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quinta-feira, 7 de abril de 2016

São Miguel dos Milagres


Seis dias em São Miguel dos Milagres, Maceió (AL) deixam qualquer pessoa em estado de graça total. 

Esse povoado, com um mar bem morninho, quase quente em certas horas, faz parte da chamada Rota Ecológica, que engloba outros semelhantes em paisagem, na direção sul/norte do litoral - Paripueira, Barra de Sto. Antonio, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras, Japaratinga, Maragogi.


Uma das maneiras de chegar ao povoado é contratando o traslado com a própria pousada onde se vai ficar. No meu caso, optei pela que me pareceu oferecer o melhor custo/benefício, a Pousada do Sonhoque conheci primeiro pelo site do Ricardo Freire , na aba Rota Ecológica, onde se pode ter todo tipo de informação sobre as inúmeras pousadas da região. Depois, a partir de um comentário no próprio site do Freire, cheguei ao post da Cristina Leonhardt, este aqui, que me convenceu do acerto de minha escolha. Também no site ótimo da Silvinha, o Matraqueando, se pode ler sobre o lugar, e pousada. A pousada distribui seus quartos à volta de um espaço verde belíssimo, e fica de frente para o mar, onde se pode mergulhar bem de tardinha, quando o sol a pino esmorece, ou bem cedinho, quando a maré começa a subir. 


 Uma brisa constante me fez errar a percepção sobre a quentura do sol, e no primeiro dia fui caminhar para conhecer a praia e voltei com as costas muito, muito ardidas. Sorte que uma senhora francesa bem solícita me ofereceu e passou em minhas costas um creme hidratante adequado à situação, e pude dormir à noite. Depois, descobri que eu tinha levado Bepantol creme, e isso realmente foi o que me salvou.

Na diária está incluído o café da manhã, que não fica exposto em balcão, como costuma ocorrer em hotéis, mas se pede a cada dia a partir das opções disponíveis. Em geral, tem frutas (mamão, melancia, melão, manga), ovos mexidos, tapioca com recheio a escolher, sanduíche com pão normal e integral, queijos, sucos etc. Gostei todos os dias do café da manhã.

Já no quesito refeições, ou se usa o restaurante da pousada, ou se procura o que há no entorno. Fui conhecer o restaurante do Enildo,mas no dia em que fui havia muita mosca, e todos tivemos que comer com aquele fumacê nas mesas, para espantar as famigeradas. Achei que ia comer peixe fresco, mas era meio sem gosto tudo, e caro também, não curti.

Já na pousada, o que achei interessante foi um creme de legumes feito pela ajudante do chef, mas não o que ele faz - são dois pratos inteiramente diferentes, se feito por um, ou pela outra. Acabou rolando um certo stress com esse chef, e eu perdi uma chance de ouro de ser delicada. Por essa cena: depois de um certo clima tenso por conta de modos diferentes de trabalhar, me indispus com ele nem me lembro exatamente por quê. Uma noite, cheguei no restaurante para comer uma pizza, que já havia pedido, e havia uma mesa com uma flor, das inúmeras que ele me vira fotografar ao longo de minha estadia. Achei que era uma mesa reservada para o casal de franceses, e a flor era para Micheline, a linda senhora de cabelos brancos como os meus, e mega gentil. Olhei a flor, senti ciúmes, e me peguei pensando - quem manda ser irascível, e sentei-me uma mesa à frente. Jantei, agradeci e elogiei o que ele havia feito, e fiquei mais um pouco ao final da refeição - a tempo de ver que ninguém havia sentado na mesa com a flor, e quando me retirei, ele também retirou a flor (quando entendi, quase chorei. De todo modo, sempre haverá aquela flor em minha memória, seu gesto, e minha dúvida). 

Outra opção interessante para quem vai sozinho, e não tem com quem dividir as refeições, acabei descobrindo no restaurante que fica ao lado da Pousada, o Angá Beach Hotel, que tem um espaço imenso com mesas que atendem também a não hóspedes. O cardápio oferece opções interessantes para crianças, a um preço realmente em conta - o prato é bem pra criança mesmo, mas se não for comer muito,achei ótimo. 

Dos passeios, não fui ver o tal peixe-boi marinho, porque achei muito caro, e porque amei ver os peixinhos nos arrecifes de coral. Ia sozinha no barco, com o barqueiro indicado pela pousada, e ele foi gentil de colocar no segundo dia um guarda-sol grande para me proteger, e usei protetor solar forte. Lá, ele me emprestava o snorkel e eu podia ficar embaixo d'água, olhando aqueles lindinhos. Fui duas vezes, e gostei das duas, a despeito do excesso de selfies das pessoas dentro do mar, junto com os peixinhos - as moças quase pediam aos peixinhos pra dar um sorriso para a câmera. 


Andei por perto, para conhecer outras pousadas, e as há de todo tipo e preço, desde as mais caras e sofisticadas, até a mais simples e com preço acessível. Nesse segundo time, gostei muito dos Chalés Maresiaque visitei, e achei simpático o dono, interessantes os quartos, e bons os preços.

Voltaria a ficar na Pousada do Sonho, claro, mas há inúmeras outras ao longo da Rota, espalhadas pelos povoados, e creio que a grande escolha aqui é mesmo estar imerso  
na natureza, em contato com a tepidez e a imensidão de um mar morno, manso e belíssimo.







Quarto com chão de cimento, muito bom


Espaço de convivência coletiva, bem no meio da pousada, e onde o wi-fi pega melhor.


Frutas do café da manhã.

Vista de dentro do restaurante, durante as refeições.
Varandinha na entrada do quarto.

Vista de dentro do restaurante do Enildo.




Olhando de dentro do espaço de convivência, um lugar fresco e agradável de se estar, e onde se conversa com os outros hóspedes.





Mapa da Rota Ecológica, com seus vários povoados, e algumas pousadas. Clique para ver melhor.










Pousada do Sonho: cada diária saiu, em março de 2016, por R$ 180,00. Do total, metade deve ser paga por depósito bancário no dia da reserva. 

Transfer do aeroporto até a pousada, em torno de uma hora e meia, feito pelo jovem e simpático João Carlos, com quem a gente conversa e não vê o tempo passar, ficou por R$ 180,00, mas o preço regular é 200,00.