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02 junho, 2019

VIEIRA, Sérgio Augusto - FALAM OS TÉCNICOS. (Inquérito sôbre o problema mundial dos nossos dias). Pôrto, Edições Maranus, 1935. In-8.º (20cm) de 166, [6] p. ; B.
1.ª edição.
Inquérito pioneiro publicado no período entre conflagrações, em época de incerteza, pouco antes da Guerra Civil de Espanha. Sérgio Vieira convidou personalidades do meio político, económico e sociocultural a opinarem sobre o futuro da Europa.
Livro valorizado pela dedicatória autógrafa do autor.
"A História é uma eloqüentíssima documentação de casos efectivados, de experiência possível. Observando retrospectivamente êsse testemunho de ocorrências e deduzindo outros aspectos das circunstâncias dêsses efeitos lógicos ou necessário acontecer, conclue-se, sem receio de errar, que a humanidade há um tempo a esta parte, possìvelmente desde o século XVI, tem vivido, e vive hoje mais acentuadamente, um período angustioso, eversivo, revolucionário, de intensa preocupação, ambieste êste onde onde cada indivíduo, cada grupo, cada cultura parecem deslocados e viverem na procura de si próprios. Reflectem-no, suficientemente, as colectividades, a vida económica, política e espiritual das mesmas, a família e a maneira de sentir, pensar e obrar de cada indivíduo. [...]
Vivemos o momento supremo da história em que deve falar-se claramente, sem subterfúrgios, sem enganos, simplesmente fieis à verdade que anima os espíritos. [...]
De tal sorte, oferece-se na ordem do exeqüivel, tentar um sólido inquérito, meio rápido de conhecer o pensamento. É a isto que deve obedecer o trabalho do jornalista. Foi êsse trabalho, - de síntese, - que fizemos. [....]
Êste volume é, em si, a reünião de opiniões colhidas junto de algumas individualidade da Europa, sôbre pontos do problema mundial dos nossos dias, - problêma complexo, vasto até à abstracção e onde as ideias de cada homem que permanecem simples, particulares, concretas, apenas poderão, para a sua explicação e solução, exercer uma influência medíocre, coartada pela escassez de elementos, inacessíveis, por vezes, ao homem, dada a natural e débil condição dêste. [...]
A hesitação de muitos dos consultados e, conseqüentemente, a negação a qualquer resposta, traduzem a psicologia dêsses inqueridos, indivíduos faltos de personalidade, de valor, de liberdade, em suma, numa palavra: - de verdade. [...]
Há épocas em que a civilização, circunscrita a elas, assenta os alicerces e os fundamentos sôbre os ombros frágeis de charlatães ou falsos apóstolos, defensores de ideais que não sentem, indivíduos mumificados e de carácter dúctil, inconstante, versátil. A presente é uma dessas épocas.
Durante a nossa inquirição, foi-nos dado azo para verificar que bastantes dos nomes, a quem são erguidas taças e cânticos dionisíacos, em vez de merecedoras nénias, não passam de vulgares bípedes ou homens-estátuas, homens de série, e ou se alimentam de fétidas ideias já cavernosas por terem morrido, ou são accionados por vida insuflada pelos que têm muito de si..."
(Excerto da apresentação, Prolegómenos)
Índice:

- Prolegómenos. - Perguntas formuladas. - Advertências. - Respostas obtidas [26].
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
A BNP dispõe de apenas um exemplar no seu acervo.
25€

02 abril, 2015

MACEDO, Jorge Borges de & FREIRE, António de Siqueira & MARTA, António - A ADESÃO DE PORTUGAL À C.E.E. [Lisboa], Sociedade de Geografia de Lisboa, 1986. In-4º (23,5cm) de 60 p. ; B.
1.ª edição.
Em 12 de junho de 1985 Portugal assinou o tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (C.E.E.). O primeiro-ministro Mário Soares liderou a comitiva que formalizou, no Mosteiro dos Jerónimos, a entrada do país no projecto europeu. Portugal é membro de facto da União Europeia desde 1 de janeiro de 1986, após ter apresentado a sua candidatura de adesão a 28 de março de 1977, e ter assinado o acordo de pré-adesão em 3 de dezembro de 1980.
O presente opúsculo reproduz as intervenções de reputados especialistas nas áreas histórica, económica e diplomática, no ciclo de conferências dedicadas ao tema da adesão de Portugal à C.E.E., que decorreu em Março e Abril de 1986.
Matérias:
Palavras de Abertura. Pelo Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Comandante E. H. Serra Brandão.
Apresentação. Pelo Presidente da Comissão de Relações Internacionais, Almirante Fernando Fonseca.
A adesão de Portugal ao Mercado Comum: antecedentes históricos. Pelo Prof. Dr. Jorge Borges de Macedo.
Portugal e a integração europeia: do Plano Marshall à abertura formal das negociações de adesão. Pelo Embaixador António de Siqueira Freire.
1 - O período anterior ao 25 de Abril. 2 - O período subsequente ao 25 de Abril e até à abertura formal das negociações de adesão em 17 de Outubro de 1978. 3 - As grande motivações da nossa opção europeia e o problema das chamadas  alternativas da adesão. 4 - A opção europeia e a independência nacional. 5 - O nosso relacionamento com a Espanha no quadro europeu. 6 - A opção europeia como enquadramento e factor de promoção do projecto nacional.
Portugal e a C.E.E.: o processo de adesão. Pelo Dr. António Marta.
"A procura de antecedentes históricos para a análise do problema do Mercado Comum representa, já por si, uma forma de pensar. Com efeito, os antecedentes históricos estão presentes nos Estados e nas instituições. Ignorá-los é um grave perigo. Não posso, pois, deixar de considerar como extremamente positiva a consideração de que é necessária uma análise histórica para o esclarecimento de uma problemática de tanta importância para a nossa vida contemporânea e para o futuro nacional."
(excerto do texto, A adesão de Portugal ao Mercado Comum: antecedentes históricos)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
10€

08 maio, 2014

CORVO, João de Andrade - PERIGOS. Lisboa, Typographia Universal de Thomaz Quintino Antunes, Impressor da Casa Real, 1870. In-4º (22,5cm) de 162, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Na contracapa encontra-se impresso o preço (300 réis) seguido da seguinte inscrição: O producto da venda é destinado á subscripção que actualmente promove a Comissão portugueza de socorros a feridos e doentes militares em tempo de guerra.
"Uma grande transformação se está passando na Europa; transformação violenta que tem a força como meio, a ambição de dominar como fim.
O direito, esquecido ou despresado, mal faz ouvir a voz nos conselhos das grandes nações para provar a sua impotencia. O orgulho e as paixões criminosas impõem arrogantes os seus dictames, para que se não ouçam as justas reclamações dos povos. Ao fragor das armas, ao estrondo das batalhas a justiça foge espavorida e a liberdade vela a face para que a não affrontem nem o despotismo nem a anarchia. [...]
No meio do perigo universal, é immenso o perigo para as pequenas nações. Onde a força domina só, os fracos são sacrificados á cubiça brutal dos fortes."
(excerto do texto)
"Andrade Corvo foi de facto um visionário, analisando a génese da unidade Alemã e as suas intoleráveis pretensões à hegemonia sobre a Europa, com base numa pretendida superioridade de raça, já ensaiada na guerra com a França, caldeada por perigosas ambições imperiais.
A principal obra de Andrade Corvo, intitulada Perigos (1870), foi escrita no calor dos esforços empreendidos por Bismarck para alcançar a unidade alemã com hegemonia da Prússia. […]
Diz Andrade Corvo:
A doutrina das raças é um imenso perigo, porque quer substituir à longa elaboração social que formou as verdadeiras nacionalidades o instinto do sangue; àespiritualidade a materialidade; às relações morais as relações etnológicas; porque quer, enfim, classificar os povos como se classificam os animais num museu.
João de Andrade Corvo (1824-1890). “Foi um homem de múltiplos interesses. Frequentou os cursos de Matemática e Ciências Naturais, Engenharia e Medicina e desempenhou as funções de agrónomo, professor, escritor e político. Escreveu notáveis romances, como Um ano na Corte (1850-1851), a sua obra mais popular. Como político, iniciou sua carreira, em 1865, como deputado, assumindo, no ano seguinte, o cargo de ministro das obras públicas até 1868, contribuindo para o desenvolvimento da rede ferroviária nacional. Em 1869, foi enviado para Madrid para exercer o cargo de Ministro de Portugal, permanecendo um ano na capital espanhola. Foi ministro dos negócios estrangeiros de Portugal, entre 1871 e 1878, durante o governo de Fontes Pereira de Melo.
Andrade Corvo foi um homem que se dedicou ao desenvolvimento de Portugal. Acreditava que o crescimento do país dependia do investimento no ensino, considerando que a civilização, a liberdade, o progresso e a indústria do país estariam diretamente ligados ao nível de instrução do seu povo. Andrade Corvo foi um homem à frente do seu tempo. Anteviu os perigos dos ideais germânicos, fundados sobre a identidade de raça e o desejo de supressão dos pequenos estados para a formação de um grande império.
João de Andrade Corvo é considerado, por muitos, o pai da diplomacia portuguesa moderna. Revelou, durante toda a sua vida, uma capacidade única de analisar os principais desafios políticos e as estratégias que Portugal deveria adotar para se reerguer como potência e conquistar o respeito perante o mundo.”
(in http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xix/joao-de-andrade-corvo)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível

13 novembro, 2013

FIGUEIREDO, Fidelino de – PORTUGAL NAS GUERRAS EUROPÊAS. Subsidios para a compreensão dum problema de politica contemporanea. Lisboa, Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira, 1914. In-4º (22,5cm) de 84, [4] p. ; B.
Estudo do autor identificando causas e consequências históricas para a nossa participação nas guerras europeias, no limiar de mais um confronto bélico; a mais que provável intervenção portuguesa, e em que moldes.
“A guerra actual é ainda um episodio – oxalá que o maximo e o ultimo! – dessa expansão quasi irresistivelmente poderosa da Allemanha e dessa rivalidade moral e economica com a França e a Inglaterra. Preparando-se de longa data para o assalto, pela mais apurada organização militar, que se tem visto em todos os tempos, a Allemanha julgou azado o momento de empolgar a suprema magistratura politica da Europa…”
(excerto do texto)
Matérias:
Preliminares. I – A politica diplomatica de Portugal depois da Restauração. II – Portugal na guerra da successão de Espanha. III – Portugal e a guerra dos sete anos. IV – Portugal nas colligações contra a França Revolucionaria e Napoleão I. V – Conclusões. VI – O problema actual.
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Assinatura de posse rasurada na capa, f. rosto e 1ª p. texto.
Invulgar.
Indisponível

01 agosto, 2012

A EUROPA PITTORESCA. Obra ilustrada com numerosas gravuras executadas pelos principaes desenhadores e gravadores. Tomo I [e Tomo II]. Paris. Director-Proprietário : Salomão Saragga ; Lisboa. Gerente em Portugal : David Corazzi, [s.d. – 18--?]. 2 vols in-fólio (26x33,5cm) de [4], IV, 279, [1] p. e [4], 283, [1] p. ; mto il. ; E.
Luxuosa e monumental edição impressa em papel de qualidade superior, recheada de inúmeras e primorosas gravuras abertas em madeira, muitas delas de grande originalidade e apuro técnico, representando paisagens campestres e naturais, cidades, vilas e aldeias históricas e seus monumentos, figuras humanas castiças e pitorescas, etc.
O último capítulo da obra intitula-se «Uma Semana em Lisboa», e integra as seguintes gravuras:
Terreiro do Paço, Lisboa
Arco do Terreiro do Paço
Casa dos Bicos
Basilica do Coração de Jesus à Estrella
Capella de S. João Baptista na Igreja de S. Roque, Lisboa
Claustro dos Jeronymos, Belem
Peixeiras de Lisboa
Estatua de Camões
Encadernações em meia de pele com dourados na lombada. Corte superior das folhas carminado.
Exemplares em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
120€