Mostrar mensagens com a etiqueta Desporto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Desporto. Mostrar todas as mensagens

03 novembro, 2024

SABBO, Augusto -
FOOTBALL. (Técnica e Didáctica de Jôgo). [Por]... Antigo jogador d
o Mittweidaer Ballspiel Club, da Saxónia; do Club Internacional de Football, de Lisboa, e do grupo representativo da Liga Portuguesa de Football. Lisboa, Emprêsa Literária Fluminense, L.ᴰᴬ, 1923. In-8.º (19 cm) de 76, [4] p. ; B.
1.ª edição.
Curioso manual técnico e táctico de "Football Association", escrito por Sabbo, na época treinador do SCP. Apresentado em três prefácios pelos senhores: F. Pinto de Miranda, Médico, inpector de Ginástica e antigo Presidente da Associação e Football de Lisboa; Fernando Martins Pereira, Médico e ex-Presidente da Direcção a Associação de Football de Lisboa; Carlos Alberto Guimarães Lello, Presidente da Associação de Football do Pôrto.
Sobre esta obra centenária, pioneira no futebol português, e o seu autor, com a devida vénia a "Leão Zargo" pelo excelente artigo publicado no blog Camarote Leonino, reproduzimos o excerto que se segue:
"Na época de 1921-22 o Sporting contratou um treinador invulgar para os padrões do seu tempo. Refiro-me a Augusto Sabbo (1887-1971), um engenheiro luso-alemão que dirigiu a montagem da rede de tracção eléctrica da cidade de Coimbra. Antes de Sabbo há apenas o conhecimento doutro treinador no clube, o inglês Charles Bell. Até aí a equipa era dirigida por um jogador que desempenhava as funções de “capitão geral” e que fazia, nomeadamente, a ligação com os directores e coordenava os treinos. Francisco Stromp e Jorge Vieira terão sido os maiores neste posto. 
Antes de chegar ao Sporting, Augusto Sabbo jogou no Mittweidaer Ballspiel Club, na Saxónia, e foi referência no CIF, no início do século XX, enquanto jogador, capitão da equipa e capitão geral. No Sporting permaneceu desde Janeiro de 1922 ao Verão de 1924.
Sabbo notabilizou-se por utilizar métodos inovadores de treino e, principalmente, pela sua concepção teórica e prática do futebol que conjugava, simultaneamente, as vertentes técnica, táctica e física que era preconizada por Herbert Chapman, treinador do Arsenal de Londres.
Era extremamente exigente na preparação da condição física dos atletas, realizando treinos sem bola que incluíam exercícios de inspiração militar e salto à corda. Por vezes, os jogadores desciam e subiam a Avenida da Liberdade em passo de ginástica. Contratou Santos Ruivo, pugilista profissional, com a finalidade orientar sessões de treino físico e ministrar noções de boxe.
Augusto Sabbo era um estudioso metódico do fenómeno do futebol e profundo conhecedor do que se passava na Europa, nomeadamente na Inglaterra e na Europa central. Quando treinou o CIF introduziu a "teoria da triangulação", que mais tarde aplicou no Sporting. Essa teoria preconizava que a acção dos seus jogadores no campo teria por finalidade que os adversários fossem obrigados a executar os movimentos convenientes que permitissem a execução das jogadas da sua equipa. Hoje dir-se-ia “a construção do jogo”!
A "teoria da triangulação" tornou Sabbo um dos precursores da introdução do sistema WM (3-2-2-3) em Portugal. Conhecedor do pensamento táctico de Chapman e do 2-3-5 aplicado na Europa Central (designado por Escola do Danúbio), Sabbo durante os jogos, por vezes, recuava o médio central para junto dos dois defesas. Os próprios avançados interiores não tinham a habitual liberdade de movimentos, estando mais atentos aos adversários do que era norma nesse tempo. […]
Augusto Sabbo era um intelectual do futebol, privilegiando os diversos aspectos que decorriam da técnica e da táctica do jogo e da preparação física. Publicou duas obra na altura consideradas inovadoras e relevantes, “Football (Técnica e Didáctica de Jogo)”, em 1923, e “Estratégia e método-base do futebol científico”, em 1945."
Ffonte: http://camaroteleonino.blogs.sapo.pt/augusto-sabbo-um-mourinho-avant-la-1488854)
"Aquele que meter ombros à estopante tarefa de ler este folhêto, porque o estilo lhe falta e a prosa é simples, deve ter em vista que o nosso único desejo, é iniciá-lo na parte técnica do jôgo, que reputamos interessante, e não deliciá-lo com boa prosa e estilo florido. O assunto, basta ser técnico, para ser maçadora a sua descrição, e muitas vezes lacónica a sua didáctica.
A iniciação que vamos tentar, não se assuste o leitor, não será aquela em que lhe diríamos que o jôgo de football se joga entre 22 rapazes, dispostos duma certa maneira, num campo raso, muito grande, limitado por linhas brancas e fortes barreiras, que na maior parte das vezes conteem uma multidão nada pacífica, que insulta e apupa os jogadores, apesar da vontade que êles mostram em bem fazer, dentro do tal recinto, movimentos cingidos a certas regras, a que muitos por não perceberem o fundo scientífico do jôgo, chamam cabriolas de doidos."
(Excerto de I – Iniciação)
Índice:
Prefácio[s] | Técnica e Didáctica do Football Association: I – Iniciação. II – Elemento necessário ao jogo e qualidades primordiais necessárias a esse elemento. III – A técnica do football. IV – O treinador ou instrutor. V – Treinos progressivos – Treinos intensivos – Treinos de ensaio. VI – Introdução às teorias. VII – Teoria da triangulação. VIII – Principios gerais de aplicação prática. IX – Passe iniciais do jôgo quando se emprega a teoria da triangulação. X – Teoria do off-side. XI – Principios gerais de aplicação prática. XII – Teoria dos movimentos relativos. XIII – Principios gerais de aplicação prática. XIV – Passes iniciais do jôgo quando se aplica a teoria dos movimentos relativos. XV - Conclusão.
Exemplar brochado, por abrir, em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e desportivo.
Peça de colecção.
85€

26 outubro, 2024

VILARINHO, José -
ESPADAS E FLORETES : contribuição para a história do desporto em Portugal.
A esgrima portuguesa e as suas estórias de espadachins e atiradores, de duelos e assaltos, das justas aos Jogos Olímpicos e dos alfagemes às espadas eléctricas. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso na Gráfica Maiadouro, S. A. - Maia], 1993. In-4.º (24x17 cm) de 176, [2], [77], [1] p. il. ; [4] p. ; B.
1.ª edição.
Na capa, José da Costa Amorim, um dos grandes esgrimistas do princípio do século XX.
Importante subsídio para a história da Esgrima entre nós. Trata-se de um interessante contributo com interesse histórico e desportivo, ilustrado em separado com 77 estampas impressas sobre papel couché.
"A esgrima constituía nos últimos anos da Monarquia e nos primeiros da República uma das mais importantes disciplinas do desporto português e, a partir de finais da primeira década do século XX, foi-se tornando a nossa mais representativa modalidade a nível internacional, marcando posição de elevo em grandes torneios europeus e nos Jogos Olímpicos. Nesses anos, pouco depois da viragem do século, o desporto em Portugal era assunto das classes elevadas, actividades de tempos livres para quem os tinha. Talvez ainda mais do que outras modalidades, a Esgrima, "elegantíssimo género de sport", como se lhe referiam os periódicos da época, era uma das práticas favoritas de reis e príncipes, de moços aristocratas e da burguesia endinheirada, actividade obrigatória das escolas militares, passatempo de médicos e advogados, de engenheiros e artistas, de jornalistas e políticos, pares do reino ou deputados.
As festas da Esgrima, torneios, saraus ou mesmo assaltos como, por vezes, eram designados realizavam-se nos locais de maior prestígio de Lisboa ou do Porto e constituíam importantes acontecimentos mundanos, reunindo assistências numerosas das elites de então. [...]
Não se pense porém que, com a queda da Monarquia, a Esgrima perdeu as suas características e importância: Em Junho de 1910 D. Manuel II presidira à Semana das Armas e, pouco tempo depois, em Novembro, três ministros da República implantada um mês antes honraram, com Afonso Costa (um esgrimista) à cabeça, a sessão de reabertura dos trabalhos do Centro Nacional de Esgrima.
Os esgrimistas desse tempo, por vezes conflituosos e dados a grandes antagonismos e rivalidades, frequentemente caprichosos e nem sempre seguidores à risca das regras de fair play por eles próprios estabelecidas foram, não obstante, os grandes percursores do desporto de competição no nosso país e os primeiros a torná-lo conhecido e respeitado além fronteiras. Eram, também, desportistas ecléticos, como era de uso. Muito se surpreenderiam os praticantes de hoje se, para além de os encontrarem cruzando armas nas elegantes salas de outrora, quase todas situadas na zona do Chiado que era a mais nobre de Lisboa, com eles deparassem depois montando a cavalo no hipódromo de Belém, remando ou tripulando ágeis veleiros no Tejo, pedalando em provas ciclistas nas poeirentas estradas da periferia, procurando bater recordes em automóvel ou motocicleta, jogando futebol na Cruz Quebrada, lutando ou levantando halteres nos salões do Atheneu ou do Real Gymnasio Clube, atirando aos pombos na Ajuda ou mesmo pegando touros em Vila Franca ou Almeirim. Constituíam a juventude dourada da época e a imprensa designava-os por "distintos sportsmen"..."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Introdução | I - Dos Relevos Egípcios às Bandas Desenhadas. II - Dos Combates Medievais às Salas de Armas. III - Do Soldado Liberal ao Mestre da Corte. IV - Da Elegância dos Saraus às Rivalidades nas Pranchas. V - Do Desaire de Madrid à Vitória em Paris. VI - Da Tragédia dos Paredes ao Jogos de Estocolmo. VII - Do Sensacional Duelo da Ameixoeira aos Jogos de Anvers. VIII - Do Nascimento da Federação aos Jogos de Paris. IX - Do Torneio do Estoril à Medalha Olímpica de Amesterdão. X - Dos Grandes Encontros à Recusa aos Jogos de Los Angeles. XI - Dos Indícios da Decadência aos Jogos de Berlim. XII - Do Desinteresse pelas Competições ao Ocaso duma Época Brilhante. | Interrupção | Documentos Fotográficos [77 estampas].
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
45€

17 outubro, 2024

RUSSO, Alferes Américo José -
GUIA DO AGENTE FISCALIZADOR DA CAÇA E DA PESCA E DO RESPECTIVO DESPORTISTA.
Compilação do... Comandante da Secção da G. N. R. de Penafiel. Publicação autorizada pelo Comando Geral da Guarda Nacional Republicana. [S.l.], [s.n. - Centro Gráfico de Famalicão de José Casimiro da Silva - Vila Nova de Famalicão], 1958. In-8.º (16x11 cm) de 365, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso vade-mécum, reúne todas as informações pertinentes (e actualizadas) que regularizam a caça e a pesca em Portugal, incluindo todos os assuntos directa ou indirectamente ligados a estas actividades.
É muito interessante o capítulo dedicado ao Registo canino, que o autor divide em três grandes grupos, com as respectivas definições: os cães de caça; os cães de guarda; os cães de luxo, propondo ainda, em "Extinção dos cães vadios", uma (discreta) "solução final" para os cães da rua.
O tema da Caça fecha com 12 quadros-resumos em página inteira.
"O Decreto n.º 23.461, que regulamenta o exercício da caça, data de 1934, e, de então para cá, tem sofrido várias alterações que se encontram dispersas por vários diplomas, o que torna difícil a sua consulta.
O mesmo sucede com a legislação que regula o exercício a pesca, esta ainda mias complexa, porque não tem pròpriamente um diploma fundamental, pois sendo vários os que regulam este desporto, cada um trata da sua parte sem se referir quase aos outros, agravado pela circunstância de a maior parte dessa legislação se não encontrar publicada senão nos Diários do Governo, nem sempre fáceis de conseguir, visto alguns datarem de há mais de setenta anos.
Estas dificuldades deparadas a cada passo no desempenho das funções de Comandante da Secção Rural da Guarda Nacional  Republicana, encorajaram-me a reunir num único livro, a que dei o título de «Guia do agente fiscalizador da caça e da pesca e do respectivo desportista», toda a legislação que regula estes assuntos, no qual foi incluída também a que se refere a
Armas
Registo de cães
Vacina de cães
Polícia Florestal,
por se relacionar com a que orienta aqueles dois desportos.
E para maior utilidade deste trabalho, procurou-se dar a este livro um formato prático, fácil de transportar sem grande incómodo, dado que tanto o agente fiscalizador como o desportista têm necessidade de o trazer sempre consigo, para o consultarem a cada momento."
(Excerto de Advertência)
Índice:
Advertência | I- Caça. II - Armas. III - Registo de cães. IV - Vacina de cães. V - Polícia Florestal. VI - Pesca.
Exemplar em brochura, bem conservado.
Raro.
Indisponível

11 setembro, 2024

CORREIA, Dr. António - ALBERTO LUÍS GOMES : modelo de desportista e estudante. Pelo... Estudantes de Coimbra 1. Coimbra, Depositária: Coimbra Editora, Limitada, 1953. In-8.º (18x13 cm) de 30, [2] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Apontamento biográfico de António Gomes, estudante de Coimbra e jogador da Académica - tendo sido o primeiro internacional português da Briosa. Jogador-estudante, como na época era uso, teve diversos convites dos grandes portugueses - Benfica e Sporting - para "mudar de ares", com promessa de chorudos proventos, que recusou sempre.
Ilustrado com 3 fotografias, sendo duas delas em página inteira.
"Conheci o Alberto Gomes em Junho de 1937. Não o jogador de futebol que tinha vindo da cidade do Porto mas sim o estudante timorato que se vinha habilitar ao exame para entrar na Universidade. O primeiro obstáculo a vencer era o exame do 7.º ano, que já então se efectuava no liceu D. João III. [...]
Obtida a aprovação no exame do 7.º ano, principiámos a preparar-nos intensamente para vencer o grande e ambicionado salto: entrar na Universidade.
Se bem que eu então não conhecesse o Alberto Gomes como desportista de grande futuro, a verdade é que já nessa altura ele tinha de certa maneira conquistado um lugar no grupo de honra da Académica. Nada no entanto permitia prever até que ponto subiria na escala do desporto nacional."
(Excerto do Apontamento)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Páginas 27/28 e 29/30 alvo de restauro.
Muito invulgar.
15€

17 maio, 2024

I ROMAGEM AOS JERÓNIMOS : 1963 - CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA
. Rio de Janeiro - Brasil, [Clube de Regatas Vasco de Gama - Nobre Gráfica Editora Ltda - Barão de Bom Retiro], [1963]. In-4.º (23x16 cm) de 97, [7] p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Memória da primeira romagem de uma comitiva do Vasco da Gama, popular clube carioca, ao Mosteiro dos Jerónimos - Lisboa, no ano de 1963.
Livro raro, por certo com tiragem reduzida, profusamente ilustrado com fotografias a p.b. relacionadas com a viagem a Portugal, incluindo eventos com a presença de figuras de proa do regime português: o PR Almirante Américo Tomaz, o PC Prof. António de Oliveira Salazar e o Almirante Henrique Tenreiro. Registe-se ainda, a título de curiosidade, o registo fotográfico do banquete oferecido pela direcção do Sport Lisboa e Benfica à comitiva brasileira no Estoril, e da presença da equipa profissional de Benfica e Belenenses na homenagem prestada nos Jerónimos ao navegador português.
Exemplar muito valorizado pela dedicatória autógrafa do presidente do clube vascaíno - Manoel Joaquim Lopes - a Jorge Felner da Costa, Director do Centro de Turismo de Portugal no Rio de Janeiro e do Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI), em Lisboa.
"Este documentário da Primeira Romagem aos Jerónimos realizada no ano administrativo de 1963 - sexagésimo quinto da fundação - é oferecido aos vascainos para guarda e lembrança do grande ato da vida social do Club de Regatas Vasco da Gama, em terras portuguêsas e em louvor de seu Imortal Patrono.
Dizemos "Primeira Romagem" porque confiamos plenamente no espírito cívico-sentimental dos associados de nossa agremiação para esperar outras visitas à Pátria-Mãe, berço do Almirante Navegador.
A Romagem aos Jerónimos, é indispensável que se explique, não representou uma promoção, no sentido moderno da expressão. Constitui o prosseguimento da tradicional linha de luso-brasilidade que desde a fundação do Club de Regatas Vasco da Gama se vem mantendo lealmente, para satisfação de quantos se agrupam em tôrno de sua gloriosa bandeira.
A fundação ocorreu quando o mundo político festejava com Portugal o 4º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo das Índias.
A 9 de Setembro de 1900, durante a solenidade da posse do presidente Leandro Augusto Martins, na modesta sede da Travessa do Maia (mais tarde Passeio Público), inaugurou-se o retrato de Vasco da Gama oferecido pelo sócio João Rodrigues de Oliveira. Uma composição livre, sem traços precisos da real fisionomia do homenageado, fixadas todavia as linhas características do marinheiro e descobridor destemido."
(Excerto de Sentido histórico da Romagem)
Encadernação em percalina com ferros gravados a seco e a ouro na pasta anterior e na lombada. Conserva as capas originais.
Exemplar em bom estado de conservação.
Raro.
Com interesse histórico e desportivo.
35€

05 janeiro, 2024

JOSEPH-RENAUD, Jean - LA DÉFENSE DANS LA RUE.
Par... Préface de M.-F. Goron, Anciem Chef de la Sûreté. Ouvrage orné de 48 pages d'illustrations photographiques hors texte. Sports-Bibliotèque. Paris, Pierre Lafitte & Cie, [1912]. In-8.º (20x14,5 cm) de XX, 419, [3] p. ; il. ; E.
1.ª edição.
Edição original deste curioso manual de defesa pessoal publicado no início do século XX em Paris, França, na apreciada colecção Sports-Bibliotèque.
Obra de referência, redigida na língua original, em francês.
Ilustrada no texto e em página inteira com numerosos desenhos, gravuras e fotografias exemplificativas dos movimentos de defesa e ataque.
"Jean Joseph-Renaud procurou, ao longo destas páginas, esclarecer os virtuosos do boxe, do tiro, da bengala, do jiu-jitsu, etc., praticantes empenhados, os aspectos mais práticos destes desportos, mas também para ensinar as pessoas que têm pouco tempo para dedicar ao treino de alguns meios de defesa fáceis e seguros. Este grosso volume está estruturado em torno dos títulos dos capítulos: o revólver, a bengala, a esgrima prática com a bengala, distâncias mais curtas, boxe francês, pontapés altos, exame do método Charlemont, socos, séries de treino, combate corpo a corpo, jiu- jitsu, quedas principais, combate no chão, prática de jiu-jitsu em combate, apoios em pé, associação fundamentada dos três desportos, boxe francês versus boxe inglês, socos ou jiu-jitsu contra pontapés, jiu-jitsu contra socos, faca, contra o revólver, contra a faca, as tácticas de luta de rua e a defesa da mulher."
(Fonte: Wook - Sinopse reedição)
"Il y a a quelques années, on s'aperçut que, telle qu'on la pratiquait alors, l'escrime préparait mal au duel et que c'était un grand tort qu'accuser le hasard lorsqu'un virtuose d salle d'armes se faisait blesser ou tuer sur le terrain par um inexpérimenté.
On remplaça le fleuret par lépée.
Aujourd'hui que les concours ont lieu en une touche, en plein air et avec pointe d'arrête, il n'y a plus guère entre un assaute de tornoi et un duel que la différence de danger.
Les sports dits «de défense» n'ont pas encore subi pareille et indispensable réforme.
Elle leus serait pourtant bien nécessaire!... Qu'il s?agisse de boxe, de canne, de lutte, de jiu-jitsu, etc., je vois enseigner un grand nombre de mouvements qui, dans un vrai combat, seraient impossibles ou dangereux.
Ces sports développent certes la résistance, la vitesse, la combativité, la force, mais ils ne préparent pas directement au vrai combat."
(Excerto de Plan général - Vers le réalisme)
Jean-Joseph Renaud (1873-1953). "Esgrimista francês, competiu nos Jogos Olímpicos de Verão de 1900. Foi um prolífico jornalista, autor e dramaturgo, cujos livros L'Escrime (1911) e La Défense dans la rue (1912) são, reconhecidamente, importantes contributos para a literatura especializada do género. Foi um defensor das questões de honra, tendo dito: "De todos os pontos de vista, o duelo é benéfico." Arbitrou algumas contendas, incluindo as que envolveram Clemenceau e Leon Blum, e combateu ele próprio  em duelo  pelo menos 15 vezes, sendo que, 4 deles, foram travados com pistolas; saiu vitorioso em todos eles.
Encadernação do editor com letras gravadas na lombada e na pasta anterior, tendo esta, ao centro, gravura do autor em "posição de combate".
Exemplar em bom estado de conservação. Páginas 5-8 apresentam falha de papel no pé, sem prejuízo da mancha tipográfica.
Raro.
100€

27 maio, 2023

REIS, A. Ribeiro dos -
FUTEBOL : divulgação das suas leis.
Texto oficial e sua interpretação. Questionário para árbitros. Gráficos explicativos. [Lisboa], Edição do Autor, [1943]. In-8.º (19,5 cm) de [4], 277, [3] p. ; [24] p. pub. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante contributo para a história da arbitragem e o conhecimento das leis do jogo por António Ribeiro dos Reis, uma das mais insignes figuras do nosso futebol. Ontem como hoje, agora como há 80 anos, verifica-se que a arbitragem foi (e é) terreno fértil para justificar más decisões em campo e fora dele.
Livro ilustrado com desenhos esquemáticos no texto, e 24 páginas em separado dedicadas exclusivamente à promoção de marcas de produtos e serviços.
Muitíssimo valorizado pela dedicatória autógrafa de Mestre Ribeiro dos Reis à redacção do "Diário de Coimbra".
"A divulgação das leis do jôgo constitue uma necessidade urgente para debelar a crise de arbitragem, que é um dos problemas mais graves do nosso futebol, pelos incidentes a que dá margem e que tanto perturbam o ambiente dos jogos.
Num artigo sôbre árbitros e arbitragens, publicado há tempo na revista «Stadium» pelo nosso camarada Candido de Oliveira, entre outras causas da crise fixava-se esta:
«Ignorancia das leis do jôgo, pela grande maioria dos dirigentes, dos jogadores e dos espectadores, o que concorre para serem consideradas erradas uma boa percentagem de decisões do árbitro, que estão absolutamente certas!».
Tem carradas de razão o nosso ilustre camarada.
Dos vários milhares de espectadores que entre nós assistem a desafios de futebol podem quási apontar-se a dedo os que alguma vez se deram ao trabalho de consulta e estudar o Código do Jôgo.
A maioria sabe de ouvido os pontos principais, mas não está habilitada a profundar o espírito da lei, porque nunca teve o cuidado de a ler com interêsse.
No entanto, todos se julgam com autoridade, para apreciar a acção do árbitro, flagelando-o até com as críticas mais irreverentes.
E o que se diz em relação aos espectadores diz-se em relação aos próprios dirigentes - tantas vezes injustos nas suas apreciações precipitadas e que se revestem de maior gravidade por partirem de quem partem - e estende-se até aos próprios jogadores. [...]
O ensino das regras de jôgo aos seus praticantes deve constituir uma das mais importantes missões dos treinadores ou de qualquer outro dirigente que esteja em contacto assíduo com aqueles.
Por tudo isto nos parece extremamente útil a tarefa de divulgação das Leis do Jôgo.
A êsse objectivo consagramos o presente livrinho. Vamos passar em revista as Leis do Código do Jôgo, procurando profundar o seu espírito e aclarar o seu texto; esclarecendo pontos duvidosos para evitar embaraços e dificuldades; estudando os casos menos frequentes, que podem constituir surpreza e exemplificando com casos concretos, a solução a adoptar."
(Excerto de A abrir...)
António Ribeiro dos Reis (1896-1961). Foi um militar, jogador de futebol, dirigente e jornalista desportivo português, fundador do jornal A Bola, conjuntamente com Cândido de Oliveira e Vicente de Melo.
"Se como jogador e jornalista pediu meças aos melhores, ficou também com um lugar na história do futebol como treinador, seleccionador, árbitro e dirigente. Na qualidade de treinador, foi campeão pelo Benfica em 1929/30, vencedor da Taça de Portugal em 1952/53 e seleccionador nacional entre 1924 e 1926 e entre 1933 e 1934. Foi na Casa Pia que estudou, se fez homem e descobriu o fascínio pelo futebol e atletismo. Estreou-se com a camisola do Benfica, a sua grande paixão, contra o Sacavenense, no campo de Sete Rios, com uma vitória por 8-0. Tinha 16 anos. Não foi futebolista de classe, mas revelou-se sempre de grande utilidade no Benfica pela sua estonteante velocidade (que lhe valera títulos de campeão de atletismo na estafeta do clube). Sempre que o Benfica entrava em crise técnica era convidado a tomar conta da equipa, em jeito sebastiânico. Sempre gratuitamente. Viveu momentos de glória, mas a conquista mais arrebatante foi o campeonato de Lisboa de 1932. Há 13 anos que o Benfica nada ganhava nas primeiras categorias, ofuscados pelo Belenenses e pelo Sporting. Assinou o seu último título pelo Benfica em 1953, coroado com uma vitória de 5-0 sobre o FC Porto de... Cândido de Oliveira! No primeiro Portugal-Espanha, Ribeiro dos Reis desempenhou vários papéis. Ele próprio recordou mais tarde: «fui avançado-centro, a seguir ao jogo escrevi a crónica para o Sport de Lisboa, onde era redactor, e por fim, no banquete, na altura dos brindes, tive de ler o discurso da Federação portuguesa, pois o delegado oficial, o sr. Raul Nunes, mal podia falar devido a uma inflamação da laringe...»."
(Fonte: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-bwin/benfica/detalhe/100-anos-ribeiro-dos-reis)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Vestígios antigos de humidade marginal na capa e f. rosto. Páginas com acidez própria da qualidade do papel.
Muito invulgar.
Peça de colecção.
75€

25 novembro, 2022

IN MEMORIAM DO DR. ANTONIO MARTINS - LISBOA : 1930-1931. Homenagem ao ilustre e honrado Português que em vida se chamou Antonio Augusto da Silva Martins : gratidão de seus irmãos, admiração e veneração de seus amigos. 3/10/930. Lisboa, [s.n. - imp. Tip. Henrique Torres, Lisboa], 1931. In-4.º (25,5 cm) de XVI, 244 p. ; [38] f. il. ; E.
1.ª edição.
Homenagem ao Dr. António Martins, conhecido médico e desportista português que integrou o C. E. P., em FrançaConjunto de testemunhos de amigos, colegas e camaradas de armas.
Livro iustrado com 38 fotogravuras impressas em folhas separadas do texto.
"No princípio da tarde do dia 4, a linda capital portuguesa oferecia um aspecto singular e inconfundível: o contraste vivo entre uma festa nacional e política e os funerais dum grande e glorioso Português. [...]
O extinto era o Dr. Antonio Martins, glorificador de Portugal na linha de fogo em Flandres, no campeonato do Tiro, que lhe conferiu honras primaciais em todo o mundo, e na sciencia medica, da qual foi, mais do que profissional insigne, uma gloria admiravel pela abnegação, pela caridade cristianissima, pelo zelo ardente, digno de um genuino apóstolo."
(Excerto de A Capital de Luto : os imponentes funeraes do Dr. Antonio Martins)
António Augusto da Silva Martins (1892-1930). "Nasceu em Abrantes, no dia 4 de Abril de 1892. Médico, desportista e combatente, este filho de Abrantes, esteve no Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) em França, servindo no Regimento de Infantaria 23 (R.I. 23), sob o comando do então Major Hélder Ribeiro. Tomou parte na ofensiva geral dos aliados, com o posto de Tenente Médico, onde foi condecorado com a fourragère da Torre e Espada, a Ordem de Cristo, em campanha, com palma e a medalha da Vitória.
Da sua folha militar consta: “...incorporado em 1912, por ter a idade própria, na 
7.ª companhia de Saúde, onde foi encarregado de fazer um curso de ginástica sueca para a referida companhia, tendo como monitores estudantes de medicina. Frequentou as escolas de cabos e sargentos, sendo licenciado neste último posto.
Em 1918 foi mobilizado e incorporado como tenente medico no batalhão de infantaria 14, com o qual partiu para França, em 18 de Maio, fazendo parte do C. E. P., mais tarde transferido para o 6.º grupo de Metralhadoras, na retaguarda...”.
“Por esta altura, soube-se que o Regimento 23 ia ser enviado para a linha de batalha e o Dr. António Martins ofereceu-se (*). Na perseguição aos alemães, atravessou o rio Escalda ficando a alguns quilómetros ao norte de Tournai, por ter findado a guerra em 11 de Novembro” (data do Armistício).

Ainda em França, no C.E.P., durante a guerra não descurando a parte desportiva e aproveitando a camaradagem de um oficial inglês, o seu entusiasmo pelo desporto, fê-lo aperfeiçoar o seu estilo no lançamento do disco, tendo ultrapassado os 35 metros, o que constituiu o “recorde” nacional.
No último período da guerra, em França, nos Jogos Pershing, recebeu este combatente, o seu baptismo internacional, com a pistola de precisão.
O Dr. António Martins cultivou quase todos os desportos, especialmente tiro. Fez natação, esgrima, equitação, atletismo, e chegou a dar lições de “boxe” com Silva Ruivo. Os desportos atléticos, iniciados no liceu de Coimbra, continuaram de 1912 a 1921, no Club Internacional de “Footbal”.
Porém, onde o seu vulto desportivo mais se ergueu, foi no tiro de pistola, onde atingiu a sublime perfeição das modalidades desportivas praticadas, na então “Sociedade de Tiro N.º 2 (Antigo Grupo Pátria). Combatente, desportista e eminente médico, Dr. António Augusto da Silva Martins, foi vítima mortal de acidente aos 38 anos de idade, quando treinava na Carreira de Tiro de Pedrouços. Lembremos pois, este “Combatente de Portugal, filho de Abrantes”, com um episódio da sua gloriosa vida de atirador e amor à Pátria: Na carreira de “Tiro de Santander”, Espanha, em 1926, oito anos depois do Armistício (11NOV18), o notável médico, envergou a sua velha e honrada farda de oficial combatente da Grande Guerra, e obteve o 1º lugar na modalidade “tiro de pistola”.
(*) No “Aditamento N.º 2”, anexo ao relatório do C.E.P. – 1ª D. – 2ª B.I., B.I.23 – (IV Bat.) de 23 de Novembro de 1918, feito em Englos – França, o então Ten. Médico António da Silva Martins, do 6º G.M. (Grupo de Metralhadoras) consta na relação dos oficiais que a seu pedido, se oferecem para a frente de combate, para servir no B.I.23. (pg. 73 da História Militar, Guerra e Marginalidade de Luís Alves Fraga)."
(Fonte: http://coisasdeabrantes.blogspot.pt/2008/05/dr-augusto-da-silva-martins-combatente.html, com a devida vénia a José Manuel d’Oliveira Vieira, autor do artigo biográfico aqui reproduzido)
Encadernação editorial em tela com ferros gravados a seco e a ouro nas pastas e na lombada.
Exemplar em bom estado geral de conservação. Pastas com pequenos defeitos. Primeira folha apresenta restauro.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível

22 novembro, 2022

GUIA TV DO EUROPEU DE FUTEBOL : 1984.
[Tudo sobre os "Patrícios"]
. Lisboa, Edicria, 1984. In-8.º (20,5 cm) de 263, [1], XXI, [1] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Guia histórico. "Bíblia" do Europeu 84, torneio de futebol onde, após 18 anos de ausência de fases finais de grandes competições, - Europeus e Mundiais, - Portugal partcipou, tendo obtido ex aequo com a Dinamarca o 3.º lugar. Depois de uma meia final de loucos, Portugal viria a sucumbir no final do prolongamento por 2-3 com a França, país organizador, onde pontificavam figuras de primeiríssimo plano do futebol internacional como Michel Platini, Alain Giresse e Jean Tigana, que viria a vencer o certame (2-0 à Espanha). Apesar da honrosa classificação, nem tudo foram rosas, sabendo-se que a liderança quadricéfala da Selecção Nacional - uma comissão constituída por Toni, José Augusto, Fernando Cabrita e António Morais - que representavam as tendências clubistas na Selecção - Benfica (8 jogadores) e Porto (9 jogadores) - teve inúmeros problemas para construir um 11 base, tendo de ultrapassar melindres, vaidades e "egos" pessoais, com um conjunto de jogadores que não se davam propriamente bem. Aliás, o França 84, no que à disciplina diz respeito, não seria caso único; dois anos mais tarde, durante o México 86, eclodiria o que ficaria conhecido para a história como o "Escândalo de Saltillo", com os jogadores, por questões de prémios, a tomarem posição contra a FPF, chegando a ameaçar com uma greve.
Antes disso, apenas por uma vez tínhamos participado numa fase final - a do longínquo Mundial de 1966 de 'boa memória', em Inglaterra, (com Eusébio em grande), onde a Selecção conquistaria o 3.º lugar mercê da vitória sobe a U.R.S.S. de Yashin (2-1), no jogo de atribuição do 3.º/4.º lugar.
O livro contém, para além da análise individual dos jogadores convocados, histórias sobre a Selecção, e todos os jogos da fase de grupos (que Portugal venceu, in extremis, no último jogo - vitória sobre a U.R.S.S. com um penálti "fantasma" arrancado por Fernando Chalana). Inclui ainda uma entrevista com Otto Glória.
Importante peça do jornalismo desportivo nacional, muito ilustrada ao longo do texto, o presente Guia recebeu colaboração de alguns dos melhores profissionais da época: Orlando Dias Agudo; Rui Tovar; Almeida Ribeiro; António Castro; Dias Neves; Jaime Figueiredo; Neves de Sousa; António Pedro; Fernando Correia; Bessa Tavares; Manuel Silva Pereira.
Convocados para o Europeu:
Guarda-redes: Manuel Bento (Benfica), Jorge Martins (V. Setúbal), Vítor Damas (Portimonense); Defesas: António Veloso (Benfica), João Pinto (FC Porto), Lima Pereira (FC Porto), Eurico Gomes (FC Porto), António Bastos Lopes (Benfica), Álvaro (Benfica), Eduardo Luís (FC Porto); Médios: Chalana (Benfica), Vermelhinho (FC Porto), Carlos Manuel (Benfica), Sousa (FC Porto), Frasco (FC Porto), Jaime Pacheco (FC Porto), Diamantino (Benfica); Avançados: Nené (Benfica), Jordão (Sporting), Fernando Gomes (FC
Porto).
Índice:
Editorial: a estreia europeia. | Porque vamos a França? | Todos os Calendários. | Horários e Transmissões. | Equipas e os Árbitros. | Cidades e Estádios. | Caminhos para Paris. | Regras do Jogo. | Retrospectiva dos "Europeus". | Futebol em Portugal. | Faça você mesmo o "Europeu-84.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Com interesse histórico.
35€

15 outubro, 2022

GALVÃO, Vasco - PARA SER UM BOM JOGADOR DE TENNIS
. Porto, Edições "Sporting", [192-]. In-8.º (15,5 cm) de 61, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Curioso manual de aprendizagem de Ténis editado na segunda década do século passado, o primeiro que sobre este assunto se publicou entre nós.
Livrinho muito ilustrado ao longo do texto com desenhos e fotogravuras evidenciando os diversos movimentos do Ténis.
"Vasco Galvão assinou o primeiro compendio em portuguez d'este interessante desporto e com isso a raquete vai ter mais cultores em Portugal, vai trazer aos courts mais amigos e praticantes.
Vasco Galvão é um nome no Tennis Portuguez, pois, como treinador dos nossos melhores tennistas os seus conhecimentos são profundos. Com a escola ingleza - país que deu origem ao tennis no continente europeu - Vasco Galvão prestou um novo serviço ao seu sport escrevendo este pequeno livro."
(Excerto de O Tennis)
Indice:
O Tennis. | Origem do Tennis. | Regras do jogo. | Recinto, material e trajo do jogador. | A tatica. | A tatica do jogo de pares. | O treino. | O encontro. | Os partidos. | Torneios e Isentos. | A alimentação nos sports.
Vasco Galvão (1895-). "Nascido em 14 de Fevereiro de 1895, Vasco Galvão destacou-se como técnico, dirigente e jornalista. Tendo chegado a fazer parte em 1926 do elenco federativo de Guilherme Pinto Basto como vogal, foi como treinador que mais se evidenciou.
Desportista ecléctico, começou por dar nas vistas como futebolista, envergando a camisola do Club Internacional de Foot-Ball. Mas a sua vida modificou-se definitivamente quando em 1928 encetou uma viagem a Inglaterra para assistir a um curso de ténis no All England Lawn Tennis and Croquet Club de Wimbledon, a «catedral» da modalidade. Aos 33 anos, Vasco Galvão decidiu passar a viver exclusivamente da modalidade.
Enquanto profissional de ténis, a sua participação nos Campeonatos Nacionais estava proibida. Para poder competir, ainda regressou temporariamente ao estatuto de amador, mas a vontade de ensinar os jovens jogadores era mais forte e o profissionalismo voltou a ser assumido a cem por cento. Vasco Galvão criou a primeira escola de ténis em Portugal - a Escola de Ténis V.P.G., assim denominada em memória do seu filho Vasco Pistacchini Galvão, de entre os seus descendentes o mais dotado para a modalidade, mas que teve morte prematura. Pela V P.G. passaram muitos dos jogadores que se destacaram nas décadas de 50 e 60, como David Cohen, Peggy Brixhe e António Azevedo Gomes, que Vasco Galvao ainda viu serem campeões, antes da sua morte em 21 de Setembro de 1966.Na sua actividade como jornalista colaborou em diversas publicações, tendo lançado em 13 de Julho de 1930 a revista «Tennis», que se publicou de forma muito irregular até Abril de 1937, tendo inclusive mudado de nome por duas vezes (primeiro, para «Desportos Elegantes»; depois, para «Tennis & Golf») e focado outras modalidades - entre as quais o futebol -, no sentido de manter um lote fiel de leitores. Deste esforço inglório ficaram para a história as crónicas dos torneios da altura e os brilhantes ensaios sobre técnica da autoria do «Director, Proprietário e Editor» Vasco Galvão."
(Fonte: http://www.tenis.pt/index.php/smashtour/media/131-fpt/historia)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Lombada enferma de falha de papel relevante. Contracapa com escritos a lápis.
Raro.
Sem registo na BNP.
25€

02 setembro, 2022

PESSANHA, Henrique A. - DAS FESTAS DOS MERCADOS AO SPORT DA CONQUISTA  Á FLÔR
. Lisboa, [s.n. - Imp. Lucas & C.ª, Lisboa], 1925. In-8.º (19,5 cm) de 223, [3] p. ; [1] mapa desd. ; il. ; B.

1.ª edição.
Curioso projecto desportivo do autor - um verdadeiro "protector" dos direitos das flores - para instituir em Lisboa a realização de jogos 'florais' que pudessem "concorrer" com os desportos físicos onde, segundo ele, prevalecia a compleição e força bruta, o que prejudicaria o desenvolvimento mental da juventude.
Ilustrado nas folhas de texto com desenhos representativos das braçadeiras e distintivos do Júris e dos "Gladiadores", Galhardetes e Bandeiras, e do Distintivo do Sport; Apito; Craveira e Surpresa Victoriosa, e em separado, com o "Mapa Classificativo" em folha desdobrável. Raro e muito interessante.
"Em Portugal tem-se desenvolvido ultimamente, duma maneira progressiva o gosto pelo sport. A mocidade das oficinas, a mocidade das escolas, numa palavra os jovens que estudam e os que trabalham como proletarios do campo e da cidade, entregam-se vivamente ao exercicio de varios jogos e de variadas manifestações sportivas. Os domingos de Lisboa são a caracteristica evidente desse entusiasmo, dessa verdadeira devoção, que dia a dia se vai mais se vai avolumando, que hora a hora vai adquirindo maior incremento. Os torneios hipicos, as corridas ciclistas, os desafios de foot-ball, principalmente, representam o maior aperitivo da mocidade de hoje. Chega até a assustar essa tendencia absorvente de energias e de actividade, pela exibição do sport, se verificarmos que, paralelamente não corre a actividade mental. [...]
Toda a obcessão é prejudicial, todo o excesso é nocivo, mas, quando essa obcessão, quando esse excesso assentam no exercicio de diversões em que o instinto e a materia se dilatam sem o contrabalanço da educação intelectual, só ha que receiar que avultem tendencias grosseiras, manifestações boçais que definhando a raça psiquicamente, levem á pratica de atos menos consentaneos com as exigencias duma civilisação adiantada. [...]
O sr. Henrique Augusto Pessanha a quem o movimento sportivo internacional seduz, mas que não leva o seu gosto a tumultuarias e desordenadas manifestações de apreço por ele, vem numa cruzada de benemerencia, numa ancia de renovação moral, apresentar a publico um jogo gracioso, delicado, persuasivo e fino a que deu a denominação sugestiva de: Sport de Conquista á Flôr. [...]
O Sport da Conquista á Flôr, tem todos os aspectos de consagração á flôr, desbanalisando-a, aprumando-a no seu vertice de maravilha. A sensibilidade das flôres opõe-se a que as sacrifiquem a usos antiquados, defeituosos em que a personalidade da flôr é vexada, quando não desdenhada. Sujeitar a flôr a costumes, a usanças ridiculas, humilhantes, maguando-a, escravisando-a, é um crime. O Sport da Conquista á Flôr é um sport delicadissimo, duma elegancia e dum requinte quasi cavalheiresco. A luta nessa conquista galante tem o aroma tradicional dum torneio medieval, reveste por vezes aspectos dum palacianismo delicioso. É uma luta de ardil, mas uma luta de graça leve em que a flôr é alvejada por processos curiosos e subtis. Já que se comete o crime de colher a flôr, ao menos que a sua posse seja disputada com galhardia, com amõr, com finura.
O cerimonial deste sport é exuberante, variado, com pormenores duma grande gentileza."
(Excerto do prefácio)
Índice:
Em prol da Flôr. Á guisa de prefacio. A lenda da rosa vermelha. I - Explicando. Do Autor para o Leitor. II - Cerimoniais e elementos indispensaveis á sua constituição: Cerimonia nupcial; Cerimonia do «copo de agua»; Alianças, braceletes e travessões; Como se devem jusar os braceletes, as alianças e os travessões. III - Recordam-se as festas dos mercados: Os travessões ou barretes; As alianças; Os meus festejos; Descrição das minhas festas independentemente da parte oficial; Das festas do Mercado [da Praça da Figueira]; O Mercado á noite; Praça da Figueira; Agradecimento. IV - Uma grandiosa festa promovida por dois amores-perfeitos. V - Ao Sport da Conquista á Flor [regras e regulamento do jogo (com 103 artigos)].
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis com defeitos, e pequenas falhas de papel.
Raro.
Com evidente interesse olisiponense.
A BNP possui apenas um exemplar registado na sua base de dados.
Indisponível

17 agosto, 2022

ORNELLAS, Ricardo - NÚMEROS E NOMES DO FUTEBOL PORTUGUÊS.
Compilação de... [Capa de Pargana. Colaboração de Carlos Pinhão]
. Lisboa, Edição do «Diário Popular» (Soc. Industrial de Imprensa) : 1949-50, 1949. In-8.º (19 cm) de 189, [3] p. ; [100] p. il. ; [1] folha desdob. ; il. ; B.

1.ª edição.
Obra de referência sobre o futebol nacional, dos primórdios até 1949, - ano da sua publicação.
Livro muitíssimo ilustrado com tabelas e desenhos esquemáticos no texto, e 100 paginas em separado reproduzindo retratos de jogadores dirigentes, equipas em pose e "instantâneos" de desafios. Inclui ainda uma folha desdobrável: Os internacionais portugueses que alinharam nos sessenta e três desafios da Selecção Nacional.
"Começa por ser um pontapé na bola...
Depois...
Joga-se bem, trabalha-se mal, metem-se golos, falham-se ocasiões... As equipas mostram-se firmes e há luta ou são frouxas e o espectáculo não agrada tanto... Marcam-se livres directos ou indirectos, grandes penalidades justas ou injustas e cantos indiscutíveis ou duvidosos... A bola é afagada e caminha certa ou é atirada para o monte e ninguém se entende...
Entretanto...
Um jogador fica estatelado e o maçagista acorre, numas vezes para um caso grave, noutras para um sorriso que aflora e logo põe as coisas no são... O árbitro tem autoridade e impõe-se ou desorienta-se e não há consideração por ele... Um defesa alivia, com lucro ou prejuízo; o médio, no ar, ou no chão, transforma com mais ou menos sorte; o avançado chuta, para sim ou para não, e o guarda-redes estica-se, batido ou feliz... A marcha dos golos excita ou deprime; força-se a vantagem, recupera-se um atraso... Goram-se lances e perde-se o tino... Sente-se a supremacia e tudo sai bem ou tudo sai bem e o predomínio instala-se... Quer-se mal à baliza porque a bola foi embater na trave ou no poste - e ninguém se lembra que madeira daquela, como preciosidade, andou às costas de  muita gente...
Até que...
Denuncia-se o resultado e os treinadores disfarçam sentimentos opostos. Luta-se com mais afinco ou desprendem-se as vontades. Pensa-se em jogar «até acabar» ou prefere-se «não valer a pena»... Enlouquece-se com a vitória ou sente-se por demais a derrota... E quase lado-a-lado há desconhecidos que se abraçam e amigos velhos que rasgam cartões...
Mas a partida de futebol termina e, afinal, duas coisas perduraram mais do que nada: Números e Nomes.
Números exactos ou enganadores - que ficam para sempre;
Nomes que valem mais ou menos - a definirem épocas.
De aí o título deste livro."
(Excerto do Apresentação)
ÍndiceApresentação. | A propagando do jogo do futebol. | Os desafios internacionais do «onze» de Portugal. | O Campeonato de Portugal e a «Taça de Portugal». | Os Campeonatos da «Liga» e «Nacionais». | As provas da Federação Portuguesa de Futebol. | Taça Latina. | Lisboa e Porto. | Desafios de clube e selecções contra formações estrangeiras. | As leis do jogo do futebol.
Ricardo Ornellas (1899-1967). "Nascido em Lisboa em dezembro de 1899, foi empregado de uma companhia de navegação e, nesse tempo que o jornalismo por si só não dava para sobreviver, uma das penas mais lúcidas que escreveram para Os Sports, para o Diário Popular (do qual seria chefe de redação) e para A Bola (assinando com o pseudónimo de Renato de Castro). Chegou a Selecionador Nacional e criou a célebre expressão «Equipa-de-Todos-Nós». Foi um dos fundadores do Casa Pia Atlético Clube, juntamente com vários elementos saídos do Benfica, autor de várias obras com o futebol como tema, e viria a morrer em 1967.
(Fonte: https://ionline.sapo.pt/artigo/565281/1921-1938-a-taca-que-era-campeonato-?seccao=Desporto)
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas frágeis com pequenos defeitos.
Raro.
Com interesse histórico.
40€

05 agosto, 2022

SÁ, Luís Guerreiro de - A TÉCNICA DO BILHAR.
Por... Prefácio de Dr. Raul Gonçalves. Contém as Leis do Bilhar. Ilustrado com 133 fotografias e gravuras explicativas
. Porto, Editorial Domingos Barreira, [1957]. In-8.º (20 cm) de 138 p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Manual para aprendizagem dos "truques" do Bilhar. Obra invulgar e muito curiosa, pioneira entre nós sobre este desporto de salão.
Livro ilustrado ao longo do texto com inúmeras fotografias a p.b. e desenhos esquemáticos.
"Sai agora dos prelos nacionais mais um trabalho do Sr. Luís Guerreiro de Sá. Tem por título "A Técnica do Bilhar" e vem desvendar aos inúmeros praticantes desta interessante modalidade desportiva muitos dos seus numerosos segredos. [...]
A Técnica do Bilhar vem preencher na literatura desportiva nacional um dos seus mais importantes capítulos que, pràticamente, se encontra em aberto. Tal lacuna merecia ser preenchida e o autor vem fazê-lo com mão de mestre baseado na sua longa experiência.
É o bilhar um desporto largamente espalhado, não só porque atrai e encanta, mas também porque pode ser praticado em todas as idades, por jovens e por idosos, tanto de um como de outro sexo. Não exige faculdades físicas excepcionais, nele o débil ou deserdado, lutando com as mesmas armas pode, mercê do apego à luta e do treino, bater o mais forte ou o fisicamente mais dotado.
Desporto de salão, o jogo de bilhar, reune, todavia, todas as condições exigidas para ser classificado como um excelente desporto, sob o ponto de vista da educação física e moral, conducente sempre àquele desiderato da legenda latina que a velha Grécia inscrevia sobre os pórticos dos seus estádios, a qual proclama:
"Mens sana in corpore sano".
(Excerto do Prefácio)
"O bilhar é um jogo pleno de segredos em que a maioria dos iniciados não está apta a, por iniciativa própria, determinar, numa rápida previsão, a trajectória mais vantajosa das bolas, dado que ele dispõe de uma riqueza enorme de combinações, sem paralelo em qualquer outro jogo, oferecendo possibilidades àqueles que o praticam de realizar jogadas de uma precisão extraordinária obtendo, por meio de golpes subtis e efeitos inconcebíveis (a maior parte dos quais desconhecidos do principiante), a reunião, por vezes inacreditável, das três bolas, no local desejado."
(Excerto da Introdução)
Índice:
Prefácio. | Introdução. | Desporto de Campeões. | História do bilhar. | Material do jogo. | Colocação do jogador e posição do taco. | Pontos de ataque. | Quantidade de bola. | Os efeitos. | Bolas seguidas: Bolas seguidas à tabela; Bolas seguidas, amortecidas. | Retrocesso: Retrocesso por tabela. | O «Piqué»: Colocação da mão direita; Colocação da mão esquerda. | O «Massé»: «Massé» à direita; «Massé» à esquerda; «Massé» seguido; «Massé» irregular. | Repiques. | Tabela seca. | Golpes duros. | «Renversé». | A Reunião. | A Série: Série americana; Série de linha. | Leis do bilhar: Modalidades de jogos; Jogo de Partida Livre; Jogos de Quadro; Jogos por Tabelas; Jogo de Fantasia Clássica; Programa do Concurso de Fantasia Clássica. | Glossário de termos de bilhar.
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa apresenta pequeno rasgão à cabeça (sem perda de suporte).
Muito invulgar.
25€

01 fevereiro, 2022

CSAKNADY, Jenö - A HISTÓRIA DE BÉLA GUTTMANN.
Nos Bastidores de Futebol Mundial
. Lisboa, Livraria Bertrand, 1964. In-8.º (17,5 cm) de 295, [5] p. ; [16] p. il. ; B.
1.ª edição.
Biografia de Béla Guttmann (1899-1981), a vida, luta e vitórias do treinador húngaro de origem judaica, e o grande mestre do Benfica europeu. O homem que lançou Eusébio e conquistou duas Taças dos Campeões, também passou pelo FC Porto, num longo percurso por clubes da Europa e América.
Livro ilustrado com quadros e tabelas no texto, e em separado, ao longo de 16 páginas.
"A História de Béla Guttmann mostra-nos como se processa a actividade nos bastidores da «bola», como se eleva as equipas ao auge da glória e da popularidade, como se oferece às multidões expectantes aquilo de que elas têm necessidade. E para nós, Portugueses , é um livro oportuno já que Guttmann foi o homem que ao futebol português um espírito mundial no corpo de um grupo de jogadores que soube, talvez como nenhum outro, assimilar e dar forma às suas teorias e concepções."
(Retirado da contracapa)
"Arte, capacidade de adaptação e grande experiência de desafios são os trunfos do nosso jogo. Atingir ràpidamente e conservar estas vantagens é o desejo máximo de todos os jogadores, cabendo ao treinador a missão de cooperar com eles na realização desse objectivo. Como é evidente, porém, esta missão só pode ser desempenhada por um treinador que saiba dedicar-se inteiramente e que, além disso, também tenha sido ele próprio um bom jogador, pois, doutra forma, não poderá basear-se numa experiência pessoal.
Mas experiência pessoal e conhecimentos especializados ainda não bastam. Também se requerem faculdades pedagógicas que permitam transmitir por forma acessível e convincente toda essa teoria e experiência.
Béla Guttmann foi amplamente dotado com estes atributos, indispensáveis ao êxito dum treinador. Foi um jogador de grande classe, treinado por métodos eficientes, obtidos através duma longa experiência, cuja técnica se aperfeiçoou pela participação em inúmeras competições em quase todos os países do mundo.
Não se cuida aqui de enumerar todas as qualidades necessárias a um treinador de futebol, mas teremos de nos referir pelo menos a uma delas, visto ser indispensável para a apreciação da classe dum treinador.
Trata-se do dom da psicologia, de saber conviver e dirigir outros seres humanos. Também sob este aspecto Béla Guttmann foi bem dotado pela natureza.
Eterno andarilho, sentia-se, tanto na América como na Europa, como se estivesse em sua casa."
(Excerto da Introdução)
Matérias:
Introdução, por Sepp Herberger, Treinador-Chefe da Federação Alemã de Futebol desde 1936 até 1964. | Prólogo. | I - Amsterdão. «Feira» do Futebol Internacional. II - Amsterdão. Final da Taça dos Campeões Europeus. III - Veni, vidi, vici (Cheguei, vi e venci). IV - Budapeste - Bucareste. «Profeta na sua terra?». V - Itália I - Pádua. Milão, 14 de Março de 1962. VI - Argentina. VII - Chipre. Nicósia. VIII - Itália II - A. C. Milan. IX - Brasil - S. Paulo F. C. X - Portugal - F. C. do Porto. XI - Viena. Estação Intermediária. XII - Uruguai - Peñarol, Montevideu. XIII - Áustria. Treinador da Liga Austríaca de Futebol. | Epílogo.
Exemplar em brochura, bem conservado. Capas oxidadas.
Raro.
Com interesse histórico e desportivo.
Indisponível