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29 julho, 2024

FARIA, Maria do Céu Novais -
PASSAGEM DE NOMES DE PESSOAS E NOMES COMUNS EM PORTUGUÊS.
Por... Suplementos de "Biblos" - Série Primeira : 1 : Filologia Românica. Coimbra, Faculdade de Letras, 1943. In-4.º (24x17,5 cm) de [8], 91, [1] p. ; B.
1.ª edição independente.
Ensaio etimológico, académico, pioneiro entre nós.
"Êste trabalho não tem a pretensão de ser completo e de satisfazer cabalmente a intenção da autora, que era registar todos os nomes próprios de pessoas que passaram à categoria de comuns; terá, no entanto, o mérito de servir de base a futuros trabalhos, visto ser o primeiro, que, no género, se faz em relação ao português. [...]
Os nomes registados são do português dos nossos dias; só acidentalmente foram recolhidos alguns, empregados por escritores de séculos passados, que se nos deparavam por acaso. [...]
Quando tratámos dos nomes de pessoas célebres, procurámos determinar, tanto quanto possível,a linguagem a que pertencem, bem como indicar o grau do seu emprêgo. Todos os outros nomes pertencem à linguagem corrente e popular e são, na maior parte dos casos, de emprêgo dialectal. O facto de se indicar para o uso de certos nomes esta ou aquela localidade, tal ou tal região, não quere de modo algum significar que tais palavras não possam ser empregadas em outras terras com o mesmo sentido, ou sentido diferente, dentro da mesma categoria de nome comum; quere simplesmente dizer que é dessas apenas que temos conhecimento.
Sempre que nos foi possível, procurou-se também apontar as condições em que os nomes registados neste trabalho são empregados, isto é, se têm em vista efeitos determinados, como, por exemplo, a ironia ou o humor - o que é muito difícil de fazer-se, por falta de informações seguras, sempre que se trata de emprêgos regionais."
(Excerto do Prefácio)
Índice geral:
Duo uerba (pelo Prof. Dr. J. Providência Costa) | Prefácio | Introdução - Nomes próprios e nomes comuns | Parte primeira - Nomes de pessoas aplicados a pessoas: I. Nomes célebres que designam o atributo que as celebrizou: A) Nomes de personagens reais: a) Nomes portugueses; b) Nomes de outras origens. B) Nomes de personagens fictícias: a) Nomes de origem literária; b) Nomes de origem clássico-mitológica. II. Nomes célebres que não designam o atributo que os celebrizou. III. Outros nomes de pessoas que designam uma qualidade. IV. Nomes de pessoas que designam uma profissão. V. Nomes de pessoas aplicados a indivíduos indeterminados. Parte segunda - Nomes de pessoas aplicados a animais. Parte terceira - Nomes de pessoas aplicados a animais. Parte quarta - Nomes de pessoas aplicados a coisas e idéias abstractas. ! Conclusões | Lista alfabética dos nomes próprios de pessoas passados a comuns que constam dêste trabalho | Principais obras consultadas | Adenda e corrigenda | Índice geral.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta oxidação.
Muito invulgar.
15€

16 setembro, 2023

AZEVEDO, Correia de - LAFÕES. [S.l.], [s.n. - Comp. e imp. nas Oficinas  Gráficas «A Modelar», Amares], Julho de 1958. In-8.º (22,5 cm) de 261, [1] p. ; [91] f. il. ; B.
1.ª edição.
Importante monografia sobre a região de Lafões, contendo inúmeras informações históricas, culturais, geográficas e administrativas. Trata-se de uma verdadeira "bíblia" lafonense, talvez a mais completa e interessante obra que sobre esta zona do país se publicou.
Edição cuidada, impressa em papel de superior qualidade, contendo 91 folhas separadas do texto que reproduzem inúmeros desenhos e fotogravuras com retratos de personalidades, paisagens, monumentos e lugares históricos. Inclui no final de cada capítulo, diversas páginas preenchidas com publicidade promovendo produtos e serviços de casas comerciais e industriais da região, que, por certo, terão ajudado a subsidiar a sua produção.
"A Região de Lafões
Situada na parte mais ocidental da Beira Central, a Região de Lafões é uma sub-região natural, constituída pelas terras tributárias do curso médio do Vouga e dos seus afluentes Sul e Ribamá, que, vindos de margens opostas, confluem junto de S. Pedro do Sul.
De Lafões fazem geograficamente parte os concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul, as freguesias de Cedrim e Couto de Esteves (do concelho de Sever do Vouga), Alva e Gafanhão (do concelho de Castro Daire) e parte das freguesias de Bodiosa e Ribafeita (do concelho de Viseu).
Remontam a recuadas épocas pré-históricas os primeiros sinais de povoamento. Por toda a Região de Lafões, restam vestígios de populações neolíticas, que, sobretudo em pontos elevados de terras graníticas, construíam as suas habitações, inumavam os seus mortos em dólmens e mamoas e, nas pedras das encostas dos montes, gravavam sinais, provavelmente relacionados com os monumentos funerários.
Com a queda do Império Romano do Ocidente (476), a Região de Lafões passou a fazer parte do efémero reino suevo e, a seguir, do mais estável reino visigótico. Da fusão dos elementos germânico e românico, aglutinados pelo elemento religioso cristão, resultará uma população que, no século VIII, vai sofrer o embate da invasão muçulmana.
Com o avanço da Reconquista cristã, sobretudo depois das conquistas de Fernando Magno a sul do Douro, incluindo Viseu, a Região de Lafões vai-se desenvolvendo populacionalmente. As populações rurais dispersam-se por "villas", propriedades rústicas, granjas ou herdades, mais ou menos isoladas. Foram estas propriedades rústicas que, desenvolvendo-se e aglutinando-se, vieram a dar origem às primeiras povoações."
(Fonte: Oliveira. A. Nazaré, Património Histórico-Cultural da Região de Lafões, Millemium 22, 2001)
"Tal como actualmente se encontra, o território de Lafões, reparte-se grosso modo por três concelhos:
O concelho de Oliveira de Frades, e os concelhos de S. Pedro do Sul e Vouzela. [...]
Relativamente à etimologia de Lafões, temos:
«Em 1609, disse Fr. Bernardo de Brito, que D. Fernando Magno de Leão, quando tomou Viseu aos mouros no ano de 1038, ou 1057 como diz Alexandre Herculano, era governador da dita cidade o alcaide mouro Alafum, que se fez cristão, pelo que D. Fernando Magno lhe poupou a vida e lhe deu terras para viver e povoar, terras que do dito mouro Alafum tomaram o nome de Lafões. [...]
Um autor desconhecido, referindo-se a esta parte em questão da etimologia de Lafões, dá o seu parecer do seguinte modo:
«O nome de Lafões, ou Alafões, como se dizia antigamente, deriva de uma palavras árabe que significa «dois irmãos», designação aplicada a dois cabeços parceiros - os montes Lafão (601m.) e Castelo (538m.) que constituem a terminação setentrional da serra do Caramulo.
Esta última versão é a mais aceitável e a que não oferece, segundo cremos, nenhuma contestação."
(Excerto do texto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse da f. rosto. Contém alguns (poucos) sublinhados e anotações a lápis ao longo da obra.
Raro.
Com interesse histórico e regional.
60€

08 dezembro, 2022

MOURO, Manuel Barros - A REGIÃO DE LAFÕES (subsídios para a sua história). Coimbra, [s.n. - Composição e impressão Coimbra Editora, Limitada - Coimbra], 1996. In-8.º (20,5 cm) de 241, [3] ; il. ; B.
1.ª edição.
Capa de Paulo Quintela.
Importante subsídio para a história da região de Lafões.
Livro ilustrado com fotografias a p.b., em página inteira, reproduzindo monumentos e imóveis relevantes para a região lafonense.
"Lafões, região natural de grande unidade, abrange a quase totalidade dos concelhos de S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades e ainda uma pequena área dos concelhos de Viseu (parte das freguesias de Ribafeita e Bodiosa, esta passou ao concelho de Vouzela com o Decreto de 24/10/1855 e voltou ao de Viseu por Decreto de 14/1/1871), Castro Daire (parte das freguesias de Alva e Gafanhão) e Sever do Vouga (freguesias de Cedrim e Couto de Esteves).
Mas a «terra» de Lafões constituiu durante vários séculos um só concelho, escrevendo-se no cadastro de 1527 que era muito notável, além de curiosa, a circunstância de «ter duas vilas e ambas serem cabeças»: a de S. Pedro do Sul e a de Vouzela.
No Portugal Antigo e Moderno de Pinho Leal fala-se em dois concelhos (S. Pedro do Sul e Vouzela), parecendo-lhe que durante muito tempo foram administrados em comum pelas mesmas autoridades.
Historiadores há que afirmam ter Lafões recebido foral de D. Dinis em 1280 e foral novo de D. Manuel a 15/12/1514, mas só este aparece arrolado na «Memória para servir de Índice dos Forais das Terras do Reino de Portugal e seus domínios» de Francisco Nunes Franklin."
(Excerto de O antigo concelho de Lafões e a sua capital)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
25€

31 dezembro, 2020

CONVENÇÃO ORTOGRÁFICA DA LÍNGUA MIRANDESA
. Miranda do Douro / Lisboa, Câmara Municipal de Miranda do Douro /Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, 1999. In-4.º (23,5 cm) de 62, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Documento precioso, de grande utilidade para a história e compreensão da língua mirandesa.
Ilustrado com tabelas ao longo das páginas de texto e com um mapa de pormenor, em página inteira, das "Áreas leonesas em Portugal".
"No extremo nordeste de Portugal, ao longo da fronteira a sul de Alcanices, entre a ribeira de Angueira, a poente e sul, e o rio Douro, a nascente, existe um conjunto de aldeias onde as pessoas utilizam entre si duas línguas: o português e o mirandês. Os dois idiomas convivem actualmente numa situação de diglossia, isto é, de desigualdade de utilização: o primeiro é utilizado em qualquer circunstância, o segundo tem um uso mais restrito, geralmente confinado à família e às relações entre vizinhos ou aldeias. [...]
A origem do mirandês remonta ao período em que, numa zona muito mais vasta, incluindo as Astúrias e Leão, se começou a constituir um grupo de variedades romances com muitos traços comuns entre si e que as distinguem de outros romances também em formação - por um lado, o galego-português e, por outro, o castelhano."
(Excerto da Apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capa ligeiramente manchada por acção da claridade.
Muito invulgar.
Com interesse histórico e etimológico.
15€

19 novembro, 2020

FELGUEIRAS, Guilherme - OS SALOIOS : gupo étnico de Lisboa suburbana. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso por Ramos, Afonso & moita, Lda., Lisboa], [1980]. In-4.º (26 cm) de 20 p. ; il. ; B. Separata do Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa : III Série - N.º 87 - 2.º Tomo - 1980
1.ª edição independente.
Estudo etnográfico e etimológico sobre os saloios e a sua origem. Curioso trabalho sobre os habitantes naturais das zonas rurais dos arredores de Lisboa, ilustrado com 11 bonitas estampas e fotogravuras a p.b. distribuídas por sete páginas.
"Certo núcleo de campónios naturais dos arrebaldes de Sintra, Loures e Mafra tem merecido o reparo de críticos, desde tempos distantes. Notados pelos traços diferençáveis, forte personalidade, exteriorizações de sentimento, temperamento laborioso, maneira peculiar de viver e de se expressarem. Quase sempre, porém, essa análise é feita dum modo inexacto e deformador, explorando em sorridente recorte escarninho aquele feitio simplório e astucioso, aquele modo embaraçado mas ganhuceiro como sabem levar a água ao moinho, explorando o negócio sempre com lucros materiais assegurados."
Guilherme Felgueiras (1890-1990). "Formado pela Escola Nacional de Agricultura em Coimbra, dirigiu as zonas florestais da Mata de Leiria e Serra do Gerês e desempenhou cargos de diretor das Escolas Gonçalves Zarco e Profissional de Agricultura de Paiã.
No domínio etnográfico Guilherme Felgueiras destacou-se pela sua produção bibliográfica em torno das tradições populares no âmbito da vida agrária e da arte popular.
Sobre o domínio da Filologia e Etnografia publicou, em 1930, o estudo sobre a Terminologia agrícola - Linguagem dos Campos, dando continuidade, em 1935, aos trabalhos de Anfiguris populares e Lexicologia pecuária, e em 1941 sobre As Aliterações e os Trocadilhos na Lírica Popular. Em 1940 colaborou em «Vida e Arte do Povo Português» com o artigo A faina do campo, alusivo à vida rural, destacando o estudo sobre os sistemas de elevação e distribuição de águas de rega, processos e técnicas agrárias, hagiografia popular, feiras e romarias, entre outros temas.

A sua produção etnográfica privilegiou, com igual interesse, outros domínios de investigação, nomeadamente, as temáticas do traje popular e os processos e técnicas tradicionais e seus contextos de produção, como o ferro e a olaria."
(Fonte: www.matrizpci.dgpc.pt)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
20€

20 março, 2014

PINTO, Américo Cortês - BRECA : uma palavra levada da breca. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso na Sociedade Astória, Lda.], 1967. In-8º (22cm) de 15, [1] p. ; B. Separata do Boletim da Sociedade de Língua Portuguesa
Estudo etimologico e semântico da palavra "breca".
"Empregada quase sempre com o significado gírio, esta palavra é usada em diversas locuções com significados afins, a partir de «irritação, fúria, doença, azar»: ...«Levado da breca» = levados dos diabos; «deu-lhe a breca» = deu-lhe o azar, a doença, a desgraça... «Levou-o a breca» = teve mau fim. «Um tempo levado da breca», é o mesmo que dizer - um tempo desabrido. Usa-se ainda como sinónimo popular de cãibra."
(excerto do texto)
Matérias:
I. Das línguas góticas às latinas. II. O sentido bélico de breca e as brigadas militares. III. Antes dos Góticos os Celtas - a «briga» ou «breca» e as cidades fortificadas. IV. Interpenetração semântica entre castelos e povoados. V. Os castros célticos e as brigas galaico-lusitanas. VI. Briga e Bragança. VII. Brigantes, bargantes e brigões. VIII. Semânticas contraditórias ou a guerra vencida pela paz. IX. A breca no calão. X. Um regionalismo isolado na Beira e no Minho. XI. Homótropos: a) um peixe e um nome greco-latino-moçárabe. b) salta-se dos peixes para as cabras, e das cabras e carneiros de novo para as brechas dos castelos. XII. Dos cornopetos à belicosa «breca».
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Etiqueta numerada colada na parte inferior da capa com prolongamento para a contracapa.
Invulgar.
10€