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05 abril, 2024

NO CENTENÁRIO DO GENERAL BARROS RODRIGUES.
O Artilheiro e o Combatente. Pelo General Guilherme de Sousa Belchior Vieira. O Oficial e o Chefe do Estado-Maior do Exército, Pelo Coronel Carlos Gomes Bessa. O Professor e o Historiador, Pelo General Manuel Freire Themudo Barata. Lisboa, [s.n. - Composto e impresso nos Serviços Gráficos da Liga dos Combatentes], 1991. In-8.º (23x16 cm) de 42, [2] p. ; B.
1.ª edição.
Homenagem ao General Barros Rodrigues, oficial do Exército Português, combatente em França na Primeira Guerra Mundial.
"Alistado como voluntário no Regimento n.º 4 de Cavalaria, Regimento do Imperador da Alemanha Guilherme II (Lisboa), em 27 de Julho de 1909, o ex-aluno n.º 6 do Real Colégio Militar, José Filipe de Barros Rodrigues, decide ingressar na Escola de Guerra em 1912. [...]
Em 1914 deixa a Escola de Guerra, classificado como n.º 2 num curso de 14 alunos, para ser promovido a Alferes em Novembro de 1915, sendo Aspirante-a-Oficial do Regimento de Artilharia n.º 4 (Amarante), donde virá a ser transferido, logo no ano seguinte, para o Regimento de Artilharia n.º 2 (Figueira da Foz).
Mobilizado para o Corpo Expedicionário Português (o CEP) ainda como Alferes, embarca em 31 de Março de 1917 para França, ali permanecendo, sem gozar qualquer licença em Portugal, até 22 de Agosto de 1918 - 1 ano e 145 longos dias na frente, de acordo com os registos oficiais.
Ao partir da Estação do Rossio, confessa não ter sentido «grande comoção»: «Parti - escreve - como teria partido para uma digressão. É que ainda não há listas de mortos e feridos, e a inconsciência foi sempre uma das grandes características do portuguez». Contudo, ao atravessar a fronteira francesa, assalta-o uma súbita comoção: «Quem sabe se nunca mais voltarei a Portugal...!» [...]
12 de Junho de 1917
A 3.ª Bataria do 1.º Grupo de Batarias de Artilharia (1.º GBA) encontra-se em posição desde 9 de Maio, no sector de Neuve Chapelle. Até hoje, as granadas da poderosa e infatigável artilharia alemã não a tinham atingido.
No observatório da Bataria, a cerca de 600 metros da frente, o Alferes Barros Rodrigues, que ali se encontrava desde as 5 horas da madrugada, localiza um morteiro de trincheira no dispositivo inimigo. A Bataria recebe os elementos de tiro e as peças de 7,5 TR abrem fogo de imediato. Era a primeira vez que a 3.ª Bataria executava tiro sobre um objectivo referenciado do observatório.
Cerca das 3 horas da tarde cai uma primeira granada alemã de 12 cm na posição e às 7 horas ainda a posição era batida de 2 em 2 minutos.
As guarnições das peças e os telefonistas procuram precipitadamente abrigo numa casa próxima. Há, porém, quem de repente se lembre ter sido deixado na posição um pipote de vinho. Não houve necessidade de convocar voluntários - o dito pipote foi recuperado num abrir e fechar de olhos..."
(Excerto de O Artilheiro e o Combatente. Pelo General Guilherme de Sousa Belchior Vieira)
José Filipe Barros Vieira (Vila Real, São Pedro, 1890 - Lisboa, 1957). "Oficial do Exército. 1917 - Integrou o CEP e participou na Batalha de La Lys; 1927 - Chefe do Estado-Maior do Destacamento do Norte nas operações contra os revoltosos de 3 de Fevereiro; Chefe do Estado-Maior da Missão Militar Portuguesa de Observação em Espanha, durante a guerra civil; Chefe da Divisão de Fotogrametria dos Serviços Cartográficos do Exército; Professor do curso de Estado-Maior da Escola Central de Oficiais; Professor da Escola Militar. Procurador à Câmara Corporativa por designação do Conselho Corporativo. Carreira parlamentar: Legislaturas I/II - Defesa Nacional."
(Fonte: Assembleia da República - Parlamento)
Exemplar em brochura, bem conservado.
Invulgar.
Com interesse para a bibliografia WW1.
Indisponível

13 outubro, 2023

TÓRGO, Alves -
CARTEIRA DE UM VETERINARIO : apontamentos ao alcance de todos.
Sobre as principaes doenças internas do Cavallo, Boi e Cão. Por... Lente do Instituto de Agronomia e Veterinaria. Lisboa, Typographia Mattos Moreira e Pinheiro, 1897. In-8.º (16x11 cm) de VI, [1], 324 p. ; B.
1.ª edição.
Curioso manual veterinário para utilização dos amadores/interessados no bem estar nos animais, para resolução de emergências quando na impossibilidade de recorrer a profissional habilitado.
"Não para substituir o medico-veterinario em todas as circumstancias, mas como recurso de occasião onde e quando a assistencia clinica d'aquelle seja de todo impossivel - e não são poucas as vezes que isso succede - vai ver mundo este ligeiro trabalho com o modesto e suggestivo titulo de Carteira de um veterinario. Vale este titulo o mesmo que dizer que não se trata de um desenvolvido trabalho, mas de umas simples notas ou apontamentos - ineditos uns, outros colligidos - sobre as principaes doenças internas das tres especies de animaes domesticos que mais interessam ao homem. [...]
De resto, esta Carteira vai preencher a falta, desde longe sentida, de um tratado de veterinaria pratica, escripto em portuguez e á altura dos modernos conhecimentos scientificos.
Por isso muito póde e deve ella utilizar, no que respeita ás principaes doenças internas do cavallo, boi e cão, a todas as pessoas que tenham de vêr-se a braços com um animal doente, longe de todo o auxilio veterinario."
(Excerto do preâmbulo - Duas palavras)
Alves Tórgo (1850-?). Nasceu em Vila Real a 25 de Outubro de 1850. Ardente, sincero e forte na propaganda da Republica, a sua fé jamais esmoreceu, o que importa o maior elogio do seu carácter e das suas convicções democráticas. Exerceu desde longa data o magistério como lente do Instituto de Agronomia e Veterinária, e o seu saber, foi por outros, lisonjeado e distinguido pela sua classe, que sempre procurou honrar, não só na cátedra, como também em congressos e revistas da especialidade. Dedicou-se durante anos, em quase todas as suas horas de ócio à educação das classes populares, de que é testemunho a obra simpática e benemérita do Centro Escolar Affonso Costa."
(Fonte: http://clubedohistoriador.blogspot.com/2011/04/alves-torgo.html)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capas frágeis, com pequenas falhas marginais.
Muito invulgar.
Indisponível

20 outubro, 2022

RIBEIRO, Julieta Adelina Menezes Rodrigues - CULINÁRIA VEGETARIANA, VEGETALINA E MENÚS FRUGÍVEROS.
Livro dedicado às mulheres luso-brasileiras por... Quarta edição emendada e revista pela autora. Porto, Machado & Ribeiro, Lda, 1923. In-8.º (22 cm) de 359, [1] p. ; il. ; B.
Importante publicação sobre cozinha naturista, verdadeira "bíblia" da bibliografia vegetariana, contém 1264 receitas, as mais variadas. Apesar de se terem publicado quatro edições entre 1916 e 1923, sendo a presente a última e mais acrescentada, trata-se de uma obra invulgar e muito procurada.
Livro ilustrado no texto com tabelas e cerca de oito dezenas de desenhos e fotogravuras.
"Ao esgotar-se a terceira edição dêste volume, escrito em momentos fugazes, roubados  às canceiras do lar, aos cuidados maternais e filiais que se impõem ao coração feminino, devotado ao culto da tradição que se esvai e ao amôr do porvir que renasce, seja-me lícito afirmar que a quarta edição, lançada ao público, representa apenas um atestado de glória para a doutrina que exemplifica e põe em prática. Só a verdade consegue vencer e perdurar. O que se baseia na fantasia e no devaneio estiola, cança e em  breve esquece.
As três edições esgotadas, em poucos anos desapareceram do mercado, o que prova que o livro correspondeu a uma necessidade do público estudioso.
Cada edição que reaparece limada, aperfeiçoada e corrigida, acompanha a evolução do pensamento em matéria naturista, actualisando-se, segue a esteira do ideal; a perfectibilidade ambicionada. [...]
São, pois, justificados os motivos do aparecimento da 4.ª edição da «Culinária Vegetariana», prevendo que os adeptos e mesmo os extranhos ao Naturismo se congratulem com o reaparecimento dêste livro necessário em todos os lares, indispensável a todas as managëres, ciosas de  espelharem a felicidade como anjos da família que devem ser."
A autora,
Julieta A. M. R. Ribeiro.
Quinta de Vil'Alva - Vila Real - Janeiro 1923
(Excerto do Prólogo da 4.ª edição)
Exemplar brochado em bom estado geral de conservação. Capa frágil, com pequenas falhas de papel. Sem contracapa. Interior correcto.
Raro.
45€

23 agosto, 2018

FIGUEIREDO, Otílio - INTERLÚDIO : odes. Porto, Edições Contraponto, 1981 In-4.º (13x24cm) de 73, [3] p. ; B.
1.ª edição.
Capa: Gil Maia.
Obra poética incluída nas apreciadas edições da Contraponto. Bonita peça de design, impressa em papel de superior qualidade.
Tiragem: 1 600 exemplares.
Otílio de Carvalho Figueiredo (1909-1988). Foi um médico português - "médico-dos-pobres" à boa maneira de João Semana -, escritor, músico, pintor, caricaturista, e a partir de 1984, editor-livreiro. "Nasceu em Trás-os-Montes onde conclui o curso do liceu e da escola de Desenho. Depois de ter frequentado em Lisboa os preparatórios para a Marinha e no Porto o Conservatório de Música foi licenciar-se em Medicina na Universidade de Coimbra. Cedo começou a versejar pois são de ainda aluno da escola primária as suas primeiras poesias. Dirige aos 12 anos um jornal manuscrito de que se salvaram alguns números. Aos 17 anos a casa Sasseti publica-lhe as primeiras músicas. Durante décadas, a par da música, das conferências, do jornalismo, da pintura a óleo e das caricaturas, escreve contos, romances e poemas que à excepção do ABC das Mães (por ser livro de divulgação científica) só viriam a ser publicados depois do 25 de Abril."
(Excerto da apresentação)
Exemplar brochado em bom estado de conservação.
Invulgar.
Indisponível

07 agosto, 2012

[LACERDA, D. José Maria de Almeida Araújo de Portugal Correia de] – UM PAPEL POLITICO. Hontem, Hoje e Ámanhã. Lisboa, Tipografia do Gratis, 1842. In-8.º (19,5 cm) de [2], III, [1], 205, [1] p.
1.ª edição.
Rara edição original, publicada sob anonimato.
"Sou portuguez, e amo o meu paiz: eis-aqui a minha profissão de fé politica. Mas de que côr trajas? É esta uma pergunta, cuja resposta, ainda antes de me lerem, desejarão antecipada todos que pegarem neste papel. Cumpre-me satisfazel-a. Odeio o absolutismo, e não sou republicano: desprezo o miguelista, e respeito o monarchismo: comungo com os Cartistas, mas não do bando renegado, nem da parcialidade alcunhada Cabralina: sou portuguez."
(Excerto da introdução)
José Maria de Almeida Araújo de Portugal Correia de Lacerda (Vila Real, 1802 - Lisboa, 1877). “Em 1817 entrou na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Estudou línguas Orientais, Filosofia e Teologia na Universidade de Coimbra. Seguidamente ensinou em S. Vicente de Fora, em Lisboa. O governo miguelista prendeu-o. Evadiu se da prisão e fugiu para o estrangeiro, onde prestou bons serviços à causa liberal. Chegou a merecer a estima pessoal de D. Pedro IV, de D. Maria Il, D. Pedro V e de D. Luís. Depois foi cónego e deão da Sé de Lisboa. Escreveu as seguintes obras: A. B. da Costa Cabral (1844-1845) em 2 volumes; Portuguese African Territories. Reply to Dr. Livingstone, Accusations and Representations (1851); Novíssimo Dicionário de Sinónimos (1860); e A New Dictionary of the Portuguese and English Language (1871).”
Exemplar desencadernado em bom estado de conservação. A derradeira folha apresenta rasgão sem perda de papel.
Raro.
Com interesse histórico.
Indisponível