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02 fevereiro, 2025

RODRIGUES, Hélder -
CIGANOS.
Percursos de Integração e de Reivindicação da Identidade. O exemplo paradigmático dos Ciganos de Carrazeda de Ansiães. Guimarães, Editora Cidade Berço, 2006. In-8.º (22,5x16 cm) de 171, [1] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Interessante estudo histórico, social e etnográfico sobre os Ciganos, e em particular a comunidade cigana de Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança.
Livro ilustrado com fotografias a cores da comunidade, quadros, tabelas e gráficos, a p.b. e a cores, no texto e em página inteira.
Tiragem limitada a 750 exemplares.
"Muito se tem estudado e escrito, genericamente, sobre a etnia cigana. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para que se conheça melhor este grupo minoritário, tão estigmatizado pela sociedade dita não cigana.
Hoje, os ciganos já não deambulam tanto como antigamente, pelas estradas e caminhos, em grandes grupos, a pé ou em filas de carroças. Por incrível que pareça, o desenvolvimento também os tocou e então resolveram fixar-se mais nas localidades, geralmente nos arredores de um vila ou cidade, onde montam o seu acampamento formado por tendas de lona, carroças e carros velhos. Depois, periodicamente, quase sempre em períodos de maior necessidade ou por altura das festas e romarias, é que se deslocam pelas aldeias do concelho, a pedir e a conviver com os locais.
É o que acontece com os ciganos de Carrazeda de Ansiães. Já há longos anos que adoptaram esta terra como sendo a sua "pátria". E como, até à data, não existe qualquer publicação e, por outro lado, eles nos merecem uma atenção especial por nos parecerem pessoas simples e de fácil comunicação, propusemo-nos estudá-los e representá-los neste trabalho, estruturando-o, no entanto, a partir da ciganologia já conhecida, nomeadamente, em relação às suas origens; sua entrada em Portugal e enfim, a partir de estudos no âmbito da história, da língua, da psicologia e de outras ciências.
Depois desenvolvemos privilegiadamente, por ser o objecto principal do trabalho,  o grande capítulo dedicado aos ciganos de Carrazeda, partindo de uma questão teórica que nos parece fundamental: a marginalidade como reivindicação da identidade."
(Excerto do Resumo)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
25€
Reservado

27 dezembro, 2023

QUE SORTE, CIGANOS NA NOSSA ESCOLA! Lisboa, Centre de recherches tsiganes : Secretariado Entreculturas, 2001. In-4.º (23,5x16 cm) de 333, [3] p. ; il. ; B. Colecção Interface
1.ª edição.
Importante estudo colectivo. U
m olhar para o passado, presente e futuro do povo cigano - a sua história, hábitos e culturaIlustrado no texto com fotografias, desenhos esquemáticos, gráficos e tabelas.
Grupo de trabalho: Carlos Cardoso; Carlos Jorge dos Santos Sousa;  Elisa Lopes da Costa - consultora científica; Elisabete Mateus; José Maria Vargas Peña; Maria Helena Torres Chaves; Mercedes Torres; Mirna Montenegro; Teresa Fernandes; Tiago Maymone Martins.
"A educação da pessoa assenta, invariavelmente, sobre a sua disponibilidade para encetar uma viagem interior de verdade e, no limite, de 'conversão'.
Se queremos mudar uma relação difícil temos de começar por nos transformarmos a nós próprios. Este axioma cristalino, mas frequentemente escamoteado, tem aplicação tanto no plano das pessoas, como no das comunidades ou no da relação entre povos. A reciprocidade tem sempre uma origem e esta é a responsabilidade individual, quiçá moral, de cada um.
Com efeito, o preconceito gera preconceito, do mesmo passo que o ódio multiplica o ódio, ou a violência provoca mais violência. [...]
No caso vertente, que ocupa substantivamente os ensaios sob escrutínio, a libertação de preconceito é tarefa maior da educação dos Ciganos que, fruto de uma clausura comunitária, muitas vezes se vêm tolhidos na sua relação como o mundo exterior. Mas ela constitui também um objectivo nuclear da educação intercultural de todos os membros da sociedade portuguesa para que ultrapassem, nas suas mentes, imagens profundamente distorcidas da comunidade cigana, quantas vezes acriticamente propagadas de geração em geração.
Este livro é bordado com a mais delicada filigrana humana. Por ele perpassa muito da dimensão colectiva e da memória espiritual do povo Rom."
(Excerto da apresentação)
Índice:
Nota de abertura | Prefácio | Pinta a erva da cor que quiseres, ela será sempre erva | A erva curva-se ao vento e levanta-se de novo quando o vento passa | A mais bela fogueira começa com pequenos ramos | A águia voa alto, mas corta-lhe as asas e ficará uma galinha | Caminha sobre a erva com pés leves, os teus cavalos podem precisar dela | Ainda que montes um cavalo virado para a cauda, ele continuará a caminhar para a frente | Informações úteis.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Muito invulgar.
Indisponível

28 outubro, 2023

MESQUITA, J. L. -
O PROBLEMA DA INTEGRAÇÃO DO CIGANO NO CONTEXTO DA SOCIEDADE
. Braga, [s.n. - Composto e impresso na Tip. Editorial Franciscana - Braga], 1972. In-8.º (22,5x16,5 cm) de 71, [1] p. ; B.
1.ª edição independente.
Separata de Itinerarium, Ano XVIII, Números 76 e 77.
Importante ensaio sobre a integração da comunidade cigana na sociedade portuguesa.
Raro e muito interessante. Dos poucos estudos desenvolvidos sobre o assunto durante o regime do Estado Novo. A BNP não menciona.
"O problema da Integração do Cigano no contexto da Sociedade é bem real. Problema que é mister resolver.
Com efeito, verifica-se e palpa-se cada dia o facto de uma rejeição mútua, mais ou menos latente, entre sociedade e cigano, que é de sempre e que leva este a uma marginalidade voluntária, e muitas vezes acintosa e ostensiva, e aquela a uma repulsa difícil de superar. Pode-se talvez traduzir a situação desta maneira:
- Sociedade versus cigano: «Coitados, são conflituosos, zaragateiros, vigaristas, sujos; lá tocam as suas guitarras, as suas castanholas e pandeiretas, lá dão (e recebem) as suas facadas. Não nos interessam».
- Cigano versus sociedade: «Coitados, não nos querem... Pobre gente que até tem casa e... trabalho para a limpar. Intrujemo-los, a eles, coitados». E surge a história do burro lazarento, mas muito bem engraxado e melhor vendido...
Esta espécie de caricatura, que vem a ser real, ajuda a situar o problema - desfasamento que é de sempre - e encerra algo de anormal, de desumano e irrisório;
- ajuda a encarar a premência da sua concretização e solução;
- ajuda a pensar nas medidas certeiras e reais a adoptar;
- e também a enfrentar e estudar os obstáculos que naturalmente surgem.
Afinal onde mora a razão? E onde mora a razão desta animosidade?
Acentue-se desde já e como primeira nota, que estará sempre presente neste estudo, o carácter nómada do cigano, a «certeza dos ciganos pertencerem a um outro mundo diferente do nosso; não se eximem de viver de maneira diferente; são doutra raça; são doutros sítios. Nem leis nem abonos de família, nem o serviço militar mudarão coisa alguma nesta evidência»."
(Excerto da Introdução)
Sumário:
Introdução. 2 - Resenha histórica. 3 - Em Portugal. 4 - Divisão e distribuição geográfica. 5 - Número - População cigana. 6 - Psicologia cigana. 7 - Experiências: a) Estrangeiro; b) Portugal. 8 - Dificuldades: a) Da parte do Cigano; b) Da parte da Sociedade; c) Falta de literatura e divulgação cigana; d) Documentação oficial. 9 - Testemunhos. 10 - Nomadismo? Sedentarismo? 11 - Sugestões - Propostas: a) Informação à Sociedade; b) Formação dos Ciganos. 12 - Nota Final. | Apêndice - I Jornada de Estudos da Pastoral dos Ciganos - Fátima (26-28/XI/71).
Exemplar brochado em bom estado de conservação. Capas levemente oxidadas.
Raro.
Sem registo na Biblioteca Nacional.
Com interesse histórico e bibliográfico.
Indisponível

30 março, 2022

BASTOS, José Gabriel Pereira - PORTUGUESES CIGANOS E CIGANOFOBIA EM PORTUGAL.
(Org.)... com a colaboração de Manuel Mendes e Elsa Rodrigues
. [Lisboa], Edições Colibri : CEMME - Centro de Estudos em Migrações e Minorias Étnicas : Faculdade de Ciências Sociais e Humanas-Universidade Nova de Lisboa, 2012. In-4.º (23 cm) de [2], 436, [2] p. ; [4] p. il. ; B.
1.ª edição.
Importante ensaio histórico, etnográfico e sociológico sobre a etnia cigana em Portugal - trabalho académico, por certo com tiragem reduzida.
Livro ilustrado no texto com gráficos, quadros, tabelas e mapas, e em separado, com 4 páginas pejadas de fotografias a cores.
"A história das relações inter-étnicas dos Europeus com os «seus» Ciganos é longa e variada. No Ocidente, tiveram direito a um período inicial de integração religiosa - apresentavam-se como «peregrinos católico» que se dirigiam a Santiago de Compostela, rompendo com a conversão forçada ao Islão, do qual fugiam para o Ocidente cristão, e como tal foram ajudados ao longo do século XV.Uma vez caída essa identidade, seguiram-se três séculos de perseguições que visavam, para além da expulsão nacional e do degredo para as colónias, duas formas diferentes de genocídio, a extinção física ou a assimilação cultural forçada, com destruição das famílias ciganas e dos seus costumes.
A partir do movimento iluminista, no final do século XVIII, e durante longas décadas, introduzindo novas formas de perseguição e de marginalização, a questão cigana tornou-se uma curiosidade histórica (que língua era aquela que falavam? de onde seriam originários?), a qual, mais tarde, se transformou em curiosidade etnográfica ou, mais precisamente,  Folk-lórica (quais eram os costumes deste povo?)."
(Excerto de Uma introdução : Os ciganos europeus em eras de perdição e de curiosidade científica)
Índice:
Portugueses ciganos e ciganofobia em Portugal: uma introdução. | Actores, história(s) e factores da vida cigana em Portugal. | Estratificação social e formas de vida. | Debates identitários virtuai: o não-diálogo intercultural. | Vozes de um  mundo distante: os Roma na Roménia.
José Gabriel Pereira Bastos (19423-2021). "Antropólogo, Psicanalista, Investigador sénior (CRIA-FCSH), co-fundador do Núcleo de Estudos Ciganos do CEMME (Centro de Estudos de Migrações e Minorias Étnicas, 2000-2008). Co-autor de As minorias étnicas em Portugal (1997), de Portugal Multicultural (1999), de Filhos Diferentes de Deuses Diferentes (2006), de Sintrenses Ciganos (2007), de Que futuro tem Portugal para os Portugueses Ciganos? (2007) e de “A questão cigana”, in Portugueses Ciganos e Ciganofobia em Portugal (2012)."
(Fonte: https://visao.sapo.pt/autores/jose-gabriel-pereira-bastos/)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Muito invulgar.
Indisponível

11 fevereiro, 2020

FONSECA, Ernesto Paulo & MARQUES, José Mendes & QUINTAS, Jorge & POESCHL, Gabrielle - REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS COMUNIDADES CIGANA E NÃO-CIGANA. Implicações para a integração social. [Nota de Abertura de P. António Vaz Pinto]. Lisboa, Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, 2005. In-8.º (24 cm) de [4], 73, [3] p. ; il. ; B.
1.ª edição.
Importante estudo sobre a comunidade cigana portuguesa.
Ilustrado ao longo do texto com quadros, tabelas e gráficos.
"Os quatro estudos complementares agora editados sob o título em epígrafe, da autoria de Ernesto Paulo Fonseca, José Mendes Marques, Jorge Quintas, e Gabrielle Poeschl, que constituem um projecto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, são de grande importância e actualidade.
A comunidade cigana, espalhada por todo o território, constitui a única minoria étnica (não em sentido jurídico) que se assume como tal e simultaneamente, como portuguesa. Presente em Portugal há 5 séculos, interagindo com a comunidade maioritária ao longo do tempo e até hoje, a legítima salvaguarda dos seus valores próprios e identitários, não tem sido fácil, num processo de integração intercultural, respeitador das diferenças que desejamos genuíno.
As representações sociais mútuas, da comunidade cigana e da comunidade portuguesa, como estes estudos conjuntos mostram, estão, de parte a parte, elevadas de desconhecimento, preconceito e exclusão.
Embora, certamente existam "culpas", por acção e omissão, de uma parte e de outra, não crio que haja interesse em atribuí-las... Importante é conhecer os factos e a sua representação e a partir dessa realidade incontestável, para um lado e para o outro, procurar "lançar pontes" de conhecimento, e de relação, de empatia..."
(Excerto do preâmbulo, Nota de Abertura)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Com interesse etnográfico.
Indisponível

30 abril, 2017

MOREIRA, J. J. Semedo - CIGANOS EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE. [Por]... Antropólogo, Técnico Superior da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais. Lisboa, [s.n. - imp na Editorial Minerva, Lisboa], 1999. In-8.º (22 cm) de [2], 30 p. (59-88 pp) ; B. Separata da Revista do Ministério Público N.º 77
1.ª edição independente.
Importante estudo sobre os reclusos de etnia cigana que integram o Sistema Prisional Português.
Muito ilustrado com gráficos ao longo das páginas de texto.
"O estudo que suporta este artigo incidiu sobre 752 dos 787 processos de reclusos de etnia cigana que a 31 de Maio se encontravam nas prisões portuguesas. [...]
Tendo em conta o objecto do estudo, a investigação direccionou-se para variáveis objectivas - dados pessoais e relativos aos crimes e à pena - que permitiam alguma linearidade conceptual e facilitavam a homogeneização decorrente do tratamento estatístico. Complementarmente, tratou-se, também, a informação disponível referente ao consumo de estupefacientes e às relações familiares entre os reclusos deste etnia."
(Excerto da Nota Introdutória)
Matérias:
- Nota Introdutória. - As Origens. - Estrutura Etária. - Qualificações Académicas e Profissionais. - Estado Civil. - Antecedentes Criminais. - Tipo de Crime. - Situação Penal. - Distribuição Espacial. - Consumo de Estupefacientes. - Intrafamiliaridade. - Nota Final. - Referências Bibliográficas.
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Raro.
Indisponível