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25 maio, 2021

LODY, George - BRAZEIRO ARDENTE : romance.
Versão livre de João Amaral Júnior. Dramas da Espionagem. As aventuras dos mais célebres espiões internacionais
. Lisboa, João Romano Torres & C.ª, [193-]. In-8.º (21 cm) de 228 p. ; il. ; B. Colecção Dramas da Espionagem ,IV
1.ª edição.
Romance histórico sobre espionagem durante o período da Grande Guerra. Quarto volume da estimada Colecção Dramas da Espionagem.
Obra da autoria de João Amaral Júnior, o 'tradutor', que assina com o pseudónimo George Lody.
Livro ilustrado ao longo do texto com 14 gravuras, sendo 8 em pagina inteira. Capa e desenhos de Ramos Ribeiro.
"Jorge Dulac voltou a Helsingfors...
Depois da sua piedosa visita à campa de Kaluga, no pequenino cemitério da aldeia nevada, apenas lhe restava abafar o desgosto causado pelo doloroso capítulo de amor que acabava de enlutar Rampov.
A missão oficial com que partira da França para a Rússia, achava-se retardada pelo grave incidente que no anterior volume narrámos.
As circunstâncias exigiam pois toda a inergia das suas faculdades, o absoluto desprendimento de entraves, para, exclusivamente, se entregar à dupla actividade com que esperava ganhar parte do tempo perdido."
(Excerto do Cap. I, Manhã de tiroteio)
João dos Santos Amaral Júnior (Lisboa, 1899 - ?). "Tal como Guedes do Amorim e Rocha Martins, não concluiu qualquer curso superior, sendo exemplo de mais um autodidacta de sucesso que colaborou com a Romano Torres. Estreou-se antes dos 20 anos com o romance A ladra (1920), seguindo-se em 1923 novo romance intitulado Direito de viver com prefácio de Manuel Ribeiro. O Dicionário Universal de Literatura atribui ao bom acolhimento que teve destas primeiras obras o impulso que o levou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Embora não tivesse sido jornalista, colaborou enquanto crítico literário com o jornal A República e dirigiu o quinzenário Novidades Literárias.
Curiosamente, o Dicionário Universal de Literatura aponta o seu pseudónimo George Lody como sendo autor da «tradução livre» de alguns escritores estrangeiros, indicando como exemplos disso mesmo as obras Legião maldita, Rússia negra, Sentinelas dos mares, Braseiro ardente, Soldado da sombra e Espiões da Paz. Há clara confusão, visto que é o próprio João Amaral Júnior que se apresenta como tradutor de um alegado autor francês de nome George Lody, afinal seu pseudónimo. Este caso foi desconstruído por Maria de Lin Sousa Moniz no seu ensaio «A case of pseudotranslation in the Portuguese literary system». No entanto, o verbete do Dicionário Universal de Literatura, publicado em 1940, serve de exemplo para a confusão que à época havia relativamente à pseudotradução (Amaral Júnior não foi o único na Romano Torres, veja-se os casos de Guedes de Amorim e José Rosado).
A colaboração de Amaral Júnior na Romano Torres foi intensa, quer como autor, quer como tradutor. Para além de ter escrito os seis romances já referidos sob o pseudónimo de George Lody, que constituíram a colecção «Dramas de espionagem: as aventuras dos mais célebres espiões internacionais», escreveu também sob o pseudónimo de Fernando Ralph o livro O golpe alemão (1936), e no seu próprio nome Minha mulher vai casar (s.d.), O nosso amor não é pecado (s.d.), A mulher que jurou não ser minha (1936), etc. Enquanto tradutor, dedicou-se especialmente a Max du Veuzit e Claude Jauniére. Não se conseguiu apurar a data ou o local da sua morte."
(Fonte: fcsh.unl.pt/chc/romanotorres/?page_id=63#G)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com defeitos. Lombada fendida. Páginas ligeiramente oxidadas.
Invulgar.
20€

09 julho, 2020

LODY, George - SENTINELA DOS MARES : romance. Versão livre de João Amaral Júnior. Dramas da Espionagem. As aventuras dos mais célebres espiões internacionais. Lisboa, João Romano Torres & C.ª, [193-]. In-8.º (21 cm) de 228 p. ; il. ; B. Colecção Dramas da Espionagem ,II
1.ª edição.

Curioso romance sobre a espionagem durante a Grande Guerra.
Obra da autoria de João Amaral Júnior, o 'tradutor', que assina com o pseudónimo George Lody.
Livro ilustrado na capa, e ao longo do texto com 1 mapa (Carta quadriculada dos barcos a torpedear) e 9 belíssimas estampas em página inteira por Ramos Ribeiro.

"Von Domenic chegou a Lugano, cidade Suissa, que fica à beira do lago do mesmo nome, por uma manhã radiosa.
Era dias depois da sua partida de Paris.
O submarino em que clandestinamente embarcára na costa francêsa, clandestinamente o deixára na costa italiana.
Metamorfoseado a primôr num musicista ou cantõr que ia estagiar para Milão, em nada o Domenic de agora se parecia como o Domenic que vimos em Paris, primeiramente com o seu binoculo e o seu kodak á tiracolo, depois esfarrapado e maltrapilho em Montmartre, na taberna do Duc.
A bordo recebera o espião o necessário passaporte que, em matéria de falsificação, estava um primôr."
(Excerto do Cap. I, O cantor hespanhol)
João dos Santos Amaral Júnior (Lisboa, 1899 - ?). "Tal como Guedes do Amorim e Rocha Martins, não concluiu qualquer curso superior, sendo exemplo de mais um autodidacta de sucesso que colaborou com a Romano Torres. Estreou-se antes dos 20 anos com o romance A ladra (1920), seguindo-se em 1923 novo romance intitulado Direito de viver com prefácio de Manuel Ribeiro. O Dicionário Universal de Literatura atribui ao bom acolhimento que teve destas primeiras obras o impulso que o levou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Embora não tivesse sido jornalista, colaborou enquanto crítico literário com o jornal A República e dirigiu o quinzenário Novidades Literárias.
Curiosamente, o Dicionário Universal de Literatura aponta o seu pseudónimo George Lody como sendo autor da «tradução livre» de alguns escritores estrangeiros, indicando como exemplos disso mesmo as obras Legião maldita, Rússia negra, Sentinelas dos mares, Braseiro ardente, Soldado da sombra e Espiões da Paz. Há clara confusão, visto que é o próprio João Amaral Júnior que se apresenta como tradutor de um alegado autor francês de nome George Lody, afinal seu pseudónimo. Este caso foi desconstruído por Maria de Lin Sousa Moniz no seu ensaio «A case of pseudotranslation in the Portuguese literary system». No entanto, o verbete do Dicionário Universal de Literatura, publicado em 1940, serve de exemplo para a confusão que à época havia relativamente à pseudotradução (Amaral Júnior não foi o único na Romano Torres, veja-se os casos de Guedes de Amorim e José Rosado).
A colaboração de Amaral Júnior na Romano Torres foi intensa, quer como autor, quer como tradutor. Para além de ter escrito os seis romances já referidos sob o pseudónimo de George Lody, que constituíram a colecção «Dramas de espionagem: as aventuras dos mais célebres espiões internacionais», escreveu também sob o pseudónimo de Fernando Ralph o livro O golpe alemão (1936), e no seu próprio nome Minha mulher vai casar (s.d.), O nosso amor não é pecado (s.d.), A mulher que jurou não ser minha (1936), etc. Enquanto tradutor, dedicou-se especialmente a Max du Veuzit e Claude Jauniére. Não se conseguiu apurar a data ou o local da sua morte."
(Fonte: fcsh.unl.pt/chc/romanotorres/?page_id=63#G)
Exemplar brochado em razoável estado de conservação. Capas frágeis com defeitos e pequenas falhas de papel, bem como a lombada. Miolo oxidado. Assinatura de posse na f. anterrosto.
Invulgar.
Indisponível

11 outubro, 2019

LODY, George - A LEGIÃO MALDITA : romance. Versão livre de João Amaral Júnior. Dramas da Espionagem. As aventuras dos mais célebres espiões internacionais. Lisboa, João Romano Torres & C.ª, [193-]. In-8.º (21 cm) de 339, [1] p. ; il. ; B. Colecção Dramas da Espionagem ,I
1.ª edição.

Curioso romance sobre a espionagem durante a Grande Guerra. Obra da autoria de João Amaral Júnior, o 'tradutor', que assina com o pseudónimo George Lody.
Livro ilustrado na capa, e ao longo do texto com 14 belíssimas estampas (9 das quais em página inteira) por Ramos Ribeiro.

"O escândalo estalou, essa manhã, em Paris...
...Os telefones retiniam; um vasto rumôr de emoção rápidamente alastrou de boca em boca...
Mata-Hari, a célebre bailarina de corpo divinal e olhos de magia, a misteriosa mulher que adotára um nome simbólico - Sol - pois ésta é a significação das palavras Mata e Hari na poetica linguagem dos povos orientais da Malasia: - a mulher que exibindo-se nos palcos de todas as grandes capitais europeias vinha deslumbrando o mundo com a euritmia perversa  da sua da sua dansa ao mesmo tempo voluptuosa e sagrada, acabava de ser preza, ás 7 horas dessa manhã, nos seus aposentos sôb a acusação de fazer espionagem contra a França!
Estava-se a 13 de Fevereiro de 1917. E breve se viu que o rumôr levantado não era o de um méro boato. A notícia confirmava-se."
(Excerto do Cap. I, A captura de Mata-Hari)
João dos Santos Amaral Júnior (Lisboa, 1899 - ?). "Tal como Guedes do Amorim e Rocha Martins, não concluiu qualquer curso superior, sendo exemplo de mais um autodidacta de sucesso que colaborou com a Romano Torres. Estreou-se antes dos 20 anos com o romance A ladra (1920), seguindo-se em 1923 novo romance intitulado Direito de viver com prefácio de Manuel Ribeiro. O Dicionário Universal de Literatura atribui ao bom acolhimento que teve destas primeiras obras o impulso que o levou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Embora não tivesse sido jornalista, colaborou enquanto crítico literário com o jornal A República e dirigiu o quinzenário Novidades Literárias.
Curiosamente, o Dicionário Universal de Literatura aponta o seu pseudónimo George Lody como sendo autor da «tradução livre» de alguns escritores estrangeiros, indicando como exemplos disso mesmo as obras Legião maldita, Rússia negra, Sentinelas dos mares, Braseiro ardente, Soldado da sombra e Espiões da Paz. Há clara confusão, visto que é o próprio João Amaral Júnior que se apresenta como tradutor de um alegado autor francês de nome George Lody, afinal seu pseudónimo. Este caso foi desconstruído por Maria de Lin Sousa Moniz no seu ensaio «A case of pseudotranslation in the Portuguese literary system». No entanto, o verbete do Dicionário Universal de Literatura, publicado em 1940, serve de exemplo para a confusão que à época havia relativamente à pseudotradução (Amaral Júnior não foi o único na Romano Torres, veja-se os casos de Guedes de Amorim e José Rosado).
A colaboração de Amaral Júnior na Romano Torres foi intensa, quer como autor, quer como tradutor. Para além de ter escrito os seis romances já referidos sob o pseudónimo de George Lody, que constituíram a colecção «Dramas de espionagem: as aventuras dos mais célebres espiões internacionais», escreveu também sob o pseudónimo de Fernando Ralph o livro O golpe alemão (1936), e no seu próprio nome Minha mulher vai casar (s.d.), O nosso amor não é pecado (s.d.), A mulher que jurou não ser minha (1936), etc. Enquanto tradutor, dedicou-se especialmente a Max du Veuzit e Claude Jauniére. Não se conseguiu apurar a data ou o local da sua morte."
(Fonte: fcsh.unl.pt/chc/romanotorres/?page_id=63#G)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos. No interior, a página 51 encontra-se rasgada, conservando no entanto o pedaço.
Invulgar.
Indisponível

20 março, 2019

LODY, George - SOLDADOS DA SOMBRA! Romance-documentário de... Versão livre de João Amaral Júnior. Lisboa, João Romano Torres & C.ª, [1934?]. In-8.º (21cm) de 342, [2] p. ; il. ; B. Colecção Dramas da Espionagem ,V
1.ª edição.
Curioso romance sobre a Grande Guerra e suas consequências para a Alemanha. Obra da autoria de João Amaral Júnior, o 'tradutor', que assina com o pseudónimo George Lody.
Ilustrado com 10 estampas no texto, das quais 8 em página inteira. Desenhos (inc. capa) de Ramos Ribeiro.
"Quem nos meados de Agosto de 1914 passasse pela Avenida das Tilias e circundantes avenidas de Berlim, e, quatro anos mais tarde, na primavera de 1918, lá tornasse, teria, certamente, de pasmar da extraordinária diferença de âmbiente.
Em 1914 tudo clamores de entusiasmo, gritos guerreiros, risos, alegrias, massas de povo cantando a plenos pulmões na praça pública hossana ao über alles;
Em 1918, silêncio, desalento, palidês em todos os rostos;
Em 1914 a grande azafama das tropas orgulhosas, firmes e contentes, certas de que o mundo as espera trémulo e encolhido de medo;
Em 1918 o arrastar de total amargura a enlutar a bela cidade, o desfazer doloroso de um grande e louco sonho até essa data alimentado a poder das sucessivas «mentiras» oficiais!
Em 1914 os cantos; em 1918 as lágrimas. Em 1914 as fanfarras e o orgulho; em 1918 a tristeza e a fome
Em 1914 a multidão agitava as bandeiras da guerra e gargalhava com a certeza de ir conquistar o mundo; em 1918, a substituir tudo isto, o luto, os soluços, o arrependimento...
Em 1914 a arrogância e o desafio; em 1918 a humilhação e a debandada!
Sim.
Diante das humanas muralhas de Ypres, de Verdun, de Amiens e do Marne, diante ainda da grande brecha aberta no oriente, as últimas iluzões tinham caido na lama, arrefecidas no sangue dos penúltimos cadaveres do louco morticinio...
Estamos na primavera de 1918 e, agora, o espectro da ruina assola totalmente o imperio alemão.
Até Março dêsse ano, glorioso para os aliados, fizera-se uma guerra de posições diante as frentes francêsas e tudo isto trouxera aos exercitos do Kaiser a monotonia, o despêro e o cansaço extremos."
(Excerto do Cap. I, Sonho desfeito)
João dos Santos Amaral Júnior (Lisboa, 1899 - ?). "Tal como Guedes do Amorim e Rocha Martins, não concluiu qualquer curso superior, sendo exemplo de mais um autodidacta de sucesso que colaborou com a Romano Torres. Estreou-se antes dos 20 anos com o romance A ladra (1920), seguindo-se em 1923 novo romance intitulado Direito de viver com prefácio de Manuel Ribeiro. O Dicionário Universal de Literatura atribui ao bom acolhimento que teve destas primeiras obras o impulso que o levou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Embora não tivesse sido jornalista, colaborou enquanto crítico literário com o jornal A República e dirigiu o quinzenário Novidades Literárias.
Curiosamente, o Dicionário Universal de Literatura aponta o seu pseudónimo George Lody como sendo autor da «tradução livre» de alguns escritores estrangeiros, indicando como exemplos disso mesmo as obras Legião maldita, Rússia negra, Sentinelas dos mares, Braseiro ardente, Soldado da sombra e Espiões da Paz. Há clara confusão, visto que é o próprio João Amaral Júnior que se apresenta como tradutor de um alegado autor francês de nome George Lody, afinal seu pseudónimo. Este caso foi desconstruído por Maria de Lin Sousa Moniz no seu ensaio «A case of pseudotranslation in the Portuguese literary system». No entanto, o verbete do Dicionário Universal de Literatura, publicado em 1940, serve de exemplo para a confusão que à época havia relativamente à pseudotradução (Amaral Júnior não foi o único na Romano Torres, veja-se os casos de Guedes de Amorim e José Rosado).
A colaboração de Amaral Júnior na Romano Torres foi intensa, quer como autor, quer como tradutor. Para além de ter escrito os seis romances já referidos sob o pseudónimo de George Lody, que constituíram a colecção «Dramas de espionagem: as aventuras dos mais célebres espiões internacionais», escreveu também sob o pseudónimo de Fernando Ralph o livro O golpe alemão (1936), e no seu próprio nome Minha mulher vai casar (s.d.), O nosso amor não é pecado (s.d.), A mulher que jurou não ser minha (1936), etc. Enquanto tradutor, dedicou-se especialmente a Max du Veuzit e Claude Jauniére.
Não se conseguiu apurar a data ou o local da sua morte."
(Fonte: fcsh.unl.pt/chc/romanotorres/?page_id=63#G)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa e lombada com falhas de papel.
Raro.
Indisponível

15 novembro, 2016

LODY, George - ESPIÕES DA PAZ. Romance-Documentário de... Versão Livre de João Amaral Júnior. Lisboa, João Romano Torres, [193-]. In-8.º (21cm) de 319, [1] p. ; il. ; B. Col. Dramas da Espionagem, 6
1.ª edição.
Ilustrada com desenhos e fotogravuras no texto e em página inteira.
Conjunto de crónicas e narrativas sobre episódios da Grande Guerra, da autoria de João Amaral Júnior, o 'tradutor', e verdadeiro autor do livro, que assina com o pseudónimo George Lody.
"No dia 24 de Março de 1918, o Governo Francês fornecia á imprensa a seguinte nota oficiosa:
«O inimigo acaba de fazer fogo sôbre Paris com uma peça de grande calibre e alcançe.
«Depois das oito horas da manhã, de quarto em quarto de hora, um obus de 240 alvejou a capital e arredores.
«Há já uma dezena de mortos e quinze feridos.
«Foram tomadas rápidas medidas para fazer face ao inimigo.»
Prudentemente a imprensa juntava a êste comunicado uma nota destinada a acalmar os ânimos, a evitar o pânico da população que, naturalmente pouco versada em balística, já lhe parecia vêr o inimigo triunfante e esmagador às portas de Paris.
Rezava assim essa nota:
«Convém notar e gravar que o ponto do front mais proximo de Paris está ainda assim a 100 quilometros, o que nos dá a certeza de que a peça se encontra a uma distância aproximada de 112 quilometros da nossa cidade.»
Na verdade - e isto o sabiamos desde o próprio dia - a peça que os parisienses não tardaram em batisar de «Grande Bertha», encontrava-se exactamente a 112 quilometros de Paris, na orla da floresta de Saint-Gobain, proximo de Crépy-en- Laonnois."
(excerto do Cap. V, A grande «Bertha»)
Matérias:
I - O roubo dos desenhos da artelharia inglêsa da fábrica Beardmore. Trnche. - A condenação. - A liberdade em troca de um relatório secreto sôbre as relações Americano-Japonêsas. II - Reunião da familia Dulac. - Leitura na intimidade. - O manuscrito de Ivan Schoubine. - Quinhentas libras por um falso manuscrito. - O punhado de cinzas e a corda para que um tolo se enforque. III - Segunda leitura. - A misteriosa universidade de espiões na Rússia. IV - Prossegue a leitura. - O segredo do matematico. - O roubo do código. - Dino Rovelle em Viena. - A silhueta de Vénus. V - Crónica sôbre os bombardeamentos  de Paris. - A grande «Bertha». - Aonde se fala de ruinas. - Pedem-se cinco voluntários e oferem-se oitenta. VI - George Clemenceau. - O atentado contra a sua vida. - A Assembléa Nacional no Palacio-Bourbon. - A apoteose da Paz. - Milou. VII - A armadilha da fronteira alemã. - Os falsos camponeses. - Percentagens aos delatores. - Derrota. VIII - Os últimos dias de um condenado à morte. - Traído e fuzilado. - O vendedor dos camaradas.

IX - O velho plano alemão de invadir a França pela Suissa. - Notas. - Dúvidas se desvanecem. - A certeza da guerra de amanhã. X - Seis horas entre as rodas de uma carruagem de caminho de ferro. - Um audacioso caso de espionagem. - Nem só fuzilados morrem os espiões. XI - A amante dos snrs. oficiais. - A coragem de Billy. - O «Intelligence Service» não se verga. - James Luton e Jorge Dulac narram. XII - O testamento dum companheiro de prisão. - O saltimbanco. - Richard Ulm. - Em que se fala do Japão e de previsões para o futuro. - A historia duma vida. XIII - Os dragadores de minas. - Sua acção e funcção. - O detentor de mapas. - O falso cocainomano. - A permuta. XIV - Ivan Schoubine. - O ultimo aperto de mão. - Pax.
João dos Santos Amaral Júnior (Lisboa, 1899 - ?). "Tal como Guedes do Amorim e Rocha Martins, não concluiu qualquer curso superior, sendo exemplo de mais um autodidacta de sucesso que colaborou com a Romano Torres. Estreou-se antes dos 20 anos com o romance A ladra (1920), seguindo-se em 1923 novo romance intitulado Direito de viver com prefácio de Manuel Ribeiro. O Dicionário Universal de Literatura atribui ao bom acolhimento que teve destas primeiras obras o impulso que o levou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Embora não tivesse sido jornalista, colaborou enquanto crítico literário com o jornal A República e dirigiu o quinzenário Novidades Literárias.
Curiosamente, o Dicionário Universal de Literatura aponta o seu pseudónimo George Lody como sendo autor da «tradução livre» de alguns escritores estrangeiros, indicando como exemplos disso mesmo as obras Legião maldita, Rússia negra, Sentinelas dos mares, Braseiro ardente, Soldado da sombra e Espiões da Paz. Há clara confusão, visto que é o próprio João Amaral Júnior que se apresenta como tradutor de um alegado autor francês de nome George Lody, afinal seu pseudónimo. Este caso foi desconstruído por Maria de Lin Sousa Moniz no seu ensaio «A case of pseudotranslation in the Portuguese literary system». No entanto, o verbete do Dicionário Universal de Literatura, publicado em 1940, serve de exemplo para a confusão que à época havia relativamente à pseudotradução (Amaral Júnior não foi o único na Romano Torres, veja-se os casos de Guedes de Amorim e José Rosado).
A colaboração de Amaral Júnior na Romano Torres foi intensa, quer como autor, quer como tradutor. Para além de ter escrito os seis romances já referidos sob o pseudónimo de George Lody, que constituíram a colecção «Dramas de espionagem: as aventuras dos mais célebres espiões internacionais», escreveu também sob o pseudónimo de Fernando Ralph o livro O golpe alemão (1936), e no seu próprio nome Minha mulher vai casar (s.d.), O nosso amor não é pecado (s.d.), A mulher que jurou não ser minha (1936), etc. Enquanto tradutor, dedicou-se especialmente a Max du Veuzit e Claude Jauniére.
Não se conseguiu apurar a data ou o local da sua morte."
(Fonte: fcsh.unl.pt/chc/romanotorres/?page_id=63#G)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível