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22 dezembro, 2023

CHOURAQUI, André -
JERUSALÉM : uma cidade santuário
. Lisboa, Instituto Piaget, 1999. In-4.º (23,5x16 cm) de 302, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Interessante trabalho sobre Jerusalém - cidade disputada por israelitas e palestinianos - que de certa forma ajuda a explicar os conflitos que fizeram da zona, e desta desta cidade em particular, um barril de pólvora.
"Neste trabalho o autor propõe-se traçar, em linhas gerais, a história de Jerusalém, desde a sua fundação até aos nossos dias; para o que divide a sua obra em três capítulos que ilustram os três grandes períodos da história milenar da cidade.
Na primeira parte, o autor faz a síntese das várias teses que, ao longo de séculos, justificaram a origem da cidade e apresenta-nos a história dos seus primeiros séculos de existência.
Na segunda parte, o autor narra-nos a história da cidade desde o nascimento de Jesus Cristo e da sua aceitação pelo povo de Jerusalém como Messias, passando pela conquista desta pelo islamismo, pela queda do Império Otomano e o regresso do cristianismo e dos judeus da diáspora.
Na terceira parte, o autor relata-nos os acontecimentos que, desde meados do século XIX, provocaram o regresso dos judeus à Palestina e a formação do actual Estado de Israel. [...]
Como antigo membro da administração da cidade de Jerusalém, o autor não poderia deixar de fazer jus ao urbanismo e à extraordinária arquitectura da cidade."
(Excerto da sinopse)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
Com interesse histórico.
Indisponível

17 maio, 2022

RODRIGUES, Manuel L. - OS JUDEUS NA PALESTINA
. Lisboa, Edição da Emprêsa Nacional de Publicidade, 1947. In-4.º (23x16 cm) de 223, [1] p. ; [
1.ª edição.
Capa de Stuat Carvalhais.
O agudizar do conflito israelo-palestiniao visto por um jornalista português presente na zona de confronto, ainda antes da declaração unilateral da independência do Estado de Israel, em 1948.
Livro impresso em papel encorpado, ilustrado com 9 estampas extra-texto, sendo uma delas um mapa da Palestina.
"Há um quarto de século que a questão da Palestina atrai a atenção do Mundo e constitui motivo de graves inquietações. Relatos de motins, assaltos e atentados com avultadas perdas de vida preenchem o noticiário quotidiano que nos chega da Terra Santa. Sucessivas comissões de inquérito têm visitado aquele país com o fim de determinarem as causas do conflito e de lhe encontrarem solução que tenha sido discutido. Pode dizer-se que não há problema internacional que tenha sido discutido com mais minúcia. Provam-no os relatórios, memorandos, livros brancos, boletins estatísticos, inquéritos económicos e dissertações políticas que a esse respeito têm sido publicados - bibliografia tão extensa e variada que poucos especialistas poderão ter a pretensão de a conhecer integralmente.
No meio dessa agitação, prossegue, silenciosa e infatigável, uma obra construtiva de grande envergadura que é o esforço tenaz e inteligente de uma raça resolvida a edificar nessa terra a pátria que lhe falta.
Esse aspecto da questão é, seguramente, o menos conhecido em Portugal e constitui o principal objecto da presente obra, baseada em observações colhidas pelo autor no desempenho duma missão jornalística como enviado especial do «Diário de Notícias» ao Médio Oriente. A pela compreensão do assunto exigia porém que ele fosse antecedido de um estudo das circunstâncias políticas e históricas que determinaram a actual situação. É esse o assunto da primeira parte deste livros. Na segunda procurou o autor, sobretudo, analisar as condições sociais e económicas que teve ocasião de conhecer na Palestina, resultantes da vasta acção ali desenvolvida pelos judeus."
(Introdução)
Índice dos capítulos:
Introdução. | Primeira Parte - O conflito e as suas origens: I. O nacionalismo árabe e a Declaração Balfour; II. Árabes e Judeus; III. A política britânica; IV. Terrorismo e emigração clandestina; V. A América do Norte e os Estados Árabes. Segunda Parte - A obra do sionismo: VI. A regeneração da terra; VII. A conquista do deserto; VIII. Uma nova estrutura económica e social; IX. Indústria e capacidade de absorção; X. A cultura hebráica; XI. Efeitos da colonização judaica. | Conclusão. | Apêndices - Texto do Mandato da Palestina. Recomendações da Comissão de Inquérito Anglo-Americana. Capítulos a Carta das Nações relativos ao regime de tutela. | Índices - Alfabético dos nomes próprios. De gravuras. Dos capítulos.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Livro sublinhado a lápis. Sem f. ante-rosto.
Invulgar.
Com interesse histórico.
25€

12 março, 2018

PALESTINA, UM POVO EM ARMAS. [Tradução de H. Cesar Opz e A. Manso]. Baixa da Banheira, Manuel Miranda, 1977. Oblongo (14,5x21cm) de 126 p ; [2] p. il. ; B. Cadernos Povo e Cultura, Série B, Zona das Tempestades, 1
1.ª edição.
Visão árabe do problema israelo-palestiniano em meados da década de 70 do século passado.
Ilustrado com mapas da zona do conflito em 2 páginas extratexto.
"O «povo» judeu está disperso por todo o mundo há mais de 2000 anos - é o que se chama a «diáspora». Porém, foi só nos fins do século passado que se espalhou a ideia de um Estado judeu baseada unicamente na ideia da terra «prometida».
Foi no fim do século passado que nasceu o movimento sionista. Porque razão só nesta altura? Trata-se simplesmente de um acaso ou haverá causas profundas para esse acontecimento? [...]
O sionismo é uma consequência das grandes alterações históricas que se verificaram na Europa. É uma reacção da burguesia judaica tradicional contra as burguesias europeias locais (principalmente na Europa Oriental) que se lançaram na luta pela direcção da economia. A burguesia judaica foi eliminada pouco a pouco dos sectores económicos que ocupava.
É neste sentido que podemos definir o sionismo como o movimento nacional burguês judaico à procura de um mercado próprio.
Esta luta assumiu muitas vezes o aspecto do mais violento anti-semitismo por parte dos europeus não judeus.
Por isso, a «questão judaica» é também uma questão económica. É a concorrência entre duas burguesias pela conquista de mercados.
Inquietos com esta situação, alguns intelectuais judeus lançam a ideia de reunir os judeus de todo o mundo numa determinada região (no Uganda, na Argentina ou na Palestina), permitindo desse modo à burguesia judaica o domínio de um mercado exclusivo, à sua escala. O famoso «slogan» sionista que dizia que era preciso descobrir «uma terra sem povo para um povo sem terra» deve, portanto, entender-se como a necessidade de criar um mercado de propósito para uma burguesia sem mercado. [...]
O sionismo tinha de lutar também contra as tentativas e as tentações de integração dos judeus da Europa; daí a ambiguidade e a confusão deliberada entre judeus e sionistas, entre anti-sionismo e anti-semitismo.
«O sionismo não é apenas uma ideia geral, nem uma concepção filosófica e religiosa mas sim essencialmente uma luta contra a integração» - Ben-Gurion, «Gazeta anual do Estado de Israel», 1952."
(Excerto do Cap. II, O sionismo)
Índice:
Resumo histórico: Algumas observações. I - Alguns dados sobre a Palestina. II - O Sionismo. III - Fase inicial da implantação sionista na Palestina. IV - O mandato britânico na Palestina (1920-1948). V - A guerra de 1948. VI - O após-guerra e a crise do Suez. VII - Da guerra do Suez à guerra dos Seis Dias. Israel e o imperialismo. Cronologia sumária.
Novos aspectos da luta: 1 - As quatro guerras de agressão desencadeadas por Israel. 2 - O petróleo, uma arma poderosa nas mãos dos povos árabes. 3 - O petróleo e a justa causa dos povos árabes. 4 - Os maiores inimigos dos povos árabes. 5 - O conluio das duas superpotências contra a luta dos povos árabes. 6 - Os «planos de paz» das duas superpotências. 7 - Amigo verdadeiro ou inimigo perigoso?
A vos da resistência: 1 - A libertação faz-se por etapas. 2 - A luta entre as duas linhas no seio da resistência. 3 - O nascimento e a doutrina da El Fatah.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
15€