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07 junho, 2019

VIEIRA, Afonso Lopes - ÉCLOGAS DE AGORA. Por... [S.l], O Autor, [1935]. In-8.º (22,5cm) de 36 p. ; B.
1.ª edição.
Manifesto poético contra o Estado Novo. Obra apreendida pela PIDE e proibida a sua reprodução até 25 de Abril de 1974, sendo preciosa e extremamente rara quando na sua edição original.

"Ó solidão, ditosa companhia
se no-la enche a consciência alegre!
Val-de-Lôbos das almas que não vergam!
Exílio, pátria dos honrados homens!...


Quando emprego os meus olhos
em tudo o que é passado
louvo o alto destino
que nos deixou de banda entre os festeiros
das funções dêste prado
para ficarmos firmes e leais,
alheios à festança
de tanta vã mentira,
de tanta dor do gado,
inimigos de tantos maiorais!...


Êsse gado mesquinho defendemos
tantos anos seguidos,
levantando os cajados
contra os lôbos que assaltam os rebanhos,
desde os lôbos azuis
(já muito desdentados)
té os vermelhos lôbos
de perigosa goela!
E agora novos lôbos
com fereza gelada
devoram as ovelhas,
assaltam a manada,
mandando que nem brado ou voz se sôlte
por que não se importunem tais orelhas!...
"

(Excerto de Écloga 2, Viviano)

Afonso Lopes Vieira (1878-1946). “Poeta e monárquico integralista que, começa como anarquista, chegando a traduzir Kropotkine, e era íntimo do anarco-sindicalista Alexandre Vieira e do republicano e seareiro Raúl Proença. Defende a complexidade do reaportuguesar Portugal, tornando-o europeu. Tem ligações ao grupo republicano da Biblioteca. Um dos promotores da revista Homens Livres, saída em Dezembro de 1923. Em 1935 escreve um livro, Éclogas de Agora, onde condena o salazarismo, considerando que Salazar e o regime cometeram o monstruoso erro psicológico de quererem governar este povo com…  método geométrico, coercitivo e glaciar, levando a uma rotura no parentesco dos portugueses.”
(Fonte: http://maltez.info/biografia/Obras/vieira,%20afonso%20lopes%201935%20eclogas.pdf)
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação. Capa apresenta pequena falha de papel no canto superior esquerdo.
Raro.
Sem registo na BNP (Biblioteca Nacional).
Peça de colecção.
Indisponível

15 setembro, 2012

CARVALHO, António Joaquim de - NA LAMENTAVEL MORTE // DO // SERENISSIMO SENHOR // D. JOSÉ, // PRINCIPE DO BRAZIL. // JOZINO // EGLOGA DEPLORATORIA // POR // ANTONIO JOAQUIM DE CARVALHO. // LISBOA, // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. // ANNO M. DCC. LXXXVIII. // Com licença da Real Meza da Comissão Geral Sobre o Exame, // e Censura dos Livros.
De acordo com Inocêncio, António Joaquim de Carvalho (? - 1817) terá sido cabeleireiro de profissão tendo-se dedicado à poesia com algum sucesso, publicando diversas obras ao gosto popular.

"Que tristes vozes ouço além da ponte,
A quem por compaixão responde o monte!
Ouço a voz, alço a vista, e ninguem vejo!
Por entre aquelles chopos junto ao Téjo
Vem hum Pastor tão triste, e vagaroso,
Como quem pensa em caso lastimoso.
Parece Arlino..."

(Portelio, excerto da 1ª estrofe)

Exemplar brochado em bom estado de conservação.  
Muito invulgar.
20€