1.ª edição.
Obra sobre a Grande Guerra publicada sob pseudónimo; o seu autor é Alberto Lello
Portela, piloto-aviador português, combatente em França durante a 1.ª Guerra Mundial.
Ilustrada com 3 mapas desdobráveis.
"Em princípio de Março de 1918, o Grande Quartel General alemão deixou Kreuzenach, na Alemanha, onde se conservara mais de um ano, para se estabelecer em Spa, na Bélgica, afim de se encontrar mais perto da frente. Ludendorff escolheu Avesnes como quartel general para a secção das operações. De ali era possível chegar fàcilmente, em automóvel, a todos os pontos da frente. [...]
A 21 de Março, cêrca das quatro horas da manhã, a batalha começou por um fogo de artilharia poderoso, numa frente de 70 qms., entre Croisibles e La Fère. Estava terminada a 4 de Abril. [...]
As tropas aliadas lograram conter o avanço alemão. Mas mal se tinha estabilizado em Amiens a linha de batalha, os alemães, a 9 de Abril de 1918, voltaram ao ataque. «As perdas (dos aliados) foram muito severas, segundo o relatório do general Pershing, e os britânicos não se encontravam em estado de as cobrir inteiramente». Apesar disso, a linha da frente estabilizou-se de novo."
(excerto do Cap. II, A «Grande Ofensiva»)
Matérias:
I – Perspectivas de vitória. II – A «Grande Ofensiva». III –
A Derrocada. IV - «Liquidar a Guerra». V – A tábua de salvação de Wilson. VI –
O S. O. S. de Ludendorff. VII – O volte-face dos militares. VIII – A Alemanha
no bêco sem saída. IX – O alibi de Ludendorff. X – Operações militares dos
Aliados. XI – A capitulação. XII – O Armistício. XIII – Desabamento geral. XIV –
Conclusão.
Alberto Lello Portela (1893-1949). “Nasceu na freguesia de
Fontes, do concelho de Santa Marta de Penaguião, em 10 de Junho de 1893.
Faleceu em Setembro de 1949. Era filho do Dr. António José Portela e de Olinda
Lelo Portela. Iniciou os estudos em Lamego e mais tarde em Coimbra. Posteriormente, ingressou na Escola de Guerra, em Lisboa, seguindo a arma de Cavalaria. Participou em concursos hípicos, tendo obtido vários prémios. A dada altura do seu curso
optou pela aviação. Foi para Inglaterra, com Óscar Monteiro Torres e António
Maia, sendo o mais novo dos três. Como alferes participou numa
esquadrilha de observação inglesa e, depois disso, num grupo de caças francês,
tendo feito mais de 80 horas de voo sobre as linhas inimigas. Em 1917 era já
tenente; mais tarde foi promovido a capitão por feitos em campanha.
Participou em 22 combates e obteve três retumbantes vitórias, a ponto de ser
três vezes citado na Ordem do Exército francês e na do Grupo de Caças 21, onde
prestava serviço. Fez o primeiro "raid" aéreo Paris-Lisboa. Quando regressou a Portugal, tomou parte activa na política, tendo sido
várias vezes deputado. Após a revolução de 19 de Outubro assumiu o cargo de
Governador Civil de Lisboa. Começou por apoiar o Partido Evolucionista e,
posteriormente, passou para o Partido Liberal, ao lado de António José de Almeida e
de António Granjo. Era um republicano fervoroso e por isso bateu-se fortemente
contra os monárquicos, em Santarém, e contra os arruaceiros de Lisboa.
Como interveniente na Guerra de 1914 defendeu na imprensa da
época as causas da revolução e escreveu, sob pseudónimo, o livro 1918 : um ano histórico, assinando “Heliodoro”. Em 1922 voltou a França e tirou o curso do Estado-Maior
na Escola de Guerra, de Paris, tendo De Gaulle como condiscípulo e amigo
íntimo. Exerceu as funções de adido militar em França, durante oito anos. Em
1937 aquando das manobras do Alentejo, comandou a Aeronáutica do Corpo do
Exército. Em 21.7.1937 foi promovido a Tenente Coronel e, no ano seguinte,
passou à reforma. Além de aviador distinto era também um crítico e analista das
questões militares. Sobre questões militares escreveu, regularmente em O Século
e em A Voz. Fundou o Semanário O Sol, onde, juntamente com seu irmão, o Dr.
Raúl Lelo Portela, estudava os grandes problemas militares. Foi condecorado com
a Cruz de Guerra de l.ª Classe, Cruz de Guerra Francesa, c/ três palmas, Legião
de Honra, medalha de bons serviços em Campanha.”
(fonte: www.dodouropress.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível