1.ª edição.
Ilustração extratexto: O Atelier do Artista, em Paris.
Primeira obra sobre Sousa Lopes, coincidindo com a primeira exposição do artista em Lisboa. Título de extrema raridade, desde logo por não se encontrar registado na BNP, e por ter sido publicado numa época em que o pintor não possuía o estatuto que viria a obter mais tarde.
Obra muito valorizada pelos apontamentos biográficos, inéditos, da autoria de José de Figueiredo e Afonso Lopes Vieira, ambos datados de 1917, e elaborados propositadamente para este catálogo.
Contém no final do livro o índice das obras expostas (telas; desenhos; águas-fortes; escultura) em número de 248, e em folha separada do livro (dobrada a meio), a lista dos preços.
"Adriano de Sousa Lopes pertence a essa rara familia de artistas que, como o velho mestre Giotto, nascem pintores tam naturalmente como nascem homens, e que, ainda meninos, começam a desenhar expontaneamente e extasiadamente tudo o que vêem. [...]
Adolescentes, penetram nas Escolas, onde professores e condiscipulos depressa os reconhecem como eleitos. E, depois, na idade em que tantos outros se procuram ainda a êles proprios, esses excepcionais artistas aparecem-nos com o prestigio de jovens mestres admiraveis, exprimindo e evocando com poesia a alma radiosa ou saudosa de suas patrias. É esta a linhagem de que o moço mestre Sousa Lopes descende, - e a sua actual exposição com eloquencia magnifica o testemunha. Pintor-poeta, compositor de ritmos musicais de côr, de expressões sonhadoras e misteriosas, amoroso dos hinos ao Sol e das mais reconditas penumbras, tudo exprimindo por meio de um tecnica prodigiosa, êle surge-nos, a seguir a Columbano, como um alto continuador da grande tradição portuguesa de Pintura..."
(excerto do texto de Afonso Lopes Vieira, Duas palavras de um camarada)
Adriano de Sousa Lopes (1879-1944). Pintor português. “Nasceu no lugar de
Vidigal, freguesia de Pousos, concelho de Leiria, em 20 de Fevereiro de 1879.
Matriculou-se na Escola de Belas Artes de Lisboa, em 1898, seguindo para Paris
como pensionista do Legado Valmor, em 1903. […] Fez parte do C. E. P., na
qualidade de capitão-graduado (1914-1918) durante a Grande Guerra, documentando
a acção do exército português nas Batalhas da Flandres, de cujos trabalhos
realizou grandes decorações no Museu de Artilharia e fez preciosa colecção de
gravuras a água-forte. Expôs muitas vezes no «Salon» de Paris, e realizou
exposições individuais em Portugal. […] Faleceu em Lisboa no dia 21 de Abril de
1944.”
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Sem indicação de registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Indisponível
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