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16 setembro, 2023

AZEVEDO, Correia de - LAFÕES. [S.l.], [s.n. - Comp. e imp. nas Oficinas  Gráficas «A Modelar», Amares], Julho de 1958. In-8.º (22,5 cm) de 261, [1] p. ; [91] f. il. ; B.
1.ª edição.
Importante monografia sobre a região de Lafões, contendo inúmeras informações históricas, culturais, geográficas e administrativas. Trata-se de uma verdadeira "bíblia" lafonense, talvez a mais completa e interessante obra que sobre esta zona do país se publicou.
Edição cuidada, impressa em papel de superior qualidade, contendo 91 folhas separadas do texto que reproduzem inúmeros desenhos e fotogravuras com retratos de personalidades, paisagens, monumentos e lugares históricos. Inclui no final de cada capítulo, diversas páginas preenchidas com publicidade promovendo produtos e serviços de casas comerciais e industriais da região, que, por certo, terão ajudado a subsidiar a sua produção.
"A Região de Lafões
Situada na parte mais ocidental da Beira Central, a Região de Lafões é uma sub-região natural, constituída pelas terras tributárias do curso médio do Vouga e dos seus afluentes Sul e Ribamá, que, vindos de margens opostas, confluem junto de S. Pedro do Sul.
De Lafões fazem geograficamente parte os concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul, as freguesias de Cedrim e Couto de Esteves (do concelho de Sever do Vouga), Alva e Gafanhão (do concelho de Castro Daire) e parte das freguesias de Bodiosa e Ribafeita (do concelho de Viseu).
Remontam a recuadas épocas pré-históricas os primeiros sinais de povoamento. Por toda a Região de Lafões, restam vestígios de populações neolíticas, que, sobretudo em pontos elevados de terras graníticas, construíam as suas habitações, inumavam os seus mortos em dólmens e mamoas e, nas pedras das encostas dos montes, gravavam sinais, provavelmente relacionados com os monumentos funerários.
Com a queda do Império Romano do Ocidente (476), a Região de Lafões passou a fazer parte do efémero reino suevo e, a seguir, do mais estável reino visigótico. Da fusão dos elementos germânico e românico, aglutinados pelo elemento religioso cristão, resultará uma população que, no século VIII, vai sofrer o embate da invasão muçulmana.
Com o avanço da Reconquista cristã, sobretudo depois das conquistas de Fernando Magno a sul do Douro, incluindo Viseu, a Região de Lafões vai-se desenvolvendo populacionalmente. As populações rurais dispersam-se por "villas", propriedades rústicas, granjas ou herdades, mais ou menos isoladas. Foram estas propriedades rústicas que, desenvolvendo-se e aglutinando-se, vieram a dar origem às primeiras povoações."
(Fonte: Oliveira. A. Nazaré, Património Histórico-Cultural da Região de Lafões, Millemium 22, 2001)
"Tal como actualmente se encontra, o território de Lafões, reparte-se grosso modo por três concelhos:
O concelho de Oliveira de Frades, e os concelhos de S. Pedro do Sul e Vouzela. [...]
Relativamente à etimologia de Lafões, temos:
«Em 1609, disse Fr. Bernardo de Brito, que D. Fernando Magno de Leão, quando tomou Viseu aos mouros no ano de 1038, ou 1057 como diz Alexandre Herculano, era governador da dita cidade o alcaide mouro Alafum, que se fez cristão, pelo que D. Fernando Magno lhe poupou a vida e lhe deu terras para viver e povoar, terras que do dito mouro Alafum tomaram o nome de Lafões. [...]
Um autor desconhecido, referindo-se a esta parte em questão da etimologia de Lafões, dá o seu parecer do seguinte modo:
«O nome de Lafões, ou Alafões, como se dizia antigamente, deriva de uma palavras árabe que significa «dois irmãos», designação aplicada a dois cabeços parceiros - os montes Lafão (601m.) e Castelo (538m.) que constituem a terminação setentrional da serra do Caramulo.
Esta última versão é a mais aceitável e a que não oferece, segundo cremos, nenhuma contestação."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse da f. rosto. Contém alguns (poucos) sublinhados e anotações a lápis ao longo da obra.
Raro.
Com interesse histórico e regional.
60€

25 abril, 2019

MELO, Ricardo de - SERRA DO CARAMULO. Famalicão [na capa, Tondela], Typ. "Minerva" de Gaspar Pinto de Sousa & Irmão, 1916. In-8.º (18,5 cm) de 377, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Obra em verso sobre a Serra do Caramulo e a região beirã onde está inserida.

"Quem da montanha o belo sente ainda,
de ver, no Caramulo, não deixou
a serra, que Deus fez mais grata e linda,
qua ao luso povo heroico lhe legou."

(Retirado da capa/f. rosto)

Índice:
I - Traços gerais. II - Monte das Cavadinhas. III - Serranilhas e Serranitas. IV - Costumes e Linguagem. V - Impressões e aspecto do Caramulinho. VI - Fragmentos avulsos e dispersos. VII - Os janotas de Lisboa. VIII - Apreciações a «Os Janotas de Lisboa». IX - Resposta aos críticos de «Os Janotas de Lisboa».
Sal ático. Á Cruzada das Mulheres Portuguesas. Os Legatários e o Autor.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas oxidadas com pequena falha de papel nos cantos.
Invulgar.
Com interesse histórico e etnográfico.
Indisponível