusitana, Sociedade Cooperativa dos Condutores e Cocheiros da Viação Lisbonense» - Seis anos a «rodar» pela cidade. XIV - A «Carris» inaugura o serviço de carros eléctricos em Lisboa. XV - Autocarros em Lisboa, em 1904. XVI - Os carros saloios - A «Carris», dentro e fora de portas. XVII - Os cinquentenários táxis de Lisboa. XVIII - As ruas de Lisboa «pertencem» à «Carris»! XIX - 1928: «Pela direita!». XX - Definitivamente, autocarros na capital - 1944. XXI - A última maravilha: o metropolitano.
Exemplar brochado, com as capas espelhadas, em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse olisiponense.
Indisponível

20 janeiro, 2014

RODRIGUES JÚNIOR - TRANSPORTES DE MOÇAMBIQUE. Lisboa, Editorial Ultramar, [1956]. In-8.º (20,5cm) de 254, [2] p. ; E.
1.ª edição.
Valorizada pela dedicatória autógrafa do autor.
Matérias:
- Camionagem automóvel. - Transportes aéreos. - Caminhos de ferro. - Portos. - As considerações do director dos Portos, Caminhos de ferro e Transportes de Moçambique. - Resgate dos «Machongos» do sul do Save.
José Rodrigues Júnior (1902-1991). “Jornalista, escritor, ensaísta. O escritor mais representativo de Moçambique. O «Patriarca do jornalismo e das letras moçambicanas». Foi para Moçambique com 18 anos. Iniciou-se nas lides jornalísticas, escrevendo para o Brado Africano. Colaborou na revista Seara Nova, de Lisboa; Civilização, do Porto; e outras. Foi chefe de redacção de: O Emancipador, O Jornal, o Notícias, e redactor principal, bem como proprietário, da revista de arte e crítica Miragem. Foi, durante muitos anos, o representante, em Moçambique, do Diário de Luanda. Como jornalista convidado, esteve na Holanda; em Goa, Damão e Diu; na Alemanha Ocidental, e por último, em 1963, em Angola. Foi, também, o presidente do Centro Cultural dos novos. É membro efectivo da Sociedade de Geografia de Lisboa; sócio da Sociedade Portuguesa de Escritores, e vice-presidente do Grupo de Artes, Letras e Actividades Culturais e Jornalismo, da Secção de Estudos Brasileiros da Sociedade de Estudos de Moçambique. Quase toda a sua actividade de escritor e jornalista tem sido dedicada ao estudo dos problemas de Moçambique, para o que realizou, durante mais de 20 anos, viagens de inquérito económico-sociais, através de toda a Província. Na opinião da crítica metropolitana «os seus estudos sobre Moçambique são, a par de notáveis obras literárias, trabalhos de sociólogo, de colonialista, de moralista e, até, de economista, e muitas das melhores páginas da nossa novelística e da nossa reportagem, destes últimos trinta anos, por exemplo, saíram das suas infatigáveis mãos»”.
Encadernação cartonada com dourados na lombada. Sem capas.
Exemplar em bom estado de conservação. Orifício de traça marginal no pé das 10 folhas finais.
Invulgar.
15€

15 dezembro, 2013

PACHECO, José Sebastião - ROTEIRO POLICIAL DA CIDADE DE LISBOA (com a ligação geral dos carros eléctricos). 5.ª edição actualizada. Lisboa, Livraria Pacheco, 1928. In-8º peq. (13,5cm) de [2], 269, [3], XL p. ; E.
Curioso roteiro policial de Lisboa.
Ordem dos limites da cidade:
Desde Algés, pela estrada da circunvalação: Benfica, Carnide, Lumiar, Ameixoeira, Charneca, Olivais, e parte da margem direita do Rio Tejo, desde os Olivais a Pedrouços, ligando com Algés e fechando o circuito.
Contém os nomes antigos e modernos das artérias de Lisboa e a indicação dos carros eléctricos que deverão ser utilizados e as paragens mais próximas dos sítios onde não passam.
Informações sobre:
Animatógrafos, áreas dos 6 cemitérios municipais, Bairros administrativos e fiscais, Casas de Saúde, Cemitérios estrangeiros, Conservatórias prediais e do registo civil, Distritos de recrutamento militar, Escolas comerciais e industriais, Esquadras policiais, Estações telégrafo-postais, Freguesias, Hospitais, Hoteis, Igrejas que ainda têm cartório, Juízos de paz, Legações e consulados estrangeiros em Lisboa, Liceus, Monumentos, Museus, Notários, Palácios nacionais, Panteões, Polícia de investigação criminal, Sub-delegados de saúde, Teatro, Templos notáveis, Tribunais, Varas cíveis e comerciais.
Encadernação cartonada do editor com capa policromada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Últimas páginas com defeitos, afectando marginalmente o texto.
Invulgar.
10€