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09 maio, 2024

COSINHEIRO FAMILIAR : tratado completo. COPA E COSINHA. (3.ª edição, augmentada). Preço 200 reis. [S.l.], [s.n.], [189-]. In-8.º (15,5 cm) de 128 p. ; B.
"Valliosa collecção de receitas para fazer almoços, lunchs, jantares, merendas, ceias, petiscos, conservas, pudins, bôlos, compotas, gelados, caldas de fructa, licôres, vinhos finos e artificiaes, crèmes, vinagres, refrescos, etc. etc. Formulas para evitar os maus cheiros, o bolôr, e o ranço, para afugentar as formigas, para concertar louças, conhecer falsificações, etc."
Curioso tratado de cozinha de produção popular, contendo mais de centena e meia de receitas. Sem indicação de autor, nem referências bibliográficas, incluindo a própria BNP, que não menciona este título na sua base de dados. Terá sido publicado, cremos, na última década do século XIX.
Livro preenchido com receitas gastronómicas - as mais variadas -, bem como conselhos e panaceias para resolução de problemas que "afligem" os cozinheiros, relacionados com a limpeza, os cheiros, etc.
"A cobra offerece uma carne muito deliciosa e que não é inferior á do melhor peixe, com o qual ella se assimilha.
As pessoas que comerem a carne de cobra, preferem-n'a a qualquer outra.
A melhor vantagem, porem, que apresenta o uso d'esta carne é que é muito efficaz na cura das molestias do coração, da syphilis inventerada e sobre tudo da morphéa, que, estando ainda em principio, desapparece totalmente com o uso da carne de cobra."
(Excerto de Carne de cobra)
"Enche-se um frasco pequeno, que possa conter approximadamente 20 grammas de liquido, com o vinho que se quizer experimentar.
Em volta do gargallo passa-se-lhe um cordel e, suspendendo-o por uma das pontas, mergulha-se o frasco, sem o tapar, dentro d'um copo grande cheio de agua.
Apenas a bocca do frasco tiver passado abaixo do nivel da agua, o vinho - se é puro - sahirá precepitadamente do frasco, e, atravessando a agua sem se misturar com ella, virá espalhar-se na superficie; se está falsificado, ficará no fundo do frasco."
(Excerto de Receita para conhecer a pureza do vinho)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa frágil, com pequenas falhas de papel. Sem capa posterior. Pelo interesse e raridade deve ser encadernado.
Raro.
45€

18 março, 2024

COSINHA E CONFEITEIRO - O MAIS COMPLETO MANUAL DA ACTUALIDADE. Edição coordenada por um grupo de cosinheiros de diversos paizes. Lisboa, Composto e impresso nas off. de A Polycommercial, [191-]. In-8.º (21,5 cm) de 84 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Livro de culinária, publicado nos primeiros anos da segunda década do século XX.
Contém inúmeras receitas, acompanhadas com alguns desenhos no texto.
Índice
:
- Serviço de meza. - Potagens, caldos e sopas. - Môlhos. - Carnes: Vaca; Vitela; Carneiro; Porco; Coelho. - Aves. - Peixe. - Pratos diversos. - Doces. - Conservas. - Indicações geraes. - Chá, café e chocolate.. - Como se preparam as côres.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, oxidadas, com defeitos e pequenos rasgões (sem perda de papel).
Raro.
Indisponível

05 outubro, 2023

GOMES, Virgílio Nogueiro -
TRANSMONTANICES. Causas de Comer.
Prefácio de Inês Pedrosa. Desenhos de Graça Morais. Lisboa, Edições do Gosto, 2010. In-8.º (21x15 cm) de 169, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso conjunto de crónicas amenas sobre Trás-os-Montes e a sua gastronomia.
"Com prefácio de Inês Pedrosa e desenhos de Graça Morais, o livro é constituído por textos que descrevem a gastronomia transmontana e por um conjunto de crónicas que Virgílio Gomes escreveu sobre as memórias da vivência e educação do gosto que adquiriu pelo facto de ter nascido e vivido em Trás-os-Montes." (Fonte: Wook)
Ilustrado com 6 bonitos desenhos de Graça Morais em página inteira.
"Do ponto de vista gastronómico não é fácil estabelecer fronteiras rígidas para localização da chamada cozinha regional. Por tradição, um ou outro prato ou produto, encontram-se muitas vezes nas regiões vizinhas, pelo menos na orla fronteiriça. Ao tentar caracterizar uma região não se pode, por isso, ser categórico na delimitação geográfica dessa região e devemos, portanto, aceitar de forma benevolente a região assemelhada à divisão administrativa da província de Trás-os-Montes, que compreende os distritos de Bragança e Vila Real.
Aceite este princípio de localização, surge-nos com frequência outra questão que é a dificuldade de unificação da designação à transmontana enquanto identificadora de um prato e da região. À transmontana é expressão que não aparece em nenhum repertório de cozinha, enciclopédia ou manual. [...]
Acreditamos mesmo que a terminologia à transmontana, no geral, seja uma invenção recente - século XX - pela necessidade de os restaurantes evidenciarem a origem dos pratos apresentados nos seus cardápios. [...]
Naturalmente, mais importante que a terminologia é a caracterização esta região, rica em produtos, confecções simples e mesa farta."
(Excerto de Trás-os-Montes)
Virgílio Nogueiro Gomes. "Nascido em Bragança, manifesta sempre a sua origem transmontana. Percorrendo a inventariação das tradições portuguesas, ou «à portuguesa», continua a escrever de forma descontraída e prática. Das aulas de História da Alimentação às várias palestras que profere, reserva sempre tempo para as suas crónicas sobre curiosidades em viagem ou aspetos interessantes relativos a hábitos alimentares. É investigador do Projeto DIAITA - Património Alimentar da Lusofonia." (Wook)
Virgílio Gomes mantém com a sua terra natal, Bragança, uma especial relação. Uma vivência atenta que patrocina com investigação, escritos e visitas frequentes.
Este transmontano que conhece os caminhos profissionais da restauração, da sua operação à frequência da mesa, é um reputado gastrónomo.
Participa de diversas instituições. Fomenta variados actos, aos quais empresta um elevado reconhecimento das matérias da sua especialidade, a alimentação e gastronomia. Escreve como vive, descontraída e apaixonadamente." (Texto retirado da badana)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
25€

29 dezembro, 2022

MARIA, Rosa - COMO SE ALMOÇA POR 1$50.
Cem almoços diferentes. Compostos de carne, peixe, legumes, ovos, cereais, etc. Orçamentados ao preço do mercado. Por... 3.ª edição. Vida Económica. [Excelente auxiliar das donas de casa]
. Lisboa, Emprêsa Literária Universal, [193-]. In-8.º (19 cm) de 30, [2] p. ; B.
Curiosa colecção de 100 receitas do baixo custo, tendo em atenção a conjuntura económica e social da época.
"Ao elaborar estes menús económicos, tive em mira facilitar-vos perante a escassez de recursos, uma série de almoços práticos e variados, sem que com êles, tenham de gastar mais do que o orçamento, porém, estes almoços, quando cosinhados, em conjunto, (para duas ou três pessoas), devem sair mais económicos, podendo por isso, aumentar as quantidades nutritivas, tais como, manteiga, azeite, carnes, ovos, etc.
Servi-me da base dos preços do mercado Lisboeta, no momento de elaborar esta obrazinha, por isso será mais fácil haver algumas oscilações para mais ou menos, no entanto os preços indicados são os mais aproximados."
(Excerto do preâmbulo - Ás donas de casa)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com pequenas manchas.
Invulgar.
10€

20 março, 2022

PARREIRA, Dr. Ludgero Lopes - ALIMENTAÇÃO NAS CANTINAS DA M. P. [MOCIDADE PORTUGUESA]
. [S.l.], [Mocidade Portuguesa], [19--]. In-8.º (20 cm) de 50, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Publicação da Mocidade Portuguesa. Interessante trabalho sobre a a "dieta" a implementar nas cantinas dos liceus e institutos politécnicos do país, para uma alimentação equilibrada dos jovens, incluindo cerca de 50 receitas nutritivas compostas por sopas, pratos e sobremesas. Raro e muito curioso.
Livro ilustrado ao longo do texto com quadros e tabelas.
Valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"Ao publicarmos o trabalho sobre alimentação nas cantinas, não nos moveu o desígnio de estabelecer doutrina ou de apresentar um estudo que esgotasse  matéria em causa. O próprio autor, Dr. Lopes Parreira, Médico Escolar do Porto, a quem a Mocidade Portuguesa muito agradece, não teve tal ideia em mente.
Antes pretendemos pôr em relevo o valor da alimentação no desenvolvimento das massas escolares, divulgando normas racionais e práticas para a confecção das ementas. À frente das cantinas dos Liceus e das Escolas Técnicas, se muitas vezes pode estar um médico especialista em assuntos alimentares, o que seria ideal, pode também encontrar-se um licenciado em letras ou ciências, por exemplo, o que é mais frequente, e, então, as coisas já não tomam o mesmo aspecto; e não devemos esquecer que, por razões de ordem vária, são frequentes vezes as ementas feitas pelo próprio pessoal menor."
(Excerto do preâmbulo)
"Desnecessário é encarecer os benefícios que das Cantinas advêm para os alunos, muitos dos quais teriam, sem elas, ou de se sujeitar a uma merenda fria e insuficiente, trazida de casa e ingeridas por vezes no ambiente deletério de qualquer taberna vizinha, ou de galgarem granes percursos para irem almoçar precipitada e atabalhoadamente às suas casas distantes. Para mais, o ambiente novo, entre comensais da mesma idade, é útil aos rapazes. É da observação corrente uma criança fastienta na casa paterna comer melhor quando muda de mesa. Isso sob o aspecto da higiene física e também moral. [...]
Se as Cantinas têm uma função educativa que ultrapassa o âmbito do indivíduo, a alimentação racional posta, por seu intermédio, à disposição de milhares de pessoas na fase mais crítica da sua vida - a do crescimento - tem um alcance profundamente social."
(Excerto do Cap. 1 - Função educativa e social das Cantinas)
Matérias:
[Introdução.] | 1 - Função educativa e social das Cantinas. 2 - As nossas necessidades. 3 - Composição dos Alimentos. 4 - Modificações culinária dos alimentos. 5 - Tipos de sopas e pratos. 6 - Constituição e valor das Ementas-tipo. 7 - Merendas. 8 - Estudo especial dos principais alimentos e bebidas. 9 - Alterações dos alimentos. 10 - Custo dos géneros alimentícios. 11 - Palavras finais. | Bibliografia.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

04 março, 2022

RESTAURANTES DE PORTUGAL - Roteiro gastronómico : 1971.
Elaborado por: LEM - Laboratório de Estudos de Mercadotecnia, r. l. Aprovado pela Direcção Geral do Turismo ao abrigo do Art.º 24 do Decreto n.º 34 134
. [S.l.], [s.n. - Impressão offset da Litografia União], 1971. In-4.º (23x10,5 cm) de LII, [8], 183, [9] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso roteiro gastronómico nacional distribuído no início dos anos 70 do século passado, com tradução para cinco línguas: espanhol - francês - inglês - alemão - norueguês.
Trata-se de um guia de concepção inovadora, raro, gráficamente atraente, editado na parte final do regime do Estado Novo - o primeiro do género que se publicou entre nós. Ilustrado com mapas, desenhos e fotografias a cores ao longo do livro.
"Não dispunha, até hoje, quem quer que viajasse em Portugal, de uma publicação que auxiliasse a escolher e encontrar o estabelecimento onde tomar as refeições.
A consciência desse problema levou-nos a procurar dar-lhe a solução que esta brochura, cremos, poderá constituir. Foi nossa preocupação possibilitar a quem a utilizar,  um conjunto de informações que permitam uma escolha segura, eliminando tanto quanto possível as surpresas que por vezes podem destruir o prazer de uma viagem.
Se esta 1.ª edição, porque, como é compreensível, não está isenta de inexactidões, nos não satisfaz ainda inteiramente, a verdade é que, pelo menos, nos deixa encorajados para prosseguir. Estamos certos de que os industriais nos darão o seu indispensável apoio com cada vez maior intensidade e do público, cuja reacção aguardamos ansiosos, esperamos a exteriorização das críticas e sugestões que nos ajudem a fazer melhor.
E entretanto, com todo o prazer a todos desejamos boa viagem e... bom apetite."
(Apresentação)
"A cozinha tradicional portuguesa é rica no seu conteúdo, mas é-o muito especialmente pelo cuidado que pomos na própria confecção dos pratos. É rica também porque os pratos regionais são inúmeros e tão variados como o Minho é diferente do Algarve.
Cada região, diríamos mesmo, cada lugar, se orgulha de uma especialidade  muito sua, só sua.
São essas comidas e doces típicos que passaremos a mencionar, não só os tradicionais - de certo os melhores -, mas especialmente aqueles que na sua região, seja num hotel, numa pensão, estalagem, pousada ou mesmo no mais modesto restaurante, à beira da estrada ou escondido em qualquer recanto, se possam encontrar fàcilmente na lista da casa."
(Gastronomia portuguesa)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta mancha de humidade (desvanecida) no pé.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Com interesse histórico e gastronómico.
35€

23 dezembro, 2021

MARQUES, José Albano B. - MANUAL DE GASTRONOMIA E CULINÁRIA PROFISSIONAL.
Um guia prático e útil, para Directores, Chefes de Mesa, Cozinheiros, Profissionais de Restaurante, Gastrónomos, etc. Cerca de 8.000 receitas, classificadas e alfabetadas, em Português e Francês. Muitos conselhos e sugestões, Cozinha típica internacional. Ementas - O serviço de Mesa - Como Trinchar - Vinhos e bebidas - Vocabulário em 6 idiomas
. Lisboa, [s.n. - Tip. da E. N. P. (Secção Anuário Comercial de Portugal)], 1961. In-8.º (19 cm) de 729, [31] p. ; E.
1.ª edição.
Interessante tratado de gastronomia. Muito completo e apreciado, concebido por autor nacional, é dirigido a todos os amantes da arte de cozinhar, - profissionais do ramo, ou curiosos e simples amadores -, tratando-se, indubitavelmente, de um dos mais importantes manuais contemporâneos que sobre o assunto se publicaram entre nós.
"A Arte Culinária é uma das mais sublimes, sendo a única talvez, que tem a força imensa de fazer amigos.
Enquanto em todas as épocas, houve artistas perseguidos ou maltratados, não consta ter havido algum bom cozinheiro que não gozasse de reputação, ou não tivesse amigos na Corte, muitas vezes até, na própria pessoa do Rei. [...]
Para uma boa cozinha, é necessário dispor de bons utensílios, de bons géneros, de muitos conhecimentos técnicos, e de tempo.
Por esta última razão, é aconselhável aos Chefes de Mesa e Empregados de Restaurante, nunca insistirem neste ponto, nas suas relações com a cozinha, nem deixarem ao cliente uma ideia errada sobre o tempo de preparação. Isso depende de muitos factores, e um prato que hoje demorou 20 minutos, pode àmanhã requerer 30 para a sua confecção."
(Excerto da Introdução)
Encadernação em tela com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada. Conserva a sobrecapa de protecção que raramente acompanha o livro.
Exemplar em bom estado de conservação. Sobrecapa apresenta pequeno rasgão (sem falha de papel) na margem superior.
Muito invulgar.
45€

07 novembro, 2021

MONIZ, Manuel de Carvalho - DA ARTE POPULAR ALENTEJANA.
IV. Os papéis recortados. [Por]... Da Associação dos Arqueólogos Portugueses
. Guimarães, [s.n. - Oficinas Gráficas da Companhia Editora do Minho - Barcelos], 1966. In-4.º (23 cm) de 15, [1] p. ; il. ; B. Separata da «Revista de Guimarães» - Vol. LXXVI, 1966
1.ª edição independente.
Interessante subsídio etnográfico sobre os papéis recortados, conhecida arte alentejana utilizada para enfeitar doçaria, sobretudo a conventual.
Livrinho ilustrado com 6 figuras exemplificativas distribuídas por 4 páginas.
"Não podemos escrever algo sobre o papéis recortados na arte popular alentejana ser recordar os executados nos conventos de freiras e, particularmente, os dos conventos eborenses.
Os papéis recostados alentejanos estão intimamente ligados à doçaria conventual eborense e esta notabilizou-se de tal maneira que ainda hoje, passados dezenas de anos após o encerramento das casas religiosas, Évora recorda o bolo de Santo Agostinho, do convento de Santa Mónica... [...]
Era hábito local em certos dias festivos, por cortesia, amizade e consideração, mandar presentes às pessoas mais categorizadas ou a quem se desejava agradecer algum serviço prestado. Então as caixas, travessas, bocetas ou tabuleiros enchiam-se de doces e enfeitavam-se com papéis recortados, cuja composição era fértil de imaginação, segundo a habilidade e espírito engenhoso da artista que os executava.
Isto porque, é bem certo, «o prazer de manjar não dispensa o requinte do adorno» e só o sossego do espírito e a paciência verdadeiramente beneditina das freiras eram capazes de executar no papel arrendado tão subtil beleza, como aqueles que encontramos nos tão célebres «papéis picados» dos conventos de Évora.
Destinavam-se, como já referimos, esses artísticos papéis a enfeitar as travessas, os cestinhos e os pratos de doces. Variavam muito quanto ao formato e às dimensões. Assim, eram rectangulares quando tapavam o típico «porquinho» ou a «bacorinha afilhada» com seus «farropos» mamando, ou a tão característica e saborosa «lampreia». Eram redondos se fechavam os cestinhos de renda, ovais ou em forma de peixe, chispe ou presunto.
Para a sua execução utilizam o papel fino, de seda, e como instrumento único a tesoura."
(Excerto do texto)
Exemplar em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Sem registo na Biblioteca Nacional (BNP).
15€

02 novembro, 2021

BRITO, José de - AS OSTRAS : na saúde e na cozinha.
Compilação de...
Lisboa, [s.n.], 1957. In-8.º (20,5 cm) de 12 p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Folheto de propaganda para divulgação da indústria ostreira organizado por José de Brito, distribuidor das ostras do Tejo.
Livrinho com interesse para a história da produção e comércio do bivalve, bem como do Posto de Depuração de Ostras do Tejo (Rosário, Moita).
Ilustrado com tabelas, um gráfico e uma fotografia do Posto de depuração visto do lado do rio.
"Correspondendo aos desejos manifestados pelas autoridades intervenientes de fomentar o consumo de ostras no mercado interno, não só pelas vantagens económicas que daí resultam, como pelo facto de constituir este molusco um alimento valioso e de agradabilíssimo paladar, os concessionários ostreícolas resolveram, de comum acordo, dedicar todos os seus esforços e sem olhar a lucros, à tarefa de apresentar no mercado ostras escolhidas, tratadas, em tudo dignas de corresponder à merecida fama de que gozam as ostras portuguesas nos mercados estrangeiros, para onde são exportadas em quantidades consideráveis.
Por outro lado, a sanidade bacteriológica das ostras é garantida por uma depuração prévia a a que são obrigatòriamente sujeitas, não sendo permitida a sua venda senão em embalagens originais, seladas e com a etiqueta do Posto de Depuração que indica a data até à qual podem ser adquiridas."
(Excerto de A distribuição ao público de ostras depuradas).
Matérias: A distribuição ao público de ostras depuradas. | Como se devem comer as ostras. Ostras vivas, ao natural. | Algumas receitas saborosas. [Seguem-se 24 receitas]. | Como se guardam as ostras. | Modo de abrir as ostras. | Modo de guardar as ostras abertas. | As ostras na alimentação humana. | Como é feita a depuração das ostras e a garantia que ela representa de imunidade bacteriológica.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional (BNP).
15€

03 agosto, 2021

SAMPAIO, Albino Forjaz de - VOLÚPIA.
(A nona arte: a Gastronomia). Portrait-charge do autor, por Arnaldo Ressano
. Pôrto, Domingos Barreira, editor - Livraria Simões Lopes, 1939 [capa, 1940]. In-8.º (19 cm) de 177, [1] p. ; [1] f. il. ; B.
1.ª edição.
Curiosa obra de gastronomia. Ilustrada com caricatura do autor em extratexto, desenho de Arnaldo Ressano.
"Achar o título de um livro, título que dê ao autor a mesma concordância plástica da mão com a luva, do assunto com a denominação, é difícil. Senti-o buscando título para o presente. É certo que tinha uns, mas porque há nuances em todos os casos, êles, neste, ficavam muito aquém ou muito além. Comes e bebes ou Vinhos e petiscos davam mais a boémia popular. Túberas e faisões era melhor mas excedia-o.
E vai senão quando, da livraria, se ergue uma voz que me trazia um título. A voz era a de Bartholomeu de Sacchi, conhecido por Platina, vélho historiador do «quatrocentos». O título do livro era o do seu, primeiro escrito em latim, traduzido depois da sua língua natal: De honesta voluptate. Estava certo e estava achado o título. Mas porque O Livro da Honesta Volúpia dava um título raro e exquisito, ficou Volúpia, e parece-me que não ficou mal. Volúpia diz tudo. A volúpia de comer, de encher o papo, volúpia necessária e pela qual tudo se faz. Honesta? Pois sim. Como quiserem."
(Excerto de Prefaciando)
Índice:
Prefaciando. | Portugal Gastronómico.| Culinária portuguesa dos velhos tempos. | Anotando um vélho livro.| Uma Academia de Gastrónomos: I - Nacionais; II - Estrangeiros. | Cozinhas de todo o mundo: Cozinha brasileira; A cozinha espanhola; A cozinha francesa; A cozinha italiana; A cozinha alemã e a cozinha inglêsa; A cozinha húngara; A cozinha africana; Cozinhas exóticas. | A Gastronomia e a Literatura: Eça de Queirós; Fialho de Almeida; Ramalho Ortigão e o culto da Arte... de comer. | Vinhos e Comidas: Vinhos e Petiscos. | Guloseimas e lambarices: Bolos, biscoitos e doces regionais. | Silva de prosa vária: Pastéis de bacalhau; Alcaparras; À Americana ou à Armoricana?; Blasco Ibañez e o arroz «abanda»; A sopa alimento; A Gastronomia; a Literatura e a Arte; O António das Caldeiradas. | Os primeiros livros de cozinha: Portugal; Espanha; França; Flamengos; Itália; Inglaterra; Alemanha; Latinas.
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico, gastronómico e bibliográfico.
Indisponível

07 abril, 2021

VILELA, H. - AS OSTRAS NO CONSUMO E NA ECONOMIA NACIONAL. Por... Publicação n.º 18 : Separata do «Boletim da Pesca» N.º 43
. Lisboa, Gabinete de Estudos das Pescas, 1954. In-4.º (24,5 cm) de 29, [3] p. ; [1] mapa desdob. ; mto il. ; B.
1.ª edição independente.
Importante subsídio para a história da indústria ostreira localizada na margem sul do Tejo. Trabalho alicerçado sobretudo na promoção e descrição técnica do Posto de Depuração de Ostras do Tejo - unidade recém inaugurada, situada junto à praia fluvial do Rosário (Moita) -, realçando a sua importância para o desenvolvimento desta actividade. Este projecto, inovador na época, sobreviveria apenas duas décadas (1954-1972).
Contém a planta do Posto em página inteira. Inclui ainda uma "secção gourmet" com várias receitas para degustação do bivalve.
Livro muito ilustrado ao longo do texto com gráficos, quadros estatísticos e fotogravuras, bem como uma Planta, e um mapa desdobrável da zona de implementação dos viveiros (24,5x34,5 cm): Localização das Ostreiras e do Posto de Depuração das Ostras do Tejo. Esboço extraído do Plano n.º 73 (M. H. C. P.) : Escala 1/56.300.
"As ostras são inegàvelmente, entre os diversos moluscos bivalves, comestíveis, os mais valiosos e afamados em todo o mundo.
Nos países banhados pelo mar, onde é importante a sua ocorrência, participam largamente na alimentação humana e, em muitos deles, constituem até uma notável e bem organizada fonte de riqueza.
Em Portugal, não obstante a sua abundância, a insalubridade de grande parte dos bancos naturais, e a suspeição que se levantou relativamente a alguns, do mesmo passo que determinou a interdição do aproveitamento das oriundas do Tejo e do Sado, gerou uma atmosfera de desconfiança quanto à totalidade. Assim se deixou de explorar regularmente, e com continuidade, um produto com muitas probabilidades de se converter em importante recurso da economia nacional.
Com a criação do «Posto de Depuração de Ostras do Tejo», que ora começa a funcionar, resolve-se o problema da sua insalubridade, e as ostras poderão ser consumidas com toda a segurança, sem prejuízo das suas propriedades nutritivas e do seu delicado e apreciado sabor. [...]
No presente folheto salientam-se resumidamente as qualidades que as recomendam como alimento humano; faz-se sumária descrição do Posto de Depuração de Ostras, e do seu funcionamento; e, indicam-se algumas maneiras de apreciarmos a excelência do seu paladar."
(Excerto do preâmbulo)
Matérias: [Preâmbulo]. | As ostras como alimento humano. | Posto de Depuração de Ostras do Tejo: Instalações do Posto; Fundamentos da Depuração; Fases do tratamento; Disposições e normas administrativas. | Como preparar e comer as ostras: Ostras vivas, ao natural; Salmoura de ostras; Sopa-creme de ostras; Sopa de ostras; Ostras-cocktail; Ostras estufadas na concha; Ostras no espêto; Ostras grelhadas; Ostras fritas; Saladas de ostras; Ostras de cebolada; Ostras recheadas. | Summary and Explanation. | Bibliografia.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa apresenta pequeno rasgão lateral (sem perda de papel) que apanha as primeiras folhas.
Raro.
Com interesse histórico.
A BNP dá notícia do obra, sem no entanto indicar referência de recensão.
45€

25 junho, 2017

ESTUDOS FLAVIENSES - N.º 1. O CICLO DO NATAL NA REGIÃO FLAVIENSE. Chaves, Associação Cultural dos «Amigos de Chaves», 1963. In-4.º (23,5 cm) de 55, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Estudos Flavienses, publicação não periódica, editada pela associação cultural «Amigos de Chaves» e dirigida, como determinam os Estatutos, pelo presidente da direcção, Francisco Gonçalves Carneiro. 
Revista dedicada à cultura transmontana, cujo 1.º número é dedicado ao Natal. Com a colaboração de conhecidas personalidades da região de Chaves, incluindo ainda textos de ilustres flavienses do passado. Ilustrada com bonitos desenhos e gravuras no texto.
Na capa: Varandas do Arrebalde - desenho de Nadir Afonso.
Sumário: F. Gonçalves Carneiro - Apontamento folclórico; - O Regresso do Menino Jesus. João da Ribeira - Um olhar sobre o passado. António Granjo - A minha consoada. Heitor Morais da Silva - Autos do Natal em Casas de Monforte. Adolfo Magalhães - Gastronomia do Natal; - Noite de Reis. Fernão Lopes - O cerco de Chaves. Montalvão Machado - Noite à lareira... com o Capitão Vila Frade. Jesus Taboada - Folclore Verinense. Luís Chaves - A recordar se vai a vida. Sousa Costa - Natais em Trás-os-Montes.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Carimbo oleográfico na capa frontal.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e etnográfico.
Indisponível

15 janeiro, 2016

GONÇALVES, Francisco Esteves - DICIONÁRIO GASTRONÓMICO ILUSTRADO : português - deutsch - español - français - english - italiano. Por... [S.l.], [s.n. - imp. Novotipo, S.A., Cacém], [1990]. In-8.º (20cm) de 207, [1] p. ; mto il.. ; E.
1.ª edição.
Muito ilustrada no texto com desenhos e fotografias a p.b.
"Segundo Eduardo Pinheiro (in Dicionário da Língua Portuguesa) a palavra "dicionário" designa " um conjunto de vocábulos de uma língua ou dos termos próprios duma ciência ou arte, dispostos por ordem alfabética e com a respectiva significação". Neste contexto, o presente livro fica aquém do que o termo define; vai, porém, muito mais longe o seu conteúdo no alcance do seu intento. A tentativa de encontrar em mais cinco línguas as correspondentes às 1523 palavras mais usadas na gastronomia e a apresentação de 266 ilustrações complementares levaram-me a não hesitar na escolha do título para este compêndio, ciente muito embora das críticas que a sua adopção possa suscitar.
Mais importante do que o pormenor da selecção do nome a dar a este vocabulário, foi a força da minha vontade de procurar ajudar aqueles que se preocupam em comunicar e em transmitir em língua que não a sua os detalhes de uma matéria indissociável do prazer de bem viver - a gastronomia. [...]
O formato e a apresentação deste livro foram estudados tendo em mente a utilização que, penso, deve ser feita: manual de consulta rápida para quem tem dúvidas na comunicação com estrangeiros, quia prático para quem viaja, auxiliar indispensável para quem recebe e atende com o cordial desejo de estabelecer a comunicação."
(excerto da introdução)
Matérias:
- Dicionário. - Deutsch. - Español. - Français. - English. - Italiano. - Aves. - Carnes. - Cereais. - Conchas. - Condimentos. - Crustáceos. - Frutas. - Legumes. - Moluscos. - Peixes.
Encadernação do editor em tela com dourados na pasta frontal.
Exemplar em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

04 abril, 2012

CONSIGLIERI, Carlos & ABEL, Marília - A TRADIÇÃO CONVENTUAL NA DOÇARIA DE LISBOA. Sintra, Colares Editora, 1999. In-8.º (22,5cm) de 204 p. ; mto il. ; B.
Capa: «Anunciação» por Agostino Masucci (1742).
1.ª edição.
Muito ilustrada com belíssimos desenhos no texto e em página inteira.
"Quando se fala hoje em doçaria, nas suas origens e espécies, são inevitáveis as referências à tradição conventual. Os conventos foram - não há dúvida - os grandes responsáveis pela difusão de receitas (ou de nomes) que circulam no nosso quotidiano."
(Excerto da introdução)
Exemplar em bom estado de conservação.
Com interesse histórico e gastronómico.
Indisponível